Os Caminhos Tortuosos do Uso da Maconha

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Os Caminhos Tortuosos do Uso da Maconha

A maconha mais uma vez entra em foco, desta feita a partir de contribuições científicas que esclarecem definitivamente alguns “mitos sobre esta erva”.  Ao mesmo tempo em
que surgem informações científicas importantes sobre os efeitos danosos da
maconha na mente e no corpo, a Comissão de Juristas que revisa o Código Penal
Brasileiro, aprova anteprojeto propondo a descriminalização do uso de drogas em
nosso país, matéria que será encaminhada ao Congresso Nacional até o final de
julho para ser votado e, quem sabe, transformado em Lei Federal.

As contribuições científicas recentes sobre a cannabis
sativa
(maconha) provêm da British Lung Foundation (BLF), uma das mais importantes e conceituadas fundações médicas do Reino Unido, que trata das doenças do pulmão, e das Nações Unidas (ONU), que nos informa os dados recentes sobre o consumo de maconha no mundo. O primeiro mito já amplamente difundido é que a maconha, por ser natural, é inofensiva. Diz a respeitável entidade médica (BLF), em seu último levantamento envolvendo 1.000 adultos, que
um terço deles erroneamente acredita que a cannabis não prejudica a saúde. E diz mais: “a falta de consciência nesse sentido é alarmante”. Os números mais recentes mostram que 30% das pessoas entre 16 e 59 anos de idade na Inglaterra e no País de Gales usaram cannabis em suas vidas.

Em outro relatório sobre o mesmo tema, a BLF diz que há evidências científicas que relacionam fumar
maconha com a ocorrência de tuberculose, bronquite aguda e câncer de pulmão.

Este mesmo estudo mostra que 88% dos pesquisados pensavam incorretamente que cigarros de tabaco seriam mais prejudiciais do que os de maconha, todavia sabe-se que um cigarro de maconha traz os mesmos riscos a que estão sujeitos os que fumam um maço de cigarros (20 unidades).

Para os especialistas e estudiosos do assunto, fumantes de maconha fazem inalações mais profundas e
mantêm a fumaça por mais tempo nos pulmões, comparados aos que fumam cigarros
de tabaco. Esse fato provocaria mais problemas aos usuários da erva. Isso significa que alguém fumando um cigarro de maconha, traga quatro vezes mais alcatrão do que com um cigarro de tabaco e cinco vezes mais monóxido de carbono, diz a BLF.

A pesquisa mostrou também que particularmente os jovens desconhecem os riscos e quase 40% dos
entrevistados com até 35 anos de idade acredita que maconha não é prejudicial. Muito
embora se saiba há muito tempo que cada cigarro de maconha (baseado) possa desenvolver câncer de pulmão para o
equivalente aos riscos de quem fuma um pacote inteiro de 20 cigarros de tabaco, segundo a BLF.

Além do mais há danos graves no comportamento pelo fato da droga agir no cérebro especialmente nas
áreas da cognição: memória, atenção, aprendizado, concentração, inteligência e
pensamento (conteúdo e forma). As áreas afetadas são absolutamente importantes
para garantir a saúde mental, emocional e cognitiva das pessoas. Há estudos
demonstrando que o uso crônico de maconha pode provocar ou desencadear casos de
esquizofrenia, doença mental grave que requer, em muitos casos, internações
hospitalares para seu controle clínico.

Além do mais o uso recreativo de maconha pode resultar em dependência severa, outro mito que cai
por terra a partir dos conhecimentos neurocientíficos das dependências
químicas. Infelizmente, existe no imaginário social um mito de que maconha não
vicia, porém, contrariando essas opiniões leigas, a maconha provoca quadros
graves de dependência.

Finalmente, o último relatório das Nações Unidas (ONU), mostra que a maconha mantém-se no topo do ranking
internacional como a droga ilícita mais consumida com taxas entre 2,9%
e 4,3% da população com idade entre 15 e 64 anos. O Congresso Nacional tem de
ter muita responsabilidade social e médica ao votar este projeto, pois descriminalizando
o uso de drogas, pode “entornar mais o caldo” destes problemas neste país.

 

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