Apesar da procura por lugares mais calmos nesse último final de semana, que se prolongou com os feriados da independência e aniversário de São Luís, as festas de reggae tiveram seus maiores públicos o que levou-me a destacar alguns points: Bar do Nelson (sábado e segunda-feira), Celson Cliff (sexta-feira), Túnel do Tempo (sexta-feira), Porto da Gabi (sexta-feira e segunda), Patrimônio Show (domingo), Rotatória Roots (sábado, domingo e segunda-feira) e Climati Roots (terça-feira). Indiscutivelmente, o feriado foi regado a reggae nos bares e clubes da capital maranhense. Completamos 403 anos de fundação e quase não foi visto o ritmo jamaicano no contexto cultural do Estado. O Reggae em São Luís é um dos maiores identificadores da capital maranhense e a elevou ao título de Jamaica Brasileira. No Dia Municipal do Regueiro teve um dos piores públicos já registrados, por falta de informação. Mas o reggae sobrevive em meio aos “empecilhos” e isso deve-se, sobretudo, aos DJs, equipes, etc. Ainda há quem compare a nossa cidade a outras capitais brasileiras, porém a Jamaica Brasileira é única!

DJ Waldiney

Aos 12 anos, Junior Dread já se encantava pelo universo do reggae, com influência dos cantores e pioneiros Bob Marley e Peter Tosh. Em 2000, quando tinha 18 anos, começou sua carreira na música e se tornou um dos representantes do ritmo jamaicano no Brasil como líder da banda Reggae Style. Hoje, ele está prestes a lançar seu disco solo intitulado “Saiba Viver”. No trabalho novo, uma surpresa: a coprodução foi feita por Junior Marvin, lendário guitarrista do Bob Marley & The Wailers, que veio ao Brasil exclusivamente para trabalhar com Dread.

“Nesses 15 anos, sempre tive vontade de lançar um trabalho capaz de levar até as pessoas uma mensagem especial de amor universal. Esse é o objetivo desse disco. A ideia é lançá-lo em outubro”, diz o cantor em entrevista ao Gshow.

Sobre o prazer de poder trabalhar com um dos seus ídolos, Junior Dread é direto: “Me sinto privilegiado demais, pois tudo que faço é sempre de coração, sem visar dinheiro ou fama. Depois de tudo, Jr. Marvin acabou se tornando um grande amigo. Ainda vamos nos encontrar muito na estrada e fora dela.”

Da experiência no estúdio e nos shows com o guitarrista jamaicano, Dread levou consigo alguns conselhos. “Ele é uma pessoa muito iluminada. Me disse para nunca esquecer de onde vim e sempre fazer da minha música o veículo capaz de levar uma mensagem positiva a todos”, lembra o músico.

Outra surpresa do CD de Junior, que foi produzido pelo experiente produtor Alexandre Basa (A-BASA), é a participação da Negra Li, com quem é casado. “Ela gravou o backing vocal da maioria das músicas”, conta Dread, que ainda fala da parceria musical junto com a cantora renomada: “Nós temos diversas músicas juntos não lançadas. Sempre nos ajudamos”.

O disco “Saiba Viver” será lançado pela URK Music, que também é responsável pelo agenciamento do Junior Dread e gerenciamento da sua carreira.

Gshow