O que falta para o Castelão reabrir…

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Quando visto de longe, a impressão é a melhor possível. Poderíamos até arriscar um palpite: o Castelão está totalmente pronto para a prática do futebol. Mas a impressão vai mudando à medida que começamos a passear pelo estádio. Com exclusividade, o BLOG teve acesso a todos os setores do Castelão.

Segundo o secretário de Esportes, Francisco Souza Neto, foram gastos R$ 44 milhões no governo anterior, mas a obra não foi concluída pela construtora Petra. Foram realizadas obras estruturais e no campo de jogo, mas muita coisa ainda precisa ser feita para que o Castelão possa voltar a funcionar de acordo com o que determina o Estatuto do Torcedor.

– Estruturalmente, foi tudo concluído. O estádio não corre mais perigo de cair, segundo os laudos técnicos encaminhados à Secretaria – afirmou Souza Neto.

O gramado é, sem dúvida, um dos melhores do país, mas pouca coisa foi feita fora dele.

Foto: Zeca Soares

A estrutura das arquibancadas continua no cimento. Nenhuma cadeira sequer foi instalada. Até mesmo as que existiam no setor de cadeiras foram retiradas dando lugar a mais uma imensa arquibancada de concreto.

Foto: Zeca Soares

Nos vestiários, as obras foram apenas iniciadas. Somente o revestimento nas paredes foi colocado. Não há banheiros, portas, cadeiras, e o acesso aos vestiários continua um imenso lago.

Fotos: Zeca Soares

Nenhum dos dois placares eletrônicos funciona. A iluminação do Castelão também precisa ser toda renovada. Embora existam lâmpadas instaladas nas torres, elas não funcionam. As lâmpadas que existiam nas marquises foram retiradas.

Fotos: Zeca Soares

No setor de imprensa, falta concluir as cabines de transmissão das emissoras de rádio e TV. Os camarotes VIPs ainda não foram finalizados, assim como os bares.

Souza Neto afirmou à reportagem que um novo processo de licitação será aberto após o período eleitoral.

Copa de 2014

O secretário Souza Neto disse que o governo do Maranhão respondeu, positivamente, a uma consulta feita pela CBF. Perguntado sobre o interesse de tornar-se subsede da Copa do Mundo de 2014 que será realizada no Brasil, o Maranhão disse sim.

– As primeiras etapas já foram vencidas. Quanto ao aspecto belezas naturais, rede hoteleira e local de treinamento (Estádio Castelão), o Maranhão já foi aprovado, mas ainda restam algumas etapas importantes e vamos aguardar até o fim, mas se formos escolhidos como subsede da Copa de 2014 será muito importante – adiantou.

No governo anterior, o Maranhão não demonstrou qualquer interesse em sediar jogos da Copa do Mundo. Embora tenha recebido uma carta de encargos da Confederação Brasileira de Futebol, o governo sequer deu resposta.

Museu do Futebol

O Estádio Castelão deverá ganhar um “Museu do Futebol”. O secretário Souza Neto disse que pretende instalar, na entrada do setor de cadeiras, um memorial do futebol maranhense com fotos, vídeos, áudios dos grandes craques e também dos grandes nomes da crônica esportiva.

Veja mais fotos do Estádio Castelão

Fotos: Zeca Soares

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Max anunciará a conclusão da reforma do Castelão

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Uma grande notícia para o futebol. Enfim, o Governo do Estado decidiu concluir a reforma do Estádio Castelão.

Nesta terça-feira, o secretário de Infraestrutura apresentará em entrevista coletiva, às 17h, o novo projeto e a abertura processo de licitação para a conclusão do Estádio Castelão. Durante a semana que passou, chegamos a cobrar de Max Barros um posicionamento em relação à conclusão da obra.

Na sexta-feira, a governadora Roseana Sarney chegou a afirmar que o Estádio Castelão estaria entre as obras que o Governo do Maranhão entregaria dentro do Projeto em comemoração aos 400 anos de São Luís. Ela chegou a afirmar que gostaria de reabrir o estádio com a realização de uma partida da Seleção Brasileira, em setembro de 2012.

Em 2012, São Luís completará 400 anos no dia 8 de setembro. Antes disto, em 1º de maio, o Estádio Castelão fará 30 anos. Fechado em 2003, na época, os laudos técnicos comprovaram que havia risco de desabamento. Somente em 2007 foi iniciada a reforma que até hoje não foi concluída.

Em janeiro deste ano tivemos acesso ao relatório entregue pela construtora responsável pela obra de recuperação do Estádio Castelão. A obra foi orçada inicialmente em R$ 41 milhões e teria sido paga à Petra pelo então governador Jackson Lago, mas apenas a parte estrutural e o campo de jogo foram recuperados.

Levantamentos da secretaria de Infraestrutura apontam que ainda falta concluir os vestiários, iluminação, placar eletrônico, colocação de cadeiras, conclusão dos bares, banheiros, cabines de imprensa, acessos e estacionamentos.

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Posse de Joaquim Haickel será no Castelão

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Não poderia ter escolha mais feliz. A posse do deputado Joaquim Haickel (PMDB) está confirmada para esta sexta-feira, no Estádio Castelão. Anteriormente anunciada para o gabinete da secretaria de Estado de Esportes, o deputado decidiu aceitar a sugestão da sua assessoria e mudou o local da posse para o Castelão.

Logo no ato de posse, Joaquim Haickel quer chamar atenção para a importância do Castelão para o esporte no Maranhão e de cara marcará logo um gol de placa.

Joaquim adiantou ao BLOG que gostaria que a posse acontecesse no Ginásio Costa Rodrigues, mas diante das condições daquela praça esportiva, acabou escolhendo o Castelão que é outro grande símbolo do esporte.

– É muito importante que a posse aconteça num local como o Estádio Castelão que precisa o quanto antes voltar a funcionar. E a recuperação do Castelão você sabe que será uma das minhas prioridades. Vou tentar sensibilizar a governadora Roseana Sarney para que possamos concluir a reforma no Castelão – afirmou.

A posse do deputado Joaquim Haickel será às 17h e contará com a presença de autoridades políticas, presidentes de federações e desportistas.

Saiba mais sobre a situação do Estádio Castelão

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Sampaio é destaque no GloboEsporte.com

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“Sampaio Corrêa, a Bolívia Querida de maior torcida desse Maranhão”, assim começa o hino de um dos clubes mais tradicionais do Nordeste. Principal time do Maranhão, o Tubarão, como também é conhecido, detém a hegemonia no estado e coleciona 29 campeonatos maranhenses, sendo oito deles de forma invicta, enquanto o rival Moto Clube possui 24 troféus. Com uma Série B (1972) e uma Terceirona (1997) no currículo, o Tubarão despontou no cenário sul-americano ao terminar em 3º lugar na classificação geral da Copa Conmebol de 1998, ficando atrás de Santos e Rosário Central (ARG).

A história do clube começa em 1923, pouco tempo depois do hidroavião chamado Sampaio Corrêa II passar por São Luís na primeira tentativa de realizar um voo dos Estados Unidos para o Brasil. Além do nome da aeronave, o time adotou as cores que os pilotos vestiam: verde, amarelo, vermelho e cáqui. Nascia então um dos mais brilhantes e charmosos clubes do Nordeste.

Tricolor de São Pantaleão, Esquadrão de Aço, Tricolor de Aço, Mais Querido da Cidade, Bolívia Querida e Tubarão. Além de glórias, o Sampaio coleciona apelidos em 87 anos de vida.

Sampaio tenta aos poucos driblar os problemas financeiros

Apesar de reinar no Maranhão, o clube vem lutando para seguir fazendo história em busca de maior reconhecimento nacional. Para este ano, uma boa campanha na Copa do Brasil e o acesso à Série C do Brasileiro são as principais metas. No entanto, o Tricolor esbarra em problemas financeiros, que praticamente obrigaram a diretoria a se desfazer de diversos atletas da temporada passada que foram negociados, além de jogadores que estavam emprestados e voltaram para suas equipes.

– Estamos montando um elenco novo. Temos limitações financeiras. Investimos muito na base e em outras pratas da casa de outros times. Fazemos tudo dentro das condições do clube, pagando todos em dia para que ninguém fique insatisfeito. Liberamos sete jogadores do elenco passado por não ter mais condições de mantê-los. Perdemos mais da metade do time que tínhamos – diz o vice-presidente do Sampaio, Nilson Garcia.

Uma das baixas para 2011 é a saída do atacante Wescley, que agora é jogador do Atlético-PR. Nilson lamenta a perda do atleta.

– Liberamos também para dar maior visibilidade a ele. É um ótimo garoto. Bom caráter e um excelente jogador.

Ídolos do passado estão na memória da torcida

Se por um lado o clube perdeu seus principais nomes, por outro, alguns jogadores estão na história da Bolívia Querida para sempre. É o caso de atletas como Mascote (recordista de gols numa só partida, com 13 marcados na goleada de 20 a 0 sobre o Santos Dumont em 1934), Pelezinho (artilheiro na campanha de 1972), Djalma Campos (um dos destaques em 1972); Mundiquinho e Cabecinha (ambos artilheiros em três edições do Campeonato Maranhense); e Adãozinho e Marcelo Baron (fundamentais na conquista de 1997).

Entre os jogadores inesquecíveis, algumas figuras se destacaram no Sampaio, como o meia Bimbinha, que com seu 1,47m de altura e calçando chuteiras tamanho 35 fez história de 1977 a 1988, tendo inclusive participado do pentacampeonato estadual na década de 1980 (1984, 1985, 1986, 1987 e 1988). Mas se engana quem pensa que o baixinho chamava atenção somente pela estatura.

– Ele era um ponta-esquerda de um metro e meio e era o xodó. Certa vez, aplicou um drible passando debaixo das pernas do Zé Maria do Corinthians, e o estádio foi à loucura. Roubava a cena – conta o vice-presidente.

Algum tempo depois foi a vez de Juca Baleia se destacar no gol do Tubarão. Motivo de ironia por parte dos adversários, o atleta pesava mais de 100kg, mas não se deixava intimidar.

– Quem me olhava não acreditava, e quando eu ia para o jogo mostrava o meu melhor. Saia muito bem do gol e estava sempre bem colocado – comentou Juca.

O fato é que o goleiro passou a roubar a cena no início dos anos 90. O apelido “pegou”, e o que era provocação se transformou em carinho.

– Foi uma época legal. A torcida é muito boa, de uma euforia grande… Tudo começou quando eu fazia o antigo primário, e na escola tinha seleção de jogos escolares. Fui escolhido primeiro como centroavante e depois fui para o gol. Fomos campeões escolares. E foi por causa do desenho Moby Dick que o professor me deu esse apelido. Quando fui para o futebol profissional, a torcida me chamava de tonel, baleia, mas eu nunca liguei – revela o carismático goleiro.

– O Juca Baleia é uma relíquia do futebol do Maranhão. É uma grande figura. Aonde ele chega toma conta do pedaço – diz Nilson Garcia.

Mesmo sem o Castelão, torcida tricolor continua apoiando o time

Mas nem só de passado vive o Tricolor maranhense, que mesmo sem poder jogar em seu principal palco, o estádio Castelão (fechado para obras e sem previsão de reabertura), conta com o apoio apaixonado de sua torcida.

– O Sampaio é um time de massa. Não ter um estádio é um problema. Se tivéssemos o Castelão… Às vezes temos que jogar longe da torcida, e isso nos prejudica – lamenta o presidente do clube, Sérgio Frota.

– Tivemos o maior público do ano (2010) no estado no jogo entre o Sampaio e o Guarani de Sobral, quando empatamos em 1 a 1. Foi na final para classificar para as quartas da Série D. Compareceram 16.000 pessoas ao (estádio) Nhozinho Santos – orgulha-se o vice-presidente Nilson Garcia.

O fato é que o Castelão deve reabrir com capacidade para 63 mil pessoas, enquanto o Nhozinho Santos comporta somente 16 mil. Apesar do problema, a diretoria se mostra confiante em uma breve reinauguração do estádio.

– Acreditamos que o governo vai ajudar. Nosso produto é bom, falta é divulgação. O Sampaio tem história de time grande e vitorioso. Todos aqui na região querem jogar no Sampaio – diz Nilson.

Veja a reportagem no GloboEsporte.com

Por Almyr Netto/GloboEsporte.com

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