Empresas com certificações são mais atrativas no mercado

Empresas certificadas são mais bem vistas e requisitadas no mercado

São Luís – Em qualquer parte do mundo, os consumidores dão preferência às empresas que se preocupam em disponibilizar produtos e serviços de qualidade. Esta é a razão para algumas buscarem as chamadas certificações ISO, que as garantem uma estrela a mais no mercado. No ramo da construção civil, duas dessas insígnias se sobressaem: as certificações ISO 9001 (qualidade) e ISO 14001 (meio ambiente).

Quando se fala em gestão de qualidade, a primeira traduz-se como uma vantagem competitiva e implica em melhoria contínua, corrigindo erros, reduzindo custos e processos ineficientes. Quem ganha, principalmente, são os clientes. O certificado não só possibilita a verificação do produto, para que esteja compatível com a norma, mas, também, sua correção, caso isso seja necessário.

“Com a ISO 9001 você tem a certeza de que não há desvios e que o item não foge dos padrões de qualidade da marca. O fornecedor está preocupado com o desempenho dos produtos e se dedica em melhorá-los de maneira contínua, sempre visando à satisfação do consumidor”, explica Marynalda Ferreira, coordenadora administrativa na Granorte, especializada em exploração, beneficiamento e comercialização de material britado para construção e que detém essa certificação, bem como a referente ao meio ambiente.

Norma

A certificação IS0 9001 é uma norma mundial de Sistema de Gestão de Qualidade que, no Brasil, baseia-se nas definições da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Ela pode ser implementada em conjunto com outras normas e por empresas de qualquer porte, independentemente da área de atividade. No início, tinha como foco a padronização de processos e produtos.

Após atualizações, passou a auxiliar, também, na qualidade da entrega de produtos e serviços, bem como no processo de planejamento estratégico das empresas. Para isso, envolve diretamente todos os escalões das organizações certificadas. O Sistema de Gestão de Qualidade atua de modo a contribuir com a gestão.

Assim, permite encontrar e corrigir processos ineficientes que ocorrem dentro de uma empresa. A implementação é, ainda, uma maneira de documentar a cultura da organização, de modo a garantir que o negócio cresça e mantenha a qualidade tanto de seus bens quanto dos serviços prestados.

ISO 14001

Os clientes também passaram a voltar os olhos para as empresas com a certificação ISO 14001, almejada por empresas que desejam estabelecer ou aprimorar seus sistemas de gestão ambiental, estar seguras sobre políticas ambientais praticadas ou demonstrar estar de acordo com práticas sustentáveis.

A aplicação da norma depende de fatores como a política ambiental da organização, da natureza das atividades por ela desenvolvidas, dos seus produtos e serviços, dos locais e das condições nas quais o sistema funciona. Os princípios de gestão dessa norma são comuns aos da ISO 9001.

Segundo Davi Ferro Costa, da diretoria da Granorte, a certificação obriga a identificação de todos os impactos ambientais provocados pelas operações, o estudo de como eles acontecem e as soluções para eliminá-los. “Isso ajuda na preservação do meio ambiente, no controle de custos, na redução de riscos, na melhoria do desenvolvimento sustentável e, até mesmo, na melhoria de produtividade e redução de custos”, frisa, enfatizando a questão do gerenciamento de resíduos sólidos, que permite melhor aproveitamento da matéria-prima e a redução das agressões ao meio ambiente, o que é feito pela Granorte.

Sistema de transporte de São Luís acumula déficit de R$ 140 milhões na pandemia

São Luís – O atual sistema de transporte coletivo da capital maranhense segue acumulando, nos últimos dois anos anos, um prejuízo de mais de R$ 140 milhões, uma média mensal de, aproximadamente, R$7.milhões.

A perda acentuada de receita, desde o início da pandemia, teve um impacto drástico em todas as empresas do setor, que precisam manter a frota funcionando diariamente, o que inclui compra diária de combustível, pagamento de pessoal e de tributos, e a manutenção dos veículos que circulam pela cidade, por ruas e avenidas em péssimas condições de trafegabilidade, especialmente as das periferias e da zona rural.

Outro fator que impacta nos custos do transporte coletivo são as concessões de gratuidade, passe livre e meia passagem para estudantes. Segundo o diretor executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), Paulo Renato Pereira Pires, são, em média, quatro milhões de passagens gratuitas por mês, o que representa quase R$15 milhões que o sistema deixa de receber.

Estudo

Há um estudo de tarifa que utiliza a fórmula paramétrica, prevista no Contrato de Concessão entre a Prefeitura e as empresas que operam o Sistema de Transporte em São Luís, que indica uma grande defasagem no valor cobrado, atualmente, para o usuário do transporte coletivo. Tendo como referência o último mês de outubro, se devidamente aplicada a fórmula, o valor atual da tarifa deveria ser R$4,77.

A fórmula paramétrica leva em conta, entre outros pontos, a variação do INPC, do preço do óleo diesel para grandes consumidores, do índice de Preços ao Produtor Amplo, do índice de reajuste a aplicar entre os períodos considerados; e, ainda, a variação do ajuste de remuneração de pessoal no município de São Luís, apurada a partir do dissídio coletivo da categoria.

Subsídio

Já são dois anos sem aumento de tarifa e nunca houve, desde a formalização do contrato de concessão, em 2016, qualquer tipo de subsídio por parte da Prefeitura de São Luís para cobrir perdas que as empresas tiveram no decorrer dos anos. Os custos são altos, especialmente com a folha de pessoal. Os gastos com reposição de peças e manutenção da frota também pesam para o sistema.

Para todos esses investimentos e concessão de gratuidades, o acordo/contrato prevê repasse dos custos para o valor da tarifa – o que não acontece há dois anos. E para piorar a situação, a pandemia desestabilizou o setor, que passou a ter prejuízos mensais de sete milhões, especialmente com os constantes aumentos no preço dos combustíveis.

Preço da gasolina

Matéria do jornal “Folha de São Paulo”, de 25 de outubro de 2021, destaca alta acumulada, somente no ano de 2021, de 74% no preço da gasolina (reajustado nas refinarias da Petrobras) e de 65% no preço do diesel. Em maio de 2020, o consumidor pagava, nas bombas dos postos de combustíveis de São Luís, entre R$3,70 e R$4,90 no litro da gasolina (O Imparcial, 29 de maio de 2020). O valor médio, atualmente, é de R$6,74.

As empresas de transporte de passageiros em São Luís tiveram que investir, ainda, em cumprimento de cláusulas do contrato de concessão firmado com a Prefeitura, mais de R$180 milhões na compra de novos veículos com ar condicionado. “Temos, hoje, uma frota urbana de 708 coletivos, dos quais 422 têm ar condicionado. E a nossa expectativa é ter toda a frota climatizada dentro dos próximos seis anos”, assegura o diretor executivo do SET, Paulo Pires.

Sorteio do aniversário premiado Potiguar

Presidente do Grupo Potiguar, Marcelo Brasil, e o diretor Adriano Pestana comandam, neste domingo, 19, às 11h, na loja Potiguar da Cohama, o sorteio da promoção “Aniversário Premiado Potiguar”, que marca os 40 anos da empresa

São Luís – Neste domingo (19), acontece o esperado sorteio da promoção “Aniversário Premiado Potiguar”, que poderá ser acompanhado às 11h, na loja Potiguar da Cohama.

Serão sorteados 2 carros Toyota Yaris SD XL0Km, 6 motos Honda CG Start 0Km e 10 Smart TVs de 50 polegadas. Um verdadeiro presente de Natal antecipado para os felizardos.

A cada R$ 350,00 em compras nas lojas Potiguar de São Luís e Imperatriz, o cliente maior de 18 anos recebe um cupom para participar do sorteio. A promoção vale para compras feitas até este sábado, dia 18.

Mas atenção para as regras: essa promoção é válida somente para compras feitas nas lojas físicas da Potiguar. Portanto, não vale para compras realizadas pelos canais de televendas, WhatsApp ou e-commerce. Não podem participar da campanha menores de idade, sócios diretores, funcionários e parceiros fornecedores do Grupo Potiguar.

Crônica de José Fernandes: “FANTASIAS DE NATAL”

AS OCORRÊNCIAS exóticas, extravagantes e extraordinárias mexem com a nossa imaginação e nos deixam cismados, em dúvida entre a realidade e a fantasia. Entre algumas que me causaram empatia, uma, descrito há anos, me causou perplexidade, diante da austeridade do autor, Austregésilo de Athayde, então respeitabilíssima e sisuda figura da imprensa nacional e presidente da Academia Brasileira de Letras – um fato fora do comum, avesso aos temas que lhe eram peculiares, publicado em toda a cadeia dos “Diários Associados” e lido por mim no Correio Braziliense.

Conta ele que na noite de Natal do ano de 1932 encontrava-se exilado em Paris, solitariamente hospedado num pequeno hotel quando, vestido e atirado na cama, entre a vigília e o sono, a telefonista pediu-lhe que fosse ao salão, onde uma senhora desejava avistar-se com ele.

Aturdido e surpreso, pois que naquela “Cidade Luz” não conhecia ninguém que pudesse procurá-lo em tão alta hora da noite, quase como um autômato desceu ao andar térreo pela escada e em questão de segundos estava diante de uma jovem senhora vestida de forma estranha para a época que, ao cumprimentá-lo, passou a referir-se a um país distante, cheio de sol, de florestas, de verdes mares quentes onde era doce viver.

Aí, então, ouviu sinos, ao longe, chamando os fiéis à Madeleine. Reparando que era meia-noite, quis reter a jovem para maior entendimento e viu que, misteriosamente, ela já não se encontrava no salão frio e solitário do modesto hotel parisiense. Correu à portaria e o porteiro informou-lhe que ninguém passara por ali nas últimas duas horas.

E o mestre Austregésilo concluiu o seu relato dizendo que, após esse episódio, correu-lhe certa angústia ao lhe vir à memória aquela estranha figura, que lhe deixara a impressão de ser um devaneio ilusório, apenas imaginado por um homem cujo espírito se entretinha com as recordações de sua pátria distante…

Presentes de Papai Noel

Essa narrativa me leva a recordar um pequeno caso, diferente, mas também relacionado ao dia de Natal, acontecido na minha cidade interiorana, quando, aos quatro anos de idade, fiquei sabendo que as crianças ganhavam presentes de Papai Noel, presentes que eram deixados debaixo das redes, pois estas, as redes, eram o leito mais comum de crianças e adultos da pequena urbe.

Numa véspera desse grande dia, fiquei ansioso, inquieto e fui dormir bem cedo, esperando o presente que certamente me seria destinado.

De tanta ansiedade, acordei bem cedinho, antes do sol nascer; olhei debaixo da minha rede e não havia nada, nenhum presente; só ouvi uns ruídos na varanda de nossa casa – seria um fantasma? – pensei, nervoso. E como a curiosidade era maior que o medo, quase ao nascer do dia, como o ruído continuava, fui ver o que era e encontrei meu pai muito ocupado, trabalhando como se fosse um marceneiro. Achei estranho, mas como estava triste por não haver recebido o brinquedo desejado, e criança tem muito sono, tornei a deitar e dormi novamente.

Depois das seis da manhã, acordei, levantei-me e, surpreso, encontrei debaixo de minha rede um aviãozinho de madeira, bonito e bem feito; tinha até uma hélice que funcionava com o vento. Fiquei contentíssimo e saí mostrando a minha prenda para as pessoas de casa e para quem encontrasse pela frente, agradecido com a lembrança de Papai Noel ter-me presenteado com algo tão precioso. 

Somente alguns anos depois, quando já descortinara o véu que envolvia a benévola lenda de Papai Noel, é que passei a recordar, com carinho, o belo gesto de meu pai ao consumir-se, numa fria madrugada de um começo de inverno para, mesmo sem ser marceneiro, mas alicerçado pelos dons do amor, transmudar um pedaço de madeira e com ele construir um brinquedo para me ver feliz – o brinquedo mais precioso recebido no decurso de minha infância, no interlúdio mágico de uma noite de Natal.

José Fernandes é membro da Academia Ludovicence de Letras, autor, entre outros, do livro “Dor, Amor e Poesia”

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QUEM SOU EU

Jornalista profissional formado pela Universidade Federal do Maranhão e que há mais de 20 anos integra o staff do Grupo Mirante, Evandro Júnior é do Imirante.com, titular da coluna Tapete Vermelho, dentro do Caderno PH Revista, e coordenador e colaborador diário e interino da coluna de Pergentino Holanda (PH) no Imirante.com. A proposta é trazer informações sobre generalidades, com um destaque especial para as esferas cultural, empresarial e política.

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