Convite para um “rolezinho”

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Justiça seja feita: “rolezinhos”não são fenômenos da atualidade. Se for para mergulhar fundo, pode-se de dizer que suas raízes estão na pré-história, quando a turma se reunia, por exemplo, para liquidar um mamute. Mas vou me pegar a tempos mais recentes. Aos anos 80, quando a juventude dourada de São Luís se reunia nos finais de tarde em frente à Ocapana ou Edifício Caiçara, na Rua Grande, basicamente para exibir as cabeleiras tratadas (ou maltratadas) com parafina ou o bronzeado conquistado na Ponta d’Areia ou Olho d’Água a custa de sol e Náutico Bronze filado das “gatinhas” espichadas na areia. Gerentes de lojas certamente não gostavam da muvuca em frente às lojas. A turma era barulhenta, sentava-se nos capôs de carros e de vez em quando alguém entrava na“Lobras” para surrupiar chocolate Sonho de Valsa.

Quer dizer, colocando os pingos nos is, estabeleçamos que os“rolezinhos” não são méritos da juventude periférica de hoje em dia, que sai para ocupar espaços onde é sabidamente rejeitada, conversar, postar fotos no facebook, beijar e ver quem tem o boné com a aba maior. É um fenômeno continuamente reinventado, potencializado pelas redes sociais, e que pela sua própria natureza é efêmero, de maneira que lojistas e gerentes de shoppings podem se tranqüilizar, pois como qualquer onda, essa também vai passar.

Mas antes que passe, quero propor alguns “rolezinhos que fariam bem a mim, a você, a todos nós. “Rolezinho” nas bibliotecas (em nossas raras bibliotecas) para ler e falar de livros. “Rolezinhos” de equipes tapa-buracos em São Luís, para deixar nossas ruas mais transitáveis. “Rolezinhos”para pensarmos mais no próximo, na humanidade e na saúde do planeta, e menos em nossos muitas vezes excusos interesses pessoais. E por aí vai…

2 comentários para "Convite para um “rolezinho”"


  1. Wanda Batista

    Concordo com tudo que vc disse Wilson e acredito que esses rolezinhos citados aqui em São Luis cairia muito bem, assim quem sabe assim o povo Maranhense acordaria para a realidade em que vivemos hoje.

    • wilsonmarques

      Triste realidade, Wanda, mas que pode vir a mudar se a gente não desistir.

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