Com a palavra… Bruno Duailibe

0comentário

*Ilustração: Salomão Jr.

Política com “P” x política miúda

Há muito o que se ler e estudar, quando se procura entender os contornos da política e do governo, mas é a Antiguidade clássica que fornece os pilares para a sua compreensão. Em seu diálogo dialético A República, Platão esboça uma sociedade ideal, cujo fim é o bem comum. O seu discípulo Aristóteles, mais pragmático, assenta a política na ética como uma praxis condutora para a felicidade (individual e coletiva).

Todas essas concepções de política tinham como âmbito de aplicação as cidades-estado (polis). Com a sua destruição, novas formas de organização vieram a se estabelecer. No Renascimento, surge a ideia moderna de Estado e as teorias contratualistas desenvolvidas por Rousseau, Hobbes e Locke, que  explicitaram o liame existente entre o indivíduo e o Estado: através de um contrato social o indivíduo cede parte de sua liberdade ao Estado que em contrapartida lhe garantirá proteção e segurança.

Sendo gerido por seres humanos – não por anjos, não por santos –, o Estado poderia se tornar uma outra fonte de ameaça contra os indivíduos, por isso passou a integrar o contrato social regras que limitam o poder estatal. De modo que, chegados aos dias atuais, tanto o bem comum como os limites da atuação estatal, assim como suas funções, atribuições de instituições e governantes são definidas pela Constituição.

Porém, há indícios de que nem o bem comum, nem a felicidade, efetivamente, constituem os escopos da atuação estatal; e é perceptível, nessa conjuntura, que grande parte dos governantes há muito deixou de ter em conta os limites do seu poder e de suas atribuições. Parece predominar as formas mais impuras do governo, descritas nas obras de Aristóteles e de Maquiavel, que em razão de suas diminutas finalidades, dão ensejo e vigor a uma política que ultimamente vem sendo tachada de “miúda”.

Cada vez mais presente em nosso tempo, essa “política miúda” administra, organiza e dirige os interesses daqueles que assumem o poder e pautam suas decisões através da troca de vantagens e desvantagens entre os grupos de comando. E, enquanto ocorrem as negociações, criam-se justificativas políticas e jurídicas de modo a demonstrar a todos que isso é para o bem comum.

Ainda que se legitime da ordem estabelecida por um Estado de Direito, a “política miúda” pode, às vezes, assemelhar-se às relações que emanam do pátrio poder ou do poder despótico.

E nem pense que ela é exceção nesses tempos de amadurecimento da democracia. Em verdade, parece endêmica e contamina searas que não se poderia imaginar. Por exemplo: a sua atuação pode contar com a contribuição de muitos daqueles que assumiram o compromisso de ajudar na administração, organização e direção da coisa pública, mas que, no exercício de suas funções, honram os interesses pessoais e materiais ao invés de promover o bem público.

Também a título de exemplo – e sem surpresa nenhuma –, é possível dizer que a “política miúda” está presente entre as entidades privadas que não querem ter seus interesses prejudicados. É que o Estado sempre pode dar um impulso para que a mão invisível não cumpra com a sua função.

Não bastasse a conivência de servidores públicos e da iniciativa privada, toda a “política miúda” também conta com o apoio de quem, por ignorância, imagina que os que estão a exercer o poder político podem usar como bem quiser a coisa pública. Na verdade, esses ignorantes também acham que se estivessem a exercer uma função pública, não deixariam de tirar uma “casquinha” da viúva.

O que é mais infeliz em toda a rede que é trançada pela “política miúda” são as suas consequências e seus efeitos, que podem ser sentidos em menor ou maior grau. E porque a ineficiência e ineficácia do modo de governar desse tipo de política posterga-se no tempo, mesmo aquele que ainda não nasceu também poderá ser atingido pelos seus tentáculos.

A não ser que, de amanhã em diante, a predominância da “política miúda” seja sobrepujada pela Política, escrita assim, com “P” maiúsculo, e que pode ter por referência Platão, Aristóteles, Hobbes, Montesquieu e até mesmo o incompreendido Maquiavel.

Bruno Duailibe
Advogado. Graduado pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduado em Direito Processual Civil no ICAT-UNIDF / [email protected]

sem comentário »

Diego Moura na crista da onda

2comentários

O ano começou com tudo para o DJ Diego Moura. O maranhense esteve presente no line up de quatro apresentações da turnê de David Guetta no Brasil. Foram elas: no Guarujá, São Paulo, no luxuoso hotel Jequitimar; em Belém do Pará; Guaratuba e Camboriú , ambas em Santa Catarina.

Na última cidade citada, inclusive, durante sua apresentação no Green Valley – que, para quem não sabe, é uma espécie de templo da música eletrônica no país -, Diego tocou para um número impressionante de 12 mil pessoas, logo após a estrela da noite se apresentar. O resultado? Nosso “pequeno notável” preservou a pista lotada e fez o público se esbaldar até o sol aparecer, como se não houvesse amanhã.

A propósito, um dos momentos mais empolgantes da noite, quando o DJ executou sua nova faixa, a envolvente “Rising In The Sun“, acabou resultando num vídeo promocional – que você confere logo abaixo. Nada mais oportuno, já que a canção será lançada mundialmente, agora em fevereiro, pelo iTunes Brasil. E mais: por uma grande gravadora gringa, a CR2 Records.

E como Diego Moura não para nunca, agora, ele se prepara para assumir como um dos residentes da filial paulistana do club novaiorquino Provocateur, que promete vir como nova sensação da noite da Paulicéia.

2 comentários »

Privet Party anima a quinta da Ilha

0comentário

Hoje tem baladinha das boas ? Tem sim, senhor! Afinal, é na quinta-feira que a turma começa aquecer as turbinas para o fim de semana. Ainda mais agora, em plena efervescência das férias!

E Hot Spot dá o caminho das pedras. Ou melhor: da festa! A Catraia Produções, mais nova produtora de festas e eventos de São Luís, comandada pelos “descolexLusianne Assunção e Emerson Tazaka (que, além de sócios, formam um dos casais mais animados do pedaço), realiza, nessa quinta-feira, 19, a primeira Private Party de Férias.

O agito vai rolar na suíte “Aeroporto” do Motel Le Baron, a partir das 22h, tendo os deejays Esteverson Sousa, residente da Boate Candy, e Leandro Moraes como atrações da noite.

A Private Party, ou PVT, como também é conhecida, é um estilo de festa já consagrado por aí afora, que agora a Catraia Produções pretende importar para cá. Baladas mais intimistas, fora do ambiente de boates, com um número de pessoas limitado, cuja principal finalidade, além da diversão, claro, é a interação entre os presentes.

Os notívagos mais animados da Ilha já se sentem lá. Ouvi dizer que até a Luíza vai. Ela, finalmente, já voltou do Canadá! Aleluia! rs(Fotos: Divulgação)

sem comentário »
https://www.blogsoestado.com/otonlima/wp-admin/
Twitter Facebook RSS