Sujeira nos bares da Litorânea

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Técnicos da Supervisão de Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), da Vigilância Sanitária e da Vigilância em Saúde Ambiental – órgãos da Secretaria de Estado de Saúde (SES), e da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) vistoriaram, de quarta-feira (11) até esta sexta-feira (14), as condições ambientais e sanitárias das barracas autorizadas a funcionar em área da União das praias da Avenida Litorânea, em São Luís. Eles observaram diversas irregularidades que estão colocando em risco a saúde dos clientes e causando sérios danos ambientais às praias da capital maranhense.

Foram encontrados problemas no armazenamento dos alimentos e na falta de higiene nas cozinhas e banheiros. Outro problema são as irregularidades no descarte do lixo e óleo e gordura de cozinha e na água utilizada na lavagem de louças, nas descargas dos sanitários e chuveiros.

Os fiscais verificaram que muitas caixas de gordura têm capacidade insuficiente para atender a grande quantidade de resíduos produzidos. Em alguns estabelecimentos, o óleo utilizado na cozinha é lançado diretamente na rede de esgotamento sanitário.

As barracas também apresentaram problemas na documentação. Em nenhuma delas, os fiscais da Sema encontraram a licença de operação que deve ser emitida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. “Os proprietários terão de providenciar o documento”, alertou Wilame Araújo, técnico ambiental da Supervisão de Fiscalização da Sema.

Para o turista carioca Sandro Fernando, que estava na praia com a família, sentado a poucos metros da água contaminada, a fiscalização deve ser contínua e intensa. “Esse tipo de operação evita que a gente compre alimentos estragados e pegue doenças”, afirmou.

Esgotos na praia
Durante a operação, os fiscais detectaram, também, irregularidades na interligação entre os encanamentos de água e de esgoto e as tubulações da Caema. Em cinco delas, a situação é considerada grave. Eles encontraram esgoto in natura sendo lançado diretamente na areia da praia, a poucos centímetros de distância das mesas dos clientes. Nesses casos, os fiscais da Sema lavraram autos de infração e os responsáveis pelas barracas terão um prazo de 20 para apresentarem defesa.

Outras irregularidades encontradas foram caixas de água destampadas e alimentos acondicionados de forma inadequada, como maionese mantida em temperatura ambiente. Foram localizados alimentos vencidos, geladeiras e outros equipamentos de refrigeração mal vedados, situações que alteram a qualidade dos alimentos.

Os caranguejos vivos e mortos, em várias barracas, estão acondicionados no mesmo tanque e as panelas e outros utensílios estão em péssimas condições de limpeza. Vários depósitos de isopor foram destruídos pelos fiscais no momento da fiscalização e os alimentos vencidos, além de panelas e utensílios sem qualquer condição de uso, foram todos recolhidos.

Os técnicos da Vigilância Sanitária demonstram também uma grande preocupação com as condições das cozinhas. “A gente encontrou muita gordura reutilizada, o que causa sérios problemas à população. De 52 bares fiscalizados, apenas 10 encontramos alvará sanitário e nenhum com a licença ambiental do município”, disseram os profissionais.

Retorno
As irregularidades detectadas pelos fiscais durante a operação serão especificadas em relatórios da Sema. Na próxima terça-feira (16), eles vão definir data para reunião com os permissionários das barracas da Avenida Litorânea. Na ocasião, os barraqueiros tomarão conhecimento das irregularidades encontradas pelos fiscais e serão orientados sobre as providências que terão de ser tomadas.

6 comentários para "Sujeira nos bares da Litorânea"


  1. Chris

    Não temos prá quem reclamar…foi o que sempre temi. Esgotos são despejados diretamente na areia e no mar( tanto os bares, quanto dos esgotos domésticos ( principalmente de quase todos os edifícios) sem nenhum tratamento . O Ministério Público toma medidas sem cabimento … informa que as praias estão improprias para o banho – qual o impacto da medida?????????me pergunto. Nenhum! Será que se tampassem as “bocas” dos esgotos, a M voltaria para o dono? A despeito da Litoranea – aqui em São Luís, não se deve nem tomar cafezinho fora de casa… a coisa tá feia.

  2. Flavio

    Zeca, sabe o que eu acho mais engraçado nessa vigilância, é o simples fato de cobrar e na hora ta todo mundo errado…apoio o trabalho deles ate pq trabalho na area da saúde e tem mesmo que fazer fiscalização nas praias pq ta suja mesma…mais dai o cara que vai fiscalizar tem que dar exemplo….a foto mostra o rapaz segurando um instrumento para cavar alguma coisa e ele esta sem seus equipamentos de segurança tipo minimo…..BOTA, CAPACETE e ÓCULOS …..eles podem ate falar depois:” tava no carro ele ia calçar, so estava olhando primeiro”…essas coisa
    Quer dar exemplo que dê e é mais que justo como papel de vigilância, mais também seja exemplo…..
    abraço….

  3. Francisca

    Os bares da litorânea na sua maioria deveriam ser fechados é só sujeita pobre de nós que frequentamos essa é a verdade.

  4. Samir

    ESSES BARES DA LITORÂNEA SÃO IMUNDOS E JOGAM O ESGOTO NA PRAIA E NENHUMA SECRETARIA FAZ NADA ESSAS FISCALIZAÇÕES NÃO DÃO EM NADA TINHA ERA QUE FECHAR ESSES BARES.

  5. Marcelo

    Como é que essas secretarias quer fiscalizar uma coisa que ela mesmo é culpada e que pemite esses esgotos na praia. O Ministério Público deveria verificar esse tipo de situação e multar os dois órgãos que não fazem nada e esse tipo de fiscalização é apenas para aparecer na mídia como se estivessem fazendo alguma coisa.

  6. Airton Gondim Feitosa

    A litorânea está deixando de ser um cartão postal atrativo para se tornar um grande ´problema. Agora é que lembramos do que é infra-estrutura, a sujeira é sério. Mas de que é o problema? É de todos nós que amamos essa cidade e solicitamos aos poderes públicos uma solução.

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