Sampaio é destaque no GloboEsporte.com

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“Sampaio Corrêa, a Bolívia Querida de maior torcida desse Maranhão”, assim começa o hino de um dos clubes mais tradicionais do Nordeste. Principal time do Maranhão, o Tubarão, como também é conhecido, detém a hegemonia no estado e coleciona 29 campeonatos maranhenses, sendo oito deles de forma invicta, enquanto o rival Moto Clube possui 24 troféus. Com uma Série B (1972) e uma Terceirona (1997) no currículo, o Tubarão despontou no cenário sul-americano ao terminar em 3º lugar na classificação geral da Copa Conmebol de 1998, ficando atrás de Santos e Rosário Central (ARG).

A história do clube começa em 1923, pouco tempo depois do hidroavião chamado Sampaio Corrêa II passar por São Luís na primeira tentativa de realizar um voo dos Estados Unidos para o Brasil. Além do nome da aeronave, o time adotou as cores que os pilotos vestiam: verde, amarelo, vermelho e cáqui. Nascia então um dos mais brilhantes e charmosos clubes do Nordeste.

Tricolor de São Pantaleão, Esquadrão de Aço, Tricolor de Aço, Mais Querido da Cidade, Bolívia Querida e Tubarão. Além de glórias, o Sampaio coleciona apelidos em 87 anos de vida.

Sampaio tenta aos poucos driblar os problemas financeiros

Apesar de reinar no Maranhão, o clube vem lutando para seguir fazendo história em busca de maior reconhecimento nacional. Para este ano, uma boa campanha na Copa do Brasil e o acesso à Série C do Brasileiro são as principais metas. No entanto, o Tricolor esbarra em problemas financeiros, que praticamente obrigaram a diretoria a se desfazer de diversos atletas da temporada passada que foram negociados, além de jogadores que estavam emprestados e voltaram para suas equipes.

– Estamos montando um elenco novo. Temos limitações financeiras. Investimos muito na base e em outras pratas da casa de outros times. Fazemos tudo dentro das condições do clube, pagando todos em dia para que ninguém fique insatisfeito. Liberamos sete jogadores do elenco passado por não ter mais condições de mantê-los. Perdemos mais da metade do time que tínhamos – diz o vice-presidente do Sampaio, Nilson Garcia.

Uma das baixas para 2011 é a saída do atacante Wescley, que agora é jogador do Atlético-PR. Nilson lamenta a perda do atleta.

– Liberamos também para dar maior visibilidade a ele. É um ótimo garoto. Bom caráter e um excelente jogador.

Ídolos do passado estão na memória da torcida

Se por um lado o clube perdeu seus principais nomes, por outro, alguns jogadores estão na história da Bolívia Querida para sempre. É o caso de atletas como Mascote (recordista de gols numa só partida, com 13 marcados na goleada de 20 a 0 sobre o Santos Dumont em 1934), Pelezinho (artilheiro na campanha de 1972), Djalma Campos (um dos destaques em 1972); Mundiquinho e Cabecinha (ambos artilheiros em três edições do Campeonato Maranhense); e Adãozinho e Marcelo Baron (fundamentais na conquista de 1997).

Entre os jogadores inesquecíveis, algumas figuras se destacaram no Sampaio, como o meia Bimbinha, que com seu 1,47m de altura e calçando chuteiras tamanho 35 fez história de 1977 a 1988, tendo inclusive participado do pentacampeonato estadual na década de 1980 (1984, 1985, 1986, 1987 e 1988). Mas se engana quem pensa que o baixinho chamava atenção somente pela estatura.

– Ele era um ponta-esquerda de um metro e meio e era o xodó. Certa vez, aplicou um drible passando debaixo das pernas do Zé Maria do Corinthians, e o estádio foi à loucura. Roubava a cena – conta o vice-presidente.

Algum tempo depois foi a vez de Juca Baleia se destacar no gol do Tubarão. Motivo de ironia por parte dos adversários, o atleta pesava mais de 100kg, mas não se deixava intimidar.

– Quem me olhava não acreditava, e quando eu ia para o jogo mostrava o meu melhor. Saia muito bem do gol e estava sempre bem colocado – comentou Juca.

O fato é que o goleiro passou a roubar a cena no início dos anos 90. O apelido “pegou”, e o que era provocação se transformou em carinho.

– Foi uma época legal. A torcida é muito boa, de uma euforia grande… Tudo começou quando eu fazia o antigo primário, e na escola tinha seleção de jogos escolares. Fui escolhido primeiro como centroavante e depois fui para o gol. Fomos campeões escolares. E foi por causa do desenho Moby Dick que o professor me deu esse apelido. Quando fui para o futebol profissional, a torcida me chamava de tonel, baleia, mas eu nunca liguei – revela o carismático goleiro.

– O Juca Baleia é uma relíquia do futebol do Maranhão. É uma grande figura. Aonde ele chega toma conta do pedaço – diz Nilson Garcia.

Mesmo sem o Castelão, torcida tricolor continua apoiando o time

Mas nem só de passado vive o Tricolor maranhense, que mesmo sem poder jogar em seu principal palco, o estádio Castelão (fechado para obras e sem previsão de reabertura), conta com o apoio apaixonado de sua torcida.

– O Sampaio é um time de massa. Não ter um estádio é um problema. Se tivéssemos o Castelão… Às vezes temos que jogar longe da torcida, e isso nos prejudica – lamenta o presidente do clube, Sérgio Frota.

– Tivemos o maior público do ano (2010) no estado no jogo entre o Sampaio e o Guarani de Sobral, quando empatamos em 1 a 1. Foi na final para classificar para as quartas da Série D. Compareceram 16.000 pessoas ao (estádio) Nhozinho Santos – orgulha-se o vice-presidente Nilson Garcia.

O fato é que o Castelão deve reabrir com capacidade para 63 mil pessoas, enquanto o Nhozinho Santos comporta somente 16 mil. Apesar do problema, a diretoria se mostra confiante em uma breve reinauguração do estádio.

– Acreditamos que o governo vai ajudar. Nosso produto é bom, falta é divulgação. O Sampaio tem história de time grande e vitorioso. Todos aqui na região querem jogar no Sampaio – diz Nilson.

Veja a reportagem no GloboEsporte.com

Por Almyr Netto/GloboEsporte.com

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Apenas um golzinho

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O Sampaio Corrêa realizou mais um amistoso de preparação para a temporada deste ano. Nesta segunda-feira, o Tricolor não saiu do zero contra o selecionado da cidade de Codó: 0 a 0.

No sábado, a equipe boliviana foi até a cidade de Rosário enfrentar a seleção local e suou para vencer a partida por 1 a 0, gol marcado por Bruno Ítalo na etapa final.

É importante observar que nestes dois amistosos, com todo respeito, o ataque Tricolor deixou a desejar: marcou apenas um golzinho. Talvez, o que possa ser comemorado seja o desempenho da defesa, que não tomou gols.

É claro que é início de temporada e tudo mais, mas, sinceramente, acreditava que o Sampaio fosse vencer os dois jogos. Mas paciência. Futebol é assim mesmo. Só temos que torcer para que no dia 10 de fevereiro, contra o São Domingos-SE pela Copa do Brasil, o ataque Tricolor possa conseguir balançar às redes.

Por Paulo de Tarso Jr./Imirante

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Há 25 anos, o Sampaio lançava a ‘moda do beijo’

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De acordo com o site da Revista SuperInteressante, os primeiros registros de um beijo são datados de, aproximadamente, 1.200 a.C. No entanto, o beijo ficou marcado no futebol maranhense e nacional exatamente no dia 10 de novembro de 1984 e tudo graças ao Sampaio Corrêa. Isso porque, a cada gol que o Tricolor marcava, seus jogadores comemoravam de uma maneira um tanto quanto inusitada: com beijos.

Eram beijos no rosto, na mão e até nas chuteiras. O fato curioso virou notícia no Globo Esporte, na época apresentado por Léo Batista. Na ocasião, a reportagem foi anunciada como o lançamento da “moda do beijo”.

Tudo começou durante a partida entre o Sampaio e o Tupã em 1984. Ao marcar um dos gols do Tricolor na vitória por 6 a 2, Joãozinho viu seu companheiro Bimbinha beijar suas chuteiras. Na partida seguinte, contra o Moto Club, Renato fez a alegria dos bolivianos ao marcar dois gols. Resultado: o jogador foi beijado duas vezes. Na primeira, Joãozinho o beijou na testa e, na segunda, foi a vez de Gilvan beijar o goleador Tricolor no rosto.

Mas quem pensa que a onda “beijoqueira” no Sampaio Corrêa havia terminado se enganou. No jogo posterior, contra o Tupã novamente, Gilvan ganhou como recompensa dois beijos de seus companheiros. E como beijar havia se tornado as comemorações do Tricolor, nada melhor do que ouvir os “beijoqueiros”.

Explicações

Para Gilvan, não havia motivos para tanto espanto, uma vez que os beijos eram somente na mão, no rosto ou na testa.

– Ela [namorada] não pode dizer nada, porque é um beijo na mão, na testa e isso não quer dizer nada. Se fosse na boca… Mas isso não tem nada a ver – disse.

Joãozinho, o primeiro a ser beijado pelos companheiros, disse que os beijos dependiam da importância do gol. Porém, ao ser questionado sobre onde seria o beijo se um companheiro marcasse um gol em uma final, Joãozinho explicou que se o gol valer pelo título, vale até beijar na boca.

– O próximo beijo eu ainda vou escolher, porque vai depender do gol que a rapaziada fizer. Se for um gol muito emocionante, quem sabe onde pode acontecer o beijo. Se for pelo gol do título vale [beijo na boca] – revelou.

O mais engraçado na reportagem exibida é que alguns torcedores tricolores garantiram que também beijariam na boca dos jogadores se os atletas fizessem gols contra o Moto Club. Isso que é rivalidade!

Taça Cidade

E como não poderia deixar passar, domingo tem a decisão da Taça Cidade entre Sampaio e Iape com transmissão ao vivo da Rádio Mirante AM. O Tricolor precisa de apenas um empate para ser campeão. Sorte dos jogadores que entrarão em campo no domingo, que a moda do beijo não colou. Já pensaram se a moda pega?

Veja a reportagem do Globo Esporte, em 1984:

Texto: Paulo de Tarso Jr./Imirante Esporte

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