Vencedor do Prêmio Oceanos 2023 visita São Luís, lança livro e fala para grande público na AML

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O escritor cabo-verdiano Joaquim Arena encerrou seus compromissos no Maranhão na última quinta-feira (22) com uma visita ao ex-presidente José Sarney. Arena esteve em São Luís por nove dias a convite do projeto Conversações de Além-Mar, que visa promover a literatura de língua portuguesa através de encontros, palestras e outras atividades culturais. Durante sua estadia na capital maranhense, o autor visitou instituições culturais e participou de um bate-papo na Academia Maranhense de Letras (AML), seguido do lançamento de seu romance Siríaco e Mr. Charles, vencedor do Prêmio Oceanos 2023 e até então inédito no Brasil. “Foi um evento muito bonito que, após uma conversa agradável, permitiu que as pessoas tivessem uma ideia de quem sou, de onde venho e o que faço”, afirmou Arena.

Antes de Joaquim Arena, outros escritores renomados, como o moçambicano Mia Couto, o angolano José Eduardo Agualusa e o brasileiro Laurentino Gomes, autor da aclamada trilogia Escravidão, já haviam participado do projeto Conversações de Além-Mar. Arena destacou a importância de São Luís como um local ideal para encontros literários como esse. Ele lembrou que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) começou a ser concebida em um encontro na cidade, promovido por José Aparecido de Oliveira, antigo embaixador do Brasil em Portugal e uma figura central na criação da instituição. A CPLP reúne países lusófonos com o objetivo de fortalecer a amizade e a cooperação entre seus membros.

O escritor Joaquim Arena, ao centro, com o ex-presidente José Sarney e o advogado
Kécio Rabelo, presidente da Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB)

Comentando sobre o projeto Conversações de Além-Mar, Arena enfatizou o potencial da iniciativa para unir escritores de diversas origens que falam e escrevem em português, enriquecendo tanto a comunidade lusófona quanto a literatura em língua portuguesa. “A língua portuguesa é o que nos une. E é através da literatura que essa língua se dissemina em seus vários falares. Embora exista uma só língua portuguesa, os seus falares são vários, e é nisso que reside sua riqueza “, afirmou o escritor.

Arena se mostrou especialmente impressionado com sua visita à Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), sediada no Convento das Mercês e presidida pelo advogado Kécio Rabelo. A instituição abriga um vasto acervo doado pelo ex-presidente José Sarney ao estado do Maranhão. A coleção inclui obras de arte, documentos e outros itens recebidos por Sarney durante seu mandato, além de cerca de um milhão de documentos que registram detalhadamente seu governo. “Todo despacho tinha uma cópia, de modo que todo o meu governo está documentado”, disse Sarney a Arena, acrescentando com humor: “Sempre digo que, quem quiser falar mal de mim, é só ir ao acervo da Fundação, porque coloquei tudo lá. O que era a favor e também o que era contra.”

O acervo também conta com uma coleção de 34 mil livros, muitos deles raros, incluindo dois mil volumes em primeira edição, como Espumas Flutuantes de Castro Alves. Arena comentou que, diante dos desafios de memória enfrentados por nações africanas, outros países poderiam se inspirar no exemplo da Fundação. Esta edição do Conversações de Além-Mar contou com o apoio da Academia Maranhense de Letras (AML), SESC-MA, Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB) e Instituto Casa do Autor Maranhense (ICAM).

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ADIVINHA QUEM FOI O MIOLO DO BOI NO PNLD LITERÁRIO 2023

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O livro Adivinha quem foi o miolo do boi (Editora do Brasil) inspirado na festa do bumba meu boi do Maranhão, é um dos selecionados para o Plano Nacional do Livro Didático e Literário – PNLD 2023, o maior programa de distribuição de livros para escolas públicas do país, executado pelo governo federal. A obra conta a história de Duda, garoto que fica superanimado diante da expectativa de passar suas férias na companhia do primo Beto, que vem de outra cidade para visitá-lo. Mas que, ao perceber a atenção que todos estão dando para o recém-chegado, se vê confrontado com sentimentos de desconforto e ciúmes.

A convivência entre os primos prossegue aos trancos e barrancos, com Duda tratando Beto com indelicadeza. Curioso, o visitante está sempre fazendo perguntas ao primo sobre coisas interessantes a respeito da cultura da cidade, mas recebendo de volta apenas respostas ásperas. Até que durante uma noite especial, ao assistirem juntos à apresentação de um Bumba Meu Boi num animado terreiro, os dois encontram uma oportunidade única de explorar os laços familiares e descobrir o verdadeiro valor da amizade.

Adivinha quem foi o miolo do boi tem como pano de fundo uma das maiores festas populares do país, que é o São João do Maranhão. E é uma homenagem a um dos personagens do boi quase nunca visto, mas sem o qual a brincadeira sequer existiria: o miolo do boi, indivíduo que durante as apresentações dá vida à replica artesanal do adorável novilho. 

O livro conta com ilustrações primorosas de Luciana Grether, carioca que ao visitar São Luís anos atrás converteu-se numa declarada apaixonada pela manifestação. É enriquecido ainda com o auto do Bumba Meu Boi contado em forma de teatro, para facilitar montagens da história no ambiente escolar. Nossa torcida para que este livro genuinamente maranhense chegue ao máximo de escolas do país e, em especial às do Maranhão, bastando para isso que seja escolhido na plataforma que o governo coloca à disposição dos educadores. 

FICHA TÉCNICA

Autor(es): WILSON MARQUES (TEXTO)/ LUCIANA GRETHER (ILUSTRAÇÕES)

Páginas: 32

ISBN: 9788510068116

Edição: 1

Coleção: MIL E UMA HISTÓRIAS

Tema: PLURALIDADE CULTURAL

Assunto: CULTURA POPULAR, DIVERSIDADE

Segmento: ENSINO FUNDAMENTAL I

Ano: ENS. FUND. I – 4º ANO

Disciplina: LITERATURA INFANTIL

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Sobre Feira do Livro e outros assuntos

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FELIS DE VOLTA À MARIA ARAGÃO

Depois de uma edição sem comentários elogiosos, ano passado, a Feira do Livro de São Luís volta a acontecer no seu lugar de origem e, provavelmente, o mais adequado para o evento: a Praça Maria Aragão. A FELIS será realizada de 13 a 22 deste mês com a presença de nomes bem interessantes, a exemplo do cubano Marcial Gala. Autor de A catedral negra, seu primeiro romance, Gala recebeu o prêmio Alejo Carpentier, em 2012, e o prêmio da crítica para o melhor livro publicado em Cuba em 2012. Estarão por aqui também Paula Pimenta, Salgado Maranhão, Rodrigo Faour, Luciano Pontes, Andrea Prestes, Sônia Rosa, Cristóvão Tezza, Daniel Munduruku (a confirmar) e Rapahel Montes, carioca conhecido por suas histórias de suspense, crime e terror e autor dos romances Suicidas, Dias Perfeitos, O Vilarejo, Jantar Secreto.

LEI PAULO GUSTAVO: FALTA EDITAL DO ESTADO

As inscrições da prefeitura de São Luís para concorrer aos recursos da Lei Paulo Gustavo foram encerradas. Ouvi comentários elogiosos a respeito da facilidade oferecida pelo sistema da Secretaria de Cultura do Município para realizar as inscrições on-line, tudo muito simples, sem complicações. A classe artística espera ansiosamente que o governo do Maranhão publique seu edital.

PARABÉNS, KRENAK!

Viva! A Academia Brasileira de Letras terá entre seus membros o primeiro indígena da sua história, o ativista ambiental Ailton Krenak, eleito com 23 votos para a cadeira número 5, antes ocupada por José Murilo de Carvalho. Krenak superou dois ótimos nomes, igualmente merecedores do fardão: Mary del Priore e o escritor também indígena Daniel Munduruku, que obtiveram, respetivamente, 12 e 14 votos.

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Girotecas adquiridas pelo governo do estado vão para Escolas Dignas de comunidades quilombolas

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O governo do Maranhão está adquirindo cinco bibliotecas móveis que serão brevemente instaladas em escolas dignas de cidades do interior. O projeto, segundo o empresário Milton Lira, é piloto, podendo ser ampliado para outras unidades existente em diversos municípios do estado. As chamadas Girotecas são bibliotecas móveis que podem ser facilmente instaladas graças à flexibilidade da sua estrutura, nos mais diversos ambientes, se adaptando a praticamente qualquer espaço. Contam, entre outros itens, com um acervo básico de 4 mil livros, entre físicos e digitais e equipamentos tecnológicos voltados para garantir a inclusão.

Giroteca já instalada em escola de São Luís, com acessibilidade, tecnologia e muita literatura.
Em breve, estarão presentes em cinco Escolas Dignas

“As Girotecas estão sendo muito bem aceitas nas escolas onde foram instaladas (a prefeitura de São Luís, em sua gestão anterior, adquiriu 20 unidades) e tenho certeza de que prestarão um grande serviço ao serem absorvidas por esse belo projeto do governo, que são as escolas dignas”, comenta Milton Lira, proprietário da livraria Vozes e um dos mais tradicionais livreiros de São Luís.

 Para Milton, a Giroteca se destaca por vários aspectos. Um deles, é a rapidez e facilidade com que qualquer instituição pode montar sua biblioteca. “Uma vez instalada, o que leva apenas dois ou três dias, a Giroteca já está disponível para o uso”, diz. Outro fator que o empresário considera relevante é o apoio que o projeto vem dando à literatura produzida no Maranhão, uma vez que é prioritária em suas prateleiras a presença de livros produzidos por escritores do nosso estado. “É uma forma de valorizar a literatura produzida aqui, estimulando a produção local”, afirma.

O empresário Kléber de Castro, idealizador das bibliotecas móveis, destaca que com essa aquisição o governo do estado faz ainda um resgate histórico, de atenção e respeito às comunidades quilombolas maranhenses, uma vez que as Girotecas agora obtidas já têm destino certo: elas irão servir comunidades quilombolas nos municípios de Mata Roma, Itapecuru, Vargem Grande, Mirinzal e São Vicente Ferrer. “É louvável a iniciativa de atender a essas comunidades, garantido às suas crianças e jovens acesso ao livro e à leitura”, diz.

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ATELIÊ DE AIRTON MARINHO REABRE NA PRAIA GRANDE

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Depois de quatro anos sem atividades, o ateliê do artista plástico Airton Marinho, no centro histórico, reabre as portas e traz novidades: uma nova coleção de xilogravuras retratando algumas das mais tradicionais festas populares do país, como maracatu, carnaval, entre outras. Com esse novo trabalho, Airton Marinho celebra 40 anos de produção, com motivos de sobra para comemorar: com seu nome consolidado como um dos mais importantes artistas plásticos do Maranhão, as obras de Marinho encontram-se em museus, acervos de colecionadores, livros, galerias de arte do país, além de bastante procuradas por quem visita a cidade.

Frida Kahlo by Airton Marinho, retrato em xilogravura da artista mexicana

Com endereço no Beco Catarina Mina, 211, Praia Grande, o ateliê funciona de segunda a sexta, pela manhã e tarde. E, vale lembrar, o preço dos trabalhos não pesam no bolso, com valores que vão de cinquenta a duzentos reais. Estão expostos no ateliê, além de peças da nova coleção, gravuras mais antigas e já icônicas, como as que retratam o bumba meu boi e as lendas maranhenses. Entre as novidades, chama atenção também o Frida Kahlo by Airton Marinho, homenagem do maranhense à grande artista plástica mexicana.

A beleza e as cores do maracatu, por Airton Marinho
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Apresentações do ‘Conexão Cultural’ podem ser vistas no YouTube

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As apresentações dos artistas maranhenses inscritos no edital Conexão Cultural podem ser vistas também no canal do YouTube ‘Cultura do Maranhão’ (https://bit.ly/2KxWeM1), da Secretaria de Estado da Cultura (Secma).

O conteúdo é disponibilizado diariamente e cada apresentação tem de 15 a 30 minutos de duração. Podem ser vistos por lá vídeos como do violonista Luiz Júnior, da Dj Vanessa Serra, da cantora Didã, dos grupos Forró do Thop, Verde Reggae Vila e muitos outros.  A produção é do próprio artista que envia para a Secretaria o link para transmissão, conforme estabelecido no edital.

O Conexão Cultural foi lançado pelo governo do Maranhão com o objetivo de reduzir os efeitos da crise do Coronavírus e fomentar a cultura em tempos de pandemia.

Até agora, foram dois editais lançados. Lembrando que os artistas inscritos no primeiro edital terão até esta quarta-feira, 29, para enviar os arquivos, e os inscritos no segundo edital deverão disponibilizar o link até sexta-feira, 1º de maio.

Importante: o vídeo deve ser atual, produzido especialmente para o Conexão Cultural e não pode reunir mais de 5 pessoas, respeitando o distanciamento recomendando pela OMS.

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Livreiros reagem à crise com atendimento delivery

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As dificuldades impostas pelo novo coronavírus são imensas, mas desistir parece não ser palavra que conste do dicionário de alguns dos principais livreiros de São Luís. Com lojas fechadas, faturamento desabando e um cenário difícil de prever, empresários do setor tem se virado como podem para manter seus negócios e, sobretudo, o otimismo de pé. Milton Lira, da Vozes, é um exemplo. Com sua livraria no centro fechada há mais de um mês, o empresário tem atendido a domicílio pedidos feito por telefone. “É o jeito que estamos encontrando de atender nossa clientela e manter o mínimo de atividade”, diz Milton.

Há cerca de vinte anos em funcionamento na capital, a Vozes ficou conhecida pelo seu acervo universitário, o que inclui uma diversificada oferta de títulos nas áreas do Direito, História, Filosofia, Economia, Serviço Social, entre outros. Além de livros de ficção, literatura infantil e obras de autores maranhenses.

Já a livraria Leitura, a mais robusta por aqui, com pontos de venda no São Luís Shopping e Shopping da Ilha, também trabalha no sentido de manter suas atividades a despeito da quarentena. “Iniciamos nosso delivery a pedidos dos nossos clientes e como a saúde dos nossos colaboradores está em primeiro lugar, optamos por colocá-los em casa, ficando nas lojas apenas os gestores para o atendimento dos pedidos”, diz o gerente Gilberto Andrade.

Lançamento do livro Arte e manhas do Jabuti, na Leitura

Segundo Gilberto, mesmo antes de fechar as lojas, a empresa vinha se preparando para os dias difíceis. “Vínhamos observando o cenário mundial e nos planejamos, adiantando férias e revendo pedidos”, conta, chamando a atenção para o momento, que chamou de desafiador, e que obriga a todos a agirem com cautela e a cabeça no lugar.

No entender de Gilberto, é inevitável. Todo o comércio vai sentir muito daqui pra frente, o que aponta para um encolhimento do mercado. “Mas com os pés no chão e caminhando dia após dia, podemos sair mais fortes e juntos desse momento difícil”, aposta.

Importante lembrar que a crise no setor não se deve exclusivamente ao desmantelo provocado pela pandemia. Na verdade, quem acompanha minimamente o mercado do livro sabe dos perrengues que o setor vem passando nos últimos dois anos, com duas das maiores livrarias do país enfrentando sérias dificuldades, enquanto outras juntaram-se, outras demitiram em massa e outras ainda quebraram ou seguem no caminho.

Leitores interessados em fazer pedidos para a rede Leitura podem ligar para 99145-3820 ou 99145-264.

A Vozes atende pedidos pelo telefone 98116-0120.

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Lendas caxienses em livro para a criançada

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Caxias, terra de poetas e grandes escritores, é também um campo fértil da arte popular. Comprovação disso são as diversas lendas, esses contos da tradição oral que passam de geração em geração, ensinando, divertindo, e, às vezes, acordando o medo. Algumas dessas lendas tive o prazer de juntar no livro “O Pé de Garrafa e outras lendas caxienses”, onde reúno, em mais uma aventura de Touchê e sua turma, alguns dos relatos mais conhecidos.

Estão lá, além do Pé de Garrafa, que dá título ao livro, a tocante lenda da Veneza. Neste tocante conto, a menina Vena, odiada pela madrasta, é obrigada a ir às compras, obrigando-se, para isso, a atravessar uma perigosa área de floresta. Não deu outra. Dias depois, de uma forma surpreendente, o pai fica sabendo da tragédia que acontecera à pobre criança.

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Um aspecto interessante dessa lenda é que ela conta com uma belíssima referência física: um balneário chamado Veneza, onde, de uma fonte, jorra uma água cristalina que cura os doentes. Água essa que, asseveram os caxienses, são as lágrimas da menina morta.

Outras figuras fantásticas apresentadas no livro: uma serpente alada que vive no subsolo da Igreja do Rosário, ameaçando, periodicamente, colocar tudo abaixo, e a temida Mãe d’Água, sempre pronta  para levar para os seus reinos profundos todo aquele que, depois de um encontro com ela, sair contando tudo o que viu.

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Pandemia e mercado livreiro

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A oferta de livros virtuais pode contribuir para que o baque no setor do livro e leitura seja menos pesado. Mas a coisa com certeza vai ser bem difícil e muita criatividade será necessária para o enfrentamento da crise. No caso de São Luís, com o fechamento dos shoppings, onde estão concentradas a maioria das livrarias da cidade, é de se pensar o que vai acontecer. Como pagar aluguéis, funcionários, etc, com as portas fechadas? Outra perda provável: nestas circunstâncias, dificilmente a Feira do Livro de São Luís, que seria antecipada por ser ano de eleição, vai acontecer. Uma pena.

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Coronavírus: tem servidor da Uema Net preocupado com trabalho presencial

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Tem profissional que serve na UEMA NET, na Universidade Estadual do Maranhão, preocupado com o regime de trabalho presencial no setor, diante da ameaça do novo Coronavirus. As atividades ali realizadas, segundo afirmam, poderiam ser em grande parte executadas com a mesma produtividade e eficiência em regime de Home Office, mas a liberação não estaria sendo concedida. São diversos profissionais trabalhando em ambiente fechado, com fluxo de pessoas, e, dizem, sem disponibilização de álcool 70 e outros produtos úteis no combate à infeção. Se, de fato, o trabalho pode ser feito à distância, com certeza uma mudança de rotina deve ser considerada, no sentido de não expor as pessoas, inclusive obrigadas a tomarem coletivos, a riscos desnecessários.

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