A face politicamente incorreta de Guevara
Costumamos ouvir que antes da revolução Cuba era uma espécie de quintal dos Estados Unidos, onde havia gente miserável, ricaços americanos iam se refestelar em cabarés e mafiosos mantinham rentáveis negócios escusos. Bem, isso era verdade, admitem os autores. Como era verdade também que Cuba era uma ilha de prosperidade comparada a outros países da região, na qual atividades como um florescente turismo puxava outros setores da economia (a exemplo da construção civil), que não paravam de crescer.
Se era assim, o que levou o país a ser palco de uma revolução socialista? O problema era a política, e o grande responsável atendia pelo nome de Fulgêncio Batista.
Depois de assumir o poder pela segunda vez, em 1952, Batista instituiu uma ditadura. Um regime que brindou os cubanos com prisões, desaparecimento de opositores, perseguição de empresários que não o apoiavam e torturas, além de censura e proibições. E que gerou um clima de revolta que foi naturalmente canalizado para o principal opositor do regime, Fidel Castro, líder que, em 1959, à frente de um grupo de guerrilheiros, terminou por derrubar o ditador.
Os cubanos, é lógico, comemoraram a volta da democracia. Porém, após a queda de Batista, teve lugar uma peripécia decisiva: o embate entre a classe média e o grupo de guerrilheiros que, comandados por Fidel Castro, haviam angariado imensa popularidade durante a luta contra o ditador. Sorrateiramente, ensina o Guia, o grupo dominou o governo provisório recém-instalado, declarou-se marxista-leninista e fundou o regime no qual Che Guevara (cujo currículo politicamente incorreto virá a seguir) iria se destacar.
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