“A grande novidade em 2022 será o programa de pós-graduação stricto senso”, anuncia diretor da Faene

Ricardo Carreira diz que instituição desenvolveu modelo de negócio adaptado à nova realidade e, agora, está 100% adaptada ao formato híbrido

Ricardo Carreira fala sobre os desafios dos anos de pandemia, adaptação da instituição aos novos modelos educacionais, novos cursos e perspectivas para o ano vindouro

Qual avaliação você faz do ano de 2021 para a Faene?

Ricardo Carreira – Foi um ano difícil, assim como 2020. O primeiro semestre, principalmente, foi bastante comprometido, pois ainda estávamos submetidos àquelas restrições e nos rondavam muitas incertezas. A partir do segundo, já com a vacina contra Covid-19 autorizada pelo Ministério da Saúde, as coisas melhoraram.

Como foi o processo de adaptação da Faene de 2020 para cá?

Ricardo Carreira – Nós nos posicionamos desde o início desse processo de mudança. Nos transformamos, desenvolvemos um modelo de negócio adaptado a essa nova realidade e, agora, estamos 100% adaptados ao formato hibrido, que nos possibilita colocar em prática atividades on-line e presenciais, com o suporte do Google for Education. Na verdade, já vínhamos nos preparando para esses novos tempos e a experiência está sendo bastante interessante e reveladora. Claro que ainda temos um longo caminho para recuperarmos praticamente um ano e meio comprometido. No entanto, seguimos firmes e fortes, pois se até aqui chegamos, é uma prova de que não temos limites.

A instituição criou algum modelo de aprendizado especifico?

Ricardo Carreira – Nós trabalhamos com a metodologia Faene In, que é uma estratégia inovadora com todas as aulas em formato presencial com transmissão, ou seja, criamos um ambiente de aprendizagem com mecanismos de integração e emprego de ferramentas como YouTube. Trata-se de uma modelagem integrativa, com trabalhos em grupo a distância integrados ao formato presencial.

Quais cursos foram incorporados à grade em 2021?

Ricardo Carreira – Nós podemos destacar alguns cursos que tiveram uma ótima repercussão dentro da nossa instituição. Um exemplo é o de Gestão do Agronegócio, que estuda um mercado em pleno desenvolvimento no Maranhão. Há, ainda, o de Gestão Municipal e o de Inovação e Inteligência Corporativa, que abrange toda essa modelagem integradora com foco em tecnologia, avanços estratégicos, avaliação de desempenho e novos mercados, ou seja, é um curso bem atual e centrado em uma nova perspectiva.

Qual o diferencial dos cursos de pós-graduação da Faene?

Ricardo Carreira – Nossos cursos de pós-graduação são divididos em três partes. Começamos com o Módulo Gerencial, que proporciona a formação gerencial para qualquer aluno que opte por uma das áreas, com aulas sobre avaliação financeira, perspectiva estratégica, formação de pessoas, performance, etc. Na segunda, criamos uma estrutura central que chamamos de Módulo Especialista, para aprofundamento do curso. No terceiro eixo, o aluno define a direção que quer seguir, a partir de uma trilha que chamamos de Trilha do Conhecimento Empreendedor. É para que ele defina ações, projetos, amplie horizontes relacionados à iniciativa privada ou pública com sua empresa, ou com a perspectiva de estar inserido em alguma dessas áreas. Agora, se quer seguir o caminho da docência, temos a parte de práticas educacionais e metodologias ativas, que é uma outra trilha. Logo, ele segue uma dessas trilhas, o que implica em uma metodologia bastante moderna e atual, dentro das modelagens educacionais. O aluno pode, inclusive, escolher mais de um modelo.

Quais cursos devem ser incorporados em 2022?

Ricardo Carreira – Em 2022, a grande novidade na Faene será a implantação do Programa de Pós-Graduação Stricto Senso. Em parceria com a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), daremos início ao nosso primeiro Mestrado, a partir do mês de março, nas áreas de Negócios e Ciências Contábeis. As matrículas deverão começar em janeiro. Nós teremos também Doutorado nessas mesmas áreas.

Quais cursos poderiam ser destacados e que têm perspectiva de se sobressaírem em 2022?

Ricardo Carreira – Eu destacaria, entre outros, os cursos de MBA em Projetos, Engenharia Portuária e Logística Marítima, Gestão de Pessoas e Auditoria, Controladoria e Finanças.

Qual sua expectativa para 2022 na Faene?

Ricardo Carreira – Como gestor, vejo um 2022 muito mais positivo. Sabemos que 2020 foi um ano inexpressivo, de muitas perdas, em todos os níveis. Em 2021, por sua vez, tivemos sinalizações e possibilidades de retomada, com os segmentos voltando a respirar. Se tudo der certo, em 2022 voltaremos aos trilhos, mais fortes, com mais conhecimento, alternativas, inovação, perspectivas e mais evoluídos.

O que você espera do setor educacional no Brasil no ano vindouro?

Ricardo Carreira – Como dissemos, de 2020 para cá, nos envolvemos mais com a educação, com a questão da modelagem educacional, com as novas tecnologias, metodologias ativas e uso intenso de ferramentas colaborativas. Afinal, são termos do presente e do futuro. A educação moderna está totalmente ligada à utilização de múltiplas tecnologias, ambientes virtuais de aprendizagem, aplicações e assim por diante. Nós temos um designer educacional muito mais direcionado para que se faça aquilo a várias mãos, ou seja, não é mais o professor direcionando tudo. É o que a gente chama de ‘cultura maker’, ou seja, aprender fazendo. Acredito que a educação de nível superior estará cada vez mais voltada a essa modelagem, mais híbrida e flexiva. As pessoas têm liberdade de escolha, de participar presencial ou virtualmente, do jeito que acharem mais interessante. Não ficamos presos apenas a uma sala de aula, a um horário, fechamos entre quatro paredes. Você expande essas possibilidades. Hoje, é muito comum os alunos pediram para rever aulas ministradas na semana passada, ou seja, elas ficam gravadas e disponíveis. Há a possibilidade de integrar os conteúdos com algum tipo de documentário, filme, etc. Os alunos questionam, criam ferramentas associativas e trabalham a mente de diversas maneiras.

Quais suas considerações finais?

Ricardo Carreira – Agradecemos pelo fato de termos chegado até aqui, com saúde, força e dispostos a aprender, evoluir e transformar. Lutamos para conquistar aquilo que acreditamos. Não desistimos, não saímos do jogo. Pelo contrário, continuamos e estamos mais fortes e mais seguros. Saímos da nossa zona de conforto e estamos aptos a sermos mais competitivos.

Paolo Ravley fará show inédito no Teatro Arthur Azevedo

São Luís – O ano vindouro promete surpresas. Uma delas será o esperado show do cantor e compositor Paolo Ravley no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol). A apresentação acontecerá no dia 14 de janeiro, às 19h30, batizada de “Mundos”, título do álbum recém-lançado pelo artista.

Dado o histórico de profissionalismo de Ravley, é de se esperar um show dos mais interessantes e bem produzidos, com a participação de bailarinos da Companhia de Dança Pulsar e troca de figurinos.

Moderno, dinâmico, afinado e talentoso, ele pretende apresentar um show completo e digno de sua carreira, que começou na França e prosseguiu repaginada no Brasil.

Maranhense, ele mudou-se para Paris aos 18 anos, onde viveu por mais de 15. Lá, estudou Musicologia na Universidade Paris VIII e produção musical do SAE Institute.   Atuou no mercado de música eletrônica como top liner (autor), compositor e intérprete, tendo trabalhado com selos renomados da cena francesa (Serial Records e Scorpio Music) e europeia (Armada Music do Armin Van Buuren – “Come and Get It” em parceria com a dupla Ducked Ape). 

Mercado brasileiro

Desde 2018-2019, depois de uma longa pausa musical, vinha estudando o mercado brasileiro, pois já estava em busca de um retorno repaginado, “livre” para trabalhar em um projeto novo que refletiria seu verdadeiro “eu”.

Em julho de 2020, lançou seu primeiro EP, intitulado “Lado B”, com  4 músicas inéditas, completando o universo musical do cantor para o público e dando forma progressivamente ao seu novo portfólio. O videoclipe de “Pele Morena” é lançado no mês seguinte do mesmo ano, dirigido mais uma vez por JrFranch.

De volta ao Maranhão, com uma equipe 100% maranhense, Paolo grava videoclipe para a faixa “É Só Me Chamar”, em abril de 2021, com direção de Lucas Sá, para seguir com “Mundos” em junho de 2021 (direção de JrFranch novamente) e “Auê”, setembro do mesmo ano (dirigido pelo próprio artista). Este ano, ele lançou o álbum “Mundos”, com 13 faixas.

Natal de Codó: programação será encerrada nesta quarta com sorteio de moto e bicicletas

Pedro Neres, Papai Noel, Dr, Zé Francisco e Irene Neres em noite especial do Natal na Praça, em Codó

São Luís – Um Natal como nunca se viu antes em Codó. Pela primeira vez, a cidade inova e surpreende com uma decoração à altura do sexto maior município do Maranhão.

A  programação especial será encerrada nesta quarta-feira, às 17h, na Praça São Sebastião, com várias atrações e sorteio de prêmios, incluindo bicicletas e uma moto.

No sábado (18), a programação começou cedo, com diversas ações do movimento Novas Ideias, sobre o comando de Pedro Neres.

O dia iniciou com um café da manhã, seguido de atendimento médico voltado para a saúde da mulher e do homem codoense.

À tarde, foi a vez da criançada se divertir com brincadeiras. À noite, as famílias tiveram uma programação cultural intensa encerrada com show da cantora Cecília Leite.

“O natal simboliza amor, união, generosidade e felicidade. Nossa intenção é proporcionar eventos de qualidade para a população de Codó, especialmente para as famílias, que ao longo dos últimos anos foi privada de qualquer programação natalina”, afirma D. Irene Neres, primeira-dama e secretária de Assistência Social do município.

Cantor Fernando de Carvalho promete programação musical inesquecível para a noite desta quarta-feira em Codó

“O povo de Codó merece o melhor, uma cidade mais bonita, ter acesso ao que há de melhor. Por isso, eu me preocupei com cada detalhe da decoração de Natal e em oferecer as melhores atrações natalinas possíveis para as famílias codoenses. E como o Natal é uma época em que presentear é natural, vamos sortear bicicletas e motos na noite de hoje para os que estiverem presentes”, diz o prefeito de Codó, Dr. Zé Francisco.

Dhean Britto será uma das atrações desta quarta-feira do Natal na Praça, em Codó

Já se apresentaram Coral São João e a cantora Cecília Leite. Nesta quarta-feira, no encerramento, haverá apresentação de Dhean Britto e Fernando de Carvalho.

“Nesta época do ano, é sempre um grande prazer poder nos apresentar em uma cidade como Codó. Nós aremos um show para agradar tanto adultos quanto crianças”, afirma Dhean Britto, que veio de São Paulo, onde reside atualmente, para uma temporada de shows natalinos no Maranhão.

Crônica de José Fernandes: “O Prazer Letífero”

São Luís – Ele morava sozinho numa grande cidade e era independente financeiramente. Tinha 17 anos. O salário provindo do seu trabalho dava-lhe condições de alimentar-se, vestir-se, frequentar praias, ir aos cinemas, frequentar boa escola noturna, tomar cervejas e comprar cigarros. Na verdade, só consumia alguma bebida nas festinhas de fim de semana – não era esse o seu costume. Mas adquirira, aos poucos, o vício de fumar.

Quando menos pensou, estava fumando, diariamente, uma carteira de cigarros. Tinha o bom senso de não fumar no ambiente de trabalho, no período em que era operário, nem no cinema, porque era proibido, assim como em sala de aula – só nos intervalos, e ai tirava a diferença. Ninguém com mais idade e experiência – parentes, colegas e amigos – o censurava em razão do vício.

Os anos foram passando, casou-se, vieram os filhos e netos, e continuou fumando sem haver tido quem o molestasse por esse motivo, nem mesmo um pneumologista, seu amigo, chamou-o a atenção ou o preveniu sobre possíveis riscos.

O anti-herói progrediu financeiramente – adquiriu casa própria, indústria e até fazenda de gado. Tornou-se advogado, suas filhas e filho também se bacharelaram e ele continuou fumando. Quando visitava os pais, que moravam em outra cidade e eram avessos aos maus costumes, não se abstinha de ocultar esse vício nem fora por eles admoestado.

Fumava arraigadamente, a qualquer hora do dia ou da noite, chegando a fumar nas altas madrugadas, quando acordava. Tomava café para fumar e fumava para tomar café. O vício o levara à insensatez. Instruíra-se mediante a leitura de centenas de bons livros e tornou-se reconhecidamente bem instruído; contudo, jamais teve o descortino de reconhecer que não só estava se prejudicando, mas a todos que lhe eram próximos, intoxicando-os com os fluídos corrosivos que expelia e se espalhavam em derredor.

Um dia, um amigo, médico legista da polícia, confrade maçom, querendo ajudá-lo, levou-o até seu local de trabalho e mostrou-lhe as artérias pulmonares do cadáver dissecado de um fumante inveterado cuja “causa mortis” fora o acúmulo de nicotina que lhe comprometera mortalmente os pulmões.

Alarmado, vendo o estrago que o cigarro provocara no de cujus, quis livrar-se do vício e passou a se submeter a tratamentos vários, gastando muito dinheiro, por exemplo, com umas placas medicamentosas aplicadas ao longo da epiderme, na região dorsal, sem nenhum resultado. Fizera até promessas ao seu santo de devoção, mas era um homem de pouca fé e sem fé não há efeito.

Ainda disposto e esportivo, aos 65 anos, o teimoso viciado começou a sentir cansaços, que foram se intensificando rapidamente, vendo-se impossibilitado de subir escadas, por falta de ar. Foi ao especialista, fez vários exames e veio-lhe o triste diagnóstico: estava com várias veias coronárias entupidas. Finalmente, parou de fumar, para não morrer.

Submeteu-se a cirurgias, colocaram-lhe quatro pontes de safena e, posteriormente, alguns stents. Reabilitou-se, em parte, restando-lhe sequelas como um permanente enfisema, levando-o a constantes hospitalizações para tratamento de pneumonias – tudo em consequência dos cigarros fumados no decurso dos anos. Só ainda não deixou este planeta porque possui recursos financeiros, que lhe permitem tratamento médico permanente. Felizmente, aprendeu, com a própria aflição, a manter serenidade diante de tantos percalços.

Essa imprevidente vítima do malfadado cigarro, aqui referido em terceira pessoa do singular (ele), na verdade deveria ser exposto na primeira pessoa (eu), por se tratar, infelizmente, deste escriba, que lhe pede: por amor à vida, não permita que nenhum dos seus entes queridos contraia o triste vício de fumar quaisquer das drogas que enriquecem fabricantes e vendedores, e que causam a tristeza e a ruína de preciosas existências.

O sofrimento, só o sofrimento me levou a reconhecer que fumar é burrice.

José Fernandes é integrante da Academia Ludovicence de Letras, e autor, entre outros, do livro “Dor, Amor e Poesia”

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QUEM SOU EU

Jornalista profissional formado pela Universidade Federal do Maranhão e que há mais de 20 anos integra o staff do Grupo Mirante, Evandro Júnior é do Imirante.com, titular da coluna Tapete Vermelho, dentro do Caderno PH Revista, e coordenador e colaborador diário e interino da coluna de Pergentino Holanda (PH) no Imirante.com. A proposta é trazer informações sobre generalidades, com um destaque especial para as esferas cultural, empresarial e política.

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