Apoio para publicação de obras literárias

0comentário

A Fapema, em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura do Maranhão, está com edital aberto visando incentivar a publicação, em especial aquela de natureza inédita, visando difundir a produção científico-cultural do Estado do Maranhão, a partir do financiamento à publicação e/ou editoração eletrônica de obras literárias, (indexadas e não indexadas) e não periódicas (coletâneas, catálogos temáticos e livros) e publicações diversas, desde que não seriadas, produzidas no Estado do Maranhão.

As propostas devem ser apresentadas por autores vinculados a instituições de ensino superior e/ou pesquisa, academias de letras, centros de pesquisa e desenvolvimento científico e/ou tecnológico, públicas ou privadas, todas sem fins lucrativos, sediadas no Estado da Maranhão. Projetos para publicação de obras literárias podem receber até dez mil reais para execução do projeto.

sem comentário »

Bolívia Querida em cordel digital

0comentário

 

digitalizar0002

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Testando a nova plataforma de autopublicação da Livraria Saraiva, coloquei à venda Bolívia Querida – a história do Sampaio Corrêa em cordel. Os versos, que em parte foram publicados no blog, traz a trajetória do clube desde os seus primórdios, homenageia alguns dos seus mais importantes jogadores, além, é claro, de relembrar os principais títulos e campeonatos. A capa  foi especialmente produzida pelo amigo e ilustrador Ronald Martins e para adquirir, basta entrar no site da Livraria Saraiva.

sem comentário »

Publique seu livro digital

1comentário
capa touche fund
A invasão francesa e a fundação de São Luís, em breve em formato digital

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pode parecer estranho, mas tem um monte de gente que ainda não sabe que pode, num abrir e fechar de olhos, publicar seu livro digitalmente, sem gastar um tostão.

Dito isso quero chamar a atenção dos meus amigos escritores, com trabalhos publicados ou não, para a janela imensa que está sendo aberta por meio das plataformas de autopublicação na internet. Alguns exemplos são Livraria Cultura, Amazon e Livraria Saraiva. E é tudo tão fácil como, diriam os Irmãos Metralhas, tirar pirulito de criança.

Embora eu seja um apaixonado por livros em papel, devo admitir que o novo formato oferece inúmeras vantagens, sobretudo para o autor independente, aquele que gasta uma grana com gráfica, só consegue vender em torno de cinqüenta livros no lançamento e ocupa trinta por cento da área do seu apartamento guardando volumes encalhados.

Como já disse, no digital você não gasta dinheiro, ou gasta muito pouco, pagando, por exemplo, um profissional para fazer uma capa, formatar o texto, etc. Não ocupa espaço, pois tudo fica guardado “na nuvem”. E de cara tem um vendedor de renome para o seu produto, sendo que o seu livro pode ser adquirido por qualquer usuário disposto a lê-lo em um celular, iphone, tablet ou PC.

Com relação aos meus livros independentes, vou entrar na onda. Espero em breve publicá-los todos digitalmente, entre outros motivos, por achar que em muito pouco tempo essa será uma opção se não preferencial, bastante significativa das escolas e leitores em geral.

1 comentário »

O carnaval é careta

0comentário
festas_de_loucos
Festa dos Loucos na Idade Média: folia do calendário cristão em que o Diabo saía da garrafa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pra quem pensa que está abafando em sair no carnaval vestido de mulher ou de fralda com chupeta na boca cantarolando mamãe eu quero mamar, é bom conhecer mais sobre a versão da folia na longínqua idade média.

A coisa começava na noite de ano-novo, durava quatro dias e se chamava, com muita propriedade, Festa dos Loucos.

Durante o período, segundo relata Alan de Botton o mundo virava de cabeça pra baixo.

Membros do clero jogavam dados em cima do altar, zurravam como burros em vez de dizer amém, faziam competições de bebedeira na nave, peidavam como acompanhamento à ave-maria e faziam sermões de galhofa, baseados em paródias do Evangelho (o Evangelho Segundo o Traseiro da Galinha, o Evangelho segundo a Unha do Pé de Lucas).

Após beber canecas de cerveja, eles seguravam os livros sagrados de ponta-cabeça, faziam orações para vegetais e urinavam de cima das torres dos sinos.

Casavam burros, amarravam pênis gigantes de lã em suas batinas e tentavam fazer sexo com homens ou mulheres dispostos a tanto.

E tudo isso com a garantia antecipada de perdão, uma vez que a festa era do calendário cristão, e tinha fins absolutamente terapêuticos: seu propósito era ajudar os homens a esvaziarem a alma e a reafirmarem, pelo resto do ano, seu compromisso com a fé, a paz e o amor ao próximo.

Cristão ou não, eram estripulias que fazem nossos foliões modernos parecem ovelhinhas brincando de roda no Paraíso. E o nosso carnaval parecer não tão liberal quanto se imagina, mas sim conservador e um bocado careta.

 

sem comentário »

Pipi na rua

4comentários

pipi

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Comentava outro dia com um amigo paulista que vive em São Luís, sobre o hábito desenfreado que tem muitos ludovicenses de urinar na rua.

A impressão que se tem, eu dizia, é que o tipo de cidadão em questão, quando pensa em verter água, lembra, antes de qualquer coisa,  de um poste, um jardim ou um muro na via pública para só depois se dar que para isso existem os chamados WC.

A conversa veio a propósito da grade que a direção da Biblioteca Benedito Leite ergueu circundando a escadaria do prédio a fim de impedir ou inibir, imagino eu, a aproximação de mijões que marcadamente tem predileção pelas colunas daquela casa.

Mas o amigo fez um contraponto, tentando demonstrar que não devemos ser tão exigentes com nossas mazelas quando o nosso vizinho está em situação igual ou pior.

Enfim, lembrou que a coisa não acontece só aqui. Que em São Paulo também, e no Rio de Janeiro, e que provavelmente em muitas outras cidades, muita gente faz pipi em ruas e praças, como cachorros marcando territórios. E falou de um modo tão convicto que me senti tentado a acreditar que mijar ao relento constitui-se quase um traço da cultura nacional ainda pouco estudado pelos especialistas.

Como sou do tipo que só chego a uma resposta que imagino definitiva quando a discussão já acabou, digo agora o que diria ao meu amigo se a conversa continuasse. Que não devemos justificar nossas mazelas pelas mazelas alheias. Que procedimentos condenáveis devem funcionar não como argumentos de defesa para os descalabros que cometemos, mas como exemplos a não serem seguidos.

Por que justificar nosso caos penitenciário em função, por exemplo, do que acontece no Rio ou em São Paulo, em vez de trabalhar para nós sermos os exemplos, os bons exemplos?

Por que sair regando de urina nossos muros e calçadas pelo fato de lá fora ter gente fazendo igual?

Para começar a transformação, uma sugestão: que em lugar do pipi público, o sujeito entre na biblioteca, leia um bom livro e repita, diariamente, essa operação.

Com certeza as coisas vão mudar, e para melhor.

4 comentários »

Sugestão para médicos

0comentário

ultimos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Você chega no consultório, dá uma olhada em volta e lá está a pilha de revistas velhas encabeçada por uma Veja de três semanas seguida por uma Isto É do mês retrasado e uma Caras de uns dois séculos, além de outras publicações tão ensebadas que nem vale colocar as mãos. Você pega uma (independente do seu gosto particular por esse ou aquele tipo de leitura) e sai folheando de trás pra frente, enquanto espia as fotos e lê os títulos. Então você pergunta: porque esse cara que cobra trezentos reais pela consulta e não aceita plano de saúde não põe revistas da semana pra gente ler?

Talvez porque o doutor ou a doutora queira ler as revistas antes de se desfazerem delas. Ou porque desconfiam que se colocarem revistas novas, alguém com menos senso ético vai levá-las pra casa. Ou, quem sabe, por um motivo tão justo quanto estes porém mais sutis: algum tipo de zelo extremo com a saúde, que nós, pobres pacientes, não conseguimos facilmente perceber.  Pense comigo: você, que Deus o livre, enfartou recentemente, implantou um stent e agora faz acompanhamento. Na sala de espera do consultório pega uma revista da semana e logo nas primeiras páginas descobre que José Dirceu vai trabalhar ganhando um salário de vinte mil reais, quase vinte vezes mais do que você ganha pelo INSS depois de ter carregado pedra por mais de trinta anos. Você puxa conversa com outro convalescente ao seu lado, pois não dá para engolir sozinho aquela drágea, começa uma conversa mais acalorada, ele entra numas de defender Lula, você defendendo Fernando Henrique Cardoso, e quando você se dá conta está na emergência com o peito raspado e cheio de eletrodos para  bater um eletrocardiograma.

Desfecho que não aconteceria se você tivesse lido uma revista velha. Porque o tempo, sabiamente, já se ocupou de quebrar quaisquer vínculos entre você e as notícias que estão ali. O ebola foi controlado e você já sabe que ela não vai chegar ao Brasil. Você já sabe que a gripe HN1 não mata mais do que uma gripe comum. A radioatividade que escapara das usinas de Fukushima não irá contaminar a pescada que você compra no Mercado do Peixe. Na verdade, dar uma olhada nessas reportagens retrospectivamente pode até ter um benéfico efeito terapêutico: você tem a impressão que aquilo não aconteceu aqui, mas em outro planeta; ou que você é uma pessoa abençoada, mais sortuda ou mais esperta que as outras, pois as pedras lançadas pelo destino passaram raspando e nenhuma acertou sua cabeça.

De qualquer modo, por mais vantagens eu as revistas velhas de consultório apresentem, tenho uma sugestão para os médicos, o que justifica esse post e todo esse bla bla bla. Por que, em vez de revistas, não colocar livros à disposição dos pacientes? Romances, contos, poesias, literatura para os pequenos, caso estejamos falando de pediatras. Tenho até algumas dicas de obras cuja leitura não pesam no espírito, pelo contrário, podem deixá-lo mais leve e até ajudar a curar. A lista é imensa, mas aí vão três. Estrela da Vida Inteira, de Manoel Bandeira. Thau, de Lygia Bojunga. Os últimos quartetos de Beethoven, de Luis Fernando Veríssimo. E, quem sabe, a ação possa até servir, no melhor dos sentidos, como um merketing para o profissional.

– Onde você leu Fernando Veríssimo? – alguém pergunta.

– No consultório do Dr. Fulano – você responde.

– Ah! Vou marcar uma consulta com ele. Não aguento mais ler revista velha.

sem comentário »
https://www.blogsoestado.com/wilsonmarques/wp-admin/
Twitter Facebook RSS