A liminar favorável à jovem foi concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede na capital federal, para que ela obtivesse o certificado de conclusão do ensino médio. Uma decisão inédita no país, de acordo com Alexandre Magno, diretor jurídico da Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar). E que ainda pode ser derrubada pelo IFB (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e o Inep (Instituto ligado ao MEC), que emitem o documento.
De qualquer modo, a história de Lorena contribui para manter exposta essa vergonhosa chaga que parece não ter cura no Brasil: o do quase completo fracasso do nosso sistema público de educação. Não é à toa que ao menos 2.000 famílias praticam ensino domiciliar no país, segundo a Aned. E muito mais praticariam se tivessem as condições financeiras e intelectuais para tanto, a fim de não exporem seus filhos a um sistema que está longe de ser o que nossos jovens e crianças realmente merecem.