Sobre a morte do cantor jamaicano Owen Gray, aos 86 anos

Owen Gray

O cantor e compositor jamaicano Owen Gray faleceu no último dia 20 de julho, aos 86 anos, no interior de Londres, onde residia há alguns anos. A informação foi confirmada por pessoas próximas à família. De acordo com relatos, há a possibilidade de que ele tenha falecido enquanto dormia.

Gray havia sido diagnosticado com câncer de pulmão e também havia sofrido um acidente vascular cerebral nos últimos anos. Morava sozinho, mas recebia cuidados médicos domiciliares, com visitas regulares de enfermeiros e acompanhamento das filhas. Mesmo debilitado, o artista continuou gravando músicas exclusivas para as tradicionais radiolas de reggae.

O produtor comercial de reggae Pepeto relatou que tomou conhecimento do estado de saúde de Gray durante uma viagem a Londres, feita para trabalhar com ele: “Eu e Rubinho Star alugávamos um apartamento e montamos um estúdio improvisado para gravar com ele. Foi nesse período que ele nos contou sobre a doença. Lembro que ele se concentrava muito para gravar, e cheguei a vê-lo em lágrimas, tentando fazer o que mais gostava: cantar.”

Antonitte Gray, Owen Gray, Rubinho e Pepeto

Pepeto acrescentou que Owen Gray era uma pessoa simples e acolhedora: “Sempre nos recebia muito bem. Nos chamava de filhos. Pouco tempo depois, ele sofreu um AVC. Fomos visitá-lo no interior de Londres. Percebi que ele estava grogue, por conta das medicações. Eu lamento muito a perda dele.”

Ativo desde a década de 1950, Owen Gray teve papel importante nas fases iniciais do R&B, ska, rocksteady e reggae. Lançou inúmeros discos e singles ao longo de mais de seis décadas de carreira, com gravações por selos como Studio One, Trojan, Pama, entre outros.

Até o momento, não há informações confirmadas sobre o funeral. A redação segue acompanhando o caso e trará atualizações assim que novas informações forem divulgadas.

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Luto no reggae: Morre Leroy Gibbons, ícone do lover’s rock jamaicano

Foto: Reggae Jam 2016 – Leroy Gibbons

Queremos lamentar o atraso na divulgação da notícia do falecimento do cantor Leroy Gibbons, um dos grandes nomes do lover’s rock jamaicano.

O veterano artista faleceu em 17 de junho, aos 74 anos, vítima de um possível ataque cardíaco. Ele teria desmaiado e morrido em um estúdio localizado em Lucea, no município de Hanover, na Jamaica.

Residente entre Jamaica e Canadá, Gibbons estava na ilha realizando novos trabalhos em estúdio. Recentemente, ele vinha gravando no estúdio original de King Jammy, em Waterhouse, Kingston, onde também trabalhava com John John, filho do renomado produtor.

Leroy Gibbons é lembrado por hits como “This Magic Moment” e por sua voz suave e melódica, que marcou gerações de fãs do reggae romântico.

Em São Luís do Maranhão, Gibbons se tornou conhecido especialmente por causa da música “Yodel Reggae”, de 1987 (popularmente chamada de Melô da Sepultura), que se transformou em um hit nas radiolas da ilha nos anos 1990.

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Ken Fyffe comanda noite no CEPRAMA em mais uma edição do Jamaica Brasileira Festival

Jamaica Brasileira Festival

O Jamaica Brasileira Festival foi realizado neste sábado no CEPRAMA, em São Luís, reunindo diferentes vertentes do reggae em sua segunda edição. O evento contou com radiolas, DJs, banda e cantor internacional. O destaque da noite foi o show inédito do jamaicano Ken Fyffe, acompanhado pela banda maranhense Raiz Tribal.

A programação incluiu ainda as radiolas Irie FM Vip Lion Ouro 1000 e Mega Terremoto, representando o reggae eletrônico. A Tenda Espaço Aberto reuniu vários DJs em um ambiente paralelo. Os dois espaços movimentaram o público e a cadeia produtiva do reggae, com presença de artesanato, alimentação e um CEPRAMA cuidadosamente decorado.

O show principal teve início por volta de 1h30 da madrugada e foi encerrado com a apresentação do Bumba Boi da Maioba. No repertório de Ken Fyffe, estavam sucessos como “Rub Up On Natty”, “Fools and Money” e “Chatty Chatty Mouth” — esta última lançada no programa Reggae Point, da Mirante FM. Atencioso, o cantor demonstrou simpatia com os fãs durante toda a noite.

Festivais como este movimentam a cadeia produtiva do reggae e reforçam ações que valorizam o gênero em São Luís, cidade conhecida como Jamaica Brasileira.

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Morre Owen Gray, lenda jamaicana do reggae, aos 86 anos

Owen Gray

Morreu neste domingo, aos 86 anos, em Londres, o cantor jamaicano Owen Gray. Um dos nomes mais antigos e respeitados da música da Jamaica, Owen atravessou diversas fases e estilos — do rhythm and blues ao ska, do rocksteady ao reggae e ao dancehall. Gravou dezenas de álbuns, muitos dos quais ganharam projeção internacional, e deixou sua marca na história da música da ilha.

Em São Luís do Maranhão, Owen Gray é um dos artistas mais queridos da massa regueira. Fez shows pela cidade e, nos últimos anos, gravava músicas exclusivas para as radiolas da capital maranhense. Mesmo com a saúde debilitada — condição nunca oficialmente confirmada —, continuava ativo em estúdio, ainda que improvisado, montado em seu apartamento. Era lá que os empresários brasileiros Rubens Star e Pepeto registravam sua voz para produções voltadas ao público das radiolas. O mercado de vozes exclusivas segue forte em São Luís, e Owen se tornou um dos nomes mais simbólicos dessa prática.

Talvez Rubens e Pepeto tenham sido os brasileiros mais próximos de Owen Gray nos últimos anos. No programa Reggae Point, Rubens lamentou a morte do artista com pesar. Já Pepeto compartilhou algumas informações sobre os momentos finais de Owen, lembrando que ele, mesmo debilitado, ainda se esforçava para fazer o que mais gostava: gravar. Em vídeos particulares, Pepeto registrou o cantor em plena concentração, preparando-se para mais uma gravação — sem escrever uma única linha, apenas com a melodia e a entrega que sempre marcaram seu estilo.

É difícil destacar um único álbum de Owen Gray. Sua discografia é extensa e variada. Ele foi um dos primeiros jamaicanos a gravar profissionalmente, ainda nos anos 1950, com o selo da Island Records, antes mesmo do surgimento de Bob Marley.

Owen morava sozinho em Londres, cidade que adotou como lar há décadas. Recebia visitas frequentes das filhas e era assistido por enfermeiras. Sua saúde começou a declinar após um acidente vascular cerebral, mas ele se manteve ativo, bem-humorado e próximo de amigos até o fim. Sua morte representa uma grande perda para o reggae e para a música jamaicana como um todo — especialmente por se tratar de um dos pioneiros da indústria fonográfica da ilha.

Obrigado, Owen Gray.

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Iza aposta no reggae para marcar nova fase musical

IZA

A cantora IZA revelou que seu próximo álbum será fortemente influenciado pelo reggae. Nas redes sociais, ela destacou: “O reggae chegou antes de muita coisa e é base pra muito do que ainda vem”, acompanhando a mensagem com fotos que remetem ao gênero — figurinos nas cores verde, amarelo e vermelho e menções a figuras como Bob Marley, Julian Marley, Cidade Negra e Natiruts.

Em junho, IZA esteve entre as atrações do Festival Interlagos, em São Paulo, onde nos bastidores concedeu entrevista ao canal Multishow. Na ocasião, confirmou que está em processo de produção do projeto ainda sem nome ou data de lançamento definidos. “Lancei ‘AFRODHIT’ em 2023, 2024 eu fiquei gravidinha e agora tô preparando esse meu próximo trabalho”, afirmou.

O projeto anterior da artista, Afrodhit, foi lançado em 3 de agosto de 2023 pela Warner Music Brasil. O álbum alcançou o Top 3 da parada global do Spotify entre 4 e 6 de agosto e foi indicado ao Grammy Latino de 2024 como Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa . IZA já é reconhecida por mesclar R&B, pop e reggae fusion, explorando a diversidade de ritmos em seu repertório

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Linval Thompson confirma show em São Paulo com Leões de Israel

Linval Thompson

Boa notícia para os amantes do reggae: o consagrado cantor e produtor Linval Thompson fará uma apresentação no dia 27 de setembro, no Fabrique Club, em São Paulo. O evento faz parte da programação da You And Me On Jamboree e contará com o suporte da banda Leões de Israel, referência nacional no reggae roots.

Com uma trajetória marcante, Thompson começou sua carreira nos anos 1970 ao lado de lendas como Lee “Scratch” Perry e Bunny Lee. Foi nesse contexto que lançou seu primeiro álbum, Don’t Cut Off Your Dreadlocks (1976), um clássico do roots reggae que ainda hoje inspira gerações.

Além de cantor, Linval construiu uma sólida carreira como produtor, sendo responsável por trabalhos com nomes como Dennis Brown, Cornell Campbell, The Wailing Souls, Barrington Levy e Trinity, com lançamentos pelos selos Trojan Records e por seus próprios selos musicais. Ele também assinou produções para Eek-A-Mouse, Freddie McGregor, Tristan Palmer e The Viceroys.

Ainda não há confirmação se será uma apresentação única no Brasil, mas é uma oportunidade e tanto para ver de perto uma lenda viva da música jamaicana.

Para quem é de fora de São Paulo — como nós, de São Luís — fica aquela vontade de também receber artistas desse porte por aqui. A ausência de movimentação, até mesmo em datas como o Dia Internacional do Reggae, é um reflexo de como precisamos continuar lutando para manter essa cultura viva na “Jamaica Brasileira”.

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Show inédito de Ken Fyffe será no CEPRAMA

Foto: Reggae Journal

Começando a semana com a confirmação de um show inédito em São Luís: o jamaicano Ken Fyffe, que ganhou destaque no Maranhão com as músicas “Rub On Natty” e “Fools of Money”, está confirmado no Jamaica Brasileira Festival, que será realizado no dia 19 de julho, no CEPRAMA.

Atualmente integrante do lendário grupo The Congos, Ken Fyffe fará uma apresentação solo em São Luís.

O Reggae Point conversou com George, da Companhia, promotor do evento. Ele relembrou que o nome de Ken Fyffe começou a ganhar força por aqui no final da década de 80, quando suas músicas passaram a tocar com frequência no Espaço Aberto, casa de eventos que marcou época na cidade. “Desde então, foi se construindo uma identidade muito forte entre o artista jamaicano e o público de São Luís”, destacou George.

O festival contará com tenda roots, radiola, DJs, atrações locais e 10 horas de evento, reunindo os dois segmentos que marcam a cultura reggae da cidade: o reggae eletrônico, tocado nas radiolas, e o reggae roots, com equipes de DJs e DJs solo.

Aguarde mais detalhes nas próximas publicações sobre o evento.

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Dia Internacional do Reggae: O que temos para comemorar em São Luís?

Rasta Reggae Festival

Neste Dia Internacional do Reggae, é importante refletir sobre os avanços e os desafios do movimento em São Luís, reconhecida como a Capital Brasileira do Reggae. Ao longo de mais de 50 anos de história, o reggae maranhense cresceu, criou uma forte cadeia produtiva e construiu uma identidade própria que atrai turistas de diversas partes do Brasil e do mundo.

Temos importantes marcos, como o Museu do Reggae, que preserva e divulga nossa história. Recentemente, a cidade sediou um festival internacional e recebeu shows de lendas da música jamaicana, como os Heptones. No entanto, os grandes eventos internacionais ainda são poucos e é consenso que São Luís merece muito mais, considerando a força e a longevidade do movimento.

Bandas, DJs, grupos de dança e casas de reggae seguem resistindo e fazendo a cena pulsar, muitas vezes de forma independente, com esforço e paixão de quem realmente acredita na cultura reggae. Ainda há muito a ser feito, principalmente no fortalecimento da infraestrutura cultural e no incentivo a novos festivais que mostrem ao mundo o porquê de sermos chamados de Jamaica Brasileira.

Mais que uma comemoração, o dia de hoje é um convite à valorização, ao reconhecimento e à luta por mais espaço, apoio e visibilidade para o reggae em nossa cidade.

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Max Romeo morre aos 80 anos na Jamaica

Max Romeo

Max Romeo, uma das maiores lendas do reggae, faleceu nessa sexta-feira, 11 de abril de 2025, aos 80 anos, em uma clínica na paróquia de Saint Andrew, na Jamaica, em decorrência de complicações cardíacas.

Conhecido por inúmeros sucessos, Max Romeo iniciou sua carreira nos anos 1960 com o grupo vocal The Emotions. Em 1968, ganhou projeção internacional com a polêmica canção “Wet Dream”, marcada por seu teor ousado.

Na década de 1970, destacou-se com álbuns de forte conteúdo político e espiritual, como “Revelation Time” (1975) e “War Ina Babylon” (1976), este último produzido por Lee “Scratch” Perry e considerado um clássico do reggae roots.

Além da carreira solo, Max Romeo colaborou com importantes nomes da música jamaicana, incluindo a banda The Upsetters.

Em São Luís do Maranhão, suas músicas que primeiro ganharam destaque foram “Murder in the Place” e “I Woke Up In Love This Morning”. Em seguida, vieram sucessos como “Tacko” e “Stealing In the Name of Jah”, consolidando seu nome entre os mais respeitados do gênero na capital maranhense.

Max Romeo se apresentou duas vezes em São Luís. A primeira foi em 2010, no Cidade do Reggae, e a segunda em 2019, ocasião em que veio acompanhado de dois filhos, que também se apresentaram.

Em 2023, anunciou sua aposentadoria das turnês, após quase seis décadas de carreira. Ainda assim, participou do festival República do Reggae, em Salvador, na Bahia, em uma de suas últimas apresentações no Brasil.

Com sua partida, o reggae perde um de seus maiores ícones — um artista que ajudou a construir e espalhar o gênero pelo mundo.

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Norris Junior fala sobre seu primeiro álbum de estúdio

Norris Junior e DJ Waldiney

O jovem cantor Norris Junior concedeu uma entrevista ao programa Reggae Point, onde falou sobre seu primeiro álbum de estúdio, ainda sem título. O projeto contará com músicas autorais e versões, incluindo duas faixas em português: “Posturadão” e “Oh Garota, Quero Você Só Pra Mim”, esta última uma adaptação de Pretty Little Blue Eyes, gravada pelos Pioneers. O álbum também trará reinterpretações de Radio With A Difference, de Rappa Robert, e Guns & Drugs, de Yvad Davi. Toda a produção, arranjos e mixagem foram feitos pelo próprio artista. O lançamento está previsto para o segundo semestre deste ano.

Filho da cantora maranhense Lady Conceição e do lendário Sidney Crooks, também conhecido como Norris Cole, Junior afirmou que seguir a carreira do pai é algo indescritível. “Meu pai fundou os Pioneers e produziu muitos artistas ao redor do mundo. Carrego esse DNA no sangue e sigo a carreira com orgulho”, declarou.

Desde cedo, Norris Junior demonstrou talento musical. Aos dez anos, lançou seu primeiro single ao lado de Cedric Myton, do The Congos. Ele aprendeu a tocar bateria e teclado de forma autodidata, recebendo seu primeiro teclado aos sete anos, presente do renomado cantor Eddy Grant. Além disso, teve aulas com Obeah Denton, um dos maiores músicos da Jamaica, que influenciou significativamente seu estilo.

A casa de Junior sempre foi um ponto de encontro de grandes artistas, como Tinga Stewart, Dennis Walks e Keith Poppin. Ele também já gravou com Tito Simon e Black Steel.

O jovem artista já se apresentou em São Luís, outras cidades do Maranhão e também fora do estado, como Belém.

Considerado o futuro dos The Pioneers, Norris Junior é uma das grandes promessas do reggae maranhense.

Brevemente, a entrevista completa estará disponível no canal Imirante no YouTube.

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Perfil

DJ, locutor e produtor do programa Reggae Point (Segunda a sexta: 19h às 21h / Domingo: 08h às 10h)

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