Zico x Bruno

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zico5_dur_30 Com discurso firme e diplomático, Zico tratou de deixar claro que Rogério Lourenço é o treinador do Flamengo. O diretor-executivo argumentou que a troca da comissão técnica foi feita para deixar o comandante do time mais confortável para trabalhar. Mas a saída do preparador de goleiros Roberto Barbosa deixou Bruno irritado, ao ponto de ter comportamento estranho nesta terça-feira, na Gávea.

O goleiro chegou atrasado, mostrou-se desinteressado, e nem ao menos demonstrou respeito na hora em que Zico discursava no centro do gramado. Bruno ficou fora do círculo, sem prestar atenção nas palavras do dirigente. Quando o discurso do dirigente acabou, o camisa 1 não treinou. Foi embora mais cedo, alegando estar resfriado e com dores nas costas, mesmo sendo o primeiro dia de trabalho (vale ressaltar que o goleiro participou, do início ao fim e jogando como atacante, de uma pelada, no último domingo, sem demonstrar qualquer problema físico). A assessoria do clube e do jogador garantiram que ele cumprimentou Zico calorosamente, no vestiário.

Mas o comportamento do polêmico goleiro, que já deixou claro em diversas situações que não quer mais permanecer no Flamengo, foi amenizado por Zico. O dirigente reforçou que a mudança na comissão técnica pode ter deixado alguns jogadores chateados, mas que isso não é motivo para não continuar o trabalho.

– Os profissionais que estão aqui têm contrato com o Flamengo. Não queremos ninguém insatisfeito aqui. Pelos serviços prestados, agradeço aos profissionais (da comissão técnica) que estavam aqui. Mas jogador não pode ser dependente de A ou B. Lógico que se A ou B não estiverem satisfeitos, que me comuniquem para tentarmos encontrar alguma forma para ter alegria de estar aqui – disse Zico.

Sobre o comportamento de Bruno, o dirigente foi comedido.

– O jogador apresentou uma lombalgia, não fez o trabalho no campo, mas fez fisioterapia. Qualquer coisa a respeito de lesão tem de falar com o médico. Dentro do futebol pode até ser normal que certos jogadores tenham amizade. Mas não pode depender desse ou daquele profissional para trabalhar, até porque isso diminui a sua competência. Se achar que é bom só com o amigo do lado, ele está se desvalorizando. Não posso falar só por causa de um dia. Hoje foi só uma apresentação. O importante é daqui para frente – analisou.

A chateação de Bruno já era explícita antes mesmo de o Brasileiro ser paralisado para a Copa do Mundo. No voo de volta de Santiago, quando o Flamengo foi eliminado da Libertadores pelo Univerisad de Chile, o goleiro comentou que não aguentava mais o clube e precisava mudar de ares. A demissão do preparador de goleiros, Roberto Barbosa, aumentou ainda mais  sua insatisfação. Para o lugar de Barbosa, que foi para o Cruzeiro, o Flamengo contratou Cantarelli.

Essa não foi a única mudança na comissão técnica. Também chegaram o auxiliar-técnico Marcelo Buarque, o preparador físico Toninho Oliveira, e seu auxiliar, Diogo.

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Bruno pede desculpa

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bruno_lan_jpg300 Bruno chegou à Gávea pontualmente no horário marcado, vestindo calça jeans e camisa social. Porém, o goleiro não vestiu o uniforme de treinamento e nem foi a campo. O propósito do figurino pode ter relação com o que aconteceu na noite de quarta-feira, logo após o apito final da derrota do Flamengo para o Universidad de Chile por 3 a 2, pela Libertadores. Nesta quinta, inesperadamente, o goleiro resolveu falar com os jornalistas e pediu desculpas aos que se sentiram ofendidos pela sua declaração ainda no gramado do Maracanã de que estava se lixando para as vaias vindas da arquibancada.

Um dia depois do episódio, representantes de torcidas organizadas pediram a saída do goleiro do clube, e Bruno foi convocado para uma reunião com a presidente Patrícia Amorim e com o gerente de futebol, Isaías Tinoco. O dirigente, inclusive, disse que o goleiro não daria entrevistas.

– O nosso Frank Sinatra está rouco… Deixa ele melhorar. Eu o aconselhei a não se pronunciar hoje. A torcida quer ver o Bruno fazendo defesas como a contra o Corinthians – disse Isaías, fazendo referência ao cantor americano, que, em 1966, alegou estar resfriado para não dar uma entrevista ao jornalista Gay Talese. Mesmo sem conversar com o astro, Talese fez uma reportagem famosa para a revista “Esquire”.

Mas, logo após reunião a portas fechadas no departamento de futebol, Bruno pediu a palavra, disse que foi mal interpretado e pediu desculpas.

– Quando eu quis dizer me lixando, não disse de maneira geral (para os torcedores). Foi só para o corinho que estavam fazendo para mim ali. Eu estava sofrendo mais do que as 60 mil pessoas que estavam lá. Quem está dentro (de campo), sofre mais. Algumas declarações que dei podem ter sido polêmicas e mal interpretadas. Mas sempre que erro, sou o primeiro a chegar aqui e pedir desculpas. Reconheço que errei. Mas não ironizei a torcida. Simplesmente foi uma reação, uma maneira de se defender daquelas pessoas que falaram coisas que eu não merecia ouvir – disse o goleiro, para desmentir que tenha pedido à presidente para ser negociado.

– Tem três coisas nessa vida que mais amo: minhas filhas, minha mãe e aprendi a amar o Flamengo. Não vejo razão de uma simples partida apagar tudo que fiz pelo clube. Lógico que vou ficar aqui. Lógico que estou chateado. Estou até agora sem dormir. Estou sentindo essa derrota, passa um filme, do América do México. Mas não vou jogar a toalha, xará. Peço desculpa à torcida – afirmou o goleiro, que logo após a coletiva foi interpelado pelos líderes de torcida que circularam pela Gávea ao longo do dia.

Em frente ao jornalistas, o goleiro atendeu a todos eles com atenção e foi muito cobrado por ser um dos líderes do grupo. Durantes os quase dez minutos de conversa, Bruno voltou a se desculpar e a dizer que o aconteceu não tinha sido direcionado à torcida de maneira mais ampla. O camisa 1, inclusive, pediu o apoio contra o Universidad de Chile, quinta-feira, em Santiago.

– Vamos te apoiar, desde que você não faça isso novamente. Quando um líder erra, repercute muito mais – disse um dos torcedores.

Globoesporte.com

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Briga no Flamengo

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0,,40143277-IN,00 O clima esquentou entre o capitão do Flamengo, Bruno, e o meia Petkovic no intervalo do jogo em que o time perdeu para o Universidad Católica por 2 a 0, nesta quarta-feira à noite, em Santiago, no Chile, pela penúltima rodada do grupo 8 da Libertadores. Com Pet sentado no vestiário, o goleiro bateu com as duas mãos cerradas no peito do sérvio. A confusão começou na chegada ao vestiário, quando o camisa 1 reclamou aos gritos que o gringo “não estava correndo”. A briga só não foi mais séria porque os companheiros de time separaram os dois. Após a partida, Petkovic ficou isolado fora do vestiário, visivelmente irritado e desconfortável.

A confusão no vestiário deixou evidente o isolamento do craque sérvio no Flamengo. No início do ano, ele chegou a ser afastado pelo vice de futebol, Marcos Braz. Mas acabou reintegrado. Sua escalação como titular na partida contra o Universidad Catolica surpreendeu dirigentes, jogadores e até membros da própria comissão técnica. Um cartola chegou a dizer que Andrade cedeu a pressões da opinião pública.

– O Andrade amarelou e botou o Pet. Ninguém entendeu – disse.

Mas a relação do jogador não é boa nem mesmo com o treinador. Um jogador, que pediu para não se identificar, resumiu há alguns dias a situação de Pet no Rubro-Negro.

– Ninguém conversa com o cara. E ele não conversa com ninguém.

Um episódio, ocorrido em fevereiro, mostra a diferença que separa Petkovic do restante do grupo. O sérvio quis convencer os outros jogadores e a comissão técnica a treinar de manhã durante o carnaval. Foi cortado pelo zagueiro Álvaro.

– Pet, quando a sua carreira terminar, o que está perto (de acontecer), e você virar técnico, aí você treina de manhã. Nós vamos treinar à tarde.

A reportagem do GLOBOESPORTE.COM tentou entrar em contato com o vice de futebol rubro-negro, Marcos Braz, e com os representantes de Bruno e de Petkovic, mas não obteve retorno.

Neste domingo, o Flamengo enfrenta o Botafogo na final da Taça Rio e precisa vencer. Caso perca, o time alvinegro será campeão carioca, pois já conquistou a Taça Guanabara. Em caso de empate, a decisão será nos pênaltis

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