Maranhão registra 37 mortes por Covid nas últimas 24h

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Praias lotadas, comércio funcionando como se tudo tivesse normal, supermecados cheia, jogos de futebol em campinhos e o Maranhão registrando novamente alto número de mortes pela Covid-19.

Após registrar 37 mortes na sexta-feira, 38 no sábado, o Maranhão registrou mais 37 mortes neste domingo, destas 11 em São Luis e 27 nas demais regiões do estado.

Os novos óbitos foram registrados nas seguintes cidades:  Brejo (1), Bequimão (1), Araguanã (1), Bela Vista do Maranhão (1), Central do Maranhão (1), Alto Alegre do Maranhão (1), Mirinzal (1), Rosário (1), Santana do Maranhão (1), Tutóia (1), Açailândia (2), Bacabal (3), Colinas (2), Lago da Pedra (1), Santa Inês (4), Imperatriz (5) e São Luís (11). 

A SES, como tem acontecido aos domingos, devido ao menor número de testes regisrou 944 novos casos. Na Região Metropolitana foram 128 casos e tivemos 816 casos no interior maranhense.

O Maranhão tem 48 mil 537 casos, com 1 mil 208 mortes, 21 mil 814 pessoas recuperadas, 924 suspeitos e 212 municípios que já tiveram registros oficiais Covid-19.

A taxa de ocupação de leitos de UTI na Região Metropolitana é de 91,25% e de leitos clínicos de 25,13%. Em Imperatriz, a ocupação de leitos de UTI é de 87,04% e de leitos clínicos de 82,72%. No interior, a ocupação de leitos de UTI é 73,76% e de leitos clínicos de 85.68%.

A SES aponta que 1 mil 406 profissionais da Saúde já foram infectados, destes 1 mil 278 estão recuperados e foram registrados 20 óbitos.

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Manifestantes fazem ato contra Bolsonaro em SL

Manifestantes realizaram na tarde deste domingo (7) um ato em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o racismo, o fascismo e a favor da democracia em São Luís. O ato foi realizado a partir das 15h e durou cerca de duas horas.

O ato foi organizado pelo Levante Popular Antifascista. De acordo com a organização, cerca de 150 pessoas atenderam a manifestação que teve como concentração, o Terminal de Integração do bairro Cohama, na capital.

De forma pacífica o grupo seguiu pela Avenida Daniel de La Touche, no bairro Ipase, exibindo cartazes contra o fascismo e o governo do presidente Jair Bolsonaro. Parte dos manifestantes vestia preto e usava máscaras de proteção contra o novo coronavírus.

Uma equipe da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA) acompanhou o grupo durante toda a manifestação. Não foram registrados atos de violência.

Foto: Divulgação/Levante Popular Antifascista

G1 Maranhão

Falta de fiscalização e falta de consciência

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A imagem desta manhã de domingo (6), em um campinho de futebol, na Ponte Bandeira Tribuzzi, na Camboa mostram de um lado a falta de consciência das pessoas e a certeza da falta de fiscalização pelo poder público seja em qual esfera for.

Estamos falando de um espaço público bem localizado na cidade e que muitas pessoas passam por lá minuto a minuto, inclusive pessoas do governo. Mas como é que ninguém consegue fazer absolutamente nada para impedir essas cenas?

O local deveria estar interditado para a prática esportiva, pois o governo do Maranhão ainda não autorizou a volta das atividades esportivas ao ar livre, mas certos que não haverá fiscalização, algumas pessoas aproveitam para matar a vontade de jogar bola.

Mas a vontade de jogar bola não pode estar acima da vontade de viver com saúde e neste momento em que os números da pandemia só aumentam no Maranhão é mais prudente que as medidas de distanciamento continuem sendo respeitadas por todos nós. O governo que decidiu começar a flexibilizar tudo, mesmo com os números da pandemia crescendo, agora parece acreditar mesmo que o normal está de volta. Mas os infectologistas contestam e afirmam que não é hora para flexibilizar tudo.

O espaço que está sendo utilizado para a prática de futebol é um espaço público e vejam vocês que nem mesmo este, o governo consegue fiscalizar e proibir o que ele mesmo proibiu. Por exemplo, as praias na avenida Litorânea estão sempre cheias e as pessoas sem máscaras e ninguém faz nada. apenas espera que as pessoas fiquem em casa.

Não dá apenas para apostar na consciência ou na sorte das pessoas. Se o governo não consegue sequer fechar o que é dele como é que vai por exemplo inibir cenas que estamos vendo em supermercados ou mesmo na Rua Grande? Talvez isso se explique o fracasso de muitas medidas, por total falta de fiscalização

Tudo isso é lamentável e cabe mais ação do governo e menos o blá, blá, blá que estamos ouvindo por ai. Ou os números vão continuar subindo dia-a-dia.

Foto: Divulgação

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Parlamentares criticam omissão de dados da Covid

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Parlamentares maranhenses se manifestaram nas redes sociais depois que o governo Jair Bolsonaro decidiu mudar o sistema de divulgação dos dados sobre a pandemia do novo coronavírus no país, mostrando apenas os números das últimas 24 horas.

O Ministério da Saúde retirou, do site oficial sobre a pandemia do novo coronavírus, os dados acumulados sobre o número de infectados e mortos pela Covid-19. 

O governo também anuncia que vai recontar os casos e os óbitos em todo o país.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania) disse que a medida mostra total falta de transparência do governo.

“Numa demonstração de total falta de transparência, o portal do Ministério da Saúde volta ao ar contendo apenas os números diários de novos casos e de óbitos da doença. O governo parece querer apagar da memória os mais de 35 mil mortos e os 658 mil casos da doença”, afirmou.

O deputado Juscelino Filho (DEM) defendeu seriedade e transparência.

“Dados do coronavírus precisam ser tratados e divulgados com seriedade e transparência. Eles é que devem basear o combate à Covida-19 e a flexibilização do isolamento social. A pandemia ainda avança de forma acelerada no Brasil, o que demanda ainda mais responsabilidade de todos”.

Os deputados Bira do Pindaré (PSB), Márcio Jerry (PCdoB) e o senador Weverton Rocha (PDT) também se manifestaram.

“Só faltava essa. Manipulação de dados. Mas o que esperar de um governo que foi eleito com base em fake news?”, perguntou Bira do Pindaré.

“Neste momento a pauta do Ministério da Saúde do governo Bolsonaro é recontar o número de mortos. Gastar tempo e recursos para recontar mortos encobre dados reais importantes, não recupera a vida de ninguém e impede que muitas vidas sejam salvas. Lógica genocida do governo em curso”, disse Márcio Jerry.

“É um golpe na transparência o fato de o Governo Federal retirar do ar o portal com dados atualizados sobre o coronavírus no Brasil. Negar o número de mortos não muda a situação, mas mostra o interesse em manipular informação e abandonar de vez o combate à Covid-19. Gravíssimo”, destacou Weverton.

Foto: AFP

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Lula diz que revisão não reduzirá óbitos pela Covid

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O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula lamentou, a decisão do governo de Jair Bolsonaro de rever os óbitos pela Covid-19 no país.

Segundo Lula, a revisão não reduzirá os óbitos, pelo contrário, a recontagem deverá aumentar os números.

“A notícia de que o Ministério da Saúde resolveu “rever” os óbitos por Covid-19, por uma suposta “inflação” dos números, é lamentável. Uma “revisão” dos óbitos não tem como diminuir o número de ocorrências, muito pelo contrário. É provável que leve a um aumento de casos, uma vez que novos exames irão confirmar óbitos de maneira retroativa”, destacou.

“Essa informação é importante para não levar a uma compreensão equivocada dos dados que são publicados. E lamentamos a postura do Governo Federal em tentar esconder os dados da doença. Ela não vai desaparecer se deixarmos de falar dela”, finalizou.

Foto: Rodrigo Bomfim

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Meu destino é sofrer

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Por José Sarney

A cena trágica do assassinato cruel de George Floyd em Minneapolis, nos Estados unidos, mais uma vez põe como fratura exposta a situação racial americana, viva em seus requintes de brutalidade e sordidez. Em nenhum lugar do mundo esse problema de discriminação permanece com as características de tanta violência quanto ali. As raízes remontam à escravidão — como aqui —, que precisou de uma Guerra Civil para ser legalmente banida e teve como um de seus marcos o assassinato do grande presidente Lincoln, que teve a coragem de enfrentar o problema.

Sempre fui muito ligado à causa negra no Brasil. Escrevi bastante sobre o assunto e considero a ausência de resgate da escravidão como a maior mancha de nossa História. Desde a Lei Afonso Arinos, que criminalizou a discriminação racial, até hoje, apenas arranhamos a superfície do problema.

Eu era Presidente do Brasil quando ocorreu o centenário da abolição da escravatura e, em vez de fazer festas na data, resolvi marcar o meu ponto de vista de que só se resolve o problema com a ascensão da raça negra, inserindo-a na sociedade de maneira a que ela possa ser realmente colocada em igualdade com a raça branca. Criei então a Fundação Palmares, que infelizmente desviou-se de seus objetivos. Há quase duzentos anos, José Bonifácio afirmou que a Independência não estava completa porque não enfrentara e resolvera a questão da escravidão e a política de brutalidade seguida durante a Colônia, com a dizimação de tribos indígenas inteiras.

Com essa visão, fui eu quem levantei no Brasil a política de cotas, não somente nas universidades, mas também nos financiamentos e concursos públicos e alcançando as empresas privadas. Apresentei o primeiro projeto de lei estabelecendo cotas, que foram implantadas por iniciativas esparsas e só passaram a vigorar no Brasil quando, com o meu acordo, foram incorporadas parcialmente no Estatuto da Igualdade Racial.

Ao lado de Zumbi — recebi o prêmio que tem seu nome — coloco como símbolo o Negro Cosme, maranhense que fundou o maior quilombo do Brasil e cuja primeira iniciativa foi fundar ali uma escola, enforcado em Itapecuru Mirim.

Fico solidário e, se fosse mais novo, ia engajar-me no movimento mundial de protesto pelo assassinato de George Floyd. Recompensa ver o mundo inteiro levantar-se e unir-se nessa revolta.

Nabuco disse que o assunto “versa sobre as aspirações, os sofrimentos, as esperanças, os direitos, as lágrimas, a morte de milhares e milhares de gentes como nós; que não é mais uma questão abstrata, mas concreta, e concreta no que há de mais sensível e mais sagrado na personalidade humana”. Não há como negar o que aconteceu: uns foram escravos, outros foram senhores. Uns eram negros, outros eram brancos. O trabalho de resgate não aconteceu, nem no Brasil nem nos Estados Unidos. Portanto, a nossa tarefa é fazê-lo.

Os pretos, de todos os discriminados no mundo, são os que mais sofreram. Seu destino tem sido esse. Vamos acabar com isso e colocar os pretos entre os que formam a elite brasileira. É o mínimo que se pode fazer para pagar a impagável dívida do sofrimento da raça negra.

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