Sobre a cantora Yvonne Sterling

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Yvonne Sterling nasceu em Kingston, na Jamaica, em 8 de setembro de 1955. Ela morou na “125 Orange Street” (Beat Street), em Kingston, onde também morava Dennis Brown.

A Rua é conhecida por concentrar os lendários estúdios “Studio One”, de Coxonne Dobb; “Black Ark”, de Lee Perry e o famoso “Record Shack”, de Prince Buster.

Aos 17 anos, gravou “If You Love Me Let Me Know,” de John Rostill, contando com o apoio vocal do príncipe herdeiro do reggae. 

A artista atravessou o restante da segunda metade da década de 70 com uma série de lançamentos, incluindo “Full of Music“, de 1975, e “For Just A Night”, de 1977. Dividiu os palcos com Johnny Clarke, Half Pint, Tyrone Taylor, entre outros. 

“Oh Jah”, seu maior sucesso da carreira, foi gravado em 1978. A canção teve centenas de cópias vendidas na Jamaica e Europa. No entanto, a autora da canção, nunca recebeu seu direito autoral.

Sterling seguiu ativa nos estúdios até gravar, em 1991, outro sucesso de sua trajetória, o hit “Light Up The World”. 

Nas décadas de 70, 80 e 90, dezenas de artistas apareceram e desapareceram sem deixar muita saudade, a exemplo dela, que tinha muita qualidade e potencial, mas não conseguiu dar continuidade ao sucesso inicial, talvez por falta de sorte ou pela cruel indústria fonográfica. 

Esquecida pela grande mídia, mudou-se para o subúrbio de New Haven, em Kingston, onde passava por total dificuldades e pediu apoio de amigos para tentar se reerguer novamente.

Após a divulgação de um vídeo – produzido por Claude Sinclair nas redes sociais – os contatos foram imediatos no Brasil, onde foi realizada a campanha Reggae Solidário em prol da artista.

O evento recebeu destaque internacional no “Jamaica Gleaner e arrecadou uma boa quantia em dinheiro, no Porto Seguro (Beira Mar) e contou com 11 atrações, entre elas o DJ Waldiney, Alex Diniz, Wagner Roots, Gilton Black, Junior Mol, Maykinho Luis, Dread Sandro, Chico do Reggae, Plínio Sá, Belo Roots e Nenzoka Show. 

Atendendo ao meu pedido, os cantores Richie Stephens e Little Lenny foram à periferia de Kingston entregar-lhe o dinheiro arrecadado nessa campanha, que já ajudou dezenas de pessoas em São Luís e fora da capital maranhense. Yvonne ficou muito feliz e agradeceu a sensibilidade das pessoas em ajudá-la.

Algumas semanas depois, Sterling volta a gravar após cerca de 30 anos. “Thank You Lord”, de Bob Marley, gravada com Richie Stephens e Little Lenny foi lançada no programa “On Stage“, da Jamaica, e liderava as paradas de sucesso no Sul da Flórida e no Reggae Point, da Mirante FM. 

Em entrevista, Mama Sterling (como era chamada por Richie Stephens) disse que estava preparada para voltar aos palcos e recomeçar sua carreira. Infelizmente, ela sofreu um acidente vascular cerebral. A cantora estava internada no hospital de Kingston por conta de um mal-estar.

Yvonne Sterling morreu em 17 de janeiro, aos 66 anos. Ela morava sozinha, estava desempregada e sobrevivia fazendo bicos na comunidade e, sua única filha, já havia falecido.

djwaldiney

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A espera acabou! Homenagem a Dennis Brown sairá em 2015

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dennis brown homenagem

Após dezesseis anos da morte de Dennis Brown, surge o primeiro projeto para homenagear o cantor, que segundo a crítica vem logo atrás de Bob Marley na disseminação do reggae pelo mundo.

Tendo o produtor Clive Hunt à frente do projeto, o álbum esta sendo preparado e reunirá um encontro de artistas veteranos, a exemplo de Max Priest, e da nova geração como Richie Spice, Queen Ifrica e a filha do cantor, Marla Brown. Segundo sites jamaicanos, o tributo deverá sair ainda este ano, mas sem data confirmada pelo seu idealizador.

Clive Hunt já produziu centenas de artistas durante os mais de quarenta anos de carreira, posso afirmar que já passaram por ele: Peter Tosh, Max Romeo, Pablo Moses, Jimmy Cliff, The Abyssinians, The Congos, Burning Spear, Gregory Isaacs, Toots, Delroy Wilson, Alpha Blondy e Horace Andy, que recentemente esteve no Brasil.

DJ Waldiney

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O legado de duas lendas do reggae mundial: Bob Marley e Dennis Brown

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dennis brown e bob marley

Esta semana marca o aniversário de artistas bastante influentes na história do reggae, Bob Marley e Dennis Brown. Marley, conhecido como Rei do Reggae, morreu em maio de 1981, completaria 70 anos no dia 6 de fevereiro. Já Dennis Brown, conhecido como Príncipe Herdeiro do Reggae, morreu em julho de 1999. Ele teria celebrado o seu 58º aniversário nesse domingo (1). Duas lendas reconhecidas internacionalmente que, coincidentemente, nasceram no mesmo mês.

De 1972 até a morte em 1981, Marley teve contrato assinado com a Island Records, considerada como a mais poderosa empresa no negócio da música. Naquela época, seu álbum não teve recordes de venda, mas era apenas o pontapé inicial do que se anunciaria posteriormente: um dos catálogos mais cobiçados na música popular, registrado na casa dos milhões e comparado a artistas como Bob Dylan, The Beatles, Led Zeppelin e Jimmy Hendrix. Para você ter ideia, o álbum “Legend”, que reúne grandes hits do cantor, é um dos mais vendidos da música pop, mais de 25 milhões de unidades desde o seu lançamento em 1984.

Dennis gravou mais de 50 álbuns, trabalhou com os mais renomados produtores da Jamaica, a exemplo de Winston Holness, Sidney Crooks, Joe Gibbs, Prince Buster, Phil Pratt, GG Ranglin, Bunny Lee, Errol Thompson, Sly & Robbie, entre outros. Começou carreira cedo, foi membro do grupo “Byron Lee And The Dragonaires”. Foi indicado ao Grammy em 1994 com o álbum “Light My Fire”. Na história da Jamaica, ele foi o terceiro artista a ser enterrado com Herói Nacional, depois de Bob Marley e Peter Tosh.

Nessa terça-feira (3), a novela Boogie Oogie, veiculada na Rede Globo, apresentou uma cena de casamento, que eles chamaram de Festa Rastafári, onde pode-se ouvir clássicos memoráveis de Dennis Brown: At Foot of The Mountain e A Cup of Tea. Não sei ao certo se isso aconteceu devido a semana de aniversário do cantor. Coincidência ou não, o assunto foi bastante comentado e louvado nas redes-sociais. Devemos reverenciá-los pela importância de cada um na difusão do reggae pelo mundo através dos seus discos, que já estão eternizados pelos fãs.

DJ Waldiney

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Homenagens a Bob Marley na Jamaica

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bob marley 70 homenagem

Desde o dia 1º de fevereiro, a Jamaica tem prestado homenagem ao maior ídolo do reggae mundial, Bob Marley. Destaque para a cidade de Negril, que trouxe seis dias de festival para homenagear o cantor, entre os atrativos estão vídeos inéditos de Bob ao lado da banda The Wailers, exibidos ao ar livre para o público. Essas imagens, que poderão sair em CD e DVD futuramente, foram liberadas pela família Marley e referem-se a um show realizado em Boston (EUA) em 1978.

Nesse clima de homenagens, é possível curtir apresentações em todas as noites, com músicos locais, e a cidade está bem frequentada por turistas de todo o mundo. O Bob Marley Museum, em Kingston, capital da Jamaica, apresentará, no dia 6 (data de nascimento do cantor), um simpósio sobre a influência do reggae na música, na moda e na cultura. Além disso, o museu do Grammy declarou o 6 de fevereiro como o Dia de Bob Marley na instituição. Bob morreu aos 36 anos, em 1981, como uma das figuras míticas do século 20.

O Reggae Point desta semana traz na programação canções imortalizadas do cantor para saudá-lo, basta curtir a 96,1 MHz (São Luís), acessar o portal mirantefm.com, pelo Tune In (Rádio Mirante FM) ou baixar o aplicativo da Mirante FM no PlayStore ou AppleStore.

DJ Waldiney

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John Holt será lembrado em festival de Jazz e Blues

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reggae jaz blues

Após a morte do cantor John Holt, distintas homenagens pelo mundo reverenciaram o legado deixado por ele. Alguns exemplos foram as versões de suas canções (você pôde ouvir nos programas Reggae Point e Reggae Vibe, da Mirante FM) e, também, os festivais dentro e fora da Jamaica. Seguindo as homenagens, recentemente o festival “Jamaica Jazz and Blues” divulgou que na edição deste ano (que acontecerá nos dias 29 a 31 de janeiro) levará ao público um repertório dedicado a Holt. Em nota a organização citou que reunirá consagrados nomes da música jamaicana para interpretarem o artista, o line-up inclui: Errol Dunkley, George Nooks, Judy Mowatt, Cornell Campbell, o grupo The Tamlins, Dee Jay Josey Wales e o cantor Oscar B., todos apoiados por Lloyd Parks e a banda We The People. Além de banda norte-americana SOJA, Mariah Carey, Peter Catera, entre outros.

Holt veio da pequena vila de pescadores de Greenwich Town. Teve início de carreira nos anos 50 no concurso Opportunity Hour e lançou inúmeros sucessos na era do rocksteady com o trio The Paragons (On the Beach, The Tide is High e Danger in Your Eyes) antes de seguir carreira solo, onde gravou “Stick by Me”, “A Love I can Feel”, “Ali Baba” e “Police in Helicopter”. Holt morreu em outubro de 2014. Ele tinha 69 anos.

DJ Waldiney

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Homenagem a Barbara Jones reúne artistas gospel e filhos na Jamaica

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barbara jones

Na última semana, houve uma celebração na Igreja Batista “Gregory Park” em memória da cantora de reggae gospel Barbara Jones. Segundo informações do Jamaica Observer, ela morreu vítima de pneumonia no University Hospital of the West Indie, em St Andrew (Jamaica), no dia 19 de dezembro. Jones tinha 62 anos. Vários artistas, fãs e policiais participaram da homenagem. O viúvo de Jones (ex-superintendente da polícia Hector Lewis) agradeceu o apoio de todos. A homenagem contou com a cantora gospel Carlene Davis (conhecida em São Luís pelo sucesso My Mistake), o cantor Chronixx (mais nova revelação do reggae atual) e o saxofonista Dean Fraser (que representou a Federação Jamaicana de Músicos), além da Nexus Performing Arts Company. Os filhos Hector Jr. e Sherrie-Ann também estiveram presentes.

Barbara Jones começou sua jornada musical em 1971 com a Soul Syndicate Band. Regravou belas canções, a exemplo de Angel In The Morning. Ela nasceu em Kingston, mas cresceu em Manchester. Trabalhou com Jimmy Cliff como vocal de apoio antes de deixar o ritmo na década de 80. Converteu-se e gravou quatro álbuns gospel. Essas informações foram ditas por ela em entrevista no Reggae Point.

DJ Waldiney

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Magma regrava “Mother And Child Reunion”, de Paul Simon

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magma

O cantor jamaicano Magma prestou homenagem a Paul Simon e regrava “Mother And Child Reunion“, um dos maiores sucessos do cantor e compositor norte-americano. A produção e direção é do próprio Magma, juntamente com Kevon Brown. A regravação foi motivada pelo amor do vocalista em relação à canção. Simon a gravou em 1972 na Jamaica com músicos locais, a exemplo de Neville Hinds, Jackie Jackson, Winston Grennan e Wallace Wilson, ex-Byron Lee And The Dragonaires. Mas não é a primeira vez que a canção ganha uma versão, ela também pode ser ouvida nos vocais de Jimmy Cliff e Wailing Souls. Magma deve lançar o seu primeiro álbum, The Mission, em abril. Vamos aguardar!

DJ Waldiney

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Versão de Tenement Yard, de Jacob Miller, ganha nova roupagem na voz de Chronixx

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chronixx innercircle tenement yard

Foi lançado nesta terça-feira o Riddim da canção Tenement Yard, de Jacob Miller, interpretada pelo maior nome do reggae atual da Jamaica, o Chronixx. O cantor foi acompanhado pela banda que teve Jacob Miller como vocalista até sua morte, a Inner Circle. A música é um lançamento de 1975 e um dos maiores sucessos deles. Ela é uma sátira que fala sobre a falta de privacidade dos jamaicanos no cortiço, bairros pobres.

A versão na voz de Chronixx foi lançada hoje no iTunes, exatamente uma semana antes da apresentação da banda Inner Circle no festival Rebel Salute (será nos dias 16 e 17) em Richmond Estate, em Priory, St Ann, Jamaica. De acordo com as fontes de sites especializados em reggae, o guitarrista e co-fundador da banda Roger Lewis destacou que o estilo de Chornixx foi fundamental para dá um brilho no clássico deixado pelo cantor.

Jacob e Inner Circle tiveram uma série de sucessos nos anos 1970, incluindo Tired fi Lick Weed ina Bush e Mixed up Moods. Eles estavam trabalhando em um novo álbum quando ele morreu em um acidente de carro em março 1980, aos 27 anos. Com sede em Miami, nos últimos 30 anos, o grupo Inner Circle ter colaborado com outros artistas de reggae contemporâneo, incluindo Khago e I Octane.

 DJ Waldiney

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Ed Robinson lança álbum “Tribute to John Holt”

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tribute to john holt

O cantor Ed Robinson lançou o álbum intitulado “Tribute a John Holt” para homenagear o artista que morreu recentemente em Londres.

Robinson regravou importantes canções de John Holt e comentou sobre o assunto: “Eu havia gravado o single “Let Your Hair Down”, com Kemar McGregor e, durante esse período no estúdio, soubemos que John Holt passou mal, foi internado e em pouco tempo, morreu. Então decidimos gravar um álbum completo dedicado a sua memória”.

O trabalho, “Tribute to John Holt”, foi lançado no dia 11 de novembro e segue como o sétimo álbum de Ed Robinson. Algumas das canções presentes no disco são: Sweetie Come Brush Me, Stealing Stealing, The Tide is High, Police in Helicopter e I Want a Love I Can Feel.

Nascido em St. Elizabeth, Robinson mudou-se para Nova York há 20 anos. Ele é conhecido pelo cover Knocking on Heaven’s Door, de Bob Dylan.

DJ Waldiney

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Funeral musical e homenagens marcam a despedida de John Holt

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funeral de john holt

Nessa segunda-feira (17) ocorreu o velório do cantor John Holt na Catedral da Santíssima Trindade, em Kingston, Jamaica.

Dezenas de celebridades, incluindo colegas e músicos, fãs e imprensa estiveram no local. Vários artistas prestaram a última homenagem com corpo presente na tarde de ontem, nomes como Freddie McGregor, Ken Boothe, Derrick Harriott, Luciano, Tinga Stewart, Dennis Alcapone, Silverstones, Ken Bob, Errok Black Steel, Tommy Cowan (produtor musical), Errol Dunkley, Carlene Davis, Ninjaman, Lloyd Parks, Junior Tucker e George Nooks. O cantor U Roy que também estava presente fez um discurso sobre o Holt e cantou em sua homenagem.

As filhas de John Holt, Debbie e Natalie, recordaram dias felizes ao lado do pai: “Meu pai adorava sua vida, cantar para as pessoas”, disse Debbie. “O carinho dos fãs é imensurável, a sua discografia reflete nisso. Ele ganhou o respeito de especialistas de música em todo mundo”, comentou Natalie.

Holt foi enterrado no Memorial Park Dovecot em St. Catherine, Jamaica. Estiveram presentes a viúva Merle, filhos, netos, bisneto, irmãos, um número de parentes e fãs no mundo inteiro.

DJ Waldiney

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