Entrevista com Aldo Rebelo

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Aldo Rebelo não esconde que o Brasil atravessa um momento delicado com a onda de protestos que se espalhou pelas ruas durante a Copa das Confederações. Mas não crê que a repercussão internacional das manifestações atrapalhará a imagem do país no exterior ou a realização do evento.

Para o ministro do Esporte, a Fifa não encontraria lugar melhor para realizar a Copa do Mundo de 2014. Ainda que admita excessos da Polícia Militar e de manifestantes, e que se esforce para esclarecer a diferença entre gastos com o Mundial e investimentos que não dependeriam da realização do evento e foram apenas adiantados, ele afirma que a maior preocupação agora é com a entrega no prazo dos estádios restantes para a competição do ano que vem e não vê possibilidade de uma situação semelhante à do Engenhão, no Rio, se repetir.

Em entrevista exclusiva ao Globoesporte.com, Rebelo explica os motivos do aumento dos valores na matriz de responsabilidade da Copa (10% nos últimos três meses, passando de R$ 25,5 bilhões para R$ 28,1 bilhões) e de o governo oferecer benefícios fiscais para que o evento seja realizado. O ministro não crê que haverá impacto no turismo para o Mundial por causa dos protestos, mas pensa em nova estratégia de comunicação para levar informação com mais clareza à população sobre os custos do evento.

Sobre a repercussão internacional das cenas de violência por parte da polícia e de manifestantes, opinou:

– A violência é sempre um fenômeno presente nas manifestações sociais em todo o mundo. No Brasil, nós precisamos ao mesmo tempo enfrentar, dentro da lei e do que a Constituição determina, o direito da livre manifestação das ideias e preservar o interesse das pessoas contra o exagero ou a violência de setores de manifestantes. O próprio governador Geraldo Alckmin admitiu a existência de excessos no caso da repressão à violência das manifestações de São Paulo. O próprio governador do Rio de Janeiro também admitiu. E naturalmente esses exageros serão apurados sem prejuízo do trabalho da polícia naquilo que lhe compete.

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2 comentários para "Entrevista com Aldo Rebelo"


  1. pedro

    Zeca, um aspecto muito importante do que ele disse ontem, certamente foi ao fato de que o País tem dinheiro para realizar o evento, e que, ao contrário do que está sendo difundido, nenhum centavo dos orçamentos de saúde, educação e segurança foram mobilizados para a copa.
    Muita gente está sendo levada à rua, acreditando que caso não houvesse copa, os 30 bilhões utilizados resolveriam os problemas do País, quando na verdade isto é apenas uma pequena fatia do orçamento anual que chega a quase um trilhão. A título de curiosidade, apenas a saúde tem orçamento de 90 bilhões anuais.
    Em conclusão, o problema não é a falta de dinheiro, mas sim o seu gerenciamento. Em algum lugar da corrente ele é mal utilizado, de modo a não vermos mudanças radicais nos diversos setores.

  2. Paulo da Cohama

    Esse senhor aí deputado Ministro, criou um projeto obrigando os fabricantes de tapioquiha a colocarem mais açúcar nas porções, por causa de pessoas iguais a esse Ministro, com cargo sem meritocracia que o Brasil está esse verdadeiro caos, são pessoas sem competência para assumir cargos, vejamos alguns exemplos aqui do Maranhão, Gastão Vieira e Flávio Dino, ambos foram colocados em cargos por troca de favores políticos, por causa da tal governabilidade, os dois não têm competência técnica para assumir as suas pastas.

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