A crise, o porvir e a esperança

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                 Haveria algum ponto em comum nessas três condições? Onde, a crise dos indivíduos, o porvir e a esperança se encontram? Ou, o porvir, a esperança e a crise da pessoa, são coisas distintas? Onde se dá cada uma dessas fenômenos? 

                Tres perguntas, tres condições e tres inquietações. A crise, nos remete a uma mudança inesperada, abrupta que altera o desenvolvimento de algo em curso. Onde as expectativas, o medo, as indecisões, as inquietações e a insegurança, tomam conta de cada um, como sinalizadores dessa condição. Essas mudanças podem ser físicas, psíquicas ou simbólicas. As crises são situações complexas de dificil manejo. 

                O porvir, refer-se a nossa temporalidade. Se dá na perspectiva do que pode  acontecer, viver algo ou uma história. Porvir é o que se espera, o que se imagina que venha acontecder, tem haver com o futuro. 

                 Por último,  a esperança. Esssa se inscreve como a “última que morre”, enaltecendo a necessidade da luta em um sentido que se acredita. A esperança é a disposição de interceder, de querer mudar, de ir em frente e de acreditar no possível, tendo-o como o centro dessa luta. A esperança muda rumos, eventos e sentidos, dentro e fora de si mesmo.  

               Todas essas vivências dizem respeito ao homem no mundo. Dizem respeito ao seu “vir a ser” na sociedade e na representatividade social sobre quem recaem as expectativas. Nessa perspectiva, a crise, representa a mudança que se anuncia, em um tempo. E a mudança, é a esperança no porvir. Está em crise é como se encontra o sujeito atual na polis.  A crise poderá definir o que com ele ocorrerá. 

          A crise como experiência indivídual e como vivência universal nos ajuda “a decidir, o rumo que as coisas podem tomar”. Poderia dizer que a crise é a inconformação, dentro de um estado de lucidez de consciência e de autonomia. É ela que nos impulsiona, nos motiva a mudar, nos inquieta, nos movimenta e nos faz avançar, no rumo da perfeição. 

                  Nós somos a crise, pois estamos em estado permanente de mudanças.  É dela que estraímos o sentido e a maior razão de vivermos. Nesses tempos modernos, está  abundante e, paradoxalmente, apesar da dor, do sofrimento, das dúvidas e das incertezas que nos assola a todos, eatá aí a esperança, pois estão aí os momentos mais propícios ás mudanças. Contrariamente, ao conformismo, antítese da crises esse é o pior dos estados e dos momentos dos seres humanos. O conformismo nos amordassa, nos imobiliza, nos torna apáticos e indiferentes. Não se evolui no conformismo. 

                 Nos tempos atuais, onde as conturbações políticas, econômicas e sociais dão sinas de fracasso, especialmente, nas tradições, surgem, oportunamente, ideologias soltas e extravagantes de inovação que guadam no fundo o ranço do ignóbil e da perversão e mais do conformismos que de mudanças, onde tais ideiais inovadoras, mas se parecem conservadoras, ferem  formalmente a autonomia, a identidade, a cidadania a liberdad dos sujeitos, nos deixando, a todos enraivecidos, perplexos  e com medo, nos conduzindo em direção ao alheiamento e no anomimato. Eis a inconformação e a luta. 

               Por sua vez, as famigeradas redes sociais, virtuais e fugases incentiva o desengajamento político, o alheiamento social real, nos tolhem e nos amarguram, materializando nossa disposição de fugir e nos incoformar. É isso que vem ocorrendo, hoje. O homem moderno repleto de artefatos, ora reais, ora virtuais, ora bélicos ou ingênuos, produto dessa conturbação, a cada dia se esvazia, se subordina, se escravisa ao material, à vaidade, ao conformismo, a individualidade e isso os impede de avançar e como não consegui,  aos poucos se destroi o mundo. 

                Os tempos modernos, repletos de homens modernos, sem saber realmente para quer ir ou está indo. Descrentes, ireal, imaginário e insignificantes. Incapaz de se vê no futuro, não se ergue e se subtrai da experiência no mundo da realidade. A cada dia se perde umpouco e não se recohece. O outro que seria capaz de me fazer reconhecer-me, também não me faz. Como eu, também é insignificante e fraco. Imaginários.

               Nessa perspectaiva, a crise maior não é da represetnatividade nem da polis é a crise da essensialidade, do sentido, do significado, do valor de si mesmo. Eis o homem solitário e em solidão. Essa é a crise existencial do homem contemporâneo: a solidão e o anônimato. A pior das crise, pois essa contariamente às outras pode sucumbi-lo. Desctruir-se a si mesmo, a terra o planeta e o universo. Acrise as aversas essa maa a esperança. O porvir, sem a esperança é o homem se esvaindo, sem construção pois falta-lhe sentido na vida. 

               Eis o porvir, onde nas condições atuais, em um tempo real so pode vir o inesperado, uma incógnita. Que homem virá com suas contradição atuais, não se sabe. E, mesmo assim, esperemos quem virá, em cada um de nós o que não faltam são os “porvires”. 

               Essas incogógnitas, a crise, o porvir e a esperança seria nossa salvação. É o tempo esperado, o viver determinado na historia de cada um. Somos ao mesmo tempo tudo isso, em diferentes dimensões: o que foi, o agora e o futuro em cada um, em sua existencalidade. O futuro, uma abstração. O presente, a decisão, e a esprarança a maior das nossas contruções, se espera para fazê-la. Eis o homem no mundo e eis o mundo no homem. O que virá disso, não sei!

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