Um deslizamento de rocha matou duas meninas brasileiras no Chile, informou a polícia local nesta segunda-feira (3). Khálida Trabussi Lisboa, de 3 anos, e Isadora Bringel, de 7, morreram depois de serem atingidas pela rocha, que se desprendeu de uma das montanhas nas imediações da barragem de El Yeso, um ponto turístico na Cordilheira dos Andes na região metropolitana de Santiago.
As identidades das meninas, que são do Maranhão, foram confirmadas ao G1 por Taiane Rodrigues, de 24 anos, que é casada com o avô de Khálida.
De acordo com a governadora da província de Cordillera, Mireya Chocair, o local do acidente estava fechado para visitas. O ônibus onde as duas crianças estavam cruzou a área interditada quando a rocha se desprendeu e caiu sobre elas.
Por isso, afirmou a governadora, a operadora de turismo responsável pelo passeio tem responsabilidade sobre o incidente. O nome da empresa não foi divulgado.
Segundo a rede de televisão T13, Khálida, de 3 anos, morreu no local. Isadora, de 7, foi levada a um centro médico, mas não resistiu aos ferimentos.
Ainda segundo a T13, as duas meninas estavam de férias com as famílias.
O consulado do Brasil no Chile informou ao G1 que uma equipe do consulado está a caminho do local do acidente para prestar assistência às famílias.
Não há olhos no Brasil que não tenham tido lágrimas ou vontade de tê-las com a tragédia da barragem de Brumadinho : os mortos sufocados por uma brutal e avassaladora corrente de lama e pó de ferro; a irresponsabilidade daqueles que não foram capazes de pensar que um dia isso poderia acontecer; a burrice e a estupidez das instalações administrativas e refeitórios a jusante da barragem… Para lembrar Fernando Pessoa, “quantas mães choraram, / Quantos filhos em vão rezaram!” Quantas noivas perderam a esperança e o sonho de um bem-amado, quantas viúvas, qual Penélope, esperam em vão o retorno dos seus maridos?
Uma cidade condenada à morte e guardando para sempre a memória desses mortos. Os anos que passarem serão incapazes de sepultá-los ou esquecê-los. E a pergunta aterradora, que nos revolta qualquer que seja sua resposta — de quem é a culpa? E a dor de ver a procura dos corpos, procurados na esperança de poder dar-lhes uma sepultura cristã? E a dor dos olhos dos seus amantes e amados, na saudade de ver de novo?
Mariana ainda sangra, e Brumadinho sangra mais ainda. Uma, sangue da natureza e de gente; outra, hemorragia de gente, sofrimento, dor e morte dos rios Doce e, agora, Paraopeba; águas que não saciarão mais a sede de ninguém e se tornaram assassinas dos peixes e dos sapos. Ali não poderão mais beber as capivaras, os veados, as vacas e os bois. Tudo é lama, água e barro, pau e ferro.
Repetimos a pergunta amarga: de quem é a culpa?
Dos que pensaram que ali podiam barrar águas de rejeitos sem temor de que um dia poderiam destruir tudo; dos que, pela ganância, julgaram que era mais importante ganhar dinheiro, buscando o mais fácil em vez do mais seguro. Dos que autorizaram esse caminho. Dos que autorizaram essa torpeza. Dos que pensaram mais em ganhar mais, do que na vida e na morte dos que ali iam trabalhar, e escolheram aquelas montanhas e belíssimas paisagens ouvindo o silêncio das florestas e das águas para buscar repouso em pousadas, sítios, lugar de descanso e meditação.
Brumadinho é uma tragédia e, mais do que uma tragédia, uma dor que dói hoje, vai doer amanhã e vai doer para sempre. Que ela seja um símbolo a ser seguido, e não esquecido, como Mariana, e que todas as barragens feitas e alicerçadas nessas mazelas sejam transformadas em obras seguras de engenharia, embaixo das quais todos possam dormir sem medo de ser tragados por elas.
Não me apresentem desculpas: não há desculpas. Não busquem argumentos: eles não existem. Grita mais alto a realidade dos fatos: que se enterre com os mortos de Brumadinho a falsa engenharia, a ganância, e que aflore daí, como exemplo, a punição de todos os culpados, pois ninguém resgatará mais a vida dos que morreram. A revolta do Brasil é justa, a indignação do Brasil, muito mais. Junto-me à dor de todas as famílias dos que morreram.
Moto, Sampaio e Maranhão se manifestaram nesta sexta-feira (8) sobre a tragédia que matou 10 atletas das divisões de base do Flamengo e deixou mais três feridos após incêndio no “Ninho do Urubu” – Centro de Treinamentos do Flamengo, em Vargem Grande, na zona Oeste do Rio de Janeiro.
“O Moto Club de São Luís vem por meio desta demonstrar sua solidariedade e dar forças aos familiares e trabalhadores que foram vitimados no incêndio do C.T do Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro. Assim desejamos #ForçaFlamengo nesse momento de dor”, destacou o Moto.
“O Sampaio Corrêa sente na pele essa tragédia ocorrida no CT Ninho do Urubu e se solidariza com o Clube de Regatas Flamengo, clamando a Deus pelas famílias que sofrem por suas perdas tão irreparáveis. Força e fé, neste momento tão difícil, @Flamengo “, diz o Twitter do Sampaio.
“O @MAC_maranhao manifesta seus sentimentos e solidariedade ao @Flamengo, às famílias, amigos das vítimas e torcedores pelo triste acidente no Ninho do Urubu. #ForçaFlamengo #Luto”, destacou o MAC.
O governador Flávio Dino (PCdoB) anunciou a ajuda do Maranhão no auxílio do resgate das vítimas da tragédia provocada pelo rompimento barragem I da Mina Córrego do Feijão da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Nas redes sociais, Flávio Dino confirmou o envio de equipe do Corpo de Bombeiros do Maranhão.
“Autorizei deslocamento de equipe do Corpo de Bombeiros do Maranhão para auxiliar nas buscas de vítimas em Brumadinho, Minas Gerais. Somos todos irmãos e temos que ser solidários sempre”, disse.
“Solidariedade às vítimas e suas famílias em Brumadinho. Solidariedade à população de Minas Gerais. Solidariedade aos que lutam em favor do Direito Ambiental como uma contenção à onipotência e à ganância dos que se acham donos dos recursos naturais”, acrescentou.
A equipe do Corpo de Bombeiros do Maranhão que vai ajudar no resgate das vítimas em Brumadinho é formada por sete profissionais que são especialistas em busca e salvamento.
Após mais de 30 anos no jornalismo esportivo confesso que já vivi muitas emoções acompanhando vitórias e derrotas, mas jamais tinha sentido uma emoção tão forte e acompanhada de tanta dor como na manhã deste sábado 3 de dezembro de 2016.
A chuva forte, em Chapecó foi um ingrediente a mais e que talvez ninguém consiga explicar. Parecia o céu chorando com a cidade. E chorando forte como a chuva.
Imagens como a homenagem dos torcedores do Atlético Nacional no estádio de Medellín, a solidariedade dos colombianos e do mundo inteiro, a retirada dos caixões com os corpos no aeroporto, o cortejo e a entrada em campo para a última jornada, enfim. Tudo forte demais!!!
Nós que trabalhamos com esporte sabemos muito bem o que é perder, além de um time de futebol completo, um timaço de craques da imprensa esportiva. O que dizer da imagem e o consolo da mãe do goleiro Danilo, a dona Alaíde ao repórter Guido Nunes do SporTV?
É verdade, vinte e um dos nossos colegas acostumados a dar notícias, são agora a própria notícia na maior de todas as tragédias aéreas do esporte no mundo.
Essas são as únicas palavras que ainda consigo escrever de uma história que ficará marcada para sempre nos corações te todos nós.