“Reggae Agarradinho” pode virar Patrimônio Cultural Imaterial do Maranhão

Há quatro décadas atrás, Bob Marley, já considerado sem esperança pelos médicos, regressava da Alemanha para a Jamaica, visando passar seus derradeiros momentos ao lado da família. No entanto, em seu percurso de regresso, ele acabou sendo hospitalizado de forma urgente em um centro médico de Miami, onde veio a falecer em 11 de maio de 1981, aos 36 anos, vítima de um câncer.

No contexto brasileiro, o dia 11 de maio foi designado como o Dia Nacional do Reggae, uma homenagem à memória do músico. Desde os anos 1970, a música reggae originária da Jamaica influenciou diversos estilos musicais, comportamentos e estéticas por várias regiões do país. Entre essas localidades, São Luís do Maranhão é frequentemente comparada à “Jamaica brasileira”, devido à concentração de espaços onde se ouve o ritmo jamaicano e se pratica a dança em par, conhecida como “agarradinho”.

A tradicional dança do reggae no Maranhão, um aspecto distintivo da cultura local, está em vias de ser reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial. No Dia Nacional do Reggae, o Museu do Reggae do Maranhão apresentou a proposta para o tombamento dessa tradição no Livro de Registro das Formas de Expressão, conforme previsto na Lei nº 10.514, datada de 05 de outubro de 2016.

A avaliação da proposta caberá ao secretário de Estado da Cultura, Anderson Lindoso, que decidirá se a encaminha para aprovação junto ao governador Flávio Dino. Lindoso ressaltou que o estilo de dança do reggae no Maranhão é autêntico e fortemente enraizado na identidade maranhense.

A relação de São Luís com o reggae teve início na década de 1970, quando marinheiros traziam consigo discos da Jamaica, os quais acabavam sendo distribuídos nas zonas de prostituição como forma de pagamento pelos serviços. Além disso, a sintonização de ondas de rádio do Caribe também contribuiu para a difusão desse gênero musical. Com o passar do tempo, o reggae conquistou território na periferia da cidade e ganhou uma base fiel de adeptos. Durante a década de 1980, São Luís já contava com uma considerável quantidade de clubes, salões e programas de rádio dedicados exclusivamente a esse ritmo. A influência jamaicana também deixou sua marca no modo de falar e no vestuário das pessoas.

Paramount Pictures anuncia diretor da cinebiografia de Bob Marley

A Paramount contratou o cineasta Reinaldo Marcus Green (que comandou o inédito King Richard para a Warner Bros.) para dirigir a cinebiografia de Bob Marley em desenvolvimento no estúdio.

Ainda sem título, o projeto tem apoio da família do cantor e produção de Rita, Cedella e Ziggy Marley através da empresa jamaicana Tuff Gong.

“Estou muito animado por trabalhar no compartilhamento do legado do nosso pai. É uma responsabilidade incrível que assumimos com Reinaldo e a equipe da Paramount para contar a história de uma forma que realmente o honre e ao mesmo tempo que irá entreter, iluminar, elevar e inspirar seus fãs e públicos ao redor do mundo. É como abrir uma janela que nunca foi aberta antes”, disse Ziggy Marley.

O filme gira em torno da vida e obra de Marley, grande embaixador do reggae. O próximo passo é partir em busca de um ator para o papel.

O estúdio não anunciou uma data de estreia para o longa.

Bob Marley é considerado o maior expoente do estilo. Sua música simboliza protesto, a emancipação e a busca pela liberdade. O “rei do reggae” vendeu mais de 200 milhões de álbuns em todo o mundo. Ele morreu em Miami, em 11 de maio de 1981, aos 36 anos de idade.

“Deeper Pocket” é o novo single de Carl Malcolm!

No final de fevereiro, o cantor e compositor Carl Malcolm lançou o single “Deeper Pocket”. A parceria com o produtor musical Willie Lindo, da “Heavy Beat Record”, está disponível nas plataformas digitais.

A canção é uma prévia do próximo álbum, ainda sem data de lançamento.

As letras próprias e bem-humoradas do artista tornaram-se bastante populares na Jamaica e no Reino Unido. Entre elas, estão “Fattie Bum Bum”, “No Jestering” e “Miss Wire Waist”.

“Eu escrevi mais de 1000 canções e nunca parei de gravar meu próprio material. Acho que essa é a única maneira de contribuir com a difusão da cultura”, disse Malcolm.

Você pode ouvir a nova música de Carl Malcolm nos programas Reggae Point e Reggae Vibe, da Mirante FM.

djwaldiney

Satta Massagana, do grupo The Abyssinians, completa 50 anos!

“Satta Massagana,” escrita pelos jamaicanos Bernard Collins, Donald Manning e Linford Manning, celebra seu quinquagésimo aniversário neste ano de 2021.

Embora tenha sido gravada pela primeira vez em 1969, a música só foi lançada em 1971 pelo Studio One, de Coxsone Dodd. Além de se tornar um hino para os adeptos do movimento rastafári, essa composição também se destacou como um dos grandes sucessos do gênero reggae.

O jornal “The Guardian” incluiu “Satta Massagana” em uma lista de músicas que todos deveriam ouvir antes de morrer. A música foi descrita como “uma das músicas que transcendeu todas as fronteiras” e se tornou uma referência devido à sua importância e beleza clássica.

O trio “The Abyssinians” continua ativo, realizando shows que atraem grandes multidões. Em 2017, eles se apresentaram em várias cidades brasileiras como Recife, São Paulo, Aracaju e Salvador. Os shows do grupo receberam aplausos tanto do público quanto da crítica. Mesmo sem lançar um novo álbum nos últimos anos, os músicos estão ansiosos para voltar aos palcos e entoar seus grandes sucessos.

@djwaldiney

Kaya na Gandaia lança single com Lei Di Dai e o astro britânico do reggae Pato Banton

Neste atípico 2021, os blocos carnavalescos tiveram que se reinventar, buscando novas formas de se conectar ao público, longe das ruas. Sem poder arrastar multidões como tem feito nos últimos 8 anos, o Kaya na Gandaia, bloco paulistano de reggae, se dedicou a gravar seu disco de estreia. 

Após lançar o clipe do samba-reggae “Te Ver Bailar” no último dia 12, véspera de Carnaval, o bloco paulistano libera nesta sexta, dia 19, mais um single do seu primeiro disco. “São Paulo” é uma música poderosa, que já nasce hit nas vozes de Lei Di Dai, rainha do dancehall brasileiro e vocalista do bloco, e o cantor britânico Pato Banton, conhecido em todo o mundo por sucessos como “Go Pato” e “Groovin”.

“Essa música, que é de co-autoria da Lei Di Dai com o Pato Banton, realizou muitos sonhos nossos ao mesmo tempo. Além da honra de gravar com um artista como o Pato, a gente conseguiu incluir na música um riddim do Toots (Hibbert, jamaicano líder de Toots and The Maytals, falecido em 2020), então foi uma forma de homenagear ele também. Pra completar, outro sonho antigo do bloco foi resgatado, que era tocar um ritmo nyabinghi (ritmo ancestral conectado ao movimento rastafari) com a nossa batucada de carnaval”, conta Digo Amazonas, um dos fundadores do Kaya na Gandaia. 

O álbum “Abrindo Os Caminhos Pro Meu Carnaval”, que será lançado no final deste mês, conta também com participações de importantes figuras da cena musical brasileira, como Roberto Barreto (BaianaSystem) e Afoxé Amigos de Katendê (fundado por Môa do Katendê e Mestre Plínio), entre outros. 

Morre U Roy, mestre do reggae e pioneiro do estilo toasting

Ewart Beckford, mais conhecido como Daddy U-Roy, o renomado vocalista jamaicano e pioneiro do toasting, faleceu no Hospital Universitário das Ilhas Ocidentais, na Jamaica, nesta quarta-feira, 17. Infelizmente, ele sofreu três paradas cardíacas após uma cirurgia na bexiga e não resistiu.

Nascido em Jones Town, Kingston, Jamaica, U-Roy é reconhecido como um dos primeiros MCs da história, sendo um dos pioneiros na técnica de toasting. Essa técnica envolve improvisações vocais sobre bases instrumentais, algo semelhante às rimas do rap, mas com um estilo de canto falado.

Devido ao seu profundo amor pelo reggae, U-Roy era carinhosamente chamado de “The Godfather of Reggae” e “The Originator”. Em sua visita ao Brasil em 2001, ele se apresentou no Maranhão Roots Reggae Festival, onde cantou sucessos como “Wear You To The Ball”, “Runaway Girl” e “Natty Rebel”, sendo muito elogiado pelo público.

Ele lançou cerca de 20 álbuns ao longo de sua carreira, colaborou com artistas como Lee Perry e Peter Tosh, e em 2004 participou do álbum “True Love” do grupo Toots & The Maytals, que ganhou um Grammy. Seu legado na música jamaicana foi tão importante que ele recebeu a “Ordem de Distinção” do governo jamaicano em 2007.

Seu álbum mais recente, “Pray Fi Di People”, foi lançado em 2012. Com sua partida, a música perdeu um verdadeiro mestre. Descanse em paz, U-Roy

@djwaldiney

Yvonne Sterling: uma jornada musical marcante pela cena de Kingston, Jamaica

Yvonne Sterling, nascida em Kingston, Jamaica, em 8 de setembro de 1955, teve sua vida artística marcada por sua passagem na “125 Orange Street” em Kingston, onde também residia Dennis Brown. Essa rua era famosa por abrigar os renomados estúdios musicais “Studio One” de Coxonne Dobb, o “Black Ark” de Lee Perry e o icônico “Record Shack” de Prince Buster.

Aos 17 anos, Yvonne gravou “If You Love Me Let Me Know”, de John Rostill, com o suporte vocal do príncipe herdeiro do reggae. Ela lançou uma série de faixas durante a segunda metade dos anos 70, como “Full of Music” (1975) e “For Just A Night” (1977), e dividiu palcos com artistas como Johnny Clarke, Half Pint e Tyrone Taylor.

Seu maior sucesso, “Oh Jah”, foi gravado em 1978 e vendeu centenas de cópias na Jamaica e na Europa, embora ela nunca tenha recebido os direitos autorais da canção. Em 1991, Yvonne lançou outro hit importante, “Light Up The World”.

Apesar de sua qualidade e potencial, Yvonne Sterling, como muitos outros artistas, não conseguiu manter o sucesso inicial nas décadas de 70, 80 e 90, possivelmente devido à indústria fonográfica ou falta de sorte.

Depois de ficar esquecida pela mídia e passar por dificuldades, Yvonne recebeu apoio após uma campanha chamada “Reggae Solidário” no Brasil. Artistas como Richie Stephens e Little Lenny foram até Kingston entregar o dinheiro arrecadado para ela. Ela voltou a gravar após cerca de 30 anos com “Thank You Lord”, uma colaboração com Richie Stephens e Little Lenny.

Infelizmente, depois de expressar seu desejo de retomar sua carreira, Yvonne sofreu um acidente vascular cerebral e faleceu em 17 de janeiro, aos 66 anos, deixando para trás uma vida marcada por desafios e conquistas na cena musical

djwaldiney

Morre em Nova York a cantora Nora Dean

nora dean

Ela cantou ao lado de Rita Marley e Cecile Campbell no grupo The Soulettes

Nora Dean morreu na quinta-feira, dia 29, aos 72 anos. A sua sobrinha Caroline Jones informou nesse domingo, 2, ao Jamaica Observer.

Nascida em Spanish Town (Jamaica), atualmente a cantora morava em Connecticut (Nova York). Ela fez parte dos grupos: The Soulettes (com Rita Marley e Cecile Campbell) e as Ebony Sisters’. Nora trabalhou com Duke Reid, Bunny Lee, Sonia Pottinger, Lee Perry e Harry Mudie.

O seu maior sucesso foi Barbwire, produzido por Byron Smith. Na década de 1970 gravou Scorpion, bastante tocada nas rádios jamaicanas. Dean também foi vocal de apoio de Jimmy Cliff no álbum Unlimited, de 1973.

Na década de 1990, ela gravou vários álbuns gospel incluindo: My Soul Loves Jesus, Melody of Praise, Down On My Knees, The Love of God e Breakthrough.

Nora Dean foi casada duas vezes e não tinha filhos. A causa da morte não foi revelada pela sobrinha da cantora.

djwaldiney

Denroy Morgan anuncia lançamento de “Get up, Stand up”, de Bob Marley

denroy morgan

A gravadora VP Records anunciou o lançamento da faixa “Get up, Stand up”, de Bob Marley, na voz do veterano Denroy Morgan. A releitura estará disponível para download no dia 7 de outubro.

Nos últimos tempos, as regravações de canções populares na Jamaica têm sido a preferência de artista famosos e também daqueles que buscam reconhecimento mundial. As canções de Bob Marley, Peter Tosh, Dennis Brown e Gregory Isaacs lideram as escolhas.

Sobre Denroy, ele é o patriarca da família Morgan Heritage, formada pelos seus filhos. E já liderou por várias vezes as paradas de sucesso da Billboard e estações de rádios americanas. Vamos aguardar!

djwaldiney

Rita Marley sofreu um acidente vascular cerebral esta semana

Rita Marley

O jornal Jamaica Observer informou nessa quinta-feira, 22, que Rita Marley (viúva do reggae astro Bob Marley) foi internada em um hospital de Miami depois de sofrer um grave acidente vascular cerebral na noite anterior.

Fontes informaram ao Observer que a cantora estava em Miami para participar de um evento, mas sua presença foi cancelada.

Em fevereiro de 2015, Rita havia começado um tratamento de saúde. Comentou-se que já teria sofrido um AVC, mas que desta vez pode ser considerado mais grave. Membros da família têm se mantido calados sobre a sua condição, mas estão acompanhando de perto o estado de saúde da artista.

Rita e Bob Marley se casaram no dia 10 de fevereiro de 1966. Ela foi vocal de apoio de Bob Marley ao lado das suas contemporâneas Marcia Griffiths e Judy Mowatt. Em carreira solo, ela lançou faixas memoráveis, incluindo o seu maior sucesso Harambe.

djwaldiney

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DJ, locutor e produtor do programa Reggae Point (Segunda a sexta: 19h às 21h / Domingo: 08h às 10h)

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