Por Tiago Medeiros
Blog Futebol Nordestino

Dia 02 de março de 2011.
Uma data para ficar na história.
Será uma referencia para as piadas dos rivais e um dos capítulos mais embaraçosos da vida centenária do Sport.

Dentro da Ilha do Retiro, o Leão foi eliminado pelo valente time do Sampaio Corrêa, que limou o sonho do bicampeonato rubro-negro realizando apenas a sua segunda partida oficial nesta temporada.
O Sampaio que tem uma folha salarial que não chega aos R$ 150 mil pisoteou a empáfia milionária do clube pernambucano e seus quase R$ 1,2 milhões de folha.

É mais um duro golpe ao Sport, que vem despencando desde a eliminação na Libertadores, há dois anos, quando foi rebaixado à Série B, não conseguiu erguer-se e viu suas conquistas se emaranharem em âmbito local.
Amargo fruto de um planejamento que parecia correto, mas se revelou nocivo.
Ao manter boa parte de sua base, o Sport acabou plantado a semente de sua derrocada.

O elenco – outrora vitorioso – deu o que tinha de dar e pereceu.
Sem direito a reciclagem.
Ao tombar dentro de sua – num passado recente – temida Ilha, talvez a ficha tenha (enfim!) caído. O torcedor rubro-negro tem como característica pregar a superestima e com este coice do destino tem a razão que faltava para perceber o abismo que existe entre o ufanismo e a realidade.

O time é velho, lento, desesperado e desorganizado em sua essência.
Com a exceção do gol, não transmite um grama de confiança em nenhum setor.
Com o peso maior do fracasso pesando na caótica defesa, um das piores já formadas nas ultimas décadas.

Não é questão de treinador.
E também não carece de uma intervenção divina.
O problema está na mão de obra.
Saturada e incapaz.
O bonde da historia passou, o Sport não o pegou e tudo que vem acontecendo não poder ser justificado no acaso.

A ilha começa a ser demolida em dezembro para dar lugar a uma moderna arena.
Já a moral dos rubro-negros vem sendo jogada ao chão há algum tempo, sem projeto de reforma, sem que uma atitude seja tomada.

Duro de ler, mas o leão se auto-apequenou.