Dueto emocionante de mãe e filha

2comentários

É simplesmente emocionante ver nos palcos, graças aos sofisticados artifícios da nova e revolucionária tecnologia de computadores, filhos de mães e pais famosos que já morreram fazendo um dueto com eles .

São famosos os duetos de Natalie Cole com o pai Nat King Cole, Liza Minelli com Judy Garland, ambas nos Estados Unidos; Maria Rita com Elis Regina, no Brasil. E, mais recentemente, em Paris, Isabelle Boulay com a mãe e maior diva da música francesa, Edith Piaf.
 
Há dias, o meu amigo Luiz Augusto de Freitas enviou-me por e-mail o vídeo abaixo sob o pretexto de que, quando o ouviu se lembrou de que gosto muito de músicas francesas… Na verdade, Edith Piaf, e esta música em particular, tem tudo a ver com todo o meu imaginário musical, visto que ouço Edith Piaf desde muito jovem. Aliás, nunca escondi as minhas preferências pela cultura francesa.
 
Pois bem, ouvir a saudosa Edith Piaf e Isabelle Boulay, é um privilégio de um duo “póstumo e virtual” com uma das vozes mais cristalinas de todos os tempos.

2 comentários »

Na companhia de um Prêmio Nobel

1comentário

saramago.jpgAos 86 anos, uma máquina de escrever não compraz José Saramago. O escritor português é blogueiro e com muito orgulho. Tanto que, seguindo uma tendência editorial e contrariando a validade da nova linguagem, acaba de lançar O Caderno de Saramago, uma coletânea que dá sobrevida aos posts.

A obra nada tem a ver com aquelas frases longas, que são marca de Saramago, mas com opiniões que mostram um escritor indignado com os acontecimentos diários.

Sobre o ofício de escrever na internet, ele posta: “Será que, aqui, a bem dizer, nos assemelhamos todos? É isto o mais parecido com o poder dos cidadãos? Somos mais companheiros quando escrevemos na internet? Não tenho respostas, apenas constato as perguntas. E gosto de estar escrevendo aqui agora”.

No blog é possível perceber quem são seus autores favoritos, interagir com escritas de bom humor e sentir a admiração do escritor por quem luta pacificamente. 

Blogs fazem as pessoas escreverem pior

José  Saramago diz acreditar que com o crescimento desse tipo de espaço na internet “está se escrevendo mais, embora pior”.

– A prática do blog levou muitas pessoas que antes pouco ou nada escreviam a escrever. Pena que muitas delas pensem que não vale a pena se preocupar com a qualidade do que se escreve – diz Saramago.

Ele reuniu os artigos publicados durante os seis primeiros meses de sua atividade como blogueiro em O Caderno de Saramago, um livro vetado na Itália por Silvio Berlusconi e que reflete o espírito crítico de seu autor.

– Pessoalmente cuido tanto do texto de um blog como de uma página de romance – completa o Nobel português.  

Blog como reflexão

Quanto a seu blog, o escritor diz que não destina ao espaço “nenhuma ideia em particular”, para depois expressar que “os sismógrafos não escolhem os terremotos, reagem aos que vão ocorrendo, e o blog é isso, um sismógrafo”.

– Aqueles que me leem sabem que podem encontrar-se a cada dia diante de algo totalmente inesperado – reforça Saramago.

O autor de O Evangelho segundo Jesus Cristo também sustenta que não teve de lidar com a situação de criar textos que tivesse medo de publicar, e avalia que “se o blog é um espaço para a reflexão, não deve surpreender que ilumine aquele que o escreve”.

Para ler os posts do autor de Ensaio sobre a Cegueira e As Intermitências da Morte, acesse http://blogpt.josesaramago.org.

1 comentário »

É tempo de celebrar os amigos

4comentários

criancasbrincando.jpg

Das lembranças que guardo de minha primeira juventude no interior do Estado, esta talvez seja a mais importante: as pessoas são muito mais sociáveis e afetivas com os seus circunstantes do que as vivem nos centros mais adiantados.Quando vim morar em São Luís fui, aos poucos, descobrindo que não tinha mais tempo para os amigos. Na minha pequena cidade natal eu tinha os amigos todos os dias para bater papo. 

Hoje, na grande cidade, os amigos se gostam de longe. Têm que tratar dos seus negócios, dos seus empregos ou dos seus desempregos. Estamos todos condenados à lei animal das selvas, à competição bárbara e antropofágica ou pelo lucro ou pela carreira profissional.

É absolutamente irracional que eu não visite com frequência os meus amigos ou não seja visitado por eles. Sinto que os amo, sei que eles me amam também, mas o que é bem bom e essencial, nada: o encontro. Sinto-me cada vez mais distante das pessoas que mais prezo.

Na minha pequena cidade natal, tinha encontro com os meus amigos todas as manhãs bem cedinho, quando os primeiros raios de sol invadiam a minha casa e eu dava de cara na rua ou em cima das árvores colhendo frutos com todos os meus afetos.

Hoje, saio cedo e apressado de casa, na maioria das vezes para encontrar com os meus rivais, competidores e inimigos, fingindo cordialidade. Os amigos ficam para depois, num tempo que nunca encontrarei por serem demasiados e cruentos os combates pela vida, que me tomam todo o tempo.

Na minha pequena cidade natal a gente se via toda hora. Hoje, só consigo ver os amigos com hora marcada. Sei de muitos pais hoje em dia marcando hora para receber os filhos.

Antigamente, todos os homens se encontravam todos os dias e todas as horas espontaneamente, ao natural. Hoje em dia todos os homens se encontram com hora marcada, o que quer dizer que se encontram por obrigação.

Tem hora marcada para sair de casa, começar a aula, iniciar o trabalho. Hora marcada para namorar e para transar. Com prazo inicial e prazo terminal. Sempre com pressa. Hora marcada para o espetáculo, para o médico, para o comício, para a greve, para escrever a coluna e para ler o jornal.

Às vezes não é só hora marcada, é dia, é semana, é mês e ano marcados com antecedência, como nos casos da Justiça do Trabalho, o que por si só já é uma brutal injustiça. É um olho no relógio e outro no futuro, isto não é vida. É um rali.

Eu ainda peguei o tempo de todos os dias me encontrar com meus amigos, pela manhã, ao meio-dia, à tarde e à noite, nos intervalos do trabalho ou durante o seu curso. Hoje, só encontramos tempo para o trabalho. E raramente encontramos tempo para aquele papo furado de fim de tarde no bar da esquina, um chope pra distrair, ouvir um soneto ou um violão.

E principalmente não há mais tempo para ver os amigos, o que se constitui na negação da vida e na autodecretação preventiva, antecipada e anunciada da morte. E, quando se encontra um tempinho para um amigo, ele não tem tempo para a gente.

Hoje, portanto, deixo aqui um lembrete a cada leitor para que não esqueça de dar um abraço naquele que o suporta nos melhores e nos piores momentos. Daquele que é capaz de ouvir suas confissões sem julgamento. Daquele que, junto com os seus pais, talvez seja o único capaz de o aturar: é, ele mesmo, seu melhor amigo. 

Hoje é  o dia dele.

4 comentários »

O riso eleva o astral e o amor próprio das pessoas

0comentário

E porque hoje é o dia do amigo, deixo, a seguir, um vídeo para você  comece bem a semana dando ótimas risadas.

Afinal, já dizia a psicóloga Patrícia Lopes: “O hábito de rir ultrapassa os limites da alegria, auxilia pessoas que apresentam quadros depressivos e síndrome do pânico”. 

Segundo pesquisadores, a risada expande as artérias e o estresse mental as contrai. É que a liberação do ar, a contração do diafragma e o estímulo das cordas vocais são resultados sentidos em todo o corpo, depois de uma boa risada. 

Vários estímulos são percebidos ao rir, e estes percorrem por todo o cérebro, essencialmente a parte do comportamento que está ligada à região frontal do mesmo, estimulando assim as áreas motoras da face e de outras partes do corpo. 

A melhoria do equilíbrio da neurotransmissão é favorecida através da liberação de endorfinas. 

A risada pode elevar o astral, a auto-estima e o amor próprio das pessoas. A pessoa bem humorada encontra respostas criativas, quando o lado direito do cérebro é estimulado, ele consequentemente desperta a intuição, o sentimento, a percepção e a sensação.

Comemore o Dia do Amigo dando ótimas risadas!!!

sem comentário »

Flávia Bittencourt de CD novo

0comentário

flavia.jpgFoi em cima de um pequeno trio elétrico que, durante o Carnaval do começo do terceiro milênio, puxava o bloco alternativo “Cordão do Ponto Com” pelas ruas de São Luís que Flávia Bittencourt começou a ganhar fama e prestígio. Cantando ao lado de Betto Pereira, Flávia levava os foliões ao delírio quando cantava “Sereia”, maior sucesso do compositor maranhense Escrete (1952-2007).

No próximo fim de semana, numa realização da Guilherme Frota Produções, que está comemorando 19 anos no mercado da produção cultural nacional, Flávia leva um show de peso para o palco do Teatro Arthur Azevedo, nos dias 24 e 25.

É para fazer o lançamento nacional de seu mais novo trabalho: “Todo Domingos”, dedicado ao cancioneiro de Dominguinhos, que também participa do CD. “Todo Domingos” mostra uma cantora forte que ousa e experimenta. E que coloca seu toque pessoal em cada uma das doze releituras especialíssimas escolhidas na imensa obra do compositor, resultando da mistura dos dois uma mostra mágica em um álbum de nobre abordagem contemporânea.

Nesse encontro, Flávia deita belíssima voz, cheia de ritmo, em clássicos como Lamento sertanejo, Tenho sede e Abri a porta. Com coragem chega até a Eu só quero um xodó, música das mais presentes no dia-a-dia do país. E – pasmem – ela consegue trazer vida nova partindo de elementos do bumba-meu-boi e da música flamenca.

Os arranjos foram maturados de maneira coletiva com a banda.

(Leia mais no PH Revista)

sem comentário »

Um radiologista muito radical

0comentário

marcio.jpgQue o Brasil é um dos melhores destinos do mundo para aventureiros e apaixonados por esportes radicais todo mundo está cansado de saber. Os editores da acreditada revista National Geographic Adventure, por exemplo, com mais de 2,4 milhões de leitores em vários países, já disseram isso.

No Maranhão, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é a área preferida para os amantes dessas aventuras. Que a cada dia ganha mais adeptos de todas as profissões.

Um deles é o médico radiologista Márcio Assub. Mas o que ligaria um profissional dessa envergadura a práticas tão radicais? Para ele, que tem 38 anos, a resposta é o que menos importa.

Márcio nutre, desde muito jovem, uma paixão incrível por adrenalina e não dispensa a prática de esportes radicais, principalmente em estilos motorizados.

Neste fim de semana ele está em Barreirinhas. Na semana passada, levou um grupo de amigos para desbravar os rios Mearim e Pindaré, a bordo de um pequeno barco que costuma usar para suas aventuras pelo Rio Preguiças até Caburé, Mandacaru e Atins, perto da desembocadura no oceano Atlântico.

Marido de Layla Adler Assub, Márcio se considera uma pessoa engajada nas questões de preservação ambiental, daí seu gosto por trilhas de moto, de quadriciclo, de jeep, enduros, rallys, passeios de barco, etc.

Agora, ele acrescentou mais uma paixão às suas aventuras: um avião monomotor sofisticado, que ele está aprendendo a pilotar, mas por enquanto fazendo pequenas viagens com um instrutor do lado.

“Dificuldades existem nesses esportes, mas o que me fascina é superar sempre os meus medos” – diz.

sem comentário »

Um sentido para a vida

3comentários

madre_teresa_de_calcuta_2.jpg

Para um dos maiores pensadores do século 20, a fé não é crer no que não vimos, mas é criar o que não vemos. Só compreendi todo o alcance dessa frase ao ler uma outra, de Madre Teresa de Calcutá. A “santa das sarjetas”, Prêmio Nobel da Paz de 1979, símbolo vivo da caridade, escreveu certa vez a seu confessor que “há uma escuridão terrível dentro de mim. Tem sido assim desde que conheci minha missão”.

Não foi só. A mulher que dedicou seis décadas de sua existência ao trabalho com os miseráveis admitiu que “nada toca a minha alma. Terei eu errado ao me entregar cegamente ao chamado do Sagrado Coração?” Essas confidências dramáticas nos fazem lembrar que o próprio Cristo duvidou, ao perguntar do alto da cruz: “Deus, Deus, por que me abandonaste?”.

Já Santo Agostinho, o homem que deu suporte racional ao cristianismo, só consolidou sua fé ao concluir que, para compreender seus mistérios, era necessário primeiro acreditar neles.

Meus leitores habituais podem estar surpresos com a abordagem deste tema. É que raramente ou nunca trato do Absoluto. Quando escrevo, deixo sempre mais lugar para o lirismo ou a nostalgia. Mas não há razão para a surpresa ou o desaponto. O que sempre procurei em tudo, e vou continuar buscando, é um sentido para a vida.

Não é pouco. Se Madre Teresa de Calcutá despertava às quatro horas da manhã para levar alento aos párias e aos deserdados e ainda assim só encontrava trevas, é porque em verdade resta pouca luz. Uma luz tênue e trêmula que talvez cada um de nós só vá encontrar à sombra do próprio coração.

Para reflexão no fim de semana

“Tem sempre presente que a pele se enruga, que o cabelo se torna branco, que os dias se convertem em anos, mas o mais importante mão muda: tua força interior”

“Não é o que você faz, mas quanto amor você dedica no que faz que realmente importa”.

“Não ame por beleza, pois um dia ela acaba, não ame por adimiração, pois um dia posso me decepcionar. Ame apenas, pois o tempo nunca poderá apagar um amor sem explicação.”

“O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso”.

“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”.

“O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor”.

“Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão”.

“É fácil amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado”.

“As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável”.

” … Se você vive julgando as pessoas, não tem tempo para amá-las … ”

“Dê ao mundo o melhor de você. Mas isso pode não ser o bastante. Dê o melhor de você assim mesmo. Veja você que, no final das contas, é tudo entre você e Deus. Nunca foi entre você e os outros.”

(Madre Teresa de Calcutá)

3 comentários »

Um grande destino para o Edifício BEM

0comentário

Não passou despercebido o edital que a Prefeitura de São Luís mandou publicar na edição de ontem dos principais jornais do Brasil.

O edital prevê a pré-qualificação das grandes empresas do País para um conjunto de obras que o prefeito João Castelo pretende iniciar no máximo em dois meses na capital maranhense.  São obras de grande vulto que mudarão radicalmente a paisagem da cidade.

Além de serviços de infra-estrutura, como a continuação da avenida Litorânea, a construção dos elevados do Calhau e Forquilha e uma elevatória no cruzamento das avenida dos Holandeses e Litorânea (no bairro Ponta do Farol), o pacote de Castelo prevê a construção de um grande hospital de emergência no bairro do Angelim. 

Mas o ponto alto das obras está na revitalização do centro histórico de São Luís. As duas principais praças da cidade – Deodoro e João Lisboa – serão reformadas e transformadas em passeios públicos, ambas com estacionamento subterrâneo. O Cine Roxy vai virar teatro, uma casa para espetáculos de médio porte e solenidades oficiais do município. 

Por fim, a obra que considero mais emblemática: a transformação do prédio do Banco do Estado do Maranhão, na rua do Egito, em centro administrativo da Prefeitura de São Luís.

Ou seja, o prédio, já desapropriado, vai passar por uma grande reforma e a ele serão incorporados pelo menos mais dois casarões localizados na rua do Sol. 

Sobre o prédio do antigo BEM, resgato poema…

edificio_bem_2.jpg

UM CORPO QUE CAI

Se um dia resolver me atirar
do restaurante do 9º andar do Edifício BEM
não culpem os amigos
a demora do garçom
(Afinal de contas o garçom
nunca chegou atrasado para a minha sede)
Nem reclamem os parentes
o excesso de gergelim no cuxá
a colherada de ketchup no estrogonofe 
que o cozinheiro
por excesso de zelo exagerasse
na conta do tempero

Se um dia resolver me atirar
do restaurante do 9º andar do Edifício BEM
não digam nunca por favor 
que caí com medo das alturas(Com desejo tão vão
o que eu ia dizer no céu?)
Tampouco creditem o desejo de atirar
o corpo (e talvez a alma)
do 9º andar do Edifício BEM
apenas porque o elevador estava repleto:
e eu possesso e inquieto
de não saber esperar as coisas 
tivesse subitamente descoberto lá embaixo
os automóveis mais fascinantes
e faiscantes que a própria vida
Não digam isso por favor:
ficará horrível para os meus antepassados?!

Se um dia resolver me atirar
do terraço do 9º andar do Edifício BEM
peço encarecidamente a todos os conhecidos:
pai mãe avô e namorada
amigo de infância e amigo-da-onça
que não culpem a Cidade:
a Cidade de São Luís Rei de França
de La Touches e La Ravardières
que (às vezes) por constrangimento geográfico
ilha as pessoas em seu desejo de (a)mar
Também não quero zoada de lágrima
batendo em lenço branco

se um dia resolver me atirar
do 9º andar do Edifício BEM
Nem a presença especulatória de detetives
na minha missa de sétimo dia
metendo os narizes nas promissórias do meu passado
ante a perspectiva – até fascinante –
de que me suicidei por causa dos credores
(minha dívida
sempre foi para comigo mesmo
morto eu: morta a dívida)

Se um dia resolver me atirar
do restaurante do 9º andar do Edifício BEM
peço não digam nada a ninguém
Mas se em não contendo a língua resolverem
falar digam apenas:
ele desejava colher na noite a estrela mais bonita
e seu corpo se despedaçou sobre os sobradões

(Luís Augusto Cassas)

sem comentário »

A choradeira é geral no Tribunal de Justiça

5comentários

“Não falem dessa mulher perto de mim/ Não falem pra não aumentar a minha dor…”. Os versos de Herivelto Martins caem como uma luva na dor de cotovelo que ora vivem os membros do Tribunal de Justiça do Maranhão. A “mulher infiel”, no caso, é o Conselho Nacional de Justiça, o onipotente CNJ.

A choradeira é geral no Poder Judiciário maranhense. De uma só tacada, o CNJ reduziu de 18 para 11 o número de cargos de cada um dos 24 desembargadores do TJ. Dos 11 cargos restantes, o desembargador fica obrigado ainda a contratar três servidores efetivos do tribunal. Ou seja, sobra para cada magistrado a nomeação de apenas oito cargos de confiança, os chamados cargos comissionados.

Nada de policial militar fazendo segurança na casa dos desembargadores. O conselho mandou devolver todos ao quartel. Quem quiser que contrate segurança privada.

O CNJ impôs também limite ao uso de carros oficiais do Judiciário maranhense. Os veículos de cor preta do tipo Corolla/Toyota só podem circular agora de segunda a sexta-feira – na sexta, o carro é recolhido às 14h à garagem do tribunal.

As “recomendações” do Conselho Nacional de Justiça já estão valendo desde a semana passada. Há rumores de que o próximo alvo é o consumo de telefone celular.

Não pronunciem, portanto, a sigla CNJ perto de algum desembargador… Pode sair faísca.

5 comentários »

Nova novela global nos Lençóis

2comentários

 nova-novela.jpg

Para combater a feiúra moral, que impregna o país como uma atmosfera de detritos, melhor faz quem se refugia em paraísos como os Lençóis Maranhenses, espécie de bálsamo para os sentidos, linimento para a alma e para o coração.

Quando os homens começam a ser movidos pelos seus “instintos mais primitivos”, a beleza da vida só volta a prevalecer sobre Tânatos quando nos deixamos inebriar por alguma obra de Deus – que a dos homens têm exalado insuportável mau cheiro.

O diretor Ricardo Waddington sabe muito bem disso. E tanto se encantou pelas dunas, que está de volta aos Lençóis – essas paisagens naturais assinadas pelo Supremo Pintor, aquarelas pintadas pelas correntes dos rios, das lagoas, dos mares, pela força eólia dos ventos. Paisagens que serviram de cenário para o filme “Casa de Areia”, que ele dirigiu estrelado por Fernanda Montenegro e Fernanda Torres.

E nesse universo onírico, de dunas movediças que estão nuas, ou vestidas apenas por uma vegetação rasteira, Waddington grava as primeiras cenas da nova novela das 18h da Globo – “Pelo Avesso”.

Os atores Carmo Dalla Vecchia e Isabella Garcia estão lá (e também na foto – a primeira liberada por Waddington para divulgação), gravando as primeiras cenas da novela. Os dois parecem bem mais jovens no meio dessa paisagem onde tudo é fascinanante.

Ainda bem que até agora não conspurcaram a paisagem dos Lençóis, ainda não emporcalharam a sua natural escultura – embora o bicho-homem, irrecuperável, faça força para emporcalhar o meio-ambiente.
Ainda bem a beleza prevalece – pelo menos a das dunas.

2 comentários »
https://www.blogsoestado.com/ph/wp-admin/
Twitter Facebook RSS