Pesquisa investiga saúde mental de mães de bebês com microcefalia

             Cuidar de quem cuida. Esta é a linha de um estudo inédito realizado por pesquisadores do Hospital Oswaldo Cruz (Huoc), que fica no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, sobre a saúde mental de mães de bebês com microcefalia. O projeto, realizado por médicos de várias áreas do hospital, foi submetido ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco para aprovação na segunda-feira (29).

            Cuidar de quem cuida. Esta é a linha de um estudo inédito realizado por pesquisadores do Hospital Oswaldo Cruz (Huoc), que fica no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, sobre a saúde mental de mães de bebês com microcefalia. O projeto, realizado por médicos de várias áreas do hospital, foi submetido ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco para aprovação na segunda-feira (29).

            A pesquisa é coordenada pela psiquiatra do Huoc e pesquisadora Kátia Petribú, que desenvolveu a temática a partir da própria experiência nos corredores da unidade de saúde. “Eu trabalho há 21 anos no hospital e passo quase que diariamente pela pediatria. Eu nunca tinha visto tanta desolação como no caso das mães de bebês com microcefalia. Elas tinham um olhar de choque, perplexidade. Foi a partir deste comportamento que resolvi dar início ao estudo”, afirma a psiquiatra.

             A metodologia de pesquisa já havia começado de maneira mais informal com conversas na sala de espera; cerca de 40 mães participaram desta primeira parte. O estudo vai ser dividido entre mães de bebês com microcefalia e mães de bebês sem a malformação, que nasceram no mesmo período, para fazer um quadro comparativo. A primeira parte da pesquisa vai estudar bebês com até 20 semanas e, nas seguintes, crianças de 1 ano a 1 ano e meio.

             Em boletim divulgado pela Secretaria de Saúde nesta terça (1º), foram contabilizados 1.672 casos notificados de bebês com microcefalia em Pernambuco. Destes, 215 foram confirmados como tendo realmente a malformação através de exames de imagem.

“A gente precisa fazer algo por elas. Na maioria das vezes, só sabemos de caso de depressão pós-parto. Esses bebês, por exemplo, não se desenvolvem da mesma forma porque a mãe não dá o mesmo afeto, a mesma estimulação. Em casos de bebês com algum problema de saúde o risco do adoecimento mental dessas mães cresce inúmeras proporções. Se a mãe não estiver bem, logo, o bebê também não ficará”, pondera.

Nessa semana, de acordo com a médica, mães de bebês com microcefalia receberão atendimento psiquiátrico gratuito no ambulatório do hospital. Haverá também um grupo de psicoterapia duas vezes por semana na unidade de saúde. O Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer (GAC) também deve treinar voluntárias para darem assistências a essas mães com orientações dentro do hospital.

Fonte: ABP

http://www.abp.org.br/portal/imprensa/clipping-2/

 

WhatsApperianos: doentes ou exagerados?

Celulares-3-Quando o WHATSAPP, chegou entre nós, o víamos com bons olhos, afinal de contas, tratava-se de mais uma ferramenta importante, entre as tantas que já existiam, que estaria a serviço das relações humanas, em todos os sentidos. Esses meios de comunicação eletrônicos, são apaixonantes, atraentes, eficientes, e abrangem uma gama enorme de funções, que os tornam imprescindíveis nas atividades diárias. São aplicativos, que rapidamente ganham nossa simpatia, por serem ultrarrápidos em suas ações, efetivos, abrangentes, e permitem comunicar-nos em todos os sentidos.
Resolvem os mais diferentes problemas, sua aplicabilidade está em consonância com a velocidade do tempo, são eficientes, e nos incentivam a ampliar e a manter de forma abrangente as relações sociais. Nos ajudam nas relações, emocionais, afetivas e colaboram com execução do nosso trabalho devido sua abrangência funcional. Tem uma capacidade importantíssima, de aproximar as pessoas de forma surpreendente, e hoje, indispensáveis no dia a dia.
Com o advento do WHATSAPP, imaginei que ele viria incrementar essas prerrogativas desses aplicativos, e se associar ao não menos famosos E-mails, aplicativo eletrônico, que historicamente, revolucionou o mundo da comunicação virtual. Todavia, não imaginava, que em tão pouco tempo, ele alcançasse a importância que alcançou e a popularidade entre os humanos. Hoje, sabe-se, que WhatsApp superou a casa de 1 bilhão de usuários em todo o mundo e que o Brasil é o país com maior número de grupos ativos usuários desse aplicativo de mensagens instantâneas.
O impacto na economia, no trabalho, no comportamento e nas relações humanas, quanto a sua utilização, foi astronômico. Em 2015 o WhatsApp fez com que houvesse no Brasil, restrição de 22,9 milhões de linhas de celulares, fato que impactou e vem impactado diretamente na economia das operadoras desses telefones. O número de pessoas usando o WhatsApp mais que dobrou, desde que o Facebook comprou esse serviço, especialmente pela gratuidade e sofisticação cada vez maior em sua aplicabilidade. Segundo o megaempresário e dono do Facebook, Mark Zuckerberg, referindo-se ao aplicativo dissera, “quase uma em cada sete pessoas na Terra usa WhatsApp todo mês para estar em contato com seus amados, amigos e família”.
Realmente é surpreendente o impacto que isso provocou entre as pessoas, e do ponto de vista do negócio, é uma galinha de ovos de ouro, pois além de atender a tudo que nós queremos, como efetividade, eficiência, segurança, rapidez e abrangência na comunicação, o WhatsApp dispõe de tudo isso, o que o torna indispensável como ferramenta de negócios próprio na sociedade moderna. E, veio para ficar pois a meta do Faceboock é aperfeiçoa-lo cada vez mais, lançando outras funções ao aplicativo, para torná-lo cada vez mais importante na comunicação humana.
Até aí, só alegria e, nosso desejo é que a vida moderna nos presentei cada vez mais com outros instrumentos ou ferramentas eletrônicas e que tais ferramentas possam ser utilizadas a serviço do homem e do seu crescimento existencial. Todavia, como não é de se estranhar, entre os usuários, surgiram pessoas apegadas exageradamente, a esse aplicativo e a outros instrumentos pertencentes ás chamadas, redes sociais.
São pessoas aficionadas, que desenvolvem um apego incomum, exagerado e incontrolável no manuseio desse aplicativo, em detrimento de outros interesses relevantes, a essas pessoas passei a designá-los de Whatsapperianos, um neologismo, que definiria minhas observações como estudioso do comportamento humano, porém longe de pretender criar aqui qualquer designação diagnóstica dentro da nosologia médica para essas situações. O melhor seria designá-los de abusadores ou exagerados, para não os caracterizar como doentes, pois seria irresponsabilidade e muita pretensão de minha parte, fazê-lo.
Os Whatsapperianos, acessam excessivamente o aplicativo, com uma facilidade impressionante. São hábeis na digitação e o fazem com rapidez e destreza. Passam horas incontáveis praticando, com sua atenção exclusiva no aplicativo ou no aparelho que utiliza para fazê-lo. Muitos, sacrificam outros interesses, como o prazer, o lazer, o contato real das relações, o trabalho, os estudos, as práticas esportivas, etc., em detrimento do uso exagerado do WhatsApp. Esses, já apresentam problemas em suas atividades habituais, familiares, e em outros ambientes demonstrando disfuncionalidade pessoal e social.
Há estudos, que demonstram que esse apego exagerado aos aplicativos e ás redes sociais, é mais comum em pessoas tendentes ao isolamento, carentes afetivos, depressivas, ansiosas, compulsivas, inseguras, excessivamente tímidas, ou em personalidade que já tem problemas psiquiátricos, psicológicos ou sociais, fatos que influenciaria ao apego exagerado ao WhatsApp e outras redes sociais virtuais. Com o agravamento dessa situação, essas pessoas se tornariam inadequados, inconvenientes e excessivamente voltadas para si mesmos. Há um prejuízo progressivo da autocrítica e senso de adequação social e comportamental, se tornam inadequados, em detrimento da utilização compulsiva do desses aplicativos.
Uns se tonam agressivo, irritáveis, irreverentes, com todos, que por acaso, os interrompam em suas atividades voltadas ao WhatsApp. Há casos de pessoas, mesmo exercendo atividades, como comer, beber, dirigir, o fazem com os fones ou tabletes, ao seu lado, simultaneamente. O que é desaconselhável, do ponto de vista da saúde, pois são práticas que requem no mínimo uma boa concentração ao realizarem tais tarefas.
Outra consequência grave são os acidentes por uso inadequado desses aparelhos. De acordo com o seguro DPVAT, são registrados cerca de 1,3 milhão de acidentes por ano relacionados ao uso do celular em condições de direção. Os dados também mostram que 80% dos motoristas admitem que utilizam o aparelho ou outras tecnologias que geram distração enquanto dirigem. Dados de uma pesquisa realizada pelo Observatório Nacional de Segurança Viária apontam que 98% dos acidentes de trânsito são causados por erro ou negligência humana. Em primeiro lugar no ranking está a prática de fazer ligações ou mandar mensagens enquanto dirige
Diante dessa situação, temos que entender, que as tecnologias eletrônicas serão sempre bem-vindas, desde que estejam á nosso serviçoe não, nós a serviço delas. Embora, ainda não haja uma classificação diagnóstica para o uso exagerado desses instrumentos, é importante que as pessoas se cuidem e entendam que nada irá substituir o valor de uma boa conversa, de um bom papo e de um bom contato físico entre os humanos sobretudo se estes forem inspirados no prazer, na paz e no amor.

Rolar para cima