Livro resgata em fotos história de São Luís e seus personagens

 

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O pesquisador Antônio Guimarães lança na próxima feira do livro de São Luís uma novidade editorial de peso. São dois volumes de seiscentas páginas, cada um com cerca de duas mil fotos acompanhadas de legendas, que levam o título de “Pregoeiros e Casarões”. Os livros reúnem imagens de personalidades locais, personagens populares, instituições e paisagens da São Luís num alentado registro iconográfico da capital maranhense em décadas passadas. E traz curiosidades deliciosas, que resgatam momentos no mínimo curiosos da história e de figuras que por motivos diversos se tornaram emblemáticas da sociedade local.

O livro traz, por exemplo, imagens da chamada Operação Gavião, ocorrida em 1974. Tratou-se, segundo recorda Guimarães, de uma ação militar determinada pelo general Florismar Campelo, a fim de garantir a posse do Nunes Frente ao governo do estado. “A questão é que correu em São Luís um boato de que Nunes Freire não iria assumir. Então, sendo Freire amigo do general Campelo, este intercedeu em favor do colega, fazendo chegar à ilha quatro aviões Hércules e mais de dois mil soldados”, conta Guimarães.

Já o conhecido empresário do ramo hoteleiro, Moacir Neves, é visto em seus tempos de operário quando trabalhava segundo Guimarães, como estivador na Fábrica Carioca. Indústria de processamento de coco babaçu, a fábrica ficava onde hoje funciona o hospital Sarah Kubitschek, tendo funcionado até 1972. Mais tarde, Moacir Neves se tornaria cantor e proprietário de hotel. Porém o que talvez tenha tornado seu nome mais conhecido, foi sua qualidade de supersticioso de carteirinha, rezando a lenda que o ex-presidente José Sarney não dava um passo na vida e na política sem antes ouvir seus aconselhamentos.

A obra traz registros de cantores, artistas plásticos, grupos de corais, ginásios, clubes sociais, como Lítero e Jaguarema. E faz uma justa homenagem àqueles personagens que dão à cidade uma marca toda própria. Cito dois: o Homem do Tempo e Pelé.

O Homem do Tempo, ou Bigode, era vigia da Feira da Praia Grande e ganhou o apelido em função da resposta que tinha na ponta da língua para quando lhe perguntavam a hora: Não sou o Homem do Tempo, dizia. Pelé era um guarda de trânsito carioca, que de acordo com Antônio Guimarães radicou-se em São Luís. Era guarda de trânsito e sua fama (teria sido patrocinado pela ESSO para viajar pelo Brasil), veio graças às performances que fazia quando estava trabalhando.

Segundo Guimarães, que coleciona imagens desde os nove anos de idade, sessenta por cento das imagens constantes no livro são do seu arquivo pessoal. O restante foram cedidas por outros colecionadores ou são oriundas de arquivos de família, gentilmente cedidas para o projeto.

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Autor de livros infanto-juvenis com mais de uma dezena de títulos publicados. É publicitário, jornalista profissional e leitor contumaz, sendo alguns dos objetivos do blog compartilhar experiências, alegrias literárias e aproximar leitores de todas as idades de escritores, ilustradores e outros profissionais ligados ao mundo das letras.

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