Bolsonaro tenta forçar barra para retorno do futebol

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O presidente Jair Bolsonaro continua brincando com a pandemia do novo coronavirus. No dia em que o Brasil bateu recorde de mortes e hegou a 310 mil casos confirmados e 20 mil e 47 óbitos, segundo o Ministério da Saúde, a pauta do presidente foi a volta do futebol no país.

Na quarta-feira, o presidente já havia se reunido com os presidentes de Vasco e Flamengo e chegou a discutir a possibilidade de trazer os dois times cariocas para treinarem em Brasília. Acertadamente, Botafogo e Fluminense são contrários à volta do futebol.

De fato, o futebol foi atingido em cheio como tudo no país, mas falar em futebol agora a mim parece uma brincadeira de mal gosto. Como brasileiro que sou e amante do futebol, também gostaria de estar vendo a bola rolar, mas ainda é cedo demais para isso diante dos números crescentes no país.

Mesmo com 32 mil casos e 3 mil 412 mortos pela Covid-19, até ontem, no Rio de Janeiro, Bolsonaro se reuniu em Brasília com Marcelo Crivella e pediu ao prefeito que autorizasse a volta do Campeonato Carioca. 

“Em um primeiro momento, tinha muito jogador que era contra. Agora já tem um outro entendimento dos jogadores, obviamente sem torcida. Está nas mãos do prefeito Marcelo Crivella isso”, disse Bolsonaro.

“No que depender do Ministério da Saúde, o ministério também é favorável a dar um parecer nesse sentido. Para que a gente possa assistir a um futebolzinho no sábado, domingo – afirmou. – Os jogadores querem. O que interessa é isso: os jogadores querem voltar a jogar. E afinal de contas, não sabe até quando vai esta pandemia e todo mundo pede por isso aí. Espero que o Marcelo Crivella resolva autorizar a volta do campeonato Carioca. Espero que o mesmo aconteça nos demais estados”, completou.

Foto: Reprodução

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A vitória de Paulo Sérgio na volta ao futebol

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A vitória do Sampaio diante do ABC, mesmo com um jogador a mais foi magra, mas além dos três pontos que foram fundamentais para reabilitação e retorno da equipe ao G4, no Campeonato Brasileiro Série C, merece destaque o excelente retorno do zagueiro Paulo Sérgio.

Foram quatro anos de uma longa espera por conta de contusões, mas o xerifão voltou e mostrou que tem muito a contribuir com a campanha do Sampaio em busca do acesso.

Velho? Bichado? Que nada!!! O cara ainda tem muita bola pela frente. Nas redes sociais, o zagueiro postou um desabafo e agradeceu a Deus por essa grande vitória.

“Hoje venho falar um pouco de mim, não pra me exaltar ou engrandecer o Paulo Sérgio, pois a primeira honra sempre será de Deus! Na vida você sempre terá obstáculos, mas cabe a você renovar e potencializar sua mente. O medo que te rodeia não pode ser maior que a tua vontade de vencer. Hoje vivi um momento único de estar em campo vestindo essa camisa, e de poder ajudar de alguma forma meus companheiros”, disse.

Paulo Sérgio disse que durante todo o tempo que esteve se recuperando, nunca deixou de acreditar que voltaria a jogar futebol.

“São quatro anos de luta pra voltar a fazer o que sempre amei, sabendo que: eu não podia me vitimizar de forma alguma. Cada dia que acordei com dor, com vontade de desistir, eu perguntava pra Deus: por que eu? E muitas das vezes isso acontece com você que está lendo essa mensagem. Não desista, não pare de lutar!! Deus não te dá um fardo que não seja possível suportar.

De forma humilde, o jogador agradeceu a todos que contribuiram de alguma forma com a sua repcuperação.

“Sou grato pelas orações, pela torcida de todos… amigos, cada funcionário do clube, do porteiro ao presidente que confiaram sempre no meu trabalho. E um dos fatores primordial nessa minha volta foi a minha família, minha esposa, minha igreja na qual nunca deixaram de pagar o preço.
Obrigado do fundo do meu coração a todos vocês que me acompanharam no período do deserto. O deserto não é pra fazer morada, o deserto é lugar de aprendizado!”, finalizou.

Foto: Lucas Almeida / L17 Comunicação

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Retorno do esporte

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Por Fernando Trevisan

O esporte tem se tornado cada vez mais parte integrante da estratégia mercadológica de várias marcas no Brasil. A maior profissionalização do setor e o contexto econômico favorável da última década aumentaram o volume de recursos e de empresas interessadas em incluir o esporte no seu planejamento de marketing. Só os principais clubes de futebol brasileiro, por exemplo, captaram mais de R$ 400 milhões com patrocínio em 2012, um volume três vezes maior do que há cinco anos. Já é a segunda maior fonte de receita desses clubes, ficando atrás apenas dos valores obtidos com direitos de transmissão dos jogos.

O esporte é difundido por toda a sociedade e diretamente relacionado a aspectos positivos como saúde, qualidade de vida e lazer. Pesquisa recente realizada pelo Datafolha para a Olympikus mostra que 87% dos jovens brasileiros gostam de alguma modalidade esportiva e 68% a praticam com regularidade. Um quarto dos entrevistados considera que o esporte tem “papel fundamental na sua vida”.

Esse elemento emocional que une a pessoa com o esporte pode ser trabalhado de inúmeras formas pelas empresas, indo muito além da visibilidade que o patrocínio esportivo proporciona e estabelecendo vínculos firmes entre a marca e os praticantes ou apreciadores da modalidade. Levar um grande cliente para jantar com os jogadores de seu time de coração, oferecer para seu melhor vendedor um ingresso de camarote para a Fórmula 1, possibilitar a criação de uma faixa e horário exclusivos para a prática do ciclismo na sua cidade são algumas iniciativas que podem gerar um elo profundo e inesquecível com a marca patrocinadora.

As oportunidades existem portanto não apenas no futebol. Aliás, o caso mais bem-sucedido de patrocínio esportivo no Brasil se deu exatamente em outro esporte: a parceria de mais de 20 anos entre o Banco do Brasil e o Voleibol nacional. De um lado há uma marca que conseguiu rejuvenescer, se modernizar e incluir na sua base de clientes pessoas mais jovens, e de outro uma modalidade que se tornou a segunda mais popular do País e uma referência mundial, com mais de 60 títulos internacionais conquistados em todas as suas categorias.

E mesmo esportes pouco difundidos podem também se mostrar interessantes para a estratégia de marca de algumas empresas. O Rugby, que tem menos de 1% de adeptos no País, conseguiu desenvolver um projeto organizado e audacioso que atraiu nomes importantes como Bradesco, Topper, Heineken e JAC Motors. Com isso, a Confederação Brasileira de Rugby conseguiu captar quase metade da sua receita apenas com os patrocinadores: foram R$ 2,3 milhões em 2012, um valor 2,5 vezes maior do que no ano anterior. Como resultado, a modalidade já possui 24 clubes federados e mais de mil praticantes, além de ter conseguido a exibição de alguns jogos na SporTV, maior canal esportivo do País.

A indústria esportiva no Brasil vem se estruturando e oferecendo inúmeras possibilidades de ações de marketing para empresas de todos os tipos e tamanhos. Cabe aos gestores das marcas e das entidades esportivas trabalharem em conjunto para atingir o coração do consumidor, algo que dificilmente outro setor da economia proporciona de forma tão contundente.

* Fernando Trevisan é consultor e pesquisador da Trevisan Gestão do Esporte e diretor da Trevisan Escola de Negócios

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