Evandro Junior
12 de julho de 2022
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Curso foi sobre o contexto atual das competições de skate
São Luís -Treinamento e simulação de uma competição de skate foram realizados pela Federação Maranhense de Skate (FMS) sábado (9) e domingo (10), no município de Timon.
O treinamento, que integra o cronograma de atividades da Confederação Brasileira de Skate (CBSK), teve como objetivo qualificar e atualizar as federações e seu corpo técnico para adequar o esporte e suas competições aos padrões olímpicos.
Bom desempenho dos atletas maranhenses no treinamento e na simulação da CBSK é resultado do trabalho realizado pela FMS
Skatistas do Maranhão e do Piauí integraram o segundo maior grupo, com 21 qualificados aprovados, ficando atrás apenas do estado de São Paulo.
Skatistas com representantes da Federação Maranhense de Skate em Timon
Evandro Junior
12 de julho de 2022
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Participantes do seminário realizado pelo Órgão Gestor de Mão de Obra do Porto do Itaqui
São Luís – Com a participação de representantes do Poder Judiciário maranhense, classe empresarial do Porto do Itaqui e representantes de instituições ligadas à questão, o Órgão Gestor de Mão de Obra do Porto do Itaqui realizou o seminário “Questões Atuais no Direito do Trabalho Portuário”. Ministros do Tribunal Superior do Trabalho e um desembargador do TRT de São Paulo foram os palestrantes da noite, que trouxeram a discussão de questões como aspectos gerais do Direito Portuário.
O ministro e corregedor geral da Justiça do Trabalho, Guilherme Caputo Bastos, abriu as discussões falando sobre o Direito Portuário e as legislações e questões atuais significativas para o setor. Ele lembra que por mais que a atividade portuária esteja tão desenvolvida atualmente, essa é uma área do Direito ainda não tão conhecida. [
“As demandas chegam aos tribunais e ainda há um certo desconhecimento, dúvidas na interpretação e na aplicação do direito a um caso concreto. Logo, a intenção com este evento é propiciar a discussão entre os interessados: trabalhadores avulsos e permanentes, operadores e autoridades portuárias”, ressaltou.
Risco portuário
Nas outras palestras foram abordados temas específicos do Direito do Trabalho no setor portuário. O ministro Alexandre Luiz Ramos, também do TST, discorreu sobre adicional de risco portuário. E o desembargador Celso Peel, do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, falou sobre a discussão de direitos dos trabalhadores, com o tema “Prevalência do negociado sobre o legislado”. O desembargador lembrou que a atividade portuária é imprescindível para a economia brasileira e que a balança comercial positiva depende de uma atividade portuária ágil, que seja competitiva em relação a outros portos de outros lugares do mundo.
O tema “O negociado x o legislado” se refere à legislação do setor, que permite a discussão de condições de trabalho entre as partes envolvidas, empresas e trabalhadores, o que é reconhecido pela Constituição Brasileira e por convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“Esse tema é muito importante para o setor portuário também porque a lei do trabalho portuário joga para a negociação coletiva – os acordos e convenções – definirem questões como salários, funções, enfim, todas as condições de trabalho. E se as partes não negociarem, não será possível estabelecer quais os direitos desses trabalhadores”, esclareceu.
Entre os representantes de instituições que participaram do seminário estava o presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), Sérgio de Aquino; o assessor jurídico do OGMO – Itaqui, Ataíde Mendes; e a gerente jurídica da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Gabriela Heckler.
“É muito importante ter essa interação com os ministros do TST nas regiões portuárias, ver a realidade, conhecendo e interagindo. É um privilégio ter dois ministros do TST debatendo e dialogando sobre a legislação portuária”, destacou o presidente da Fenop, Sérgio de Aquino.
Evandro Junior
12 de julho de 2022
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Médico Stênio Roberto Santos fala sobre a importância do diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura
São Luís – Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, mais de 36 mil novos casos de câncer nessas regiões do corpo devem ser contabilizados este ano, sendo mais de 19 mil em homens e mais de 17 mil em mulheres. O problema é sério e os médicos dão o alerta neste mês de julho, período de conscientização em torno da doença.
“Ao contrário do que ocorre em outros órgãos, quando o câncer acomete a região de cabeça e pescoço, a doença pode ser visível ou palpável. Apesar disso, os sinais não são percebidos na maioria dos casos. No Brasil, oito entre dez casos de câncer que acometem, por exemplo, a cavidade, são descobertos já em fase avançada”, explica o cirurgião de cabeça e pescoço Stênio Roberto Santos, também gestor do Instituto de Câncer de Cabeça e Pescoço.
De acordo com o especialista maranhense, como consequência, o diagnóstico tardio resulta em menor chance de controle da doença, pior qualidade de vida para o paciente, maiores taxas de morbidade e mortalidade, maior risco de mutilação em razão da necessidade de cirurgias mais extensas, maior complexidade de outras modalidades de tratamento e maior demanda por reconstrução facial, assim como mais desafios na reabilitação.
Campanha nacional
Este ano, a Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço promove a sexta edição da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço, com o slogan “Autocuidado é SobreViver”. A entidade quer conscientizar a população sobre a importância do autocuidado e atenção aos primeiros sinais e sintomas da doença (diagnóstico precoce), ampliando as taxas de cura, com menos sequelas. A programação ocorre de 1º a 31 de julho, sendo 27 de julho o Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres de cabeça e pescoço ocupam o terceiro lugar no ranking, com 7% dos 700 mil novos casos por ano no mundo. Anualmente, o INCA registra cerca de 40 mil novos casos de cânceres de cabeça e pescoço, denominação genérica de tumores que se originam em regiões das vias aéreo-digestivas, como boca, língua, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe e seios paranasais.
Perda da voz
Stênio Roberto Santos alerta para o fato de que 45 mil pessoas no país poderão perder parte de suas faces por causa do câncer na cavidade oral este ano. “Em média, 22.950 brasileiros correm o risco de perder a voz em consequência de um câncer de laringe”, informa o médico.
Nesse contexto, destaca-se o diagnóstico tardio: a cada quatro novos casos, três chegam com a doença em estágio avançado, resultando no óbito de cerca de 50% desta população.
Mesmo após o tratamento, que pode ser realizado com cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia, o câncer de cabeça e pescoço pode causar sequelas irreversíveis, mexendo com a estética facial, com a deglutição e alimentação, com a fala e a voz. Os pacientes enfrentam desafios como deformação da face e do pescoço diminuição do paladar e olfato, perdas funcionais como fala, respiração, mastigação, deglutição, audição e visão, que afetam sua qualidade de vida.
Principais sintomas
• Aparecimento de nódulo no pescoço
• Manchas brancas ou avermelhadas na boca
• Ferida que não cicatriza em duas semanas
• Dor de garganta que não melhora em 15 dias
• Dificuldade ou dor para engoli
• Alterações na voz ou rouquidão por mais de 15 dias
Estimativa de casos em 2022
• Boca (cavidade oral) = 15.190, sendo 11.180 em homens e 4.010 em mulheres
• Laringe = 7.650, sendo 6.470 em homens e 1.180 em mulheres
• Tireoide = 13.780, sendo 1.830 em homens e 11.950 em mulheres
Total = 36.620 novos casos de câncer de cabeça e pescoço, sendo 19.480 em homens e 17.140 em
mulheres.
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Esse câncer tem cura?
O câncer de cabeça e pescoço, em linhas gerais, apresenta taxas de cura muito maiores do que tumores de outras regiões do corpo. Entretanto, infelizmente o diagnóstico é feito tardiamente em muitos casos, sobretudo entre os pacientes com baixo nível sócio-econômico, o que faz com que, nesses casos, o número de pacientes curados seja inferior à metade dos que se curam quando a doença é diagnosticada precocemente.
Como é composta uma equipe multidisciplinar para tratar o câncer de cabeça e pescoço?
Nenhum médico trata sozinho o câncer de cabeça e pescoço. Os pacientes com doença avançada frequentemente necessitam de procedimento cirúrgico de grande porte e de alta complexidade. Além disso, radioterapia e, em muitos casos, quimioterapia. Por isso, a equipe médica deve ser composta por, no mínimo, médico especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, médico Oncologista Clínico e médico Radio Oncologista.
Além dessas especialidades médicas, profissionais da saúde de outras áreas fazem parte do time que trata os nossos pacientes: Odontologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição, Psicologia. São necessários cuidados odontológicos, sobretudo nos pacientes que receberão radioterapia na região da boca.
A fonoterapia é fundamental na abordagem pré e pós-operatória, visando reabilitação de voz, de fonoarticulação e de deglutição. Os pacientes hospitalizados necessitam de acompanhamento fisioterápico e de enfermagem e, em todos os passos do tratamento é imprescindível o suporte nutricional e psicológico.
No âmbito do SUS, os maiores serviços médicos/oncológicos do estado já estão estruturados de modo a oferecer os cuidados da equipe multidisciplinar aos pacientes. Todavia, sobretudo nas menores cidades do interior, não é raro o tratamento fragmentado em diferentes serviços, sem continuidade nos cuidados, o que impacta diretamente no sucesso da terapia.
Nos últimos anos, quais são as inovações relacionadas ao tratamento cirúrgico?
O tratamento cirúrgico do câncer de cabeça e pescoço mudou pouco nos últimos 30 anos. Foram incorporadas à rotina da especialidades novas técnicas de reconstrução cirúrgica que proporcionam melhor qualidade de vida aos pacientes que sofrem procedimentos de grande porte.
Novas evidências na literatura médica demonstraram que a extensão do procedimento cirúrgico pode, em alguns casos, ser menor do que era o padrão há algumas décadas, com os mesmos resultados oncológicos.
Além disso, mais recentemente, a introdução da cirurgia robótica tem dado a oportunidade de operar alguns pacientes, com tumores de orofaringe, oferecendo-se uma modalidade cirúrgica com menor morbidade, ou seja, com resultados similares mas causando-se menor dano aos tecidos sadios.
Comparado com outros tipos de câncer, como tem sido os avanços no tratamento medicamentoso desta doença?
O tratamento medicamentoso do câncer de cabeça e pescoço sofreu menos modificações do que o observado em outros tipos de câncer. Algumas novidades que apareceram há alguns anos, como muito promissoras, acabaram se demonstrando não superiores a tratamentos já consagrados e de custo inferior.
Especificamente para os pacientes que apresentam doença metastática em outros órgãos, sem benefício de intervenção cirúrgica, o tratamento com imunoterapia tem trazido alguns bons resultados de aumento na sobrevida e na qualidade de vida, embora seu o custo seja ainda elevado.
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QUEM SOU EU
Jornalista profissional formado pela Universidade Federal do Maranhão e que há mais de 20 anos integra o staff do Grupo Mirante, Evandro Júnior é do Imirante.com, titular da coluna Tapete Vermelho, dentro do Caderno PH Revista, e coordenador e colaborador diário e interino da coluna de Pergentino Holanda (PH) no Imirante.com. A proposta é trazer informações sobre generalidades, com um destaque especial para as esferas cultural, empresarial e política.