É cada vez maior o número de pastores da Assembleia de Deus, maior denominação evangélica no Maranhão, insatisfeitos com o distanciamento do governador Flávio Dino (PCdoB) da igreja. Diante da falta de diálogo, alguns líderes assembleianos já vem se reunindo com políticos e lideranças populares ligados à ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), principal adversária do comunista na sucessão estadual de 2018, caso venha a candidatar-se.
Eles reclamam que Flávio Dino afastou-se da igreja depois de ser eleito e priorizou em sua gestão temas reprovados pelos assembleianos, como a defesa da bandeira LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, em detrimento de questões defendidas pela comunidade evangélica.
Como exemplo, os pastores citam a criação do Conselho Estadual LGBT, no âmbito do Governo do Estado, enquanto faltam investimentos em políticas voltadas à família tradicional.
Culto
Para tentar limpar a barra com os membros da Assembleia de Deus, o governador visitou o templo central da Assembleia de Deus, na última segunda-feira, onde assistiu a um culto e ouviu as demandas dos representantes da igreja.
Com um contingente expressivo de adeptos, estimado em mais de 400 mil pessoas, a Assembleia de Deus tem potencial para decidir uma eleição. É esse eleitorado que o comunismo vem desprezando desde que assumiu o poder e agora tenta reconquistar.
Mas, os movimentos de alguns pastores na direção do principal grupo político adversário indicam que pode ser tardia a tentativa de reaproximação.