Reggae Point, da Rádio Mirante FM (96,1 MHz), foi destaque nesse domingo (18) no Jamaica Gleaner, de Kingston, sobre seu trigésimo aniversário. O programa está no ar ininterruptamente desde 1991 e já é considerado o mais antigo neste segmento musical. O jornal falou da minha trajetória no Reggae Point como DJ, locutor e produtor, que iniciou em agosto de 1995 e, também, da minha contribuição em shows internacionais; da importância do programa na disseminação do ritmo no estado do Maranhão e sobre o nosso jeito de dançar reggae agarradinho. Agradeço imensamente ao reconhecimento do Jamaica Gleaner. Confira a matéria aqui!
Com emoção e orgulho, o selo Trojan Jamaica anuncia o lançamento do último registro de estúdio de U-Roy, um dos maiores mestres da música jamaicana de todos os tempos: Solid Gold U-Roy. O disco estava previsto para ser lançado em 2020, junto com uma turnê mundial, mas, infelizmente, a pandemia atrasou os planos.
Em 17 de fevereiro de 2021, a notícia do falecimento de U-Roy, em Kingston, repercutiu mundialmente. Homenagens por sua indiscutível relevância para a música não faltaram na imprensa e nas redes sociais de estrelas da música e do cinema.
Exatamente um ano antes, U-Roy fazia sua última tour no Brasil ao lado de artistas como: BNegão, MiniStereo Público e Russo Passapusso, Digitaldubs e osfundadores do selo Trojan Jamaica, Zak Starkey e Sharna “Sshh” Liguz. Na época, U-Roy lançava “Wake The Town“, o primeiro single do disco Solid Gold U-Roy.
Agora, este lançamento se materializa como uma grande celebração coletiva em torno do nome de U-Roy, o criador do “toasting”. A técnica musical de canto-falar sobre o ritmo da música foi desenvolvida nos anos 60 e disseminada mundialmente. U-Roy foi o precursor deste estilo que influenciou tanto a cena sound system quanto o hip hop.
“Fizemos o álbum ‘Solid Gold’ porque queríamos que todos soubessem que U-Roy ajudou a inventar o rap”, afirma Sharna “Sshh” Liguz, fundadora do selo Trojan Jamaica ao lado de Zak Starkey.
Junto com U-Roy, 12 participações especiais figuram no álbum: Ziggy Marley, Santigold, Shaggy, Mick Jones (The Clash), Tarrus Riley, David Hinds (Steel Pulse), Jesse Royal, Rygin King, Sly & Robbie, Richie Spice, Big Youth e Scientist.
“Foi uma grande honra trabalhar nesse projeto com U-Roy, um verdadeiro precursor,” afirma Santigold. “Ele foi pioneiro num gênero que me influenciou profundamente. Tanto que a música da minha participação, “Man Next Door” é uma das minhas favoritas desde criança. Eu já tinha a harmonia da música no meu corpo, não precisei pensar nem um segundo”, completa ela.
“É uma sensação incrível ter colaborado com uma lenda do calibre de Daddy U-Roy”, afirma Rygin King. “Não é todo mundo que grava com um dos seus precursores. Agradeço demais por ter registrado ‘Stop That Train’, um clássico que faz parte da nossa cultura”, completa o astro em ascensão na Jamaica.
Zak Starkey e Sharna “Sshh” Liguz – os fundadores do selo Trojan Jamaica – conheceram U-Roy em 2018, em Kingston, e sua amizade se desenvolveu de forma natural. A dupla se sente extremamente privilegiada por ter assinado com ele e está profundamente comprometida a honrar seu legado.
“No primeiro encontro, nos demos muito bem e já conversamos sobre regravar seus maiores sucessos com convidados especiais. Era fácil conversar com ele, bastante acessível, mas muito digno e confiante. Seu jeito era despretensioso, mas quando abria a boca, saía uma grande declaração”, lembra Sshh.
“Três semanas após nosso encontro, começamos a gravar no estúdio Trojan Jamaica Sounds, em Ocho Rios”, conta Zak. “U-Roy brindava suas canções e Sshh cantava as partes que seriam cantadas posteriormente pelos convidados. Sshh e U-Roy se ligaram rapidamente e se divertiram muito fazendo isso. A banda era Sly & Robbie, Tony Chin, Robbie Lyn e eu”.
“Uma de nossas memórias favoritas é dele nos explicando por que Bob Marley e outros faziam dubplates especialmente para ele”, relembra Zak Starkey, multi-instrumentista também conhecido como baterista do The Who e filho do ex-BeatleRingo Starr.
Levando um pouco de entretenimento ao público durante o momento sombrio da pandemia, Rusty Zinn e Clinton Fearon realizaram uma live através do Instagram, onde o principal assunto foi a “música reggae”.
Durante a transmissão, que durou em torno de uma hora, Rusty cantou em formato voz e violão “She Comes From Nothing”, seu maior hit em São Luís.
Em uma rápida conversa comigo, Rusty pediu para a gente se cuidar e autorizou a publicação deste vídeo no meu perfil. Acesse aqui.
A Paramount contratou o cineasta Reinaldo Marcus Green (que comandou o inédito King Richard para a Warner Bros.) para dirigir a cinebiografia de Bob Marley em desenvolvimento no estúdio.
Ainda sem título, o projeto tem apoio da família do cantor e produção de Rita, Cedella e Ziggy Marley através da empresa jamaicana Tuff Gong.
“Estou muito animado por trabalhar no compartilhamento do legado do nosso pai. É uma responsabilidade incrível que assumimos com Reinaldo e a equipe da Paramount para contar a história de uma forma que realmente o honre e ao mesmo tempo que irá entreter, iluminar, elevar e inspirar seus fãs e públicos ao redor do mundo. É como abrir uma janela que nunca foi aberta antes”, disse Ziggy Marley.
O filme gira em torno da vida e obra de Marley, grande embaixador do reggae. O próximo passo é partir em busca de um ator para o papel.
O estúdio não anunciou uma data de estreia para o longa.
Bob Marley é considerado o maior expoente do estilo. Sua música simboliza protesto, a emancipação e a busca pela liberdade. O “rei do reggae” vendeu mais de 200 milhões de álbuns em todo o mundo. Ele morreu em Miami, em 11 de maio de 1981, aos 36 anos de idade.
Nessa quinta-feira, 18, o programa Reggae Point, da Rádio Mirante FM, recebeu os cantores Keeling Beckford e Bunny Moloney, que se apresentarão no Jamaica Roots Reggae Festival: Tributo a John Holt, que ocorrerá neste sábado, 20, no Porto da Gabi (Aterro do Bacanga), em São Luís.
Keeling comentou comigo, DJ Waldiney, sobre seu início de carreira no final da década de 60, onde o rocksteady reinava na Jamaica e antecedia o reggae. Na década de 70, quando dividia o estúdio de gravação com seu amigo Dennis Brown, gravou “Samfy Girl”, para o produtor Lloyd Campbell. Primo legítimo de Stanley Beckford (dos grupos The Starlites e The Turbines) e U Roy (Dee Jay), Keeling mudou-se para Nova York, onde trabalha como produtor de uma TV americana e na reprensagem de canções antigas, como rocksteady, lovers e reggae.
Durante toda a entrevista, Keeling cantou, dançou, brincou, o que me fez lembrar de toda irreverência de seu primo Stanley Beckford, que contagiava as pessoas com seu carisma e humildade. Durante esse momento, ganhei dois vinis e um CD autografados do artista que convidou todos os maranhenses a irem ao show.
Já o cantor Bunny Maloney resumiu a sua história, começando pela primeira canção “Julia”, que fala de uma mulher imaginária, a qual ele definiu como “a mulher perfeita”. Falou de suas regravações, “Give Me Some More”, do grupo The Uniques, e “Always On My Mind”, de Elvis Presley, que fizeram sucesso no Reino Unido e caracterizam o seu estilo romântico de cantar, além das suas canções que abordam problemas sociais. O rasta presenteou-me com um boina, discos de vinil e pulseiras jamaicanas como forma de agradecimento pela entrevista.
Além de Keeling e Bunny, os cantores Don Taylor, King Benj-I, Norris Cole, Norris Cole Junior e Junior Holt, também são atrações do Festival, que contará com a minha discotecagem, DJ Waldiney, e ainda Junior Black, Nega Glícia e Junior Black. A previsão para início é às 20h. O 2º lote de ingressos está sendo vendido na Planeta Vinil (Rua do Passeio / Galeria La Ravardiere – Centro), Loja Rasta Reggae (Forquilha) e pela Bilheteria Digital (Rio Poty Hotel e Shopping da Ilha).
O cantor jamaicano Wayne Wade faz a sua segunda apresentação no Brasil neste sábado. O local é o Porto da Gabi, Aterro do Bacanga. Wade esteve em Belém no último fim de semana e encerrá sua turnê pelo país no dia 25 deste mês.
O artista integra a fase de ouro do Reggae e teve como padrinho na música o jamaicano Yabby You. No bate-papo que ocorreu nessa quinta, 9, no Reggae Point, comigo, DJ Waldiney, ele comentou sobre a versão de “Happy Go Lucky Girl”, do grupo The Paragons, que liderou as paradas de sucesso nas rádios jamaicanos. Falou sobre seus contemporâneos: Dellinger, o produtor Joe Gibbs, com quem gravou After You (grande sucesso na Inglaterra), Linval Thompson e John Holt, com quem dividiu os palcos, como no renomado Festival Peace One Love (2011). Sobre o seu maior sucesso em São Luís, a versão reggae de Lady (de Lionel Richie), disse que a letra é uma inspiração única e se encaixou perfeitamente no seu estilo, o loversrockers. A canção se tornou um hit internacional e o tornou bastante popular no mundo. Recentemente, ela recebeu uma releitura nas mãos do produtor Mad Professor, a qual segundo Wayne comentou nos bastidores é a versão mais pura que a sua primeira gravação, ou seja, sem efeitos sonoros.
No show em São Luís, Wayne Wade será acompanhado pela banda Kazamata. Além dele, estão também na programação o cantor Santa Cruz, Ademar Danilo, Rádio Zion, Andrezinho Vibration, Orquestra Invisível, Neto Muller e Jards Zue. Uma ótima pedida este sábado, dia 11.
Morreu nessa terça-feira, 24, o cantor e compositor jamaicano Keith Morgan, conhecido pelo nome artístico Sang Hugh. Keith nasceu na vila de Waterworks, Westmoreland (Jamaica), porém mudou-se para a cidade de Negril onde vivia como pescador, profissão que herdara de seu pai.
No início da década de 70, Keith trabalhou com produtores Hugh Madden, Niney The Observer e Lloyd F. Campbell. O seu primeiro sucesso foi “Rasta No Born Yah”, feita juntamente com o grupo Soul Sindicate, bastante conhecida em São Luís. Na época a canção disputava as paradas de sucesso da Jamaica com Silver Words, de Ken Boothe.
Os temas de suas canções buscavam retratar o sofrimento do negro na África e a filosofia rastafári, o que ele defendia fervorosamente. Cantou com Max Romeo, com os grupos Soul Sindicate, The Lionaries e The Barbe-B-Cares, com que gravou “Where Have All The White Rum Gone”.
Há pouco tempo, o colecionador cearense Rubens Oliveira (Rubens Star) excursionava pela Jamaica e encontrou o cantor na cidade de Negril. Na oportunidade, o convidou para gravar algumas canções inéditas. Infelizmente, isso não foi possível devido ao não comparecimento do artista ao estúdio de gravação, em decorrência do excessivo uso de álcool. Porém, foram feitos alguns registros do cantor em vídeo e áudio, inclusive o Reggae Point ganhou uma capela de “No Portion Gal” com direito a mensagem do artista.
Sobre a causa da morte de Sang Hugh ainda é desconhecida, mas o músico Tony Chin (amigo do cantor) comentou com brasileiros que poderia ter sido motivada por um câncer mal diagnosticado.
A foto acima marca o encontro de Rubens Star e Sang Hugh na Jamaica, onde o colecionador teve o privilégio de conversar com o artista.
Nessa quarta-feira, 18, o DJ Wagner Roots esteve conversando comigo no Reggae Point, da Mirante FM. Falou sobre o início de sua carreira pelo Festejo de Nossa Senhora do Bom Parto, que ocorria na residência do seu falecido avô Faustino. Comentou que curtia as grandes radiolas de reggae, incluindo Vera Cruz, Itamaraty, Estrela do Som, na época comandada pelo DJ Antônio José, o qual teve o prazer de conhecer. Fez parte do grupo de colecionadores de reggae The Roots, que integrava a Associação de Grupos de Colecionadores de Reggae do Estado do Maranhão (AGRUCOREM). Atualmente, Wagner é DJ titular do Bar do Nelson, nas noites de sábado, ao lado de Gilton Black. Ele também está presente nas grandes festas de reggae da capital maranhense, a exemplo do Projeto Agarradinho, que ocorre uma vez por mês no Porto Seguro (Beira-Mar). Jovem talentoso, carismático e dono de uma ótima sequência, Wagner vem se tornando atualmente um dos grandes DJs de reggae em São Luís, com sua sequência digital.
Nessa terça-feira, 12, ocorreu um bate-papo descontraído com George Gomes do grupo “George Gomes & Banda Legenda” no Reggae Point, na Rádio Mirante FM. Falamos sobre o Bumba Roots, terceiro álbum deles, que trará clássicos consagrados do bumba-meu-boi, mas em ritmo de reggae, a exemplo de Boi de Lágrimas, de Raimundo Makarra, que já pode ser ouvida no Reggae Point, comigo (DJ Waldiney).
Sobre o lançamento do álbum, George comentou que está sem previsão, porém a expectativa é para o mais breve possível. Além do Bumba Roots, George disse que já existe outro álbum sendo trabalhado e inclusive uma faixa já foi liberada, trata-se de “Um Sonho Bom”, escrita por Niva Roots.
Formada no final dos anos 2000, a Banda Legenda, hoje com o novo nome de “George Gomes & Banda Legenda”, mantém a formação original de músicos, composta por George Gomes (vocal e baterista), Edinho Bastos (guitarra), João Paulo (baixo), Bives e Marcos Cliff (tecladistas).
A banda é uma das mais respeitadas em São Luís, conhecida como Radiola Viva do Reggae. Em seu repertório estão os grandes clássicos jamaicanos e músicas autorais, é muito difícil não se encantar.
Neste domingo (17/04) eles se apresentarão na Casas das Dunas, Calhau.
Nessa terça-feira, 5, teve bate-papo com a cantora e compositora Luciana Bittencourt no Reggae Point, da Rádio Mirante FM. Luciana conversou comigo, DJ Waldiney, sobre seus projetos que incluem a produção de um EP contendo 6 músicas autorais e também a realização do projeto Reggae Paradise.
Sobre suas músicas explicou que entre seus temas de inspiração está o amor. E ela retrata muito bem esse sentimento nas canções Shine On e Ahead of Time, lançadas recentemente no Reggae Point. Comentou ainda sobre a sua passagem pela Banda Kazamata e a experiência adquirida com os integrantes.
Dona de uma bela voz e esbanjando muita simpatia e carisma, Luciana se apresentará nesta quinta-feira (07/04) no Bar do Nelson (Calhau), acompanhada da sua banda, que é composta pelo músicos: Bives (teclado), Edinho (guitarra), João Paulo (baixo) e Felipe Moreno (bateria). E no repertório estão suas músicas autorais, incluindo Bob Marley e outros artistas.
Já o Reggae Paradise ocorrerá no dia 24/04, domingo, com a presença da cantora Luciana Simões e dos DJs: Pedro Sobrinho e Leo Scartey.