Encontro de Gigantes homenageia grandes cantadores

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Cantadores de diferentes grupos de bumba meu boi se reúnem, nesta sexta-feira (7), para a 28ª edição do Encontro de Gigantes. O evento, que tem o apoio do Governo do Maranhão, será realizado no Ceprama e tem como um dos destaques deste ano as homenagens aos cantadores Humberto de Maracanã, João Chiador, Dico e à radialista que apoiou o sotaque, Helena Leite. A entrada é gratuita.

“Além de uma programação com diferentes artistas, vamos ter esses momentos especiais de homenagens a essas quatro personalidades que são tão importantes para o sotaque de matraca em São Luís”, diz o organizador do evento, Raimundo Melo.

Realizado há 28 anos na primeira sexta-feira do mês de junho, o Encontro de Gigantes é um momento de união dos diferentes grupos do sotaque de matraca, o chamado sotaque da Ilha. “Nesse dia, os cantadores de boi daqui de São Luís que são convidados abrem mão de cantar nos seus grupos para cantar aqui, com um batalhão específico que acompanha”, explica Raimundo Melo.

Neste ano, o batalhão de matraqueiros e pandeeiros que acompanha as apresentações é o do bumba meu boi de Maracanã. Entre os cantadores, estão confirmados Zé Alberto (Famosão), Chagas (Ribamar), Ribinha (Maracanã), Jhone (Itapera de Maracanã), Marquinho (Maioba), Neto (Juçatuba), Berg (Madre Deus) e Ronaldinho (Pindoba).

Confira a programação completa
• Cacuriá da Vila Gorete
• Show Boilero (Juarez Sousa/ Maestro Nonato)
• Show Roberto Ricci
• Boi de Santa Fé

Participação Especial
• Batalhão de Ouro (Boi de Maracanã)

Cantadores
• Zé Alberto (Famosão)
• Chagas (Ribamar)
• Ribinha (Maracanã)
• Jhone (Itapera de Maracanã)
• Marquinho (Maioba)
• Neto (Juçatuba)
• Berg (Madre Deus)
• Ronaldinho (Pindoba)

Foto: Divulgação

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Festas juninas sem boi

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Por Jose Sarney

Nova York — Aqui nos Estados Unidos, aproximando-se as festas juninas, vou sentindo uma imensa saudade do meu bumba-meu-boi, do boi do Maranhão. Estas festas, tão importantes no calendário brasileiro desde que vieram de Portugal, assumiram no Maranhão essa face luminosa das fitas coloridas, das miçangas, dos brincantes e, sobretudo, desse boi mitológico, touro negro e boi espaço e injustiça das relações sociais, numa sociedade que ainda tem raízes agrárias, mas também transpôs para a vida urbana os preconceitos, as diferenças da sorte, as paixões e as tragédias de amor.

Sempre lembro que Roseana desenvolveu os passos que dei para prestigiar a cultura popular e desde cedo se tornou a defensora de sua arte, prestigiando seus artistas pelo que são, sem nenhum intuito eleitoral ou interesseiro.

Acompanhando mais de perto o que acontece neste país, em vez de boi as pessoas se distraem, se irritam e se amedrontam com os delírios de seu presidente. Agora o mais importante é o encontro entre as duas figuras histriônicas e patéticas de Donald Trump e Kim Jong-un. Marcado e desmarcado e remarcado, o encontro se dará num hotel de Singapura, se não houver desistências de última hora, no dia 12 de junho. Na mesa parece que não estarão, infelizmente, o fim do programa de armas nucleares norte-coreanas — que os coreanos só aceitam se os americanos acabassem com o seu, o que seria uma boa ideia —, nem a paz entre as Coreias do Norte e do Sul. Os dois dirão que ganharam a disputa de cabelos exóticos, pedirão o prêmio Nobel da Paz por quem faz mais ameaças de destruição e tudo continuará como dantes no reino de Abrantes.

Trump adora uma briga e uma provocação, mas frequentemente elas se voltam contra ele. Há alguns dias ele disse que tem o poder de perdoar a si mesmo. Veio o Paul Ryan, Speaker (Presidente) da Câmara dos Deputados, um dos principais líderes republicanos, e adverte: nem pensar. Agora, na reunião do G-7, ele chegou propondo que o grupo aceite de volta a Rússia, expulsa desde a invasão da Ucrânia. A reação foi a proposta de retirar os Estados Unidos do grupo.

É claro que nisso está o pano de fundo de seu afastamento das regras da OMC, a Organização Mundial do Comércio, para seguir seu talento de negociador — com o qual já foi à falência várias vezes. Assim, tem ameaçado impor restrições alfandegárias a todo mundo “para acabar com o déficit comercial” americano e, depois da mordida, assopra. Como do outro lado muitas vezes encontra pessoas com alguma experiência — tipo Merkel ou Xi Jinping —, seu sucesso é bem relativo. E as críticas surgem também do lado americano, como os plantadores de soja que temem perder o mercado chinês para outros países, como o Brasil.

Nem toda a sua loucura, no entanto, abala a grandeza americana, com crescimento e taxas de emprego de fazer inveja a muito país.

Mas nem tudo me distancia do Brasil.

Esta semana Machado de Assis é louvado largamente pelo lançamento de “The Collected Stories of Machado de Assis”.

O New York Times diz: “Poucos autores de ficção escreveram tão afetuosamente sobre ideias, como se fossem pessoas reais; ele está sempre descrevendo como as ideias surgem e se modificam, o modo como podem perder seu curso e entrar em choque com outras.”

Machado é a glória que fica, eleva, honra e consola, como ele disse da Academia ao inaugurá-la. Glória que atinge a todos nós brasileiros.

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Morre o cantador João Chiador

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Morreu aos 78 anos, na tarde deste domingo (6), o poeta e cantador de toadas do Boi de São José de Ribamar, João Costa Reis, o João Chiador. Ele estava internado no Hospital do Servidor, mas foi liberado para ir para casa, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória.

De acordo com a família, João Chiador teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no fim do ano passado e chegou a ficar vários dias internado no Hospital Carlos Macieira, em São Luís. Contudo, se recuperou e voltou para casa.

O velório de Chiador acontece na Pax União, no Centro de São Luís. O enterro será realizado na manhã desta segunda-feira (7), no cemitério Jardim da Paz, localizado na MA-201, em São José de Ribamar.

João Chiador já foi amo do Boi da Maioba por 32 anos, e estava no Boi de Ribamar desde 1993. Ele é considerado um ícone do ‘Bumba Meu Boi’ do Maranhão por ter contribuído com a criação de toadas “Cidades dos Azulejos”, “Nossa Senhora de Aparecida” e muitas outras.

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Encontro de miolos

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mioloboi

Nesta sexta-feira (11), será realizado o Encontro de Miolos de Boi com o apoio da Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func). O boi é o personagem central da manifestação folclórica mais importante da cultura popular maranhense. Feito de madeira e bordado com tecido, fitilhos, canutilhos, miçangas e outros adereços, ele ganha vida e movimento com a ajuda de um dançarino, chamado de “miolo”.

O evento reunirá 150 miolos de boi na esquina da Rua Portugal com a Rua da Estrela (Canto da Cultura) no horário das 9h às 18h. “Além de mostrar a importância desse personagem para a cultura do bumba-meu-boi também fazemos homenagens a personalidades que são anônimas para quem não faz parte dos grupos”, explicou Zé Reis, organizado do evento há nove anos.

Este ano, será homenageado o miolo Ricardo Imperatriz, brincante do Boi União da Baixada, do bairro Monte Castelo, que faleceu ano passado. O evento terá início às 9h, com a exposição de “capoeiras” (armação de madeira) e couros de boi de vários sotaques, mostrando a riqueza dos bordados que faz parte de uma arte passada de geração a geração. Duas pesquisadoras falarão sobre a arte presente nos bordados e sobre a performance do miolo de boi.

Haverá também a participação das bandas da Guarda Municipal, do 24º BC do Exército Brasileiro e da Banda do Bom Menino. Às 18h, vários tocadores de pandeirão e matraca se reunirão para formar uma grande banda de percussão, junto com os cantadores do Boi da Madre Deus, para animar o cortejo que seguirá da Rua Portugal até a Praça Pedro II.

Foto: Lauro Vasconcelos

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