O secretário municipal de Fazenda Raimundo José Rodrigues do Nascimento entregou o cargo nesta sexta-feira (11) ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior.

Ele é uma das onze pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Maranhão por suposta fraude na concessão de isenções fiscais pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) a empresas.

O secretário Raimundo Rodrigues disse que vai se dedicar integralmente à sua defesa e por este motivo decidiu se afastar durante este período em que aguardará a decisão da Justiça. “Tendo em vista as notícias veiculadas pela imprensa nos últimos dias, solicito a Vossa Excelência o meu afastamento da titularidade da Secretaria Municipal de Fazenda (Semfaz) para me dedicar integralmente ao esclarecimento dos fatos”.

Ele agradeceu ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior e à equipe da Semfaz, e afirmou ter sempre trabalhado com conduta ética. “Desde abril de 20914, quando tomei posse, até a presente data, tenho exercido minhas funções com muita responsabilidade, lealdade, dedicação, compromisso, e, sobretudo, com a conduta ética que sempre pautou a minha vida como cidadão e gestor”, finalizou.

Para o lugar de Raimundo Rodrigues, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior nomeou o Controlador Geral do Município (CGM), Délcio Rodrigues. Na Controladoria quem assume é o auditor de carreira Jackson dos Santos Castro.

A Polícia Federal no Estado do Maranhão cumpre na manhã desta terça-feira (15), na Operação Jaguaribe, três mandados de prisão e cinco de busca e apreensão dos investigados por participação na morte do ambientalista Raimundo dos Santos Rodrigues e tentativa de homicídio contra sua esposa Maria da Conceição Chaves Lima.

O crime foi registrado no dia 25 de agosto do ano passado e ganhou repercussão internacional.

As vítimas eram conselheiros consultivos da Reserva Biológica do Gurupi, onde auxiliavam no efetivo cumprimento dos objetivos de criação e implementação do plano de manejo da Unidade de Conservação.

Segundo as investigações, os crimes seriam decorrentes de conflitos agrários na região de Buriticupu, envolvendo madeireiros, fazendeiros, sem-terra e ambientalistas. Os investigados que tiveram suas prisões decretadas são fazendeiros na região de Imperatriz e Buriticupu.