Faene lança MBA para capacitar profissionais que trabalham com pessoas autistas

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Professor Wellington Beckman coordena o MBA

São Luís – A Faculdade de Negócios Faene anunciou curso de pós-graduação em ‘Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo e Desenvolvimento de Habilidades Psicoemocionais’, direcionado a profissionais graduados nas áreas de Psicologia, Pedagogia, Psicopedagogia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Enfermagem, Fonoaudiologia e àqueles com nível superior que estejam envolvidos direta ou indiretamente com o cuidado de pessoas com TEA e demais atrasos no desenvolvimento. O coordenador é o professor Wellington Beckman.

Com duração de 18 meses, o MBA tem como diferencial o estágio supervisionado, com 120 horas de aulas práticas. A iniciativa justifica-se pelo número crescente de diagnóstico de autismo em decorrência da evolução da medicina, da psiquiatria e da neurologia, que ampliaram as avaliações sobre autismo e, também, devido à falta de profissionais qualificados no mercado.

“Essa é uma situação vivida em todo o território nacional. O curso se preocupa muito com a formação desses profissionais que não abrem mão do estágio, pois somente teoria não é suficiente. O profissional que quer trabalhar com autismo precisa ter prática, vivência com autistas, para aplicar as terapias de forma correta”, diz o professor.

No Maranhão, a realidade é bem mais difícil do que nos grandes centros. A falta de mão de obra especializada, segundo o coordenador, é gritante. Há profissionais, mas são poucos em relação à demanda.

“O mercado online está cheio de ofertas, mas sem estágio, e de pouca duração. Com isso, as grandes clínicas não arriscam em contratar esses profissionais formados dessa maneira. Autismo é coisa muito séria. Não se pode deixar nossos filhos nas mãos de qualquer profissional ou de qualquer clínica”, enfatiza Beckman, acrescentando que, no Brasil, há estimativas de que haja 5,95 milhões de autistas.

Wellington Beckman faz um apelo aos profissionais que já trabalham com autistas e àqueles que pretendem entrar no mercado.

“Não pensem somente na remuneração a ser auferida. Antes, pensem se têm empatia com a atividade. Procurem sempre se especializar, fazer cursos de qualidade, com bons profissionais. Fujam de cursos de especialização de pouca duração. Não pensem somente no diploma. Com certeza, pseudo-profissionais não têm habilidades necessárias para realizar um bom trabalho e podem causar danos, muitas das vezes, irreparáveis ao paciente, uma vez que o autista é um ser humano como qualquer outro. Ele precisa ser respeitado”, finaliza.

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