Caxias participou da maior feira de Turismo rural do Brasil

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Vista panorâmica da Ruraltur em Venda Nova do Imigrante


São Luís – Caxias participou da maior feira de turismo rural do Brasil: a RuralTur, que aconteceu no município de Venda Nova do Emigrante, no Espírito Santo, considerada a capital do turismo rural, com mais de 300 famílias diretamente envolvidas com o agronegócio e a produção de pequeno e médio porte na região.

Expositores maranhenses e visitantes no estande do Sebrae- MA


A programação incluiu uma feira com atrações culturais, artesanato e gastronomia de todas as partes do Brasil. Além disso, os participantes de todos os cantos do país tiveram acesso a seminários e visitas técnicas às propriedades rurais da região que trabalham fortemente o turismo rural, e puderam conhecer as potencialidades do agroturismo, levando boas ideias que poderão ser reproduzidas em suas cidades. 

A cajuina caxiense Canaâ, oferecida para degustação no estande do Maranhão, foi  bastante elogiada pelos  visitantes da Ruraltur


“Na prática, a  participação de Caxias no RuralTur, plantou a semente para a obtenção do registro de Indicação Geográfica ( IG), para a Linguiça Caseira de Caxias, que vai deixar um dos nossos produtos mais famosos conhecido nacionalmente”, afirma o secretário de Turismo de Caxias, Fernando Santos, que no evento representou o município maranhense.

Fernando participou da palestra sobre Indicações Geográficas de produtos como estímulo para o Turismo, quando foi abordada a certificação dos vinhos do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, e do caso do SOCOL, um embutido de carne de porco do Espírito Santo.

Evair de Melo (deputado federal), Marco Antonio Grillo ( secretário municipal de Turismo de Venda Nova do Imigrante), Paulo Mineti (prefeito de Venda Nova do Imigrante) e Fernando Santos ( secretário de Turismo de Caxias- MA); Regina Amorim (coordenadora de Turismo do Sebrae da Paraíba) e Stênio Pinheiro (gestor de Projetos do Sebrae Unidade Regional de Caxias)

A certificação de Indicação Geográfica destes produtos contribuiu para implementar o turismo em suas regiões de origem, e também para aumentar a renda dos produtores destes locais.

“A Linguiça Caseira de Caxias, feita de forma artesanal pelos caxienses por gerações, mobiliza toda uma tradição passada de pais para filhos na cidade. Ao buscarmos o registro de IG para a nossa linguiça caseira, estaremos organizando e possibilitando tornar este nosso produto bastante conhecido em todo o país e até no exterior”, afirma o prefeito de Caxias do Maranhão, Fabio Gentil.

Produtor rural de Venda Nova do Imigrante fala aos turistas sobre a extração do palmito, seus variados tipos e aproveitamento


“ Quem nunca teve um amigo em outra cidade que não encomendasse uns quilos da nossa saborosa linguiça?”, pergunta Fernando Santos. “No Maranhão, ainda não temos nenhum produto reconhecido por ter indicação geográfica, IG. Ainda está em andamento o processo de registro da Tiquira, aguardente feito da mandioca. O Piauí, já certificou com o IG a Cajuína de Teresina, e a Opala, pedra encontrada na região de Pedro II”, acrescenta Fernando.

Entenda como funciona a certificação de Indicação Geográfica, IG.

O registro de IG permite delimitar uma área geográfica, restringindo o uso de seu nome aos produtores e prestadores de serviços da região (em geral, organizados em entidades representativas, pode-se criar, por exemplo, a Associação de Produtores de Linguiça Caseira de Caxias). A espécie de IG chamada “denominação de origem” reconhece o nome de um país, cidade ou região cujo produto ou serviço tem certas características específicas graças a seu meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.

Entre os produtos, destacam-se vinho, artesanato, café, mármore, queijo, rendas, calçados, panelas de barro, cacau e aguardente. Atualmente, esse reconhecimento acontece por meio de um registro concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) à região geográfica que se tornou conhecida, ou apresenta vínculos relativos à qualidade e características com um produto ou serviço.

Além de estimular a produção local, o registro de Indicação Geográfica tem o potencial de promover e fomentar o turismo da região. O registro é considerado um ativo da região e pode impactar no aumento do  faturamento dos produtores em média de 20% a 30%.

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