“Musa da Música Maranhense” agita programação no Casarão Colonial

São Luís – Quem sacudiu as estruturas do Casarão Colonial no último domingo (6) foi a cantora Fabrícia, considerada “Musa da Música Maranhense”.

A artista, que cativa pela afinação, beleza e simpatia, levou para aquele prestigiado espaço do Centro Histórico de São Luís um repertório dos mais dançantes, com destaque para a axé music, que ela adora.

Em determinado momento da apresentação, a musa subiu na estrutura que circunda o palco e deu seu recado, para o delírio de quem a aplaudia.

A programação começou ao pôr do sol e seguiu animada até meia-noite em ponto, quando a turma jovem que bate ponto no endereço despediu-se satisfeita de mais uma tarde-noite de descontração.

Webnário discutirá ciência e enfermagem frente à pandemia de Covid-19

São Luís – O curso de Enfermagem do Colégio Universitário da Universidade Federal do Maranhão promoverá, nos dias 21,22 e 23 de fevereiro, das 18h30 às 20h40, o I Ciclo de Webinários sobre o tema “Ciência e Enfermagem frente à pandemia da Covid-19”.

O ciclo será aberto a toda a sociedade e haverá certificação de participação de 12 horas. As inscrições podem ser feitas até o dia 16 de fevereiro no link https://www.even3.com.br/icdwdcdedcu2022/

Segundo a organizadora do evento e uma das palestrantes, professora doutora Ilana Mirian, enfermeira sanitarista e consultora em Políticas de Saúde, discutir a ciência e o impacto nas ações de enfrentamento à Covid-19 tornou-se uma necessidade global.

“A Covid coloca uma oportunidade da sociedade entender as vantagens e limitações do conhecimento científico, ao mesmo tempo em que assiste e aprende como o avanço da ciência nas mais diversas áreas favorece o combate ao SARS-cov2 e suas variantes”, destaca Ilana Mirian, também doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo e docente-pesquisadora da UFMA.

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Tiago Máci apresenta ‘Amor Delivery’

São Luís – O amor por si mesmo é o que marca a obra do ator e compositor Tiago Máci. Ele volta a se apresentar nos palcos de São Luís nesta próxima quinta-feira (10), no show ‘Amor Delivery’, no Centro Cultural Vale Maranhão.

A diversidade dos estilos musicais de Máci e a poesia de suas composições estarão presentes com a companhia de Isaías Alves, que assina a direção do show, e os músicos Sandoval Filho e Davi Oliveira.

Tiago garante que composições como “Tá vendo baby” e outras que marcaram a sua trajetória, como “Samba do Fuleiro” e “À Musa” além de “Beijo à queima-roupa”, parceria com Zeca Baleiro, estarão presentes no show.

Quem comparecer poderá desfrutar de melodias ternas e criativas que retratam o cotidiano. Ele, que completa dez anos de estrada esse ano, tem quatro prêmios em festivais de música pelo Brasil.

Em 2021 ganhou o prêmio Volts na categoria melhor cantor e participou do Prêmio Papete – A Festa da Música do Maranhão ao lado de artistas como Flávia Bittencourt , Zeca Baleiro e Paolo Ravley.

Crônica de José Fernandes: “Nas ginásticas da manhã”

BEM CEDO, antes das seis da manhã, ao descer do meu apartamento para a academia de ginástica do nosso condomínio, eu me encontrava, sempre, com um único cidadão, ainda moço, para os exercícios na esteira, na bicicleta ergométrica ou nos aparelhos de musculação, que nós, cuidadosos, tínhamos a preocupação de higienizar, antes e depois de usá-los. Ele costumava demorar muito nesses exercícios, em torno de uma hora, no mínimo. Atleta experiente, seus movimentos ginásticos eram rápidos e precisos.

Os nossos encontros coincidiam ser no mesmo horário, apenas coincidiam. Devia ser ele uma pessoa muito ocupada, que ia cedo à ginástica, talvez para não atrasar suas atividades profissionais, ao contrário de mim, idoso e disponível, que escolhia o amanhecer apenas pelo costume de acordar cedo.

Nunca perguntei o nome desse meu constante colega de academia condominial nem ele o meu; éramos demasiadamente discretos; não sabia sua atividade profissional e penso que o mesmo ocorria com ele, isto é, que nada sabia de mim; apenas que morávamos no mesmo prédio, mantendo momentâneo e amistoso convívio. Desde o primeiro dia de nossa ginástica ele me cumprimentava chamando-me de “meu amigo” e por isso mesmo considerava-o amigo, posto que a nossa rápida interação era cordial, franca e fraterna. Tinha-o, pois, como pessoa correta e de boa conduta comportamental.

Uma vez por outra conversávamos, ligeiramente, sobre o que ocorria por aqui e pelo mundo, emitindo nossas opiniões com respeito, sem polêmica, isto nos poucos instantes que antecediam nossa atividade esportiva; logo depois nos mantínhamos em silêncio, para não atrapalhar as nossas inflexões ou reflexões; éramos os únicos que, naquele ambiente, não ligávamos o aparelho de televisão. Fazíamos isso sem nenhum acordo prévio, como se houvesse um regulamento de silêncio pré-estabelecido. Somente numa ocasião, por acaso, falamos algo sobre nós, tão-somente que tínhamos terras no interior do estado, ele com fazenda de gado e eu revelando minha frustração nessa atividade.

Durante uns seis meses, um único dia útil ele não compareceu à ginástica, e, para o meu espanto, e consternação, soube que, nessa manhã em que estivera ausente, havia sido vítima fatal de um acidente de trânsito: fora alcançado por um ônibus quando, de pés, seguia com pessoas da família, em romaria à cidade de São José de Ribamar. 

Pelo noticiário dos jornais e por informações de alguns moradores, tomei conhecimento da triste notícia – fiquei sabendo que o meu colega de academia, precocemente falecido, era o eficiente médico urologista Luís Carlos Cantanhede que partira de maneira tão abrupta desta vivência temporal, deixando-me com o sentido pesar pela ausência do cordial companheiro dos primeiros momentos de cada manhã.

José Fernandes é membro do IHGM, da Academia Ludovicense de Letras e autor, entre outros, do livro “O rio”.