Jimmy Cliff
Jimmy Cliff, um dos maiores nomes da história do reggae, morreu na última segunda-feira, 24 de novembro de 2025, aos 81 anos. A confirmação foi feita pela esposa, Latifa Chambers, em comunicado publicado nas redes sociais do artista, informando que ele sofreu uma convulsão seguida de pneumonia. A notícia rapidamente percorreu o mundo e gerou grande comoção.
Vínhamos de um fim de semana intenso em São Luís, após dois grandes shows – Israel Vibration, Dezarie, Burning Spear e Kymani Marley – que deixaram a cidade em festa. Logo depois, fomos pegos de surpresa com essa triste notícia. O impacto da perda de Jimmy Cliff foi imediato. Não havia como deixar de registrar o adeus a esse artista que marcou profundamente a vida musical do Maranhão.
Jimmy Cliff sempre foi muito querido em São Luís. Foi um dos primeiros artistas de reggae a tocar nas rádios maranhenses, numa época em que muitos ainda tentavam compreender aquele novo ritmo que chegava à cidade. Com o tempo, suas músicas conquistaram as festas, os clubes, as radiolas e, principalmente, o coração da massa regueira, onde ele se firmou como referência absoluta.
Ao longo da carreira, Cliff imortalizou no Maranhão clássicos como Wahjahka Man, Who Feels It, Knows It, Reggae Night, Lonely Street, Going Mad e Foolish Pride. Em 1990, esteve em São Luís para um show histórico, visitou clubes e praias, deixando uma lembrança afetiva que permanece viva até hoje. Sua música atravessou décadas, gerações e territórios. Ele ajudou a definir a identidade do reggae mundial, levou a cultura jamaicana para novos continentes e transformou mensagens de resistência e esperança em hinos globais.
A despedida de Jimmy Cliff representa a perda de um símbolo planetário do reggae. Sua voz, sua consciência musical e sua trajetória gigantesca deixam um legado impossível de medir. Para nós, que vivemos o reggae no Maranhão com intensidade e devoção, sua partida tem um peso especial.
Jimmy Cliff seguirá imortal — na memória, nos discos, nas radiolas e no coração do povo regueiro.
