Reggae Point
8 de outubro de 2025
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Leba Hibbert
Após a morte de Toots Hibbert, em setembro de 2020, aos 77 anos, a filha do lendário cantor jamaicano, Leba Hibbert, assumiu os vocais do grupo Toots and The Maytals. Desde então, ela vem mostrando que o reggae cheio de alma e energia do pai continua ecoando pelo mundo.
Recentemente, Leba encerrou uma turnê de 10 shows pelo Reino Unido. Não foi sua primeira vez como vocalista da banda — ela já havia se apresentado nos Estados Unidos no final de 2023 e voltou no ano seguinte para shows na Carolina do Sul, Virgínia, Nova York e outras cidades. “Foi uma turnê maravilhosa, aproveitei cada momento”, contou.
Mesmo carregando o peso de um nome histórico, Leba faz questão de imprimir sua identidade nos palcos. “Eu canto 90% das músicas do Toots and The Maytals e 10% das minhas. Preciso dedicar meu tempo e me apresentar ao público do papai”, disse.
Além de seguir com a banda, Leba lançou o EP Into The Light, e antes disso já havia lançado o álbum Intoxicated, em 2011.
Agora, Leba se prepara para um novo marco: a turnê de 50 anos do álbum Reggae Got Soul, que vai percorrer o Reino Unido em 2026.
Reggae Point
2 de outubro de 2025
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Norris Cole Jr., Sly Foxx Jr. e João Beydoun
Um encontro inédito marca a Virada Reggae Festival: três jovens artistas que buscam espaço na cena musical e são filhos de nomes consagrados do reggae. Eles representam a nova geração do gênero, já iniciando suas próprias produções e criações, influenciados pela trajetória dos pais. Quero destacar esse encontro porque eles representam muito bem essa nova geração do reggae e já começam a produzir e criar seus próprios trabalhos.
A programação do evento inclui feira afro, valorização da cultura do vinil, discotecagem de DJs e shows de bandas e cantores. Nesta edição, o destaque fica para a presença de Norris Cole Jr., João Beydoun e Sly Foxx Jr., que dividem o palco principal e reforçam a continuidade do reggae no Maranhão.
Norris Cole Jr., filho de Lady Conceição e do lendário Sidney Crooks, dos The Pioneers, já lançou o álbum Reggae In a Different Fashion nas plataformas digitais, com 14 faixas produzidas por ele. Desde criança, conviveu com referências importantes: gravou um single com Cedric Myton, do The Congos, aprendeu bateria e teclado com o músico jamaicano Obeah Denton e recebeu incentivo de Eddy Grant. Também já trabalhou com Tinga Stewart, Tito Simon e Black Steel, construindo carreira entre São Luís, outras cidades do Maranhão e Belém.
João Beydoun segue o legado do pai, Fauzi Beydoun, vocalista da Tribo de Jah, e dá sequência à presença da família na cena reggae brasileira. Cantor e compositor, já conquistou espaço em canais como MTV e Multishow, apresentando músicas autorais como Jah é a Luz. Sua produção artística busca atualizar a linguagem do reggae roots para dialogar com públicos diferentes, sem perder a essência ligada à trajetória da banda maranhense que projetou o pai.
Sly Foxx Jr. é filho do cantor jamaicano Sly Foxx, bastante conhecido no Maranhão pelas músicas que marcaram as radiolas e por suas apresentações em diversos palcos no Brasil. O jovem já atua como vocalista, grava com o pai e também já faz sucesso nas radiolas. Além disso, acompanhou artistas no palco, como Cedric Myton. Enquanto o pai consolidou repertório que circula com força no Maranhão, Sly Jr. dá os primeiros passos em carreira própria.
O encontro desses jovens artistas representa a continuidade do reggae no Maranhão, unindo tradição e novos projetos musicais e reforçando o gênero musical como patrimônio cultural do estado. Portanto, peço aos nossos representantes que valorizem nossos novos talentos, criando oportunidades para eles, pois carregam um legado incrível e a bandeira do estado.
A Virada Reggae Festival ocorre neste sábado (04), a partir das 17h, no Porto da Gabi, no Aterro do Bacanga, em São Luís.
Reggae Point
19 de setembro de 2025
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Marcia Griffiths
Durante as cerimônias de formatura de 2025, a University of the West Indies (UWI) concederá títulos honorários a 11 personalidades que se destacaram em suas áreas de atuação. Entre elas, está a veterana artista Marcia Griffiths, que receberá o título de Doutora em Letras (DLitt), reconhecimento a sua contribuição para a música, a cultura e o empoderamento feminino.
Natural de West Kingston, Griffiths é uma das vozes mais respeitadas do reggae, com uma carreira de mais de seis décadas. Iniciou sua trajetória em 1964 ao lado de Byron Lee and The Dragonaires, passando pelo Studio One até se tornar integrante do lendário grupo I-Three, que acompanhou Bob Marley and the Wailers nos anos 1970.
Sua carreira solo consolidou-se com clássicos como “Stepping Out a Babylon” e a parceria com Bunny Wailer em “Electric Boogie”, que alcançou repercussão mundial. Ao todo, Marcia lançou 19 álbuns solo, cinco discos em dueto com Bob Andy e participou de inúmeras colaborações de sucesso.
Reconhecida como Rainha do Reggae, Marcia foi homenageada ao longo dos anos com as maiores distinções nacionais: a Ordem de Distinção (1994), a elevação à Classe de Comandante (2014) e, mais recentemente, a Ordem da Jamaica (2023). Em suas próprias palavras, sua missão vai além do entretenimento: “Não é apenas entreter, mas alcançar almas, ensinar, educar e elevar”.
As cerimônias de 2025 acontecerão entre 11 de outubro e 8 de novembro, nos cinco campi da UWI, reforçando o compromisso da instituição em celebrar excelência, inovação e liderança.
Reggae Point
18 de setembro de 2025
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Keith Drummond
Morreu nessa quarta-feira, dia 17 de setembro, o cantor Keith Drummond, que foi vocalista da banda Black Slate. Com o grupo, gravou vários álbuns dos quais saíram canções que marcaram época em São Luís, como Reggae Music, Amigo, Reggae Everytime e Message to Mr. Sus Man.
Formada em 1974, a Black Slate se consolidou como uma das bandas mais importantes da cena reggae na Inglaterra. Seu som se destacou por mesclar o reggae tradicional jamaicano com elementos do reggae britânico, criando um estilo único que atravessou gerações.
A projeção internacional veio com o single Sticks Man (1976), considerado um hino contra a brutalidade policial e o racismo na Inglaterra. Outro destaque foi Amigo (1980), que alcançou as paradas musicais do Reino Unido e ampliou a visibilidade da banda.
Ao longo da carreira, a Black Slate realizou inúmeros concertos em Londres e em outras cidades, dividindo o palco com grandes nomes jamaicanos como Dennis Brown, Delroy Wilson e Ken Boothe, em apresentações históricas no Reino Unido.
Até o momento da publicação desta matéria, não havia informações sobre a causa da morte do artista.
Reggae Point
17 de setembro de 2025
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João e Fauzi Beydoun
Nesta sexta-feira (19), João Beydoun lança seu primeiro single em parceria com o pai, Fauzi Beydoun: “Teu Legado”. A faixa marca o início de sua trajetória artística e simboliza a continuidade da tradição do reggae maranhense.
A música combina o respeito às raízes do reggae jamaicano com a identidade de uma nova geração. João transforma a herança familiar em sua própria voz, mostrando que a música que marcou uma história segue viva e atual.
A faixa também celebra a trajetória da Tribo de Jah, banda fundada por Fauzi Beydoun há mais de 40 anos, que ajudou a consolidar São Luís como a “Jamaica Brasileira”. Reconhecida por mesclar a sonoridade jamaicana com a brasilidade, a Tribo de Jah influenciou artistas e públicos em todo o Brasil, tornando-se referência nacional do reggae.
Reggae Point
16 de setembro de 2025
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Rohan Marley
Rohan Marley, filho do lendário Bob Marley, uniu forças com a Volkswagen para lançar uma versão especial da ID. Buzz, a releitura elétrica da clássica Kombi.
A apresentação aconteceu na IAA Mobility 2025, em Munique, onde a VW destacou sua aposta em mobilidade sustentável. O modelo, inspirado na tradicional Kombi T2, ganhou design exclusivo com cores vibrantes e elementos que remetem à cultura jamaicana e ao legado de Bob Marley.
Mais do que um carro, o projeto simboliza a conexão entre passado e futuro: a memória afetiva da Kombi, tão presente na história da música e da cultura jovem, agora renasce em um veículo moderno, 100% elétrico e sustentável.
Para Rohan Marley, receber essa edição especial é também uma homenagem à herança do pai e ao impacto global do reggae. A parceria com a Volkswagen celebra esse encontro entre inovação, estilo de vida e cultura jamaicana.
Reggae Point
16 de setembro de 2025
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Célia Sampaio
Pioneira e referência feminina no reggae brasileiro, Célia Sampaio conquistou seu espaço como uma das vozes mais marcantes do gênero. Natural do Maranhão, berço do reggae no país, ela é reconhecida como a primeira mulher a gravar um álbum de reggae no Brasil.
Com sua voz inconfundível e repertório que une resistência, fé e identidade cultural, Célia ajudou a abrir caminhos para novas gerações de artistas.
Recentemente, ganhou destaque nacional ao ser homenageada por Iza no festival The Town, em São Paulo. Convidada para dividir o palco, emocionou o público ao cantar “Mama África” ao lado da carioca. O momento reafirmou sua importância como símbolo do reggae brasileiro e voz fundamental para a consolidação do gênero no país.
Reggae Point
9 de setembro de 2025
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Dread Sandro e Romildo
Os DJs maranhenses Dread Sandro e Romildo estão de volta à Jamaica para garimpar discos raros de vinil de reggae. Sandro já soma 26 viagens à ilha, enquanto Romildo chega à sua terceira visita.
Em conversa com o DJ Waldiney, eles contaram que já passaram por lojas tradicionais como a Rockers e a Randy’s, sempre em busca de raridades — e, quem sabe, de exclusividades que ainda não tocaram no Maranhão.
De acordo com relatos de colecionadores de vinil, certos singles não são disponibilizados em canais de venda na internet devido a problemas comerciais com clientes. Além disso, por se tratarem de discos raros e, consequentemente, caros, muitos colecionadores evitam enviá-los para o Brasil.
A expectativa é que a dupla consiga encontrar preciosidades que venham a enriquecer ainda mais o acervo do reggae maranhense, fortalecendo a cena local. Vamos aguardar novidades aqui no Blog.
Reggae Point
9 de setembro de 2025
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Julain Marley e DJ Waldiney
Julian Marley fez um show incrível em São Luís, e eu, DJ Waldiney, tive a honra de acompanhá-lo de perto nesta ocasião histórica. A primeira vinda de Julian à nossa “Jamaica Brasileira” aconteceu no Dia Municipal do Regueiro, uma data especial que reuniu seus fãs e amantes da música jamaicana.
O artista, que ganhou um Grammy em 2024 com o álbum Colors of Royal, se apresentou com sua banda, entregando uma performance incrível que encantou todos os presentes. Além do show, tive a oportunidade única de conhecê-lo pessoalmente no Museu do Reggae, onde o diretor da instituição, Ademar Danilo, explicava cada detalhe da nossa ligação com o ritmo jamaicano. Logo após, Julian tirou fotos e pude presenteá-lo com uma camisa da minha grife, estampada com os Leões de Judá. Ele se lembrou de mim das nossas conversas pelas redes sociais, o que tornou o encontro ainda mais especial.
Esquina Bob Marley
Durante sua visita, Julian Marley também conheceu a Equina Bob Marley, localizada no bairro da Liberdade, sendo agradável e atencioso com todos que o procuraram. Atualmente em turnê pelo país, ele prova ser não apenas um grande nome do reggae, mas também uma pessoa genuinamente conectada com seus fãs e com a cultura que representa.
O cantor e compositor jamaicano Owen Gray faleceu no último dia 20 de julho, aos 86 anos, no interior de Londres, onde residia há alguns anos. A informação foi confirmada por pessoas próximas à família. De acordo com relatos, há a possibilidade de que ele tenha falecido enquanto dormia.
Gray havia sido diagnosticado com câncer de pulmão e também havia sofrido um acidente vascular cerebral nos últimos anos. Morava sozinho, mas recebia cuidados médicos domiciliares, com visitas regulares de enfermeiros e acompanhamento das filhas. Mesmo debilitado, o artista continuou gravando músicas exclusivas para as tradicionais radiolas de reggae.
O produtor comercial de reggae Pepeto relatou que tomou conhecimento do estado de saúde de Gray durante uma viagem a Londres, feita para trabalhar com ele: “Eu e Rubinho Star alugávamos um apartamento e montamos um estúdio improvisado para gravar com ele. Foi nesse período que ele nos contou sobre a doença. Lembro que ele se concentrava muito para gravar, e cheguei a vê-lo em lágrimas, tentando fazer o que mais gostava: cantar.”
Antonitte Gray, Owen Gray, Rubinho e Pepeto
Pepeto acrescentou que Owen Gray era uma pessoa simples e acolhedora: “Sempre nos recebia muito bem. Nos chamava de filhos. Pouco tempo depois, ele sofreu um AVC. Fomos visitá-lo no interior de Londres. Percebi que ele estava grogue, por conta das medicações. Eu lamento muito a perda dele.”
Ativo desde a década de 1950, Owen Gray teve papel importante nas fases iniciais do R&B, ska, rocksteady e reggae. Lançou inúmeros discos e singles ao longo de mais de seis décadas de carreira, com gravações por selos como Studio One, Trojan, Pama, entre outros.
Até o momento, não há informações confirmadas sobre o funeral. A redação segue acompanhando o caso e trará atualizações assim que novas informações forem divulgadas.
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