Pais e filhos: saúde mental durante a pandemia da Covid-19

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Fisioterapeuta Patrícia Bogéa, palestrante nas áreas de saúde e bem-estar

São Luís – Crianças estão apresentando alguns sinais físicos e emocionais, diferentes dos habituais, neste período de pandemia de Covid 19. Isso se deve, em especial, ao distanciamento social, somado à influência das mudanças na saúde mental de seus pais. No nstagram @espacoelanvital, há orientações sobre como equilibrar as emoções e lidar melhor com esses desafios.

Agressividade física ou verbal, ansiedade por comida, fala acelerada, sem pausas, dificuldade em manter o foco em atividade solicitada e dificuldade no sono são alguns sinais que os filhos podem apresentar de que algo não vai bem, de acordo coma palestrante de saúde e bem-estar, a fisioterapeuta Patrícia Bogéa de Matos.

Com foco no desenvolvimento humano, equilíbrio corpo e mente e liberações somato emocionais, a terapeuta integrativa informa que as emoções primárias como alegria, raiva, medo e tristeza, são inatas e fazem parte do processo biológico de sobrevivência do indivíduo e que são acionadas em experiências que exigem uma ação.

“As crianças, ao serem informadas sobre o que está acontecendo, quanto à pandemia, conseguem entender e, assim, melhor gerenciar as suas emoções, e isso é essencial para fortalecer os vínculos afetivos, o filho sentir confiança nos pais e esse elo se fortalecer”, alertou Patrícia.

Segundo ela, quando os pais ignoram essa informação, o filho cria realidades paralelas, histórias nesta lacuna não resolvida.

Para Patrícia, a saúde mental dos pais é fundamental, ao evitarem agir com fala agressiva, perda de sensibilidade no processo de aprendizagem do seu filho, negligenciando etapas tão essenciais da vida dele.

Para a bióloga Maria Teresa Curty dos Santos Moyses, 42 anos, casada e, atualmente, dona de casa, mãe de Antônio, de 7 anos, e Maria Luísa, de 2 anos, no início da pandemia, administrou bem o fato de ter que ficar em casa, mas com o tempo, sentiu-se ficou sobrecarregada.

Atualmente, ela se divide entre algumas atividades em casa, acompanhamento de aulas on-line do filho e as brincadeiras com a filha, e afirma que receber atendimento especializado contribuiu para o equilíbrio emocional de todos em casa.

“Quando os atendimentos com a Patrícia retornaram, logo levei primeiro as crianças, que estavam bem ansiosas, e depois eu fui também. Sempre que fazemos as sessões com ela, saímos com as emoções muito mais equilibradas. Sinto as crianças mais tranquilas e desenvolvendo coisas que a ansiedade bloqueavam, e eu volto a manter a calma e conseguir realizar as atividades com equilíbrio, sem me estressar”, relatou Tereza.

A arquiteta Fernanda Arouche, mãe de Benjamin, relatou ter ficado mais próxima do filho nesta fase, mas que a alegria dele do início foi alterando e passou a apresentar irritabilidade.

“Fui vendo que ele precisava de atividades mais lúdicas. Então, eu comecei a alugar brinquedos e espalhar pela sala e a brincar com ele de montar cidade, de teatro. Assim, foi amenizando e, ao mesmo tempo, nos aproximando ainda mais. Ele é encorajado a soltar as emoções e não ficar com elas presas e acumuladas. Isso ajuda muito em todo o processo”, explicou Fernanda.

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