A maioridade penal e a hipocrisia dos discursos

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Por Ciro Nolasco – Jornalista                                                                                                                          

Para crimes hediondos não deveria existir idade. A redução da maioridade penal sabemos que NÃO é a solução, mas é um recado para os jovens que abraçam a criminalidade, estimulados pela impunidade e pela acolhida dos direitos humanos. Crianças e adolescentes merecem educação e oportunidades, mas esta ladainha soa nos nossos ouvidos como conversa pra boi dormir e vem de muito tempo. E o que vemos? Redução de verbas para o setor e desvios pela corrupção, proporcionados pelos mesmos políticos que discursam bonito em favor das causas sociais.

Reduzir a maioridade penal NÃO serve para os adolescentes que NÃO cometem crimes. Ela serve para os bandidos que há muito abandonaram o desejo de estudar, pelo desejo de destruir vidas. Ao invés de sair às ruas defendendo a manutenção dessa prática, o governo deveria ir às ruas retirar os meninos dos semáforos, dos lixões, dos guetos e dar condições dignas de vida. No entanto, para o governo e seus defensores, é mais cômodo sair às ruas embalado por teorias utópicas e desviar o foco do problema social que vivemos.

É mais fácil discursar aos quatro ventos, como se o dever fosse somente esse, e mais tarde voltar à rotina, muita das vezes, se regalando com as benesses que o cargo público lhe proporciona.
Reduzir a idade para aplicação de punição por crime cometido, pode até aplacar a ira da sociedade contra a impunidade, mas não vai transformar o adolescente em um homem que as pessoas desejam.

Quem encara o problema com seriedade é a Igreja e as centenas de entidades sérias que se desdobram sem apoio público ou governamental em busca da regeneração humana. Para transformar o homem de verdade somente a palavra de Deus. O resto é hipocrisia.

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