Ricardo Carreira fala dos novos modelos educacionais que se tornaram mais comuns na pandemia

Ricardo Carreira diz que a educação superior não será mais a mesma após a pandemia

São Luís – Quando foi decretado o isolamento social no Brasil, todas as aulas presenciais precisaram ser adaptadas para ocorrer a distância ou planejadas para compensação em um futuro que não se sabe quando será. Do improviso no início, surgem sinais de que a experiência com aulas remotas inspirou transformações perenes, como o investimento em modos híbridos de ensino.

Segundo o consultor e professor Ricardo André Carreira, docente da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), esses novos modelos de ensino
vieram para ficar e a educação superior, em especial, não será mais a mesma depois da pandemia do novo coronavírus.

Nesta entrevista, Ricardo Carreira discorre sobre as vantagens e desvantagens desses novos modelos educacionais e analisa o
cenário atual do ponto de vista da educação.

Qual seriam as principais vantagens do modelo educacional híbrido?

A principal vantagem do modelo educacional híbrido, como o próprio
nome diz, é a flexibilidade de se trabalhar ações síncronas, que pressupõem
interação, envolvimento instantâneo, em tempo real com os alunos. Ou seja, são os momentos “ao vivo”, que podem ser presenciais ou online. Além,
é claro, do uso intenso de todas as tecnologias. Ou seja, você tem uma educação com a mediação da tecnologia. É por essa razão que esse modelo é
bastante interessante. Você começa a assistir a uma aula presencial e, no
outro dia, termina de forma online. Vamos imaginar um streaming, onde
você começa a acompanhar uma série em um dia e finaliza no outro, começando no celular e concluindo no tablet.

Quais seriam as desvantagens?

As desvantagens estão relacionadas ao fato de que as pessoas não estão
muito acostumadas com esse modelo, por ele ser algo novo. E, claro, tudo
que é novo implica em certa restrição. Por outro lado, nós usamos a tecnologia de forma mais intensa e nem todos estão preparados para isso ou dispõem de tecnologia para tal. E isto pode ser um grande empecilho.

Você acredita que esse modelo veio para ficar? Por quê?

Na realidade, muita gente imagina que esse modelo é passageiro, mas
já se sabe que não, ainda que não em sua totalidade. Boa parte do que está sendo desenvolvido será absorvido, porque ele abre um leque significativo de possibilidades. Nós saímos da restrição, onde você somente assiste
às aulas dentro de um espaço físico pré-determinado, para outros ambientes, ou seja, para voar em busca de conhecimento. Além disso, ampliou-se o uso de equipamentos e o tipo de conteúdo.

À qual modalidade de ensino esse modelo melhor se aplica?

Há uma diferença muito interessante entre o que é EAD (ensino a distância), ensino híbrido e ensino remoto. O híbrido pode ser aplicado a qualquer tipo de modalidade de ensino, seja no ensino fundamental, no médio, na graduação ou na pós-graduação. A única restrição, talvez, seja o ensino infantil, onde há necessidade de uma atenção mais presencial. O EAD, por exemplo, é quando você tem aquele pacote já pronto e disponibiliza para grupos fechados, com a ajuda de um tutor, para facilitar. É um tipo de ensino digital fechado, sem essa flexibilidade. A educação remota já é uma troca, ou seja, aquela mesma aula disponibilizada para os alunos em sala de aula transmitida para eles em casa, mas da mesma sala de aula. Ou seja, é apenas a digitalização do ensino presencial. Na prática, não resulta em uma metodologia muito interessante. É algo, na verdade, planejado para uma situação emergencial.

Qual sua avaliação sobre essa aplicação ao ensino da pós-graduação?

Para o adulto, o ensino híbrido é ainda mais adequado, pois ele já está
mais acostumado com o uso de tecnologias e já tem mais disponibilidade.
Às vezes, os estudantes nem têm tempo de ir até a faculdade. Logo, essa
modalidade se torna mais interessante. Até porque você não tem mais o limitador de tempo e lugar.

No que esse modelo precisaria melhorar em termos de tecnologia?

Basicamente, precisaríamos de mais condições de internet, que é o grande gargalo disso tudo. Nós não temos uma rede tão apropriada para um
uso tão intenso.

Como é a receptividade dos alunos?

Em um primeiro momento, percebemos muita restrição por parte dos
alunos. Quando nos referíamos a níveis de iniciação do ensino, pior ainda,
pois os pais estavam muito resistentes. No entanto, com o passar do tempo, todos foram absorvendo melhor essa mudança e o entendimento facilitou essa flexibilidade para una mudança mais radical, entre aspas. Foi notado, também, que, como você tem um leque muito maior de aprendizagem, identificou-se que os alunos começaram a gostar. Hoje, no Brasil, temos casos de turmas inteiras que preferem o ensino 100% online, ao invés
do híbrido.

É mais trabalhoso para os professores?

Sem dúvida! Muitos pensam que o ensino híbrido é mais fácil, mas não
para os docentes. É preciso preparar aulas com ainda mais atenção. Há aulas gravadas, outras repassadas ao vivo. A quantidade de material é maior, como e-books, apostilas, formulários, documentos, sites, artigos e por aí vai. O trabalho é redobrado. Não obstante, o resultado é muito mais interessante.

E educação superior não será mais a mesma após a pandemia?

Absolutamente! Mudou de uma forma irreversível, pois percebemos que
não podemos mais limitar a educação a um espaço físico. É preciso expandir e o mundo é o nosso limite. É, como se tem dito, a escola sem paredes.

Quais suas considerações finais?

Acredito que houve um nível de aprendizagem muito grande para os
professores, para os gestores educacionais e, também, para os alunos. Foram meses de ensinamentos e evolução. Agora, passados sete meses de implantação, já estamos mais acostumados e envolvidos com esse modelo.
Assim sendo, acredito que sempre iremos evoluir, pois tudo está apenas começando. Houve um ganho muito grande e as perspectivas de crescimento para o modelo híbrido são imensas. O ensino 100% presencial já estava batendo no teto. Agora, o céu é o limite.

Campanha de Astro de Ogum é uma das mais focadas e produtivas

Candidato Astro de Ogum durante encontro com moradores da Madre Deus, esta semana

São Luís – Um dos vereadores campeões de votos nas urnas, Astro de Ogum (PCdoB), que trabalha para a sua reeleição, segue firme protagonizando uma campanha dinâmica, incisiva, produtiva, humanizada e com constantes novas adesões.

Na verdade, na caminhada rumo ao sexto mandato, o vice-presidente da Câmara Municipal de São Luís se adaptou ao processo eleitoral atual, mais enxuto e com um período de campanha bem mais reduzido, que exige mais articulações hábeis dos envolvidos no processo.

Bastante conhecido pelas comunidades mais pobres, principalmente da zona rural e de bairros geralmente esquecidos pelo poder público, Astro de Ogum tem sido incansável participando de reuniões com lideranças comunitárias e moradores de diversos logradouros.

Os frutos desse dinamismo, marcado, principalmente, pelo corpo-a-corpo com os eleitores, serão revelados na abertura das urnas e, tudo indica, ele terá a oportunidade de dar continuidade a seu trabalho, eminentemente voltado para as comunidades com altos índices de pobreza, desde o princípio. Isto, aliás, tem provado ao longo de sua caminhada e de seu projeto político.

Afinal, Ogum tem uma história de luta, tendo vindo da pobreza das ruas e experimentado a labuta como pregoeiro, comercializando produtos até no Estádio Nhozinho Santos. Sua história é, também, de grandeza espiritual, ligada à religião umbandista, onde conseguiu sobressair-se como liderança engajada, dedicada e profícua. Como já foi muito pobre, identifica-se com cada realidade e sempre recorda os males que a vida impôs em seu caminho.

Madre Deus

Na última quarta-feira, o candidato, cujo número é 65110, esteve na Madre de Deus, em evento organizado pela líder comunitário Rosário, uma das responsáveis pela famosa Festa de São Sebastião.

Além da Madre Deus, visitou, ainda, a Vila Cristalina, na área do Ipase de Baixo. A ida do parlamentar à comunidade atendeu ao convite da comunitária Flavia Ruth, que aproveitou para apresentar as principais demandas de interesse dos moradores da área.

Na oportunidade, Astro discorreu um pouco sobre sua trajetória de vida e na política e, ainda, sobre as inúmeras ações que já realizou nos quatro cantos da grande São Luís, em prol dos menos favorecidos.

Agentes de trânsito

Esta semana, o candidato também participou de um café da manhã com agentes de trânsito de São Luís, oportunidade em que reiterou seu compromisso de um mandato popular e inclusivo na presença de, aproximadamente, 50 lideranças da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).

“Fico muito feliz com o apoio dos agentes e com a retomada da parceria com eles, que representam uma classe especial e fundamental para o trânsito e para a cidade. Se com a ajuda de Deus e apoio dos agentes de trânsito eu chegar à Câmara Municipal mais uma vez, saibam que será um mandato popular, voltado para as minorias, vulneráveis, e os servidores, entre os quais, e especialmente, os agentes de trânsito”, disse Astro de Ogum.

Ele prosseguiu: ” Eu já ajudei uma vez, com a aprovação da compensação orgânica e isonomia na carga horária com os demais servidores. E, se Deus permitir e vocês confiarem, prometo trabalhar desde o primeiro dia na Câmara Municipal, junto ao executivo e colegas de parlamento, nas pautas de interesse da categoria: melhores condições de trabalho e a aprovação do Plano de Cargos e de Carreira da categoria”.

Representante

Na ocasião, um dos representantes do grupo e candidato à Presidência do Sindicato dos Agentes de Trânsito, Marcelo Brito, acentuou: “Muitos vereadores têm relevantes trabalhos prestados à cidade, mas o vereador Astro de Ogum foi escolhido pela imensa maioria da categoria para ser o principal representante dos agentes de trânsito na Câmara Municipal. Ele já foi testado cinco vezes pelas urnas e tem trabalhos concretos e promessas honradas em todos os cantos da cidade. Por isso, confiamos e apoiamos a busca do vereador Astro de Ogum por mais um mandato na Câmara de São Luís”.

De acordo com Marcelo Brito, os agentes somam 300. “Mas com o apoio de parentes, amigos e parceiros, queremos contribuir com três mil votos. É possível e dá para conseguir, com trabalho, organização e comprometimento”, finalizou.

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QUEM SOU EU

Jornalista profissional formado pela Universidade Federal do Maranhão e que há mais de 20 anos integra o staff do Grupo Mirante, Evandro Júnior é do Imirante.com, titular da coluna Tapete Vermelho, dentro do Caderno PH Revista, e coordenador e colaborador diário e interino da coluna de Pergentino Holanda (PH) no Imirante.com. A proposta é trazer informações sobre generalidades, com um destaque especial para as esferas cultural, empresarial e política.

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