Produtora Fox promoverá evento após ceia de Natal

Roddy Lima vai comandar a noitada no Armazém nesta quarta-feira (24)

SÃO LUÍS – A capital maranhense terá after de Natal. Pelo menos é o que anunciou a produtora Fox, que promoverá uma balada que promete ser animada, no Armazém da Estrela, no Centro Histórico, reunindo público jovem e bonito, como de costume. Para ingressos, CLIQUE AQUI.

O evento será realizado nesta quarta-feira (24), a partir de 23h59. Com o sucesso das edições anteriores, a produção promete mais um ano com casa cheia, com Roddy Lima pousando na Ilha do Amor pela primeira vez. 

Roddy Lima se juntará aos DJs Jovique, Vikko e Ytan, formando a line up. Dos mesmos produtores do Together Festival, o After de Natal promete ser um dos melhores eventos deste fim de ano. O DJ e produtor Jovique, com lançamentos em gravadoras como Order, Eatbeat, Blaah! Records, The Garden Records e Subsolo Music, vai incendiar a madrugada com basslines pesados e mixagens eletrizantes.

Ytan, com releases em gigantes como Spinnin’ Records, Controversia e HUB Records, além do suporte de nomes como Alok, KVSH e Liu, Ytan, vai elevar a noite a outro nível. Diretamente do Maranhão para o mundo, Vikko, por sua vez, é um dos nomes em ascensão da música eletrônica brasileira. DJ e produtor com lançamentos por selos de peso como Sony Music, Mustache Rec., Koffe Rec. e O Problema é Grave, ele entrega sets cheios de energia e identidade.

Cristiano Sardinha: ‘Machado de Assis e a liberdade de pensamento’

Cristiano Sardinha: “Penso que a genialidade machadiana tem mais raízes mundanas que metafísicas”.

SÃO LUÍS – Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no ano de 1839, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de dois ex-escravos mulatos e alforriados, o pai era pintor e a mãe uma lavadeira. Machado ficou órfão cedo e terminou criado pela madrasta Maria Inês. Retratado como um sujeito tímido, padecia com crises de epilepsia e gagueira.

Entretanto, nenhuma das condições adversas que tanto marcaram a sua existência foram capazes de impedir que Machado alcançasse o patamar de gênio da literatura brasileira e mundial. Não nos referimos aqui a esses gênios caricatos, retratados como abençoados pelas musas e que de maneira quase mágica realizam grandes feitos ao seu bel-prazer. Isso não passa de ilusão. Penso que a genialidade machadiana tem mais raízes mundanas que metafísicas, advém de uma vida inteira dedicada aos livros.

Aos 16 anos, Machado de Assis começou como tipógrafo aprendiz, revisou textos, colaborou com a publicação de jornais e revistas. Depois de conseguir consolidar-se na carreira burocrática para garantir o ganha-pão, deu início a vasta produção literária que hoje conquista o mundo. Não bastasse tudo isso, ele também foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

Teoria do Medalhão

No conto “Teoria do Medalhão”, o autor nos traz um diálogo entre pai e filho, após o jantar comemorativo de aniversário do rapaz que completou 21 anos, idade que representa a plena maioridade na ordem jurídica do século XIX. O texto transborda de críticas ferrenhas às hipocrisias, demagogias e superficialidades dos elevados círculos da sociedade da época.

Poucos textos merecem o título clássico e “Teoria do Medalhão” é um deles. Quando lido nos dias contemporâneos, encaixa-se perfeitamente ao tecido social brasileiro. Acompanhamos o pai ensinar ao filho os caminhos para que se torne o exemplar perfeito do “homem cordial”, que por baixo do verniz de polidez esconde um vampiro que se alimenta do sangue alheio e pensa apenas nos interesses mais mesquinhos. Algo que foi tão bem denunciado por Sérgio Buarque de Holanda na obra “Raízes do Brasil”.

Assim como o personagem Janjão ouvindo as maquiavélicas lições do pai, parte significativa da nossa população está sendo induzida a acreditar que a imaginação, a filosofia e o pensamento crítico são inúteis. Infelizmente, tal realidade tende a se agravar cada vez mais, enquanto o número de seguidores nas redes sociais de alguém for mais importante que seu conteúdo e prevalecer a absoluta ausência de critérios éticos.

Por mais absurdo que possa parecer, de quando em quando, surgem vozes contrárias ao ensino da filosofia nas salas de aula. A liberdade de pensamento é sempre a primeira vítima dos governos autoritários e dos que se beneficiam das estruturas de poder. Machado, refiro-me ao autor e não à arma, é um excelente remédio para amenizarmos a ignorância e despertarmos importantes reflexões.

Pegarei emprestado o estilo consagrado do nosso admirado escritor para quebrar a quarta parede e dizer que esta crítica precisa ser finalizada em vista do prazo que me foi dado. Que a obra de Machado de Assis continue a ser uma eterna inspiração para a plena liberdade de pensamento!

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Cristiano Sardinha é escritor, professor e tabelião, graduado em Direito, Filosofia e História, Mestre em Cultura e Sociedade pela UFMA, Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela UMSA e Doutor em Direito Constitucional pela UNIFOR.

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QUEM SOU EU

Jornalista profissional formado pela Universidade Federal do Maranhão e que há mais de 20 anos integra o staff do Grupo Mirante, Evandro Júnior é do Imirante.com, titular da coluna Tapete Vermelho, dentro do Caderno PH Revista, e coordenador e colaborador diário e interino da coluna de Pergentino Holanda (PH) no Imirante.com. A proposta é trazer informações sobre generalidades, com um destaque especial para as esferas cultural, empresarial e política.

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