Copa de 2014 terá 98,5% de verbas públicas

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De acordo com reportagem do jornal “Folha de S. Paulo” neste domingo, um estudo do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que 98,5% dos R$ 23 bilhões que serão investidos para a organização da Copa do Mundo de 2014 sairão de verbas públicas.

Os bancos governamentais Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Infraero, estatal que administra os aeroportos do país, seriam responsáveis por R$ 16,5 bilhões do investimento.

Segundo a “Folha”, o levantamento do TCU diz que a iniciativa privada entrará com apenas R$ 336 milhões, ou 1,44% do total que deverá ser gasto para a realização da Copa. Este dinheiro seria investido pelos clubes que terão estádios no Mundial, como Internacional (Beira-Rio), Atlético-PR (Arena da Baixada) e Corinthians (projeto do Fielzão para a abertura).

Já o jornal “O Globo” mostra que o orçamento para a construção de estádios subiu 57,6% de acordo com previsão do ano passado. O diário diz que o país deverá gastar R$ 4,1 bilhões para ter as arenas, quando o plano anterior era R$ 2,6 bilhões.

O estádio com gasto proporcionalmente maior é o da Fonte Nova (foto), na Bahia, que passou de R$ 591,7 milhões para R$ 1,6 bilhão (171% de aumento), de acordo com números divulgados pelo TCU.

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3 comentários para "Copa de 2014 terá 98,5% de verbas públicas"


  1. Tímon.

    Chicão,
    Esta copa do mundo nunca deveria ter vindo para cá. Temos muito a crescer (em todos os níveis) antes de viirarmos um país sério o suficiente para eventos desse porte (P.S: Panamericano é fichinha). Só quem já viveu em um país de primeiro mundo sabe como estamos distantes da realidade exigida pela FIFA (eu vivi e em um que realizou a Copa do mundo mesmo assim teve prejuízo, além de nos derrotar na final). A iniciativa privada não é tímida, é covarde porque é nesse momento que se revela a sua ausência. Copa do mundo é para os grandes e se nossas empresas acham que nada teem a ganhar nem com uma Copa é porque nunca tiveram intenção real de ajudar o esporte. O uso de dinheiro público, sob o falso argumento de retorno em função de um evento de âmbito mundial, só servirá mesmo é para reduzir o aumento do salário mínimo, de investimento em saúde (embora falem em investimento em infraestrutura) no aperto salarial dos trabalhadores e dos servidores públicos e por aí vai. Quem quer receber bem a visita em casa, lava o banheiro e arruma a casa a começar pela sala até a cozinha – o Brasil não fez isso e não o fará até 2014.

  2. FRANCISCO GAGLIANONE

    ESSA COPA DE 2014 SERÁ UMA ROUBALHEIRA NUNCA VISTA NA HISTÓRIA DESSE PAIS. A COPA ESTÁ BEM AI, E AINDA NÃO SE FEZ NADA, QUANDO ESTIVER CHEGANDO PERTO, VÃO COMEÇAR AS OBRAS EMERGÊNCIAIS SEM CONCORRÊNCIA…E AI MEU AMIGO, SALVE-SE QUEM PUDER!!!

  3. Joaquim Nagib Haickel

    Minha visita ao Ministro do Esporte

    Vários jornalistas através de seus matutinos, rádios e blogs, noticiaram a minha ida ao Ministério do Esporte alguns dias atrás, onde estive tratando de assuntos de interesse da secretaria de estado que hora dirijo.
    Com o ministro Orlando Silva tratei da possibilidade de implantarmos no Complexo Esportivo do Outeiro da Cruz, um NEB, núcleo de esporte de base, embrião para um CTO, centro de treinamento olímpico, passo forte para que se possa transformar a nossa capital em cidade olímpica.
    Nesse sentido temos que apresentar até o dia 4 de abril um projeto ao COB, para que São Luis possa estar apta a ser uma das cidades brasileiras que em 2016 poderá receber delegações dos países que queiram vir para cá, para aclimatação de seus atletas, antes do início das competições no Rio de Janeiro. Essas tratativas foram feitas por orientação da governadora Roseana Sarney, que em uma conversa comigo disse que gostaria de ver implantado em nossa cidade um centro de esporte de alto rendimento, e até sugeriu o atletismo, tendo em vista a aptidão de nossos jovens para essa modalidade.
    Além disso, falamos sobre o projeto 2° Tempo, onde poderemos beneficiar, com duas horas de práticas esportivas e recreativas, três vezes por semana, entre dez e quinze mil crianças de nosso Estado.
    Naquela ocasião, aproveitamos também a oportunidade para pedir o apoio do ministro para a rápida análise dos pedidos de bolsa atleta dos jovens maranhenses que pleiteiam tal benefício do governo federal.
    Mas devo dizer que tudo isso foi conversado na esteira do assunto principal que me levou à Brasília. Fui principalmente ao Ministério do Esporte tentar salvaguardar mais de 80 milhões de reais em emendas parlamentares para 2011. Desse valor, metade é destinada ao governo do estado.
    Veja bem como são as coisas em nossa aldeia, a ênfase da notícia de minha ida ao Ministério do Esporte não foi nenhum dos fatos citados acima, mas sim o que passarei agora a relatar.
    Havia falado ao telefone com os deputados Flávio Dino e Domingos Dutra e pessoalmente com os deputados Gastão Vieira e Ribamar Alves, no sentido de tratarmos sobre suas emendas parlamentares. Nessas oportunidades pedi que eles intercedessem no sentido de marcar uma audiência no ministério. A audiência foi marcada por Flávio que é do PC do B, mesmo partido do ministro.
    Falei desse assunto com vários parlamentares, mas só alguns puderam me acompanhar devido a compromissos anteriores ou por não estarem na cidade. Falei inclusive com os senadores Lobão Filho e João Alberto, ambos se mostraram muito interessados em comparecer à audiência, mas naquela tarde estariam votando a nova proposta do salário mínimo.
    De última hora, meu amigo e ex-secretário de infra-estrutura, Astrogildo Quental, com quem me encontrei na casa do presidente Sarney, pediu que fosse junto para falar com o ministro, e foi.
    Pois bem, a notícia deixou de ser o fato de um obscuro secretário de uma pasta pouco relevante, de um estado pobre, ir a um ministério pleitear benefícios para sua gente, passando a ser o fato deste secretário ter ido acompanhado de deputados adversários do governo que ele representa. A notícia até poderia ter esse viés, desde que louvasse o fato de adversários políticos identificarem no governo do qual discordam, a possibilidade de trabalharem juntos em beneficio de seu Estado, esquecendo o antagonismo e acreditando no trabalho que pode ser desenvolvido nesse setor.
    O que a imprensa deveria dizer é que tanto o secretário e o governo que ele representa, quanto os referidos deputados, que se opõem a esse governo, encontraram algo em comum, algo em que acreditam e concordam, a utilização do esporte como forma de tentar superar as barreiras que separam nossa gente das oportunidades de sucesso, de realização e de felicidade. Era isso que eu gostaria de ter lido nos jornais e nos blogs de minha terra.
    Quanto às fofocas decorrentes dessas notícias, não me interesso por elas de forma alguma. Tenho certeza que a governadora Roseana Sarney pensa e agi como estadista, com sabedoria e grandeza, não dando ouvidos nem margem para picuinhas, coisa que parte de nossa imprensa insiste em fomentar.
    No mais quero agradecer desde já a repercussão desse documento, onde reafirmo meu compromisso com a difícil missão que me foi confiada pela governadora, que é soerguer o esporte maranhense e para conseguir isso farei tudo que estiver ao meu alcance, desde que esteja dentro da legalidade.

    Joaquim Nagib Haickel
    Secretario de Esporte e Lazer

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