Personalidade Boderline

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Personalidade Boderline

Frequentemente ouve-se falar nos ciclos sociais ou na grande mídia um termo que é polémico em psiquiatria que é “Personalidade Borderline” referindo-se a um grupo de pessoas que apresentam diferentes alterações emocionais, sociais e comportamentais específicas em seu comportamento. Pela etimologia trata-se de um transtorno que se encontra situado na fronteira diagnóstica da neurose e da psicose.

Este transtorno ocorre no desenvolvimento da personalidade de alguns indivíduos, portanto são doenças que ocorrem na formação e estruturação da personalidade. São transtornos diagnosticados e tratados pela psiquiatria contemporânea e por técnicas terapêuticas como as psicoterapias e a terapia ocupacional.

As características essenciais do Transtorno da Personalidade Borderline (TPB) são padrões comportamentais que sempre se iniciam na adolescência e invadem a vida adulta, muito embora alguns enfermos que já apresentam alguns sintomas do mesmo na infância.

O sintoma principal é a instabilidade afetiva verificados em seus relacionamentos interpessoais. Apresentam auto imagem muito ruim, isto é, são pessoas que não se gostam ou não se aceitam, são impulsivos e sempre querem que as coisas saiam sempre do seu jeito; são impulsivos, agressivos com flutuações momentâneas desses sentimentos. Não são chegados a planejar nada que fazem para conseguir as coisas e, quando não conseguem, apresentam “acessos de raiva intensa”, podendo apresentar reações violentas intempestivas e descontroladas, especialmente quando seus atos impulsivos são criticados ou impedidos em sua realização.

O TPB se manifesta predominante depois dos 18 anos, frente às mais diversas circunstâncias pessoais ou ambientais. São pessoas que fazem esforço muito grande para evitar um abandono real ou imaginado e quando ocorre uma separação, demonstram intensa raiva perante este fato. Não suportam e tem absoluta incapacidade de ficarem sós por isto mesmo aspiram sempre estar em companhias. Idealizam de forma exagerada as pessoas com as quais se relacionam, dotando-as de qualidades positivas, e exigem delas uma presença constante, sufocante, e um compartilhar de detalhes extremamente íntimos, já na fase inicial de um relacionamento.

Estas reações se modificam repentinamente quando suspeitam que a pessoa idealizada não está correspondendo com suas expectativas podendo inclusive mudar seus sentimentos de feição e carinho para os de raiva e desprezo.

São hábeis em manejar com os outros para adquirirem o que desejam e estimulam os outros a lhes propiciar aquilo que querem. Pode-se dizer que nas pessoas acometidas de TPB os sentimentos de carinho pelo outro estão relacionado com interesses para atender de forma incondicional às suas necessidades. Daí serem frequentes as mudanças súbitas e dramáticas de suas opiniões sobre os outros, que podem ser vistos alternadamente como bons e carinhosos ou como cruéis, maus e insensíveis.

Outra característica marcante são as flutuações de humor e do estado emocional que podem passar de um confortável sentimento de prazer à agressividade, e à explosividade. Podem passar rapidamente do papel de pessoa amável e carente de auxílio para o de vingador implacável e cruel, quando frustrados ou não amados da forma que idealizaram. São indivíduos sujeitos a acessos de ira e verdadeiros ataques de fúria, em completa inadequação ao estímulo desencadeante. Essas crises de fúria e agressividade acontecem de forma inesperada, intempestivamente e, habitualmente, têm por alvo pessoas do convívio mais íntimo, como os pais, irmãos, familiares, amigos, namorados ou cônjuges, entre outros.

Por último apresentam também depressões entremeadas por sentimentos de prazer dependendo o dos objetivos alcançados. Podem em razão das disfunções cognitivas grosseiras apresentar graus variados de desconfiança podendo chegar a quadros graves de delírios de perseguição. Podem também apresentar quadros de mutilação corporal tentativas de suicídios ou mesmo chegar a executá-los.

Quanto ao tratamento desses pacientes deve-se sempre considerar os problemas interrelacionais, reacionais, afetivos e adaptativos que apresentam. São utilizados estabilizadores do humor, antidepressivos e, em alguns casos, neurolépticos. Há indicação de psicoterapia, principalmente psicoterapia cognitiva comportamental.

 

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