Crônica de José Fernandes: “O Prazer Letífero”

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São Luís – Ele morava sozinho numa grande cidade e era independente financeiramente. Tinha 17 anos. O salário provindo do seu trabalho dava-lhe condições de alimentar-se, vestir-se, frequentar praias, ir aos cinemas, frequentar boa escola noturna, tomar cervejas e comprar cigarros. Na verdade, só consumia alguma bebida nas festinhas de fim de semana – não era esse o seu costume. Mas adquirira, aos poucos, o vício de fumar.

Quando menos pensou, estava fumando, diariamente, uma carteira de cigarros. Tinha o bom senso de não fumar no ambiente de trabalho, no período em que era operário, nem no cinema, porque era proibido, assim como em sala de aula – só nos intervalos, e ai tirava a diferença. Ninguém com mais idade e experiência – parentes, colegas e amigos – o censurava em razão do vício.

Os anos foram passando, casou-se, vieram os filhos e netos, e continuou fumando sem haver tido quem o molestasse por esse motivo, nem mesmo um pneumologista, seu amigo, chamou-o a atenção ou o preveniu sobre possíveis riscos.

O anti-herói progrediu financeiramente – adquiriu casa própria, indústria e até fazenda de gado. Tornou-se advogado, suas filhas e filho também se bacharelaram e ele continuou fumando. Quando visitava os pais, que moravam em outra cidade e eram avessos aos maus costumes, não se abstinha de ocultar esse vício nem fora por eles admoestado.

Fumava arraigadamente, a qualquer hora do dia ou da noite, chegando a fumar nas altas madrugadas, quando acordava. Tomava café para fumar e fumava para tomar café. O vício o levara à insensatez. Instruíra-se mediante a leitura de centenas de bons livros e tornou-se reconhecidamente bem instruído; contudo, jamais teve o descortino de reconhecer que não só estava se prejudicando, mas a todos que lhe eram próximos, intoxicando-os com os fluídos corrosivos que expelia e se espalhavam em derredor.

Um dia, um amigo, médico legista da polícia, confrade maçom, querendo ajudá-lo, levou-o até seu local de trabalho e mostrou-lhe as artérias pulmonares do cadáver dissecado de um fumante inveterado cuja “causa mortis” fora o acúmulo de nicotina que lhe comprometera mortalmente os pulmões.

Alarmado, vendo o estrago que o cigarro provocara no de cujus, quis livrar-se do vício e passou a se submeter a tratamentos vários, gastando muito dinheiro, por exemplo, com umas placas medicamentosas aplicadas ao longo da epiderme, na região dorsal, sem nenhum resultado. Fizera até promessas ao seu santo de devoção, mas era um homem de pouca fé e sem fé não há efeito.

Ainda disposto e esportivo, aos 65 anos, o teimoso viciado começou a sentir cansaços, que foram se intensificando rapidamente, vendo-se impossibilitado de subir escadas, por falta de ar. Foi ao especialista, fez vários exames e veio-lhe o triste diagnóstico: estava com várias veias coronárias entupidas. Finalmente, parou de fumar, para não morrer.

Submeteu-se a cirurgias, colocaram-lhe quatro pontes de safena e, posteriormente, alguns stents. Reabilitou-se, em parte, restando-lhe sequelas como um permanente enfisema, levando-o a constantes hospitalizações para tratamento de pneumonias – tudo em consequência dos cigarros fumados no decurso dos anos. Só ainda não deixou este planeta porque possui recursos financeiros, que lhe permitem tratamento médico permanente. Felizmente, aprendeu, com a própria aflição, a manter serenidade diante de tantos percalços.

Essa imprevidente vítima do malfadado cigarro, aqui referido em terceira pessoa do singular (ele), na verdade deveria ser exposto na primeira pessoa (eu), por se tratar, infelizmente, deste escriba, que lhe pede: por amor à vida, não permita que nenhum dos seus entes queridos contraia o triste vício de fumar quaisquer das drogas que enriquecem fabricantes e vendedores, e que causam a tristeza e a ruína de preciosas existências.

O sofrimento, só o sofrimento me levou a reconhecer que fumar é burrice.

José Fernandes é integrante da Academia Ludovicence de Letras, e autor, entre outros, do livro “Dor, Amor e Poesia”

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TJMA reconhece trabalho da transexual Raíssa Mendonça em prol do respeito à diversidade

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Raíssa Martins Mendonça entre o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Lourival Serejo, e o corregedor-geral da Justiça, desembargador Paulo Vélten, após receber o prêmio

São Luís – O trabalho de uma das mais enérgicas e engajadas militantes da causa LGBTQIA+ no Maranhão foi reconhecido pela cúpula do Tribunal de Justiça do Maranhão. Na última sexta-feira, em solenidade realizada no Salão Ecumênico do Fórum Desembargador Sarney Costa, no bairro Calhau, a psicóloga Raíssa Martins Mendonça recebeu do Comitê da Diversidade do TJMA o Prêmio Luiz Alves Ferreira (Luizão), de promoção à diversidade e combate à discriminação, por sua iniciativa de criar o Instituto Raíssa Mendonça e a Casa FloreSer Maranhão, instalada no bairro Fé em Deus com foco na inclusão de pessoas transexuais excluídas do convívio familiar ou que estão enfrentando problemas devido à sua condição sexual.

A maranhense recebeu o prêmio das mãos do desembargador Paulo Vélten, corregedor-geral da Justiça. A solenidade foi conduzida pelo presidente do TJMA, desembargador Lourival Serejo, com a presença do coordenador do Comitê de Diversidade, juiz Marco Adriano Ramos da Fonseca, da coordenadora adjunta do Comitê, juíza Elaile Carvalho, e da servidora Luciana Brandão, filha de Luizão e membro do Comitê de Diversidade, entre outros.

Emocionada, a psicóloga afirmou que o Prêmio Luzião concedido pelo Poder Judiciário do Maranhão representa, acima de tudo, uma desconstrução de paradigmas. “Significa que quando acreditamos em alguma coisa, precisamos fazer a nossa parte, sem esperar por terceiros. Além disso, nos incita a refletir positivamente sobre o fato de que, quando damos a partida para algum projeto, há sempre quem nos acompanhe e abrace a nossa ideia, principalmente quando essa ideia é pautada em um propósito sério e digno”, declarou.

Raíssa Mendonça frisou que ouvir das autoridades do Poder Judiciário que elas apoiam o modelo de amar e resgatar criado pelo Instituto Raíssa Mendonça é extremamente gratificante. “É, sem dúvida, uma prova de que nós seremos ouvidos. E uma grande vitória dos excluídos”.

Raíssa Mendonça disse que o prêmio representa, acima de tudo, uma desconstrução de paradigmas

Combate à discriminação

O Comitê da Diversidade do TJMA, implantado na gestão do presidente Lourival Serejo, tem um papel essencial diante de uma sociedade conservadora, buscando combater discriminações e objetivando garantir um país mais justo e menos desigual, assim como fez Luizão. Segundo o presidente, sua institucionalização objetiva ser um porto seguro a todas as pessoas que sofrem discriminação ou intolerância, ou seja, exatamente o que está sendo feito na Casa FloreSer, que ampara, também, pessoas oriundas do sistema prisional maranhense. O espaço foi inaugurado no dia 27 de fevereiro deste ano.

“Quero que esse comitê não se esvaia só em palavras, mas em ações efetivas. Não é mais tempo de ficar fazendo protestos oratórios contra a intolerância, em todos os sentidos. É tempo de agir. E Luizão, meu grande amigo, fazia isso. Era um voluntário sacerdote dessa causa. Apesar de ser médico patologista, focou nas patologias sociais, e esse tipo de discriminação é uma patologia terrível. Logo, precisamos nos unir para combatê-la”, destacou o presidente.

O desembargador Paulo Vélten, que entregou o prêmio à Raíssa Mendonça, refletiu sobre saber conviver de forma harmoniosa com a diversidade e a divergência de pensamentos, bem como a respeito da empatia. “Só se corrige o problema da intolerância, segundo estudos de neurociência, quando aprendemos a conviver. Quando se cria um espaço de diálogo, que permite não só a fala, mas, sobretudo, a escuta. E escutar é diferente de ouvir. Ouvir com a vontade de escutar e procurar compreender a posição do outro. A criação desse prêmio cristaliza todo o trabalho desenvolvido pelo Comitê. Além disso, demarca o compromisso do Poder Judiciário com essa causa”, observou. 

Psicóloga Raíssa Martins Mendonça com a coordenadora adjunta do Comitê da Diversidade do TJMA, juíza Elaile Carvalho, e a vice-presidente do Instituto Raíssa Mendonça, Lohanna Pausini

Casa de apoio

Raíssa agradeceu pelo prêmio com palavras firmes e verdadeiras, enfatizando o momento histórico em sua trajetória pela causa LGBTQIA+ e destacando a luta diária que abraça em nome da entidade e da casa, onde conta com a ajuda de uma equipe que não mede esforços para acolher aqueles que lá chegam em busca de ajuda. São pessoas inclusas nas estatísticas dos 10% da população brasileira pertencente à comunidade LGBTQ+, com expectativa de vida de 35 anos, sendo o grupo mais afetado pela violência relacionada à identidade de gênero e orientação sexual. 

Em seu discurso de agradecimento, ela revelou que, até o momento, o projeto não firmou nenhuma parceria com órgãos públicos nem com a iniciativa privada. “Nós somos a única casa de apoio a essas pessoas e para desenvolvermos as ações que planejamos, que incluem, inclusive, oferta de cursos profissionalizantes, precisamos de parceiros. Nós estamos fazendo o dever do Estado, pois precisávamos agir”, frisou, informando que o espaço tem capacidade para atender até 50 pessoas por períodos e que, atualmente, acolhe 16.

Raíssa com Lohanna Pausini, juíza Elaile Carvalho e Ricardo Matos, tesoureiro do Instituto Raíssa Mendonça

Origem humilde

Raíssa Martins Mendonça é de origem humilde e sentiu na pele a discriminação que permeia as histórias contadas por quem procura a Casa FloreSer. Lá, os acolhidos recebem alimentação completa em diferentes turnos, higiene pessoal, atendimento socioeducativo e psicológico e encaminhamento à rede sócio-assistencial. Os conviventes ainda participam de oficinas, debates, palestras internas e externas, festas e de outras atividades. 

“Sei e senti na pele as dificuldades por que passa a população LGBTQIA+. E sei que uma minoria consegue uma formação profissional a nível superior como eu consegui, com muito esforço e persistência. Mas, acima de tudo, sei que o apoio da sociedade é fundamental, bem como o direcionamento aos caminhos dignos, que é o que fazemos dentro do nosso projeto. É uma luta incessante e necessária”, ressaltou Raíssa Mendonça.

 A psicóloga é natural de Pedro do Rosário (MA) e deixou sua terra natal ainda adolescente, migrando para a capital com a ajuda de uma tia. Em São Luís, trabalhou como catadora de frutas descartadas, pregoeira, empregada doméstica, cabeleireira e militante política na sede de um partido, até tornar-se governanta do vereador e líder religioso Astro de Ogum, decano da Câmara Municipal de São Luís. Sua história é contada no livro biográfico “O Outro Lado da Maçã”, disponível na Livraria Amei do São Luís Shopping.  

Prêmio

O Prêmio de Promoção à Diversidade e Combate à Discriminação recebe o nome de Luiz Alves Ferreira, o Luizão (in memoriam), médico maranhense conhecido como “Dr. Quilombola”, que muito lutou pelo direito à saúde e outros direitos das comunidades tradicionais no Maranhão.

Luizão nasceu no quilombo Saco da Almas, hoje Vila das Almas, pertencente ao município de Brejo-MA. Formou-se em medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com mestrado em patologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-SP. Foi secretário regional da SBPC em duas oportunidades, membro fundador do Centro de Cultura Negra (CCN) e da Academia Maranhense de Ciência.

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Casarão Colonial dá largada para as festas de fim de ano neste domingo

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São Luís – O Casarão Colonial entra em ritmo de fim de ano a partir deste domingo (19), com uma programação animada para quem já está celebrando o Natal e o Réveillon entre amigos.

O espaço da Rua Afonso Pena recebe os grupos CDC e Argumento, bem como o cantor Bruno Shinoda e o DJ Arsênio Filho. Chico Chinês fará uma participação especial no show de Argumento e a cantora Dressah subirá ao palco durante a apresentação de Shinoda.

O Casarão abre as portas às 17h. Dispõe de vários ambientes para quem busca um domingo musical descontraído e com total segurança.

Os artistas apresentam-se sobre um palco montado no centro do jardim. No local há vários cenários instagramáveis para fotos. O público é recebido pelas produtoras Mirella Castelo Branco e Ana Sousa Motta, sócias do selo Salve Simpatia, parceiro do projeto.

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Gestão de Thiago Diaz na OAB/MA recebe troféu do presidente eleito Kaio Saraiva em premiação

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Salete Moraes, com o filho, Bruno Diaz, recebe o troféu das mãos de Kaio Saraiva

São Luís – Os avanços e conquistas da OAB-MA nos últimos anos levou a gestão a ser reconhecida pelo Prêmio The Best. Uma importante premiação no Maranhão, com mais de duas décadas de credibilidade, organizada pelo jornalista Nedilson Machado. O presidente da OAB/MA, Thiago Diaz, levou o prêmio de Melhor Gestão, entregue pelo presidente eleito e atual diretor tesoureiro, Kaio Saraiva.

No palco, a mãe do presidente Thiago Diaz, Salete Moraes, representando o filho que estava cumprindo agenda institucional em Brasília, emocionou-se ao receber o troféu. Ela estava acompanhada do outro filho e também advogado, Bruno Diaz.

No triênio 2022/2024, o atual presidente da OAB/MA estará focado nas atividades do Conselho Federal. Ele foi eleito na última eleição, em novembro desse ano, assim como os outros integrantes da chapa que tem o advogado Kaio Saraiva na liderança.

O trabalho de Thiago Diaz esteve focado na valorização da classe, qualificação, defesa das prerrogativas e representatividade junto à sociedade. Desde 2016, a gestão trabalha intensamente na melhoria do dia a dia do advogado e advogada maranhense. No interior, a gestão se destacou pela oferta de cursos presenciais, entrega das salas dos advogados, parlatórios, escritórios compartilhados (em São Luís) e a atuação de mais de 90 comissões.

Para o diretor-tesoureiro e presidente eleito da Casa, Kaio Saraiva, “a Ordem foi premiada pela gestão eficiente, democrática e pela intensa valorização dos advogados e advogadas do Maranhão. Vamos seguir nesse caminho!”, pontuou.

“Gratidão é a palavra! Extremamente honrado em receber esta premiação tão importante e que já faz parte do calendário do Maranhão. Por motivo de força maior, não pude estar presente. Mas estive muito bem representado por minha mãe, Salete Moraes, meu irmão, Bruno Diaz, e pelo meu amigo e presidente eleito da Ordem, Kaio Saraiva”, expressou Diaz.

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Empresas com certificações são mais atrativas no mercado

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Empresas certificadas são mais bem vistas e requisitadas no mercado

São Luís – Em qualquer parte do mundo, os consumidores dão preferência às empresas que se preocupam em disponibilizar produtos e serviços de qualidade. Esta é a razão para algumas buscarem as chamadas certificações ISO, que as garantem uma estrela a mais no mercado. No ramo da construção civil, duas dessas insígnias se sobressaem: as certificações ISO 9001 (qualidade) e ISO 14001 (meio ambiente).

Quando se fala em gestão de qualidade, a primeira traduz-se como uma vantagem competitiva e implica em melhoria contínua, corrigindo erros, reduzindo custos e processos ineficientes. Quem ganha, principalmente, são os clientes. O certificado não só possibilita a verificação do produto, para que esteja compatível com a norma, mas, também, sua correção, caso isso seja necessário.

“Com a ISO 9001 você tem a certeza de que não há desvios e que o item não foge dos padrões de qualidade da marca. O fornecedor está preocupado com o desempenho dos produtos e se dedica em melhorá-los de maneira contínua, sempre visando à satisfação do consumidor”, explica Marynalda Ferreira, coordenadora administrativa na Granorte, especializada em exploração, beneficiamento e comercialização de material britado para construção e que detém essa certificação, bem como a referente ao meio ambiente.

Norma

A certificação IS0 9001 é uma norma mundial de Sistema de Gestão de Qualidade que, no Brasil, baseia-se nas definições da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ela pode ser implementada em conjunto com outras normas e por empresas de qualquer porte, independentemente da área de atividade. No início, tinha como foco a padronização de processos e produtos.

Após atualizações, passou a auxiliar, também, na qualidade da entrega de produtos e serviços, bem como no processo de planejamento estratégico das empresas. Para isso, envolve diretamente todos os escalões das organizações certificadas. O Sistema de Gestão de Qualidade atua de modo a contribuir com a gestão.

Assim, permite encontrar e corrigir processos ineficientes que ocorrem dentro de uma empresa. A implementação é, ainda, uma maneira de documentar a cultura da organização, de modo a garantir que o negócio cresça e mantenha a qualidade tanto de seus bens quanto dos serviços prestados.

ISO 14001

Os clientes também passaram a voltar os olhos para as empresas com a certificação ISO 14001, almejada por empresas que desejam estabelecer ou aprimorar seus sistemas de gestão ambiental, estar seguras sobre políticas ambientais praticadas ou demonstrar estar de acordo com práticas sustentáveis.

A aplicação da norma depende de fatores como a política ambiental da organização, da natureza das atividades por ela desenvolvidas, dos seus produtos e serviços, dos locais e das condições nas quais o sistema funciona. Os princípios de gestão dessa norma são comuns aos da ISO 9001.

Segundo Davi Ferro Costa, da diretoria da Granorte, a certificação obriga a identificação de todos os impactos ambientais provocados pelas operações, o estudo de como eles acontecem e as soluções para eliminá-los. “Isso ajuda na preservação do meio ambiente, no controle de custos, na redução de riscos, na melhoria do desenvolvimento sustentável e, até mesmo, na melhoria de produtividade e redução de custos”, frisa, enfatizando a questão do gerenciamento de resíduos sólidos, que permite melhor aproveitamento da matéria-prima e a redução das agressões ao meio ambiente, o que é feito pela Granorte.

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Sistema de transporte de São Luís acumula déficit de R$ 140 milhões na pandemia

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São Luís – O atual sistema de transporte coletivo da capital maranhense segue acumulando, nos últimos dois anos anos, um prejuízo de mais de R$ 140 milhões, uma média mensal de, aproximadamente, R$7.milhões.

A perda acentuada de receita, desde o início da pandemia, teve um impacto drástico em todas as empresas do setor, que precisam manter a frota funcionando diariamente, o que inclui compra diária de combustível, pagamento de pessoal e de tributos, e a manutenção dos veículos que circulam pela cidade, por ruas e avenidas em péssimas condições de trafegabilidade, especialmente as das periferias e da zona rural.

Outro fator que impacta nos custos do transporte coletivo são as concessões de gratuidade, passe livre e meia passagem para estudantes. Segundo o diretor executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), Paulo Renato Pereira Pires, são, em média, quatro milhões de passagens gratuitas por mês, o que representa quase R$15 milhões que o sistema deixa de receber.

Estudo

Há um estudo de tarifa que utiliza a fórmula paramétrica, prevista no Contrato de Concessão entre a Prefeitura e as empresas que operam o Sistema de Transporte em São Luís, que indica uma grande defasagem no valor cobrado, atualmente, para o usuário do transporte coletivo. Tendo como referência o último mês de outubro, se devidamente aplicada a fórmula, o valor atual da tarifa deveria ser R$4,77.

A fórmula paramétrica leva em conta, entre outros pontos, a variação do INPC, do preço do óleo diesel para grandes consumidores, do índice de Preços ao Produtor Amplo, do índice de reajuste a aplicar entre os períodos considerados; e, ainda, a variação do ajuste de remuneração de pessoal no município de São Luís, apurada a partir do dissídio coletivo da categoria.

Subsídio

Já são dois anos sem aumento de tarifa e nunca houve, desde a formalização do contrato de concessão, em 2016, qualquer tipo de subsídio por parte da Prefeitura de São Luís para cobrir perdas que as empresas tiveram no decorrer dos anos. Os custos são altos, especialmente com a folha de pessoal. Os gastos com reposição de peças e manutenção da frota também pesam para o sistema.

Para todos esses investimentos e concessão de gratuidades, o acordo/contrato prevê repasse dos custos para o valor da tarifa – o que não acontece há dois anos. E para piorar a situação, a pandemia desestabilizou o setor, que passou a ter prejuízos mensais de sete milhões, especialmente com os constantes aumentos no preço dos combustíveis.

Preço da gasolina

Matéria do jornal “Folha de São Paulo”, de 25 de outubro de 2021, destaca alta acumulada, somente no ano de 2021, de 74% no preço da gasolina (reajustado nas refinarias da Petrobras) e de 65% no preço do diesel. Em maio de 2020, o consumidor pagava, nas bombas dos postos de combustíveis de São Luís, entre R$3,70 e R$4,90 no litro da gasolina (O Imparcial, 29 de maio de 2020). O valor médio, atualmente, é de R$6,74.

As empresas de transporte de passageiros em São Luís tiveram que investir, ainda, em cumprimento de cláusulas do contrato de concessão firmado com a Prefeitura, mais de R$180 milhões na compra de novos veículos com ar condicionado. “Temos, hoje, uma frota urbana de 708 coletivos, dos quais 422 têm ar condicionado. E a nossa expectativa é ter toda a frota climatizada dentro dos próximos seis anos”, assegura o diretor executivo do SET, Paulo Pires.

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Sorteio do aniversário premiado Potiguar

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Presidente do Grupo Potiguar, Marcelo Brasil, e o diretor Adriano Pestana comandam, neste domingo, 19, às 11h, na loja Potiguar da Cohama, o sorteio da promoção “Aniversário Premiado Potiguar”, que marca os 40 anos da empresa

São Luís – Neste domingo (19), acontece o esperado sorteio da promoção “Aniversário Premiado Potiguar”, que poderá ser acompanhado às 11h, na loja Potiguar da Cohama.

Serão sorteados 2 carros Toyota Yaris SD XL0Km, 6 motos Honda CG Start 0Km e 10 Smart TVs de 50 polegadas. Um verdadeiro presente de Natal antecipado para os felizardos.

A cada R$ 350,00 em compras nas lojas Potiguar de São Luís e Imperatriz, o cliente maior de 18 anos recebe um cupom para participar do sorteio. A promoção vale para compras feitas até este sábado, dia 18.

Mas atenção para as regras: essa promoção é válida somente para compras feitas nas lojas físicas da Potiguar. Portanto, não vale para compras realizadas pelos canais de televendas, WhatsApp ou e-commerce. Não podem participar da campanha menores de idade, sócios diretores, funcionários e parceiros fornecedores do Grupo Potiguar.

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Crônica de José Fernandes: “FANTASIAS DE NATAL”

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AS OCORRÊNCIAS exóticas, extravagantes e extraordinárias mexem com a nossa imaginação e nos deixam cismados, em dúvida entre a realidade e a fantasia. Entre algumas que me causaram empatia, uma, descrito há anos, me causou perplexidade, diante da austeridade do autor, Austregésilo de Athayde, então respeitabilíssima e sisuda figura da imprensa nacional e presidente da Academia Brasileira de Letras – um fato fora do comum, avesso aos temas que lhe eram peculiares, publicado em toda a cadeia dos “Diários Associados” e lido por mim no Correio Braziliense.

Conta ele que na noite de Natal do ano de 1932 encontrava-se exilado em Paris, solitariamente hospedado num pequeno hotel quando, vestido e atirado na cama, entre a vigília e o sono, a telefonista pediu-lhe que fosse ao salão, onde uma senhora desejava avistar-se com ele.

Aturdido e surpreso, pois que naquela “Cidade Luz” não conhecia ninguém que pudesse procurá-lo em tão alta hora da noite, quase como um autômato desceu ao andar térreo pela escada e em questão de segundos estava diante de uma jovem senhora vestida de forma estranha para a época que, ao cumprimentá-lo, passou a referir-se a um país distante, cheio de sol, de florestas, de verdes mares quentes onde era doce viver.

Aí, então, ouviu sinos, ao longe, chamando os fiéis à Madeleine. Reparando que era meia-noite, quis reter a jovem para maior entendimento e viu que, misteriosamente, ela já não se encontrava no salão frio e solitário do modesto hotel parisiense. Correu à portaria e o porteiro informou-lhe que ninguém passara por ali nas últimas duas horas.

E o mestre Austregésilo concluiu o seu relato dizendo que, após esse episódio, correu-lhe certa angústia ao lhe vir à memória aquela estranha figura, que lhe deixara a impressão de ser um devaneio ilusório, apenas imaginado por um homem cujo espírito se entretinha com as recordações de sua pátria distante…

Presentes de Papai Noel

Essa narrativa me leva a recordar um pequeno caso, diferente, mas também relacionado ao dia de Natal, acontecido na minha cidade interiorana, quando, aos quatro anos de idade, fiquei sabendo que as crianças ganhavam presentes de Papai Noel, presentes que eram deixados debaixo das redes, pois estas, as redes, eram o leito mais comum de crianças e adultos da pequena urbe.

Numa véspera desse grande dia, fiquei ansioso, inquieto e fui dormir bem cedo, esperando o presente que certamente me seria destinado.

De tanta ansiedade, acordei bem cedinho, antes do sol nascer; olhei debaixo da minha rede e não havia nada, nenhum presente; só ouvi uns ruídos na varanda de nossa casa – seria um fantasma? – pensei, nervoso. E como a curiosidade era maior que o medo, quase ao nascer do dia, como o ruído continuava, fui ver o que era e encontrei meu pai muito ocupado, trabalhando como se fosse um marceneiro. Achei estranho, mas como estava triste por não haver recebido o brinquedo desejado, e criança tem muito sono, tornei a deitar e dormi novamente.

Depois das seis da manhã, acordei, levantei-me e, surpreso, encontrei debaixo de minha rede um aviãozinho de madeira, bonito e bem feito; tinha até uma hélice que funcionava com o vento. Fiquei contentíssimo e saí mostrando a minha prenda para as pessoas de casa e para quem encontrasse pela frente, agradecido com a lembrança de Papai Noel ter-me presenteado com algo tão precioso. 

Somente alguns anos depois, quando já descortinara o véu que envolvia a benévola lenda de Papai Noel, é que passei a recordar, com carinho, o belo gesto de meu pai ao consumir-se, numa fria madrugada de um começo de inverno para, mesmo sem ser marceneiro, mas alicerçado pelos dons do amor, transmudar um pedaço de madeira e com ele construir um brinquedo para me ver feliz – o brinquedo mais precioso recebido no decurso de minha infância, no interlúdio mágico de uma noite de Natal.

José Fernandes é membro da Academia Ludovicence de Letras, autor, entre outros, do livro “Dor, Amor e Poesia”

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Alunos de Administração da Faene colam grau em cerimônia especial

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Formandos de Administração da Faene com os diretores da Faene, Ricardo e Michelle Carreira

São Luís – Formandos do curso de Administração Bacharelado da Faculdade de Negócios Faene colaram grau na noite da última sexta-feira (10), no prédio da instituição, localizado no Residencial Pinheiros.

Trata-se de uma turma que colaria grau no início deste ano, mas a cerimônia foi adiada em função da pandemia do novo coronavírus.

Segundo o professor Ricardo Carreira, diretor da Faene, foi uma colação de grau especial. “Uma colação é sempre um momento muito especial para todos nós da Faene. Afinal, estamos entregando mais profissionais ao mercado de trabalho, prontos para uma nova etapa de suas vidas”, disse.

Diretora administrativa Michelle Carreira e Ricardo Carreira fazem moldura para formando de Administração

De acordo com o diretor, a instituição está em ritmo de finalização do semestre. Nos dias 22 e 23 de dezembro, haverá reunião de planejamento.

“No segundo dia do encontro, realizamos nossa confraternização natalina, reunindo os funcionários, quando aproveitaremos, também, para gravar nossa mensagem de fim de ano direcionada aos alunos e à comunidade”, finalizou Ricardo Carreira.

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Texas Jeep Revemar SLZ apresenta novo Jeep Commander

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Jeep Commander estacionado no pátio da Texas Revemar, em São Luís

São Luís – São Luís também aderiu à campanha Jeep Week, para apresentação do novo modelo da marca: o Jeep Commander, disponível nas lojas de todo o Brasil e que está fazendo o maior sucesso.

Na Texas Jeep Revemar, unidade localizada na Avenida São Luís Rei de França, no bairro Turu, os clientes que fazem o Test Drive ainda recebem um kit personalizado e degustam um delicioso e incrementado café da manhã.

Lateral do Jeep Commander, novo carro da marca e que está fazendo o maior sucesso em todo o Brasil

O carro comporta, de maneira confortável, até 7 adultos. Sua segunda fileira de bancos se desloca até 14 centímetros, seja para aumentar o volume do porta-malas ou para proporcionar maior espaço de pernas.

Além disso, os encostos da segunda e da terceira fila do Jeep Commander podem ser reclinados, proporcionando uma posição mais confortável a todos os passageiros.

Loja Texas Jeep Revemar, na Avenida São Luís Rei de França

 Contato da Texas Jeep Revemar: (98) 3303-2190

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