Sobre Feira do Livro e outros assuntos

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FELIS DE VOLTA À MARIA ARAGÃO

Depois de uma edição sem comentários elogiosos, ano passado, a Feira do Livro de São Luís volta a acontecer no seu lugar de origem e, provavelmente, o mais adequado para o evento: a Praça Maria Aragão. A FELIS será realizada de 13 a 22 deste mês com a presença de nomes bem interessantes, a exemplo do cubano Marcial Gala. Autor de A catedral negra, seu primeiro romance, Gala recebeu o prêmio Alejo Carpentier, em 2012, e o prêmio da crítica para o melhor livro publicado em Cuba em 2012. Estarão por aqui também Paula Pimenta, Salgado Maranhão, Rodrigo Faour, Luciano Pontes, Andrea Prestes, Sônia Rosa, Cristóvão Tezza, Daniel Munduruku (a confirmar) e Rapahel Montes, carioca conhecido por suas histórias de suspense, crime e terror e autor dos romances Suicidas, Dias Perfeitos, O Vilarejo, Jantar Secreto.

LEI PAULO GUSTAVO: FALTA EDITAL DO ESTADO

As inscrições da prefeitura de São Luís para concorrer aos recursos da Lei Paulo Gustavo foram encerradas. Ouvi comentários elogiosos a respeito da facilidade oferecida pelo sistema da Secretaria de Cultura do Município para realizar as inscrições on-line, tudo muito simples, sem complicações. A classe artística espera ansiosamente que o governo do Maranhão publique seu edital.

PARABÉNS, KRENAK!

Viva! A Academia Brasileira de Letras terá entre seus membros o primeiro indígena da sua história, o ativista ambiental Ailton Krenak, eleito com 23 votos para a cadeira número 5, antes ocupada por José Murilo de Carvalho. Krenak superou dois ótimos nomes, igualmente merecedores do fardão: Mary del Priore e o escritor também indígena Daniel Munduruku, que obtiveram, respetivamente, 12 e 14 votos.

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Girotecas adquiridas pelo governo do estado vão para Escolas Dignas de comunidades quilombolas

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O governo do Maranhão está adquirindo cinco bibliotecas móveis que serão brevemente instaladas em escolas dignas de cidades do interior. O projeto, segundo o empresário Milton Lira, é piloto, podendo ser ampliado para outras unidades existente em diversos municípios do estado. As chamadas Girotecas são bibliotecas móveis que podem ser facilmente instaladas graças à flexibilidade da sua estrutura, nos mais diversos ambientes, se adaptando a praticamente qualquer espaço. Contam, entre outros itens, com um acervo básico de 4 mil livros, entre físicos e digitais e equipamentos tecnológicos voltados para garantir a inclusão.

Giroteca já instalada em escola de São Luís, com acessibilidade, tecnologia e muita literatura.
Em breve, estarão presentes em cinco Escolas Dignas

“As Girotecas estão sendo muito bem aceitas nas escolas onde foram instaladas (a prefeitura de São Luís, em sua gestão anterior, adquiriu 20 unidades) e tenho certeza de que prestarão um grande serviço ao serem absorvidas por esse belo projeto do governo, que são as escolas dignas”, comenta Milton Lira, proprietário da livraria Vozes e um dos mais tradicionais livreiros de São Luís.

 Para Milton, a Giroteca se destaca por vários aspectos. Um deles, é a rapidez e facilidade com que qualquer instituição pode montar sua biblioteca. “Uma vez instalada, o que leva apenas dois ou três dias, a Giroteca já está disponível para o uso”, diz. Outro fator que o empresário considera relevante é o apoio que o projeto vem dando à literatura produzida no Maranhão, uma vez que é prioritária em suas prateleiras a presença de livros produzidos por escritores do nosso estado. “É uma forma de valorizar a literatura produzida aqui, estimulando a produção local”, afirma.

O empresário Kléber de Castro, idealizador das bibliotecas móveis, destaca que com essa aquisição o governo do estado faz ainda um resgate histórico, de atenção e respeito às comunidades quilombolas maranhenses, uma vez que as Girotecas agora obtidas já têm destino certo: elas irão servir comunidades quilombolas nos municípios de Mata Roma, Itapecuru, Vargem Grande, Mirinzal e São Vicente Ferrer. “É louvável a iniciativa de atender a essas comunidades, garantido às suas crianças e jovens acesso ao livro e à leitura”, diz.

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ATELIÊ DE AIRTON MARINHO REABRE NA PRAIA GRANDE

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Depois de quatro anos sem atividades, o ateliê do artista plástico Airton Marinho, no centro histórico, reabre as portas e traz novidades: uma nova coleção de xilogravuras retratando algumas das mais tradicionais festas populares do país, como maracatu, carnaval, entre outras. Com esse novo trabalho, Airton Marinho celebra 40 anos de produção, com motivos de sobra para comemorar: com seu nome consolidado como um dos mais importantes artistas plásticos do Maranhão, as obras de Marinho encontram-se em museus, acervos de colecionadores, livros, galerias de arte do país, além de bastante procuradas por quem visita a cidade.

Frida Kahlo by Airton Marinho, retrato em xilogravura da artista mexicana

Com endereço no Beco Catarina Mina, 211, Praia Grande, o ateliê funciona de segunda a sexta, pela manhã e tarde. E, vale lembrar, o preço dos trabalhos não pesam no bolso, com valores que vão de cinquenta a duzentos reais. Estão expostos no ateliê, além de peças da nova coleção, gravuras mais antigas e já icônicas, como as que retratam o bumba meu boi e as lendas maranhenses. Entre as novidades, chama atenção também o Frida Kahlo by Airton Marinho, homenagem do maranhense à grande artista plástica mexicana.

A beleza e as cores do maracatu, por Airton Marinho
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Apresentações do ‘Conexão Cultural’ podem ser vistas no YouTube

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As apresentações dos artistas maranhenses inscritos no edital Conexão Cultural podem ser vistas também no canal do YouTube ‘Cultura do Maranhão’ (https://bit.ly/2KxWeM1), da Secretaria de Estado da Cultura (Secma).

O conteúdo é disponibilizado diariamente e cada apresentação tem de 15 a 30 minutos de duração. Podem ser vistos por lá vídeos como do violonista Luiz Júnior, da Dj Vanessa Serra, da cantora Didã, dos grupos Forró do Thop, Verde Reggae Vila e muitos outros.  A produção é do próprio artista que envia para a Secretaria o link para transmissão, conforme estabelecido no edital.

O Conexão Cultural foi lançado pelo governo do Maranhão com o objetivo de reduzir os efeitos da crise do Coronavírus e fomentar a cultura em tempos de pandemia.

Até agora, foram dois editais lançados. Lembrando que os artistas inscritos no primeiro edital terão até esta quarta-feira, 29, para enviar os arquivos, e os inscritos no segundo edital deverão disponibilizar o link até sexta-feira, 1º de maio.

Importante: o vídeo deve ser atual, produzido especialmente para o Conexão Cultural e não pode reunir mais de 5 pessoas, respeitando o distanciamento recomendando pela OMS.

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Livreiros reagem à crise com atendimento delivery

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As dificuldades impostas pelo novo coronavírus são imensas, mas desistir parece não ser palavra que conste do dicionário de alguns dos principais livreiros de São Luís. Com lojas fechadas, faturamento desabando e um cenário difícil de prever, empresários do setor tem se virado como podem para manter seus negócios e, sobretudo, o otimismo de pé. Milton Lira, da Vozes, é um exemplo. Com sua livraria no centro fechada há mais de um mês, o empresário tem atendido a domicílio pedidos feito por telefone. “É o jeito que estamos encontrando de atender nossa clientela e manter o mínimo de atividade”, diz Milton.

Há cerca de vinte anos em funcionamento na capital, a Vozes ficou conhecida pelo seu acervo universitário, o que inclui uma diversificada oferta de títulos nas áreas do Direito, História, Filosofia, Economia, Serviço Social, entre outros. Além de livros de ficção, literatura infantil e obras de autores maranhenses.

Já a livraria Leitura, a mais robusta por aqui, com pontos de venda no São Luís Shopping e Shopping da Ilha, também trabalha no sentido de manter suas atividades a despeito da quarentena. “Iniciamos nosso delivery a pedidos dos nossos clientes e como a saúde dos nossos colaboradores está em primeiro lugar, optamos por colocá-los em casa, ficando nas lojas apenas os gestores para o atendimento dos pedidos”, diz o gerente Gilberto Andrade.

Lançamento do livro Arte e manhas do Jabuti, na Leitura

Segundo Gilberto, mesmo antes de fechar as lojas, a empresa vinha se preparando para os dias difíceis. “Vínhamos observando o cenário mundial e nos planejamos, adiantando férias e revendo pedidos”, conta, chamando a atenção para o momento, que chamou de desafiador, e que obriga a todos a agirem com cautela e a cabeça no lugar.

No entender de Gilberto, é inevitável. Todo o comércio vai sentir muito daqui pra frente, o que aponta para um encolhimento do mercado. “Mas com os pés no chão e caminhando dia após dia, podemos sair mais fortes e juntos desse momento difícil”, aposta.

Importante lembrar que a crise no setor não se deve exclusivamente ao desmantelo provocado pela pandemia. Na verdade, quem acompanha minimamente o mercado do livro sabe dos perrengues que o setor vem passando nos últimos dois anos, com duas das maiores livrarias do país enfrentando sérias dificuldades, enquanto outras juntaram-se, outras demitiram em massa e outras ainda quebraram ou seguem no caminho.

Leitores interessados em fazer pedidos para a rede Leitura podem ligar para 99145-3820 ou 99145-264.

A Vozes atende pedidos pelo telefone 98116-0120.

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Lendas caxienses em livro para a criançada

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Caxias, terra de poetas e grandes escritores, é também um campo fértil da arte popular. Comprovação disso são as diversas lendas, esses contos da tradição oral que passam de geração em geração, ensinando, divertindo, e, às vezes, acordando o medo. Algumas dessas lendas tive o prazer de juntar no livro “O Pé de Garrafa e outras lendas caxienses”, onde reúno, em mais uma aventura de Touchê e sua turma, alguns dos relatos mais conhecidos.

Estão lá, além do Pé de Garrafa, que dá título ao livro, a tocante lenda da Veneza. Neste tocante conto, a menina Vena, odiada pela madrasta, é obrigada a ir às compras, obrigando-se, para isso, a atravessar uma perigosa área de floresta. Não deu outra. Dias depois, de uma forma surpreendente, o pai fica sabendo da tragédia que acontecera à pobre criança.

Clique e baixe o livro no site da Amazon

Um aspecto interessante dessa lenda é que ela conta com uma belíssima referência física: um balneário chamado Veneza, onde, de uma fonte, jorra uma água cristalina que cura os doentes. Água essa que, asseveram os caxienses, são as lágrimas da menina morta.

Outras figuras fantásticas apresentadas no livro: uma serpente alada que vive no subsolo da Igreja do Rosário, ameaçando, periodicamente, colocar tudo abaixo, e a temida Mãe d’Água, sempre pronta  para levar para os seus reinos profundos todo aquele que, depois de um encontro com ela, sair contando tudo o que viu.

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Pandemia e mercado livreiro

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A oferta de livros virtuais pode contribuir para que o baque no setor do livro e leitura seja menos pesado. Mas a coisa com certeza vai ser bem difícil e muita criatividade será necessária para o enfrentamento da crise. No caso de São Luís, com o fechamento dos shoppings, onde estão concentradas a maioria das livrarias da cidade, é de se pensar o que vai acontecer. Como pagar aluguéis, funcionários, etc, com as portas fechadas? Outra perda provável: nestas circunstâncias, dificilmente a Feira do Livro de São Luís, que seria antecipada por ser ano de eleição, vai acontecer. Uma pena.

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Coronavírus: tem servidor da Uema Net preocupado com trabalho presencial

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Tem profissional que serve na UEMA NET, na Universidade Estadual do Maranhão, preocupado com o regime de trabalho presencial no setor, diante da ameaça do novo Coronavirus. As atividades ali realizadas, segundo afirmam, poderiam ser em grande parte executadas com a mesma produtividade e eficiência em regime de Home Office, mas a liberação não estaria sendo concedida. São diversos profissionais trabalhando em ambiente fechado, com fluxo de pessoas, e, dizem, sem disponibilização de álcool 70 e outros produtos úteis no combate à infeção. Se, de fato, o trabalho pode ser feito à distância, com certeza uma mudança de rotina deve ser considerada, no sentido de não expor as pessoas, inclusive obrigadas a tomarem coletivos, a riscos desnecessários.

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Girotecas fazem sucesso em escolas de São Luís

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As Girotecas, bibliotecas que começaram a ser utilizadas este ano em São Luís, estão fazendo sucesso entre alunos, professores e gestores de escolas onde o novo modelo foi implantado.  Trata-se de equipamentos móveis que reúnem, em uma só unidade, livros, estação de informática, mapoteca, tablets e outros itens voltados para o apoio didático, a pesquisa e o incentivo à leitura. Projeto pioneiro, as Girotecas foram pensadas, como explica o proprietário da Livraria Vozes, empresario Milton Lira, como acervos móveis, com o objetivo de tornar fácil e prático a instalação em qualquer escola, de uma biblioteca completa, prontinha para ser utilizada.

            “Antes, não tínhamos biblioteca. Agora, temos uma, que está motivando nossas crianças a lerem mais”, comemora Lidalva de Jesus Costa, diretora da UEB Mariana Pavão, escola municipal localizada no bairro do Anil. Trabalhando na insitituição há trinta anos, a gestora se diz muito feliz com a aquisição, realizada através da Secretaria Municipal de Educação, e vê na nova biblioteca, além de sua imensa importância para o incentivo à prática da leitura, um apoio fundamental para os projetos literários que a comunidade realiza todos os anos. “Anualmente realizamos com nossos alunos o projeto Mariana, te quero lendo e escrevendo. Agora, esse projeto será fortalecido com os benefícios propiciados pela Giroteca”, diz Lindalva.

            Na UEB José Assub, no bairro Santa Cruz, a satisfação é a mesma com os resultados obtidos desde a chegada do novo equipamento. “Também não contávamos com uma biblioteca e havia uma ansiedade dos alunos por um ambiente como esse. Agora eles tem um local adequado e agradável para pesquisar, para ler e podem até fazer empréstimos, levando livros para casa”, observam as gestoras Elza Bastos e sua adjunta, Ana Rafaela Coelho. “Foi um verdadeiro presente, que veio para incentivar o hábito da leitura, ajudar no desempenho dos nossos alunos e alunas, fomentar a pesquisa”, complementam, lembrando que até reunião de pais tem acontecido no novo espaço.

            Além de livros físicos, a Giroteca conta ainda com diversos títulos virtuais. E, observa Milton Lira, entre seus 1500 títulos do acervo básico, estão presentes obras de autores maranhenses. “Isso porque esse é um projeto que não pretende incentivar apenas a leitura, mas também a produção literária em nosso estado, que atualmente está bastante forte e precisa chegar cada vez mais visibilidade”, finaliza Milton.

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Um crime bárbaro

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Como se livrar de uma dívida? Para a maioria, pagando. Para alguns, simplesmente eliminando o credor. No início do século vinte, um homicídio (na verdade um duplo homicídio) deixou a população da pacata São Luís em alvoroço. O crime, relatado no livro “História do antigomobilismo em São Luís”, de Ramssés de Souza Silva, aconteceu no dia 10 de novembro de 1913, sendo a motivação absolutamente torpe.

Querendo livrar -se de uma dívida no Café São José (esquina da Rua Grande com a Rua do Passeio) o argentino Antônio Bazano e os espanhóis Antônio Lugo, Henrique Gomez e Manuel Sanchez tramaram a morte do seu proprietário, o português Tomaz de Aquino Silva.

Do planejamento para a execução, foi um pulo. Que, no entanto, deu errado. Por motivo de doença, naquele dia fatídico Tomaz não foi trabalhar, sendo substituído por seu irmão, José Diniz, que acabou sendo morto a facadas juntamente com Jorge Ribeiro, adolescente empregado no estabelecimento. Depois do bárbaro ataque, os assassinos envolveram as vítimas em um saco de estopa que foi abandonado no salão do estabelecimento e fugiram. Mas logo foram descobertos e presos.

Alguns criminosos foram extraditados para seus países. Já Antônio Bazano permaneceu preso no Brasil, para, depois de ser solto, levar uma vida pacata vivendo seus últimos dias na Rua Jacinto Maia, antes Rua da Cascata.

Os protagonistas do crime, que entrou para a crônica policial da cidade com o nome de Caso Bazano, vieram para São Luís contratados pelo francês Georges Guinard para trabalharem na primeira oficina mecânica da cidade, a Garage Franceza, que funcionou nos fundos do Seminário Santo Antônio.

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