PREVISÕES PARA 2018 ( não autorizadas)

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A alta cúpula do  Governo Federal tem como certas algumas  previsões para o ano de 2018 que não foram  autorizadas para divulgação. Seguem as principais.

1.Gilmar Mendes continuará soltando presos da cadeia. Em 2018  com velocidade maior do que solta pum (um problema médico que o faz ficar com o beiço arriado por causa do mal estar).

Em meados de Agosto, em reconhecimento a seu apoio aos encarcerados, qualquer tipo de indulto a preso receberá o nome de Lei Gilmar. A novidade  é que não será mais necessária data festiva para que isso aconteça. Todos os presos menores de idade (abaixo de 30 anos) terão direito a essa regalia. Bastará pleitear a Lei Gilmar com antecedência de 15 minutos para que o réu seja solto.

2.A Temporada de Caça a Gente Honesta aumentará a partir do ano que vem. No caso, entende-se como gente honesta (pegos em falta), as vítimas dos múltiplos artifícios  usados pelo poder público para extorquir o cidadão.

Assim, se hoje o cidadão que bebe duas  gotas de álcool  é considerado um criminoso pior do que aquele que sequestra, mata ou estupra, a partir do segundo semestre do ano que vem  esse cidadão será condenado à prisão perpétua.

Para tanto não será necessário o uso de bafômetro ou de outro dispositivo.   Bastará que o guarda sinalize que algum sujeito tenha cara de pinguço. O conceito de criminoso será revisto nas cartilhas escolares. Quem rouba malas de dinheiro ou recebe àquele a quem chama de ladrão no recesso de seu lar, será considerado idealista, já quem bebe e dirige (ainda que sejam dois goles de cerveja ) será execrado , repudiado, humilhado e considerado criminoso para o resto de sua vida.

3.Os partidos políticos terão menos letras ou trocarão de nome para não serem confundidos com partidos mal vistos pela lava-jato. Consumando assim o processo já iniciado pelo PMDB que virou MDB.

 

 

Assim, o PSDB passará a ser SDB, abreviatura de Se Dê Bem. O PV passará a V de verde, em Janeiro e, meses depois, para A de amarelo. A razão, para os marqueteiros do partido é que a  letra V no fim do alfabeto, pode dar impressão de fim da fila. Com tanta letra sumindo ou sendo trocada surgirá um novo partido: o dos 5 P ( Partido do Povo, Puto, Penando e Procrastinado)

4.A eleição para presidente terá como candidatos mais fortes: Bolsonaro, Galvão Bueno (que substituirá  Huck como candidato da Globo) e Temer  ( que terá  Lula como vice).

A candidatura de Temer terá como slogan  “Unidos Venceremos” que a oposição interpretará como Ladrões Unidos jamais serão Vencidos. Galvão Bueno, cujo slogan será “Uma vez Flamengo, sempre Flamengo”, depois de liderar a pesquisa por vários meses tombará nas pesquisas depois de mais um fracasso internacional do Flamengo. Sobrarão para o segundo turno Bolsonaro e a dupla Lula-Temer.  Os unidos vencerão mais uma vez, mesmo depois de Bolsonaro trocar o nome de Bolso-Naro para Bolso-Vazio para alardear honestidade.

  5.Neymar e Bruna Marquezine continuarão a novela Fica-Volta na razão de 3 separações por mês nos sites de Fofoca e 2 vezes por dia na realidade nua e crua.

 

 

 

A razão para tanto encontro-desencontro explicada pela atriz será: “Ele prefere os parças a mim. Exijo exclusividade” Já o craque do PSG dirá : “ Não sei o que acontece comigo, mas enjoo dela  mais depressa que dos parças.”

José Ewerton Neto é autor de O ABC bem humorado de São Luis

 

 

 

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CONTRA A CULTURA

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Tempos atrás nas rodas de estudantes, quando se tornava difícil  elucidar uma confusão a respeito de determinado tema, alguém dizia ironicamente: “Não confunda a obra de arte do mestre Picasso com a p… de aço do mestre obra”,   ou então  “ O buraco do lavrador Chico do Funrural com o Funeral do lavrador de Chico Buarque. E encerrava-se a questão.

Que não se confunda também (nestes tempos de confusão)  Contracultura com Contra a Cultura. Contracultura é um movimento que teve seu auge na década de 1960, quando teve lugar um estilo de mobilização e contestação cultural, através do  qual os jovens tangenciavam  o antissocial aos olhos das famílias mais conservadoras . Contra a Cultura, por seu lado, é algo muito mais danoso,  pernicioso e  chega a ser perverso se praticado por autoridades que não possuem, sequer para justifica-los,  o arroubo demolidor dos jovens. Como,  por exemplo, entre outras coisas, desconsiderar o papel cultural desempenhado por bancas de revistas e livros.

Bancas de revista , como todo mundo sabe, são aquelas mini lojas que parecem ter vida própria e que se disponibilizam nas avenidas e centros das aglomerações urbanas para dar uma mãozinha ao cidadão quando este menos espera,  afogueado sob a tensão do trânsito. Uma revista aqui, outra ali, um livro, mapa, crédito para celular, ou, simplesmente para prestar uma informação adicional. Enfim, um braço amigo na selva de pedra da cidade grande.

Dá para acreditar que exista quem  se insurja contra elas, as bancas?

 

Difícil, mas um amigo meu, dono de uma banca de revista na  Praça Deodoro, sugere que sim. Que incrustados na tecnocracia administrativa desta cidade devem existir pessoas que expressam esse ponto de vista, justamente entre os  que comandam as obras que visam o bem-estar da população. Segundo ele, à vista de uma reforma (que todos julgamos necessária) a ser iniciada nessa bela praça, há o planejamento de retirar as bancas de revistas do logradouro, negando aos seus proprietários  a expectativa do devido – e necessário –  retorno.  E, por uma razão que espanta: as  bancas seriam incompatíveis com o layout e o ambiente desejado para a praça por serem  estruturas anacrônicas, incoerentes com o design moderno das metrópoles.

Ora, como tal argumento não se sustenta diante da realidade, facilmente constatável, que se vê em outros países e outras grandes capitais do país, como na Avenida Paulista em SP ( onde o que não falta é banca de revista), subtende-se  razões de idiossincrasia pessoal: enfim de “contra a cultura”  caso essa ideia venha a prevalecer por aqui.

Jorge Luís Borges, o escritor argentino dizia que certas ideias, de tão absurdas  eram “ como aceitar a presença de um estranho na cabeceira da minha mente.” Pegando carona na sua frase,  todas as ideias que se insurgem  contra a cultura , sua disseminação e propagação, também assim se parecem: com  um assaltante, um invasor, ou um sequestrador a se instalar na cabeceira de nossa mente. No caso, alguém com a intenção de violentar um bem  precioso que esta cidade possui e que através da comercialização e divulgação do trabalho impresso, tornou-se mais uma das sentinelas do áureo passado de feitos conquistados pela literatura local.

Que esses vultos sombrios sejam definitivamente afastados das mentes das autoridades que nos comandam.

José Ewerton Neto é autor de O entrevistador de lendas e O ABC bem humorado de São Luis

 

 

 

( relançamento das ultimas unidades) amanhã no espaço Amei, shopping São Luis ,  15 h -Lançamento coletivo de escritores maranhense

 

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COINCIDÊNCIAS APENAS?

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Abraham Lincoln foi pela primeira vez eleito para o Congresso dos USA em 1846. O mesmo aconteceu a John Kennedy 100 anos depois. Lincoln foi eleito presidente em novembro de 1860, Kennedy em novembro de 1960. Ao morrerem foram sucedidos por homens do Sul com o nome de Johnson. Andrew Johnson sucedeu Lincoln e nasceu em 1808, Lindon Johnson sucedeu Kennedy e nasceu em 1908. O assassino de Lincoln ( Wilkes Booth) nasceu em 1839. O de Kennedy (Lee Oswald) nasceu em 1939.

Ambos os assassinos tinham origem sulista e foram abatidos antes de serem julgados. Booth cometeu o crime no teatro e correu para um armazém. Oswald atirou contra Kennedy de um armazém e fugiu para um teatro. Lincoln recebeu o tiro num teatro chamado Ford e Kennedy em um automóvel Ford, modelo Lincoln. Os nomes de ambos possuem 7 letras. Duas pessoas ligadas a eles aconselharam-nos a não irem ao teatro e a Dallas. A de Kennedy chamava-se Lincoln, e a de Lincoln, Kennedy.

2.No Brasil uma mala com mais de  55 milhões de reais foi achada no apartamento de Geddel e não tem dono. A derrota de 7 a 1 para a Alemanha, até hoje ninguém se considera dono. Existem nas ruas do país milhares de cachorros sem dono e número quase equivalente de filhos não reconhecidos pelos pais porque estes não se consideram donos. A reforma da previdência, de Michel Temer, subtende que milhões de trabalhadores deste país não são donos de seus direitos, mas mantêm os privilégios  dos donos – do poder.

Neste país ser dono é uma questão  de conveniência, não de coincidência.

2.No dia 5 de dezembro de 1664 um navio afundou no estreito de Menai, ao longo do norte de Gales , com 81 passageiros. Houve apenas um sobrevivente: um homem chamado Hugh Williams. No dia 5 de dezembro de 1785, na mesma região, outro navio afundou com 60 passageiros. Salvou-se somente (outro) Hugh Williams. Em 5 de dezembro de 1825 no mesmo local, ocorreu outro acidente: outro navio e 25 passageiros . O sobrevivente, único, foi um homem chamado Hugh Williams.

3.Na última Copa ganha pelo Brasil nosso melhor jogador foi Rivaldo, mas quem recebe os louros, até hoje, é Ronaldo Fenômeno. Rivaldo foi esquecido enquanto Ronaldo continua badalado e exaltado. Ronaldo é carioca e Rivaldo, nordestino.

Guimarães Rosa é tido como o grande romancista brasileiro pós-Machado de Assis. Graciliano Ramos, embora escrevesse melhor e mostrasse mais  talento (ao retratar a realidade do sertão brasileiro) anda esquecido na base de dois parágrafos  escritos sobre sua obra  para cada vinte páginas escritas sobre seu colega.   Guimarães Rosa é mineiro.  Graciliano Ramos é alagoano e nordestino. Coincidentemente.

6.Um oficial inglês chamado major Summerford, lutava nos campos da Holanda quando foi atingido por um raio em fevereiro de 1918, ficando paralisado do lado direito. Morreu dois anos depois ao ser atingido, de novo, por um raio. Vinte anos depois um raio caiu no cemitério da cidade atingindo apenas uma sepultura: a do major.

7.O lugar no mundo onde mais caem raios é o Brasil, onde também mais se morre por causa disso. No ano passado um raio atingiu o Cristo Redentor, embora se diga, coincidentemente ou não, que Deus é brasileiro.

Aqui é o país onde mais morre gente de bala perdida. É também o lugar onde mais se xinga políticos desonestos mandando-os “para os raios que os partam!”.

 

José Ewerton Neto é autor de O ABC bem humorado de São Luis

 

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Para imortalizar um nome

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artigo publicado no jornal O estado do Maranhão

 

Existem termos populares que você nem imagina que tenham sido originados de nomes próprios. Seus donos acabaram se imortalizando  apenas por causa dessa popularização,  o que significa que ter executado um grandioso feito não é condição sine qua non  para ter um nome eternizado. Charles Boycott é um exemplo disso.

Ele foi  um capitão francês que viveu de 1832 a 1897 e teria ficado obscurecido sob os mantos da história não tivesse sido encarregado  pelo conde de Earnes para cobrar impostos extorsivos de trabalhadores empobrecidos . Pois Boycott foi tão açodado  em sua tarefa , que teve sua cobrança solenemente ignorada pelos habitantes da região.  E, assim,  se tornou  o primeiro ‘boicotado’ da história.

Simplesmente aconteceu  que,  a uma atitude corajosa  de repulsa coletiva a uma cobrança, faltava um termo  que a traduzisse, o que faz pensar que novos nomes poderiam ser criados para expressar melhor certas atitudes de quem as executa.  O futuro nos agradeceria se as criássemos:

1.Michelismo. Muitas das ações do nosso presidente, ou todas juntas, ainda não acharam um termo apropriado para traduzir a prodigalidade em traquinagens que o personagem encerra!

Como representar com uma só palavra a atitude de quem chama de bandido àquele que recebe com abraços e beijos, altas horas da noite em sua residência? Ou cujos homens de confiança manuseiam malas de dinheiro com endereçamento obscuro? Ou ao mandatário que compra o apoio de deputados para fugir da cadeia, usando para isso emendas parlamentares? Que tal chamar a tudo isso de Michelismo?

Isso facilitaria enormemente a comunicação futura do brasileiro  já que, ao que tudo indica, as falcatruas continuarão. Podemos imaginar daqui a 30 anos  um deputado, eufórico, antecipando a grana de sua emenda aprovada  e  ofertando-a à sua digníssima esposa “Nosso Natal chique mais uma vez está garantido!” “Como conseguiu , meu amor? “ Ora, querida, Michelismo, pra variar. Isso nunca acabará neste país. Felizmente para nós!”

2.Buenada ou Galvanada. Um neologismo criado a partir das patriotadas de Galvão Bueno (cujo teor se eleva na proximidade das Copas)  poderia definir melhor, através de uma só expressão, esse tipo de patriotismo de araque e  de encomenda que tem sido a marca das transmissões de futebol na tevê . Buenada ou Galvanada ficaria ótimo. Substituiria com precisão o que hoje fica entre exibicionismo e histrionismo podendo sobrepor-se  até mesmo ao preconceituoso e execrável bahianada com que nossos irmãos do sul brindam os nordestinos,  toda vez que alguém comete uma asneira .

3.Geddelânia.O termo sumiço já existe. De esposa, de marido, de dinheiro e de celular etc. Só ainda não existe uma palavra capaz de expressar o sumiço de 55 milhões de reais.

Geddelânia, inspirada em Geddel Vieira, o autor da façanha,  poderia ser criada,  então,  para nomear esse fantástico lugar, onde 55 milhões de reais se amontoam e não aparece dono. Ao invés de Pasárgada, o paraíso proposto pelo poeta Manoel Bandeira onde ‘qualquer homem teria a mulher que gostaria na cama escolhida’ teríamos a Geddelânia como esse lugar paradisíaco da grana farta e sem dono.  Assim,  ao se indagar a alguém na fila da Loteria, o que faria com um prêmio caso fosse sorteado a resposta passaria a ser: adquirir uma Geddelânia. E, assim, resumiria tudo: sumiço, fartura de grana alheia e impunidade.

José Ewerton Neto é autor de O ABC bem humorado de São Luis

 

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CHATICE NACIONAL. CAUSA E EFEITO

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artigo publicado no jornal O estado do Maranhão

Quem leu o livro  A história do mundo sem as partes chatas viu que tudo era divertido e bastante aceitável  (pelo menos ninguém reclamava da vida ) por bilhões e bilhões de anos, até que surgiu o ser humano, por volta de 4,5 milhões de anos atrás. Só então começou a vida humana,  e, com isso,  a reclamação, a intolerância, enfim, a chatice.

1.E pensar que tudo começou justamente por causa dela, da chatice.  Basta lembrar que Deus só fez o que fez ( estamos falando do  Universo) porque não aguentava mais o tédio. Se não existe ‘pecado maior que o tédio’, como disse Oscar Wilde, vai ver que Deus, não aguentando mais tanta eternidade, solidão e, ainda por cima, pecado  deve ter pensado “Tenho que fazer alguma coisa pra acabar com isso!”.

 

 

 

E lá veio o Universo, entre big-bangs, big-expansões, big-fúrias de energia e… big-chateações. Sim, porque Deus, um segundo depois, já estava tão chateado com o que acabara de fazer que  decidiu sumir por vários milheiros de anos-luz, com o firme propósito de não permitir que alguma inteligência aparecesse, algum dia, com a capacidade de investigar quem ele era e porque razão havia feito aquilo. Só não contava que, por algum defeito de fabricação, ( até Deus erra) bilhões de anos depois um minúsculo ser fosse aparecer lá pelos confins de um minúsculo planeta com essa estranha capacidade de pensar e, assim, de aporrinhar:  à  Deus, a si mesmo e uns aos outros.

Sim porque o ser humano é um ser pra lá de chato e para ter certeza disso nem precisa chegar a seus exemplos extremos: Galvão Bueno, Michel Temer, Faustão etc. Infelizmente, eles não são os únicos. Numa escala um pouco menor estão aqueles que nos rodeiam onde quer que se vá: líderes religiosos, guardas de trânsito, crianças precoces e adultos retardados  etc., embora devamos contemporizar que nem sempre foi assim, o que nos leva a uma previsão  alarmante: “ Imagine o que não está por vir!”

2.Porque nem sempre foi assim. Quando o ser humano tinha um diminuto cérebro, e ainda não tinha adquirido a tal capacidade de pensar, não passava de um animal intuitivo e bronco e, portanto, era apenas bronco. A chatice começou, milhares de anos depois  com certos pensamentos: “Essa fêmea é minha” “Sou eu que mando aqui” “Sai fora do meu fogo ” que foram o embrião dos pensamentos atuais que traduzem   uma formidável sofisticação da chatice: “Mãe, eu sofro bullyng”, “ Graças a Deus que sou ateu ” “ Meu time tem dinheiro, o teu não” “ Eu acredito em Lula”  etc. etc.

Ao constatar-se, hoje, que os seres humanos estão preferindo conviver com outros raças de animais chega-se à comprovação  fácil  de que a adoção progressiva de cachorros e gatos têm uma óbvia explicação : são menos chatos! Na mais prazerosa  das hipóteses não falam. E nem cantam música sertaneja.

  1. O pior da história é que a chatice evolutiva se alimenta de si mesma.  Sendo impossível andar com um cachorro ou um gato debaixo do braço os homens inventaram os celulares para não terem que se cumprimentar,  se escutarem ou falarem uns com os outros, o que só tem um lado bom: a chatice do ser humano está com os dias contados.

Isso deverá acontecer em breve quando as máquinas (até elas) não suportarem mais os seres humanos. Sem outra saída estas terão de promover  o fim da humanidade e, sendo assim, a chatice universal acabará. Só assim.

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José Ewerton Neto é autor de O ABC bem humorado de São Luis

 

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