Gregory Isaacs em destaque: Reggae Point apresenta 10 álbuns importantes em São Luís e sua carreira notável

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O programa Reggae Point da Mirante FM proporciona uma análise minuciosa da vida de Gregory Isaacs, o aclamado cantor jamaicano de reggae. Sua carreira, que tocou corações com suas canções românticas e também abordou questões sociais e espirituais rastafáris, deixou um legado inigualável. Neste artigo, explorarei 10 álbuns cruciais que moldaram sua notoriedade em São Luís, MA, até os dias atuais. DJs e colecionadores de vinil ainda mantêm viva a essência do artista ao tocar faixas que mencionarei aqui.

Sua influência no universo do reggae é incontestável, consolidando-o como um dos cantores mais proeminentes e icônicos. Com uma voz expressiva, habilidades excepcionais como compositor e carisma inegável, ele forjou uma reputação lendária. Apesar de ser famoso por suas canções de amor que revelavam sua vulnerabilidade romântica, Isaacs também compartilhou observações sociais perspicazes e nutriu o orgulho negro, em linha com figuras notáveis como Bob Marley e Dennis Brown.

Apesar de seu auge ocorrer nas décadas de 70 e 80, Isaacs já tinha deixado sua marca na Jamaica muito antes disso. Seu catálogo musical é impressionante, mesmo diante dos desafios impostos por problemas de vício, resultando em algumas obras de qualidade inferior ao longo dos anos.

Em um podcast, o produtor Sidney Crooks compartilhou comigo que, durante o auge da fama, enquanto gravava o disco “All I Have Is Love”, a voz de Gregory Isaacs estava impecável.

Sua vida pessoal tumultuada, incluindo detenções por posse de cocaína, frequentemente o colocava em manchetes sensacionalistas. No entanto, ele era respeitado, especialmente nas comunidades carentes de Kingston, graças aos seus eventos beneficentes.

Nascido em 1950, Gregory Isaacs cresceu em áreas desfavorecidas da Jamaica, onde sua paixão pela música começou a florescer. Desde a adolescência, ele já ganhava reconhecimento local por suas apresentações, interpretando músicas de artistas como Sam Cooke.

Há muito mais para discutir sobre sua vida, mas destaco que as décadas de 70 e 80 foram vitais para solidificar sua presença musical. Na Jamaica, ele fundou o selo African Museum e lançou sucessos independentes, além de colaborar com vários produtores.

Em 1973, ele conquistou o estrelato com “All I Have Is Love”, gravado no estúdio Channel One. Sua colaboração com Alvin Ranglin da GG Records resultou no grande sucesso de “Love Is Overdue” no ano seguinte, reforçando ainda mais sua trajetória.

Dentro desse contexto, o Reggae Point destaca álbuns como “In Person (1974)”, “All I Have Is Love (1976)”, “Mr. Isaacs (1977)”, “Extra Classic (1978)”, “The Lonely Lover (1980)”, “More Gregory (1981)”, “Night Nurse (1982)”, “Private Beach Party (1985)”, “All I Have Is Love, Love, Love (1986)” e “Encore (1987)” que desempenharam papéis cruciais na popularidade de Gregory Isaacs em São Luís. Essas obras contribuíram para sua influência duradoura no cenário do reggae. Essa influência é evidenciada nas homenagens realizadas, como o maior Tributo a Gregory Isaacs no Brasil, programado para 12 de novembro na Choperia Marcelo.

djwaldiney

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Cantor Derrick Morgan enfrenta acusações de estupro feitas por sua filha Queen Ifrica

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Queen Ifrica / Derrick Morgan

O cantor famoso Derrick Morgan, conhecido por seus sucessos no Maranhão, está no centro de um grave problema. Sua filha, Queen Ifrica, o acusou de estupro, o que o levou a considerar uma ação legal. Ele divulgou uma declaração por meio de uma postagem no Instagram, negando as acusações e alegando que sua filha estava disseminando informações falsas.

Por outro lado, Queen Ifrica mencionou que teve pouco contato com Morgan durante a infância, devido à distante relação entre ele e sua mãe. No entanto, quando se tornou adulta, entrou em contato com ele. Ela alega que ele a estuprou durante uma noite que passou em sua casa em Kingston. Esse incidente foi o que a motivou a se tornar uma defensora das vítimas de abuso doméstico.

Morgan refuta vigorosamente essas alegações e anunciou que está buscando apoio jurídico para enfrentar essa delicada situação.

O apoio a Queen Ifrica é evidente, tanto de seus admiradores quanto de seus colegas no cenário musical. Tanya Stephens, por exemplo, não apenas defendeu Ifrica, mas também criticou os comentários feitos por Merrick, filho de Morgan. Merrick sugeriu que Ifrica deveria abandonar o sobrenome da família, o que Tanya Stephens considerou inadequado.
Além disso, Judith Wedderburn, que atua na defesa dos direitos de gênero e da sociedade civil, expressou a esperança de que um comitê governamental esteja analisando as acusações contra Morgan. Ela ressaltou a relevância de discutir casos desse tipo e de tomar decisões apropriadas.

Derrick Morgan, um artista aclamado por suas contribuições à cultura jamaicana, já recebeu prêmios e reconhecimento ao longo de sua carreira. No entanto, agora ele está enfrentando acusações sérias que podem ter um impacto significativo em sua reputação.

Vale lembrar que Morgan teve uma visita bem-sucedida a São Luís em outubro de 2011, sendo calorosamente recebido por seus fãs.

O Blog continuará acompanhando de perto o desenvolvimento dessa história, que tem gerado repercussão em jornais tanto na Jamaica quanto ao redor do mundo.

djwaldiney

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4º Encontro do Fórum do Reggae do Maranhão

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Encontro do Fórum do Reggae do Maranhão

O Fórum convida todos os membros e interessados para o *4º Encontro*, que ocorrerá na terça-feira, 29 de agosto de 2023, às 19h, na sede do GDAM: Parque do Bom Menino, Av. Alexandre de Moura, S/N, Centro.

Pauta do 4º Encontro (29/08/2023)

1. Revisão e ajustes do Texto do Edital – Definição do montante do fomento e valores para cada módulo.
2. Boletim do 3º Encontro (15/08/2023) – Reforço do propósito do Fórum e a importância da lei de investimentos na Cultura Reggae.
3. Discussão das propostas de redação para a Lei e o Edital, focando em critérios de participação, categorias de criação artística e recursos de fomento para todo o Estado.

Participe! Sua presença é fundamental nessa luta pela promoção da cultura reggae em nosso estado.

Não fique de fora: esta luta é coletiva! 

djwaldiney

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Encontro inédito no Dia Municipal do Reggae: Eric Donaldson, Donna Marie e Fauzi Beydoun no mesmo palco!

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Dia Municipal do Reggae em São Luís

Nesta segunda-feira (28), a Prefeitura de São Luís divulgou informações sobre a programação cultural em celebração ao aniversário de 411 anos de nossa cidade. As apresentações gratuitas estão programadas para ocorrer entre os dias 2 e 10 de setembro, na Praça Maria Aragão, localizada no Centro da capital.

Uma das programações que mais me animou é a comemoração do Dia Municipal do Reggae, que nos presenteará com um encontro inédito no dia 05 (terça-feira). Nesse evento singular, teremos o privilégio de presenciar a reunião de talentos como Fauzi Beydoun, Eric Donaldson e Donna Marie, todos compartilhando o mesmo palco. Além desses grandes nomes, mais de 10 artistas locais, DJs e radiolas de reggae também participarão, prometendo enriquecer ainda mais essa noite regueira.

Fauzi Beydoun, à frente da Banda Tribo de Jah há mais de 35 anos, continua a cativar com suas músicas inovadoras, mantendo suas raízes intactas. O fundador da banda transmite a essência de sucessos como ‘Morena Raiz’, ‘Ruínas da Babilônia’ e ‘Regueiros Guerreiros’. Ao longo dos anos, a Tribo de Jah lançou impressionantes 19 álbuns e dois DVDs, com os lançamentos mais recentes datados de 2009 e 2021.

Lembrar de Donna Marie é relembrar uma época marcante nos anos 90, quando sua interpretação, incluindo a regravação da música “Think Twice”, conquistou o coração do nosso país. A canção ecoou em festas e rádios da capital maranhense, deixando uma impressão duradoura e influenciando muitos a se apaixonarem pelo reggae. Seu primeiro show em São Luís aconteceu em 1996, atraindo uma multidão ao Grêmio Lítero Recreativo Português.

A expectativa também se volta para o retorno de Eric Donaldson à capital maranhense após um ano. Conhecido como o ‘Rei dos Festivais’, ele é autor de sucessos memoráveis como “Cinderelle”, “Jah Love” e “Rocky Road”. Eric é uma das poucas lendas do reggae ainda em atividade. Em entrevista, o cantor compartilhou que se sente jovem quando sobe ao palco.

Não posso deixar de expressar a importância de fortalecer nosso movimento de reggae, valorizando nossos artistas locais e também abrindo portas para influências internacionais. Como tenho compartilhado incansavelmente no Reggae Point da Mirante FM e em minhas publicações, somos verdadeiramente a Jamaica Brasileira, e é nossa responsabilidade manter essa chama viva. Convido todos a se unirem nesse encontro de ritmos e raízes, celebrando com paixão a cultura que nos conecta e nos inspira. Viva o reggae!

djwaldiney

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Dread Sandro: uma jornada de paixão pelo reggae

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Kingston

Sandro Abel Gonçalves Borges, também conhecido como Dread Sandro, teve sua paixão pelo reggae despertada aos 13 anos. A partir dos 15 anos, deu início à sua jornada como colecionador, com o apoio de seu pai, que era radioleiro. Impulsionado por sua paixão pela música, fez sua primeira viagem internacional à Jamaica aos 23 anos, em 1991, marcando um momento inesquecível. Sua influência notável na cena reggae de São Luís o levou a ser reconhecido como Dread Sandro.

Sua reputação foi solidificada no Maranhão por meio de inúmeras viagens em busca de discos raros, contribuindo para a construção da identidade musical com o ritmo jamaicano. Suas incursões o levaram a Londres cinco vezes e à Jamaica vinte e cinco vezes, onde não hesitou em explorar até as favelas mais perigosas para adquirir preciosos vinis.

Trenchtown

Durante suas jornadas no país caribenho, Sandro cruzou caminhos com algumas figuras emblemáticas do reggae. Em sua primeira viagem, ele conheceu Gregory Isaacs, seguido por encontros com John Holt, Winson Jerrett, Earl “Chinna” Smith, George Faith e o músico Byron Lee. Durante sua estadia, teve a oportunidade de assistir a um show da banda de Byron Lee, “The Dragonaires”, em um hotel, e também avistou Junior Byles em 1994, mendigando nas ruas de Kingston. Junior Byles parecia estar desgastado e desorientado, a ponto de suas palavras não parecerem coerentes. Esse encontro marcou os primeiros vislumbres que Sandro teve desses artistas notáveis.

Gregory Isaacs e Dread Sandro

Em março de 1995, enquanto estava na Jamaica comprando discos com Junior Black, receberam a notícia da morte do cantor Delroy Wilson. Eles rapidamente ligaram para o programa Reggae Dance (Rádio Cidade) e compartilharam a triste notícia ao vivo com o locutor Carlos Nina, tornando-se os primeiros a informar o Brasil. A Jamaica perdia então uma de suas primeiras estrelas, e o país se uniu em luto, com todas as rádios homenageando o artista.

Dread Sandro e Eric Donaldson

Dread Sandro também teve um papel crucial na aproximação de Donna Marie e Eric Donaldson para apresentações em São Luís, exercendo uma influência indireta no cenário musical local. Mesmo que as oportunidades financeiras no mundo do reggae não tenham sido abundantes, ele conquistou reconhecimento ao vencer competições de colecionadores e ao trazer músicas que se tornaram sucessos na ilha.

A importância da humildade no âmbito do reggae é uma lição que Dread Sandro enfatiza, incentivando os jovens a respeitarem e aprenderem com os mais experientes. Ele lamenta a falta de valorização das pessoas que ajudaram a disseminar o reggae na ilha e torná-la a capital do reggae no Brasil. Ele destaca que o reggae é uma expressão de paixão, não apenas um comércio.

Mesmo com as mudanças trazidas pela era digital, Dread Sandro permanece ativo nos cenários musicais, se apresentando em locais como o Bar do Nelson e o Real Bar em São Luís, sempre que chamado. Sua dedicação se estende a compartilhar conhecimento com as gerações mais jovens, na esperança de que elas possam continuar nutrindo o movimento reggae, apesar dos desafios do mercado atual. Ele sublinha a importância da inovação, desde que acompanhada de profissionalismo para se destacar.

Dread Sandro e Junior Black

Dread Sandro também falou sobre a perda de seu amigo Junior Black: “Ele era muito gente boa, dono de uma calmaria e simplicidade incrível. Sua partida representa uma perda imensurável para o movimento reggae no Brasil.”

Recentemente, tanto ele quanto Junior Black foram agraciados com um troféu na festa Reggae das Antigas, organizada por mim, em reconhecimento à sua contribuição na disseminação do ritmo no estado. Além disso, tivemos a honra de contar com a apresentação deles no evento.

djwaldiney

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Homenagem a Gonzaga: “Reggae Point” toca versão reggae de “Diana” na Mirante FM

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A música “Diana”, originalmente cantada pelo canadense Paul Anka, teve uma versão diferente criada pelo grupo The Heptones em 1988, com um estilo reggae. Essa música foi a primeira faixa do álbum “The Heptones Sings Good Vibes”, gravado no Channel One. Com o tempo, ela se tornou muito popular nas festas em São Luís, contribuindo para a crescente fama do grupo.

Gonzaga, um dos pioneiros do rock brasileiro, que ficou conhecido por adaptar músicas estrangeiras para o português com sua bela voz, faleceu recentemente, no sábado (26). Sua versão de “Diana” é a mais conhecida entre suas adaptações.

Além disso, Gonzaga também fez adaptações da música “Oh, Carol”. No último domingo, o programa de rádio “Reggae Point” na Mirante FM dedicou um tempo para homenagear Gonzaga, tocando a versão reggae da música como forma de tributo.

djwaldiney

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Morre Linda Smith Isaacs, figura influente da indústria musical e associada a Gregory Isaacs

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Linda Smith Isaacs, ex-empresária da indústria musical e figura próxima do cantor Gregory Isaacs, faleceu aos 75 anos após uma batalha contra o câncer em 21 de junho de 2023. A notícia de seu falecimento, que ocorreu em junho, só veio a público recentemente.

Ela era conhecida por sua relação especial com Gregory Isaacs, que se estendia não apenas à música. Além de seu envolvimento na área musical, ela também se destacou como filantropa, desempenhando um papel vital no Roots Festival na Gâmbia e contribuindo para a construção de uma escola lá.

Uma das contribuições mais notáveis de Linda foi sua participação na produção do álbum “Brand New Me” de Gregory Isaacs. Apesar de não serem legalmente casados, ambos compartilhavam detalhes sobre o relacionamento. Ela mudou seu nome para Isaacs, atendendo ao desejo do cantor, e ambos se consideravam marido e mulher. No entanto, é importante observar que, no momento de seu falecimento, Gregory Isaacs estava legalmente casado com June Isaacs.

Além disso, ela possuía várias gravações inéditas de Gregory Isaacs, que ainda não foram disponibilizadas ao público. Após a morte do cantor, surgiram críticas em relação à afirmação de que ele optou por passar seus últimos dias com ela em sua casa no Reino Unido, em vez de retornar a sua terra natal, a Jamaica.

djwaldiney

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Lenda do reggae Eric Donaldson retorna ao Brasil em turnê imperdível

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O aclamado cantor jamaicano Eric Donaldson está se preparando para uma extensa turnê pelo Brasil, onde sua música conquistou uma legião de fervorosos fãs. Conversei recentemente com a DJ Sandra Marley, a intermediária responsável por viabilizar seus espetáculos em diversas cidades, e ela compartilhou seu entusiasmo contagiante com o regresso do cantor à cidade de Imperatriz.

Com um tom de empolgação, Sandra Marley compartilhou: “Tive a honra de trazer Eric Donaldson para Imperatriz em duas ocasiões, nos anos de 2017 e 2018. Desta vez, deparei-me com obstáculos ao tentar trazê-lo novamente, devido à falta de apoio. No entanto, fico satisfeita por ter indicado o artista a um amigo, que agora está prestes a realizar sua terceira apresentação aqui. Além disso, estou envolvida na produção de seu show em Goiânia. Para mim, é a realização de um sonho, pois sou uma admiradora fervorosa de Eric e nutro um profundo amor por suas músicas.”

Conhecido como o “Rei dos Festivais”, título que lhe foi atribuído na Jamaica, Eric Donaldson continua a gravar faixas exclusivas destinadas às radiolas de São Luís, o que mantém sua relevância na capital. Sua última atuação em São Luís aconteceu em 5 de setembro, durante o Dia Municipal do Regueiro, um evento que atraiu uma multidão à Praça Maria Aragão.

A itinerância de Eric Donaldson pelo Brasil incluirá apresentações em várias cidades: São Paulo – SP (01/09), Fortaleza – CE (02/09), Imperatriz – MA (03/09), São Luís – MA (05/09), Goiânia – GO (06/09), São Bento – MA (07/09), Coelho Neto – MA (08/09), além de Teresina e União – PI (09/09), Zé Freitas – PI (10/09), Belém – PA (16/09) e Lago Verde – MA (17/09). Em seguida, o cantor seguirá para a Europa, onde continuará sua série de shows.

Aqueles que apreciam a lenda viva do reggae têm a oportunidade de programar-se para assistir a um espetáculo repleto de seus maiores sucessos, incluindo faixas memoráveis como “Ciderelle”, “Jah Love”, “Rocky Road”, “No Slave” e “Give Me Some Loving”.

djwaldiney

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Seis anos sem Larry Marshall: relembrando sua passagem por São Luís

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Larry Marshall e DJ Waldiney

No meu blog, nunca antes abordei Larry Marshall. Talvez tenha cometido um erro significativo, dado o papel crucial desse artista na formação do reggae em São Luís. Hoje, completam-se seis anos desde que ele nos deixou. Como homenagem, escolhi dedicar esta quinta-feira para relembrá-lo.

No ‘TBT’ de hoje, compartilho uma foto tirada em 2009, durante um encontro em São Luís. Na ocasião, Larry expressou sua frustração com a pirataria de suas músicas e com parcerias desfeitas. Ficou surpreso ao ver cópias piratas de seus discos nas mãos de colecionadores durante sua estadia em um hotel da cidade. Larry estava tão indignado que tinha vontade de quebrar os vinis. Lembro-me vividamente de estar no meio dessa conversa, tentando explicar que os colecionadores não tinham conhecimento da situação. Em resumo, ele visitou o Brasil duas vezes (em 2007 e 2008). Seu show foi brilhante, mesmo que o cantor parecesse cansado e sofrido.

Larry deu início à sua carreira no início da década de 60, gravando com produtores renomados como Prince Buster e Coxsone Dodd (Studio One). Seus maiores sucessos aqui em São Luís incluem faixas como ‘Your Love’, ‘Brand New Baby’, ‘Sheila’, ‘Thelma’, ‘Can’t You Understand’, ‘I Admire You’ e, por último, ‘How Can I Forget You Girl’ — um single raro e valioso na internet.

Marshall nos deixou em 24 de agosto de 2017, aos 76 anos. Ele morava em Miami com sua família e lutava contra o Alzheimer. Descanse em paz, Larry.

djwaldiney

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São Luís: a busca pelo reconhecimento oficial como Capital Nacional do Reggae

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No Senado, um projeto de lei está em andamento para conferir o título de Capital Nacional do Reggae à cidade de São Luís. A Comissão de Educação e Cultura (CE) já aprovou a proposta, que aguarda sanção, a menos que haja recursos para análise no Plenário.

O Projeto de Lei 81/2020, criado pelo ex-deputado Bira do Pindaré (PSB-MA), recebeu o parecer positivo do relator, o senador Cid Gomes (PDT-CE). De acordo com o deputado, a ideia surgiu devido ao reconhecimento de São Luís como a “Jamaica Brasileira” e à forte influência do reggae em sua cultura.

Na visão de Cid Gomes, o reggae, gênero musical originado na Jamaica nos anos 1960, possui um vigor artístico notável em sua melodia, ritmo, arranjos e letras. Desde o início, o reggae esteve ligado à vida da maioria das pessoas na Jamaica, que enfrentava questões sociais, e ao desejo de mudança, envolvendo igualdade, identidade negra e anticolonialismo.

No Maranhão, especialmente em São Luís, o reggae tem sido apreciado desde os anos 1970. Suspeita-se que tenha chegado por meio de ondas de rádio do Caribe ou por marinheiros que trouxeram discos ao atracar no porto. Cid Gomes enfatiza que a conexão entre o reggae e a população maranhense, incluindo afrodescendentes, foi crucial para essa adaptação cultural.

Ao longo do tempo, o reggae passou por transformações culturais no Maranhão, resultando em características únicas, como a dança em pares entrelaçados e as radiolas, caixas de som montadas nas ruas. Bandas como a Tribo de Jah, Legenda e a Orquestra Maranhense do Reggae surgiram, consolidando o gênero na região.

Apesar do preconceito inicial, o reggae conquistou espaço nas áreas periféricas de São Luís e se espalhou pelo estado. Atualmente, há o Museu do Reggae Maranhão no centro histórico da capital, único fora da Jamaica, visitado por muitas pessoas a cada ano.

Acredito que merecemos o título de “Jamaica Brasileira”, como resultado do afeto duradouro da população. Se a lei for aprovada, espero que beneficie aqueles que dependem do reggae para viver, como bandas, DJs e casas de eventos. É importante mencionar que os produtores de eventos ainda enfrentam desafios burocráticos para realizar shows. Atualmente, esses setores não recebem o reconhecimento devido, e espero que o título não seja apenas formal.

É verdade, ainda há um longo caminho a percorrer para que as autoridades reconheçam plenamente o valor do reggae em nossa cultura. Espero que, com a aprovação do projeto de lei e o possível título de “Capital Nacional do Reggae” para São Luís, isso possa ajudar a destacar a importância desse gênero musical e suas contribuições para nossa identidade cultural.

djwaldiney

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