FAKE NEWS! MAIS FAKE NEWS!

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A palavra do ano é fake-news . Não se ouve outra coisa  desde que começou a disputa eleitoral.  Esta semana foi a vez do candidato do PT tentar impugnar  a candidatura do seu adversário, acusando-o de propagar fake-news. Como se todo político, por definição, não fosse um praticante de mentiras para se eleger e o tal do fake-news ao invés de coisa nova na praça não  fosse o mesmo que trapaça, mentira e…no mais popular: fofoca.

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO FAKE-NEWS 

 

1.Segundo a Bíblia,  a trajetória  humana começou em meio a uma fofoca. Uma ardilosa cascavel (mesmo sendo bicho era uma fofoqueira de primeira) um belo dia ofereceu uma maçã a Eva.  A  troco de quê? O Santo Livro não explica. Talvez de olho em Adão, que andava nu para todo lado exibindo suas grandes e pequenas vergonhas. Por causa disso Deus os expulsou do paraíso. Graças a Deus!, vibraram   os três porque agora podiam fofocar à vontade.

E antes do homem, a fofoca teria existido?

Provavelmente sim, em algum outro planeta de alguma distante galáxia. Horas depois do big-bang,  a milhões de anos-luz daqui, os religiosos e os cientistas extraterrestres já competiam entre si para vencer a disputa do mais  fofoqueiro. Os cientistas  acusando a religião de terem livros sagrados fundamentados em fake-news. Os religiosos acusando o big-bang de ter sido o primeiro fake-news científico.  “Uma explosão sim, mas de fake-news”.

2.A partir daí a fofoca dominou as ações humanas e traçou o destino e a evolução da humanidade.  É incontestável que foi por interesse em fofocar que os homens se distinguiram dos macacos, a ponto de inventarem a linguagem. Ora o que é a linguagem mais do que a mais perfeita criação que alguém poderia inventar para ter acesso à fofoca generalizada?

Não cabe aqui dimensionar a importância da fofoca para o estabelecimento da civilização humana. Da luxuriosa Cleópatra enrolada num tapete, à traição de Brutus; das fofocas que levaram ao fogo mulheres denunciadas como bruxas, às fofocas dos europeus para seduzir  e exterminar os indígenas; das fofocas das revistas de TV às do what’s app a Terra toda  é uma fofoca em contínuo aperfeiçoamento e  sem isso o homem não viveria.

Até chegar aos tempos atuais, quando fofoca virou fake-news e surgiram as  4 leis fundamentais da mesma :

1.  Todo ser humano nasce na fofoca .

O  fake-news começa durante a  gestação. Surge na fofoca que a própria mãe faz para si mesma: “Este vai ser bonito e rico pra compensar a mãe que nunca prestou pra nada”.

2) Cresce na fofoca.

Depois que nasce dizem:  “É a cara do pai!”,  para sua desgraça.  Não só pelo pai ser horroroso, como por estarem confundindo seu verdadeiro pai  com esse daí.

3) Acaba na fofoca.

No último estágio da vida essa sina atinge as raias da perfeição (Morreu de quê? Onde vai ser a missa? Que cemitério?). De todos os fake- news esse é o mais implacável porque desta vez o sujeito nem poderá retrucar que estão inventando.

4)Continua  pós-morte

Os exemplos circulam por aí. De Lampião e Zumbi que depois de mortos viraram gays a Hitler e Nietzche que depois descobriram que eram broxas, os fake-news não poupam nem os mortos!

José Ewerton Neto é autor de O ABC bem humorado de São Luis

 

 

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A GIROTECA E O PARAÍSO DE BORGES

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As escolas públicas maranhenses, todos sabem, estão longe de ser consideradas “um paraíso” por aqueles que as frequentam. As dificuldades estruturais porque passam são endêmicas e oriundas das dificuldades atávicas de um país cujos administradores nunca tiveram como prioridade a formação cultural e intelectual do seu povo.

Vez por outra, porém, a partir da inventividade e da abnegação de alguns, esse paraíso se aproxima dos alunos, se não no todo, pelo menos no que tange ao imaginário das emoções alojadas no cérebro dos jovens, quando uma parcela desses executivos se empenha em disponibilizar bons livros para os estudantes. Não foi à toa que o grande escritor argentino Jorge Luís Borges concebeu o paraíso como  uma espécie de biblioteca.

E é aí que entra a GIROTECA, um projeto de bibliotecas móveis do qual muito mais gente precisa tomar conhecimento. Estava eu, meses atrás, em visita à Livraria Vozes quando deparei com certo aparelhamento pouco peculiar, porém muito sedutor na sua disposição de estantes agregadas. O amigo e livreiro Milton logo me inteirou da maravilha: tratava-se de um conjunto de módulos, em formato de pequenas estantes , móveis,  anunciando o melhor de suas possibilidades: a adequação a diferentes ambientes e espaços reduzidos, facilitando o acesso de estudantes e professores a livros , independente do ambiente de sua instalação, geralmente espaços inapropriados. Neste caso, o custo de implantação reduz-se enormemente. A facilidade de locomoção e transferência é outro ganho.

Coincidentemente, logo após, chegaram á Livraria representantes da Secretaria de Educação do  Município que, já as tinham avaliado e chegado à conclusão de sua enorme valia para as Escolas de São Luís, dada sua evidente praticidade. Enfim, uma biblioteca capaz de chegar facilmente aos alunos, um prato cheio para o atingimento da lei 12244 de 2010 que determina a universalização das bibliotecas em  todas Escolas do Brasil até 2019.

A imprensa bem que noticiou a aquisição, por parte da Prefeitura,  e sua inauguração em escolas, porém, , com menos destaque do que merecia considerando o tirocínio da criação por parte de um empreendedor maranhense e o leque de possibilidades que propicia.

Estamos falando de uma economia aproximada de 80 % nos gastos totais. Estamos falando de uma biblioteca que, mesmo móvel é capaz de disponibilizar 4 computadores, três notebooks e uma tevê, com mapoteca e cinco módulos sobre diferentes produtos literários. Finalmente, estamos falando de uma biblioteca que, concebida por um maranhense, Kléber de Castro, privilegia o autor maranhense em um desses módulos, (como condição contratual firmada entre as partes envolvidas) aproximando o jovem estudante do artista local e de sua produção literária e permitindo que este conheça melhor os mantenedores e os fundadores de uma de nossas mais caras tradições que é o título de  Atenas Brasileira.

É de se esperar que novas bibliotecas sejam adquiridas permitindo que os nossos jovens possam se achegar, como disse o escritor portenho,  um pouco mais para perto do paraíso.

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José Ewerton Neto é autor de O entrevistador de lendas

 

 

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CRIANÇAS DE ONTEM E DE HOJE

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Uma criança dos tempos antigos era, sobretudo, uma criança, coisa nem tão comum hoje em dia. Procedia de forma natural e pueril  até a adolescência quando só depois virava adulto. Seus heróis eram seu pai, o Super-Homem, Tarzan, Batman etc..  Se menina suas heroínas eram Cinderela, Branca de Neve, Rapunzel etc. As brincadeiras prediletas para homens eram jogar bola, empinar papagaio ou jogar botão,  e boneca, para meninas.

 

 

 

Embora pequenos e frágeis  gozavam de  boa saúde e dispensavam médicos. Se  ficavam doentes o remédio era um só: carinho de mãe e chá. Choravam e  berravam, mas o motivo  (fácil de descobrir sem precisar uma junta médica, como hoje),  quando não era fome era aporrinhação mesmo. Um cascudo resolvia. Nessa época não carecia  uma psicóloga toda vez que a criança começava a espernear para chamar a atenção. Igualmente, a criança podia até ser calma e comportada, sem que, por isso, fosse considerada retardada pelos pais.

Em nossos tempos todas são precoces, por determinação expressa do pai e firma reconhecida da mãe, entendendo-se como precoce qualquer imitação de adulto, desde rebolar fazendo strip-tease em aniversário  de criança imitando Anitta, a  até xingar o pai de veado em jogo de futebol de dente de leite (no qual ele se mete sem ser convidado). Os meninos de hoje não conhecem os heróis infantis do passado. Seus heróis são: Felipe Neto, Luan Santana e Pablo Vittar. O pai também, mas   somente  quando solta a grana pra comprar o mais recente smart phone.

Crianças de ontem não conheciam a palavra bullyng. Quando os colegas os aporrinhavam reagiam no  tapa ( quando podiam) ou se recolhiam. Isolados, estudavam música, liam  ou faziam poemas e   a chateação sumia,  transformada em coisa útil. . Crianças de hoje, pelo contrário. Quando aporrinhados pegam um revólver (de verdade) e saem dando tiro pra todo lado. Depois se justificam para os pais dizendo que sofreram bullyng. Isso se  eles tiverem sobrevivido aos tiros .

Os professores de ontem deduravam as rebeldias das crianças para seus pais. Hoje, as crianças deduram os professores para seus pais. Crianças antigas ganhavam livros, álbuns de fotografia  e agendas como presentes, as de hoje ganham, como presente, que os pais os permitam rasgarem os livros . Crianças de ontem,  do sexo masculino,  liam Playboy às escondidas do pai. Crianças de hoje (de ambos os sexos) assistem vídeos pornôs nos celulares dos pais, tendo-os como personagens.

Crianças de antigamente sonhavam em ganhar um carro de brinquedo no dia de Papai Noel, crianças de hoje sonham em sair dirigindo o carro do pai amanhã mesmo. Crianças de ontem queriam ser presidentes, generais e escritores quando crescessem. Crianças de hoje querem ser  modelos, you tubers, jogadores de futebol ou ex- BBb”s .

Tanta evolução faz com que a infância e a adolescência hoje praticamente  inexista tornando cada vez mais verdadeira a frase:

“Não existem mais adolescentes. Atualmente os meninos passam, sem intervalo, de crianças precoces para adultos retardados”.

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José Ewerton Neto é autor de O entrevistador de lendas

 

 

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SURGE O PRESIDENTE IDEAL

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Debates acirrados,  crimes e candidatos tensos nos hospitais e na cadeia. Isso porque paira uma grande indecisão sobre qual o presidente ideal para o Brasil. Esta crônica lembra que esse candidato ideal já surgiu: o presidente em BRANCO.

 

 

 

1.Não fala.

Se não fala já tem meio caminho andado para fazer um grande governo. Alguém consegue avaliar o prejuízo causado pelas asneiras ditas pela ex-presidente Dilma Roussef?  Um montante  incalculável, se considerarmos o postulado  zero do Manual do Bom Presidente que diz: “Mede-se um bom presidente mais pelas idiotices que não diz,  do que pelas que diz”. Um presidente mudo vale ouro.

2.Não leva facada.

Levando-se em conta que, no Brasil, um  candidato deve estar de prontidão para levar facada,  o presidente em branco surge com uma grande vantagem: é imune a esse tipo de agressão.

Tampouco vai para a UTI, ou se recupera em Hospital, poupando  gastos com tratamento hospitalar etc! Economia é com ele mesmo!

3.Não entra em  debates.

Um Presidente em Branco não participa de debates porque não tem ideias, programa de governo e, muito menos promessas. Pra quê,  se sua proposta é nenhuma, seu programa é zero e sua ideia é Nada?  Acreditem: com esse discurso de empolgante sinceridade apresenta melhores ideias do que todos. Porque é honesto consigo mesmo e com a população.

4.Dispara nas pesquisas.

Essa é uma vantagem e tanto. Poupa discussão e dinheirama desperdiçada. O fato de sair na frente porque a maioria deseja votar em branco será um banho de águia fria nos adversários. Isso agrega outra vantagem: o Presidente em Branco dispensa  doação de campanha.

5.É transparente.

Sendo um presidente em branco, portanto  vazio, mais transparência é impossível. Ninguém jamais poderá acusa-lo de desonestidade, ou de receber ladrões na calada da noite em sua residência. Muito menos malas de dinheiro, com a desculpa de fundo de campanha.

6.Impossível clonar.

Ninguém poderá imitá-lo. Isso impossibilitará, por exemplo, que queira ser presidente alguém que se apresenta como boi de piranha de outro (como dizem que seja o caso de Hadad em relação a Lula).

Tecnicamente,  o único candidato capaz de cloná-lo seria o Presidente em Claro. Mas esse  é como se fosse seu irmão-gêmeo.

Conclusão. Seu único inconveniente é que os politicamente corretos queiram acusa-lo de racista,  apenas por ser um Presidente em Branco. Até nisso ele é superior. O presidente em Branco não é Branco, apenas está Branco, da mesma forma que não “será presidente”, apenas “estará presidente”. Portanto, não vai querer se reeleger,  e essa será mais uma de suas mil e uma vantagens.

 

José Ewerton Neto é autor de O ABC bem humorado de São Luis

 

 

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