A verdade dos fatos

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As declarações a O IMPARCIAL do diretor-técnico da Federação Maranhense de Futebol (FMF), José Alberto de Moraes Rego, sobre possíveis irregularidades existentes no futebol local não foram as únicas prestadas a um veículo de comunicação do estado. Em pelo menos duas oportunidades o dirigente confidenciou à imprensa situações no mínimo no mínimo inusitadas envolvendo dirigentes de clubes e o próprio presidente da FMF, Alberto Ferreira.

As afirmações de José Alberto fazem parte de cópias sem edições ou cortes, encaminhadas a O IMPARCIAL.

As afirmações do diretor-técnico foram apresentadas aos radialistas Garcia Júnior e Galvão Santana, em 7 de janeiro, em entrevista no programa Balanço Esportivo, da Rádio Educadora AM; e em comentário feito pelo também radialista Josué Furtado, em 24 de janeiro, no programa Toque de Primeira, da mesma rádio. Nos dois programas o diretor da Federação disse haver uma “caixa-preta” na FMF, teceu severas críticas à administração Alberto Ferreira, assim como citou casos graves, como por exemplo a má conduta de dirigentes esportivos, subtraindo renda de seus jogos. Nos dois programas o dirigente também reiterou tudo o que já havia sido afirmado por O IMPARCIAL, na edição do último dia 25, dentre eles o fato de alguns clubes se negarem a pagar taxas de arbitragem, querer realizar jogos onde há deficiência de iluminação ou com ausência de ambulâncias.

A primeira declaração polêmica de José Alberto aconteceu a partir dos onze minutos e trinta (11’30”) do programa Balanço Esportivo. Na oportunidade ele foi enfático em afirmar aconteceram casos, embora não tenha dito quem, onde dirigentes de clubes ficaram com a renda das partidas sem pagar taxas, como por exemplo a de arbitragem. “Tem dirigente de clubes da Primeira Divisão do futebol maranhense que esperam acabar o primeiro tempo, vai na bilheteria de seu município, ‘raspa’ o dinheiro todo e não paga a arbitragem… onde a arbitragem volta porque eles já sabem. Então eles voltam ou vêm de carona. Aí no dia seguinte eu vou cobrar e dizer que mandarei o caso para o Tribunal”, afirmou.

Em outro trecho da entrevista Geografia [a partir dos 23’24”], como também é conhecido o dirigente, tenta justificar porque os clubes da primeira divisão haviam protocolado um documento na FMF exigindo sua saída da entidade. José Alberto então explica que parte da pressão seria porque defenderia o presidente Alberto Ferreira, mas que não estaria mais disposto a tal. “Em vários pontos o presidente da Federação é culpado porque ele não vem para a emissora contar para o público a realidade das coisas. Ele fica com uma caixa-preta, levando cipoada toda e sem dizer a realidade. Já cheguei a ponto de dizer a ele que estou cansado de defendê-lo.”
 
Confissão e ameaça?

A partir dos 23’45”, o radialista Garcia Júnior pergunta ao dirigente se existe “caixa-preta” na Federação e ele confirma. “Se tem? Tem sim”, disse José Alberto.

Mais à frente na entrevista, a partir dos 26’40”, Geografia é indagado sobre sua permanência à frente da diretoria técnica. Assim como afirmou a O IMPARCIAL ele disse que o cargo pertence à presidência, mas que se saísse, levaria a público os reais motivos desta decisão. “Fique sabendo o seguinte. Na hora em que eu sair vou dizer a verdade porque estou saindo!”

Outra afirmação, fato também anteriormente revelado por O IMPARCIAL, seria uma pressão exercida por integrantes da AMA Clubes para que um dirigente local assinasse documento exigindo a saída de José Alberto da Federação. “No dia da posse do secretário Joaquim Haickel [de Desportos e Lazer] um presidente de clube veio até mim e disse que só assinou o documento porque ele foi pressionado. Tanto que ele foi o último a assinar.”

No segundo programa, o radialista Josué Furtado relatou diálogo com José Alberto, onde este afirma saber muita coisa dos clubes e que poderia utilizá-las de acordo com sua conveniência. “Logo depois que sai da Mirante eu conversei com o diretor-técnico José Alberto e ele me disse, não pediu segredo, que sabe de muita coisa dos clubes.

Os clubes estão pedindo a cabeça dele e se insistirem ele disse que vai abrir a boca. Pode sair de perto porque existe muita coisa. Mas vamos esperar que não seja necessário isso, que a gente encontre o momento certo para sair desta crise que está se instalando no futebol do Maranhão. É preciso evoluir e melhorar”, comentou. As informações prestadas ao radialista são exatamente as mesmas que o Geografia prestou a O IMPARCIAL, mas que posteriormente disse a vários veículos de comunicação que teria sido mal interpretado.
 
 Advogado propõe greve de torcedores

A crise de confiança que recaiu sobre o futebol maranhense levou o advogado Jorge Viveiros a sugerir uma atitude drástica como forma de pressionar os dirigentes locais: uma greve para que os torcedores não compareçam aos estádios. Segundo

Viveiros é o torcedor que protocolou requerimento no Tribunal de Justiça Desportiva do Maranhão (TJD-MA), solicitando que a procuradoria do órgão apure as hipotéticas irregularidades citadas pelo diretor-técnico da FMF, na matéria de 25 de janeiro de O IMPARCIAL. No requerimento ele também solicitou que fosse oferecida denúncia contra José Alberto de Moraes Rego.

A intenção dele com este movimento é atingir economicamente a Federação para que aconteçam mudanças radicais, principalmente no comando da entidade, através da pressão popular. “Se o torcedor não for aos estádios e a cada partida os clubes tiverem que pagar cada vez mais taxas, chegará um momento em que a situação ficará insustentável até a saída deles”, afirmou. “É difícil, porque há torcedores apaixonadas, mas chega uma hora em que você tem que deixar a paixão de lado e ficar com a razão”, completou.

Outra medida que será pensada pelo advogado é um novo pedido de apuração no Tribunal, caso a procuradoria do TJD opte por não oferecer denúncia contra diretor-técnico da FMF. O pedido seria parecido ao anterior, mas desta vez com as gravações dos programas de rádio. “Todo mundo sabe que há auditores que simpatizam com o presidente da Federação. Então se isso ocorrer, podemos sim dar prosseguimento. Minha intenção é resgatar o respeito ao torcedor maranhense”, finalizou.

Reportagem Lenno Edroaldo/O Imparcial

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Sem solução

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O presidente da AMA Clubes, Sérgio Frota e o presidente em exercício da Federação Maranhense de Futebol, Francisco Ramos, o Chicão tiveram reunidos ontem.

Frota explicou a Chicão as razões que levaram os clubes a pedirem a cabeça do diretor técnico da FMF, José Alberto de Mores Rego.

Como já era previsto não chegaram a entendimento algum.

Chicão deve esperar mesmo o retorno de Alberto Ferreira que está em São Paulo para resolver a situação.

Nos corredores da Federação, há quem garanta que José Alberto já tenha sido orientado a entregar o cargo, mas em entrevista na semana passada à Rádio Mirante AM, o dirigente afirmou que não é homem de renúncia.

Alberto Ferreira e Sérgio Frota deverão se reunir na próxima quinta-feira para discutir a questão.

Antes de viajar a São Paulo, Alberto Ferreira afirmou que não decidirá sob pressão.

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Geografia nega possível ida para a Ceaf

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No início da noite recebi uma ligação do diretor técnico da FMF, José Alberto de Moraes Rego. Ele disse que a informação divulgada no BLOG dando conta da sua possível ida para a Comissão de Arbitragem – Ceaf não passa de especulação.

– Isto nunca houve, não sei de onde partiu isso. Eu já conversei com o presidente [Alberto Ferreira] e não há esta possibilidade. Até onde eu sei o substituto do Lucas será o Renato Rodrigues – afirmou.

Sugeriu inclusive que eu tomasse cuidado com as informações divulgadas no BLOG, pois segundo ele, eu poderia estar sendo usado pelos clubes.

Disse ao diretor da Federação que nunca um dirigente de clube ou da própria Federação, sequer pagou um copo d’água para mim. E não seria agora que seria manipulado para divulgar informação que favorecesse a esta ou aquela pessoa. Não me presto a este tipo de serviço.

Sobre o pedido dos clubes que defendem a sua saída do departamento técnico, Geografia explicou:

– Eu estou sendo colocado nesta situação porque sou considerado ruim para eles. Eu não aceito irregularidades. Eles querem mudar uma tabela fora do prazo e eu não aceito. Dizem que eu beneficiei um clube na tabela. Ora, isso parece coisa de criança. Porque eles não reclamaram quando a tabela foi divulgada. Só falaram depois que perderam a competição? – perguntou.

José Alberto disse que já conversou com o presidente Alberto Ferreira sobre o assunto e o teria deixado à vontade em relação ao cargo.  Ele não quis entrar em detalhes na conversa com o presidente da FMF.

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Destino de Geografia pode ser a Ceaf

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Pelo andar da carruagem, acho que ainda teremos muita confusão pela frente.

O presidente da Federação Maranhense de Futebol, Alberto Ferreira continua tentando ganhar tempo para tomar a decisão sobre o futuro de José Alberto de Moraes Rego.

Dos dez clubes da primeira divisão, oito defende a saída do dirigente do Departamento Técnico. Apenas o Iape, do presidente Isaías Pereirinha é contrário à saída de Geografia. O Imperatriz não manifestou oficialmente a sua posição.

O motivo do pedido da cabeça de Geografia seria o fato dele ter beneficiado equipes na confecção das tabelas e pelo relacionamento difícil com os dirigentes dos clubes.

O BLOG consegiu apurar hoje que, se Geografia for afastado do Departamento Técnico, o destino dele poderá ser a Comissão de Arbitragem – Ceaf ou mesmo uma assessoria especial da presidência.  A Ceaf está sem comando depois que Lucas Lindoso entregou o cargo alegando atraso no repasse das taxas de arbitragem, embora tivesse dito que o motivo seria pessoal.

Neste caso, Alberto Ferreira daria um novo drible de corpo nos clubes e Geografia continuaria na Federação Maranhense de Futebol.

Pela manhã, tentamos o contato com o presidente Alberto Ferreira, mas o celular estava desligado.

Foto: oimparcialonline

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