Em greve há 50 dias, professores montarão acampamento em frente à Semed

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castelo enterroOs professores da rede municipal de ensino de São Luís montarão acampamento, amanhã, em frente ao prédio da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Os docentes seguirão em passeata da praça Deodoro até a sede do órgão, na rua 7 de Setembro (Centro), onde cobrarão da secretária Sueli Tonial o atendimento das suas reivindicações, entre as quais a concessão de um reajuste de 27,5% referente às perdas do Fundeb. A greve de professores completa hoje 50 dias, período em que cerca de 100 mil alunos tem ficado fora de sala de aula.

Desde o início da paralisação, em 19 de maio, os professores já fizeram várias manifestações de rua. Sob o comando do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal (Sindeducação), eles já realizaram passeatas, vigílias e panfletagens. O protesto mais chamativo organizado pela categoria até o momento foi o enterro simbólico do prefeito João Castelo (PSDB) e dos 17 vereadores que aprovaram o reajuste de 8%, rejeitado pela classe (foto).

A cada dia mais mobilizados, os professores mostram-se dispostos a ir até as últimas conseqüências para garantir o cumprimento dos seus direitos. Maiores prejudicados pela greve, os estudantes já vêem comprometido todo o ano letivo de 2010. A esta altura, as escolas municipais já deveriam ter iniciado o período de férias. No entanto, em nenhuma das unidades de ensino foram aplicadas sequer as primeiras provas do segundo bimestre.

Sem qualquer perspectiva de desfecho, a greve transformou-se em tormento para milhares de famílias ludovicenses, que vêem seus filhos perderem um tempo precioso em sua vida estudantil. Bombardeadas durante a campanha eleitoral de 2008 com inúmeras promessas de melhorias no sistema de ensino, como distribuição gratuita de leite e fardamento, essas mesmas famílias hoje assistem, indignadas, ao descaso ao qual foi relegada a educação, uma das áreas prioritárias de qualquer gestão pública.

Foto: Flora Dolores/O Estado do Maranhão

1 comentário para "Em greve há 50 dias, professores montarão acampamento em frente à Semed"


  1. PROFESSORA

    NÃO SOU OPOSIÇÃO, NÃO SOU SITUAÇÃO. SOU PROFESSOR QUE ATÉ HOJE NÃO TEVE OS SEU DIREITOS GARANTIDOS. ESTÁ UM VERDADEIRO CAOS NA EDUCAÇÃO.
    MEU AMIGO, ATÉ HOJE EU ESTOPU RECEBENDO COMO SE ESTIVESSE ACABADO DE ASSINAR A NOMEAÇÃO. ISSO SIGNIFICA PERDAS E MAIS PERDAS AINDA, É A PROGRESSÃO QUE HÁ UM ANO NÃO SAI. PERDAS AINDA MUITO MAIOR. E O QUE É PIOR, QUE FOI DESCONTADO FALTAS NO SALÁRIO JÁ MINGIUADO DO PROFESSOR. EU SEI QUE VAI HAVER ALGUM PUXA SACO QUE IRÁ DIZER: NÃO TRABALHOU… FALTA…
    ACONTECE QUE NÓS ESTAMOS NUM PAIS DEMOCR´[ATICO, E QUE NOS RESPALDA A FAZER GREVE QUANDO NOSSOS DIREITOS SÃO NEGADOS. AS PESSOAS QUE POSTAM AQUI, DEVEM DAR UMA CIRCULADA PELAS ESCOLAS, PARA VER DE PERTO A FORMA COMO NÓS TRABALHAMOS.
    NEM DE NÓS ESTAMOS SATISFEITO COM ESSA SITUAÇÃO. O PREFEITO SE ESTIVESSE PENSANDO NA EDUCAÇÃO, JÁ TERIA CHAMADO PARA NEGOCIAR, JÁ TERIA PAGO AS PROGRESSÕES QUE TADEU HAVIA IMPLANTADO, JÁ TERIA MUDADO AS LETRAS DOS PROFESSORES. EU NÃO FALO DOS 27 %, POIS SÃO 15 ÍTENS QUE ELE NÃO CUMPRIU.
    ABSURDO

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