Índio têm mãos decepadas em ataque, diz Cimi

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Um índio teve as mãos decepadas em uma comunidade indígena da cidade de Viana (MA), localizada a 220 km de São Luís, nesse domingo (30). A região é alvo de conflito agrário. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), um grupo de fazendeiros atacou o território e feriu ao todo 13 pessoas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), houve um “confronto” que deixou cinco feridos.

Segundo a Pastoral da Terra, os índios, do povo Gamela, foram pegos de surpresa com a chegada de dezenas de homens à área. O grupo chegou com armas de fogo, pedaços de pau e facões. “Eles invadiram e já foram atirando e tentando cercar a gente. Circularam para ficarmos no meio. Foi aí que só senti o impacto”, relata um sobrevivente.

O Ministério da Justiça divulgou duas notas na tarde desta segunda. No texto mais recente, a pasta informou que “está averigando o conflito agrário no povoado de Bahias”. Mais cedo, o órgão havia divulgado outro documento dizendo que o caso estava envolvendo “pequenos agricultores e supostos indígenas” (leia as duas notas oficiais abaixo). O ministro Osmar Serraglio enviou uma equipe da Polícia Federal para evitar novos conflitos.

De acordo com Rosimeire, o território está em embate para devolução aos índios do povo Gamela há pelo menos três anos.

“O povo Gamela está em luto pelo território há pelo menos três a quatro anos. Quem tem responsabilidade de fazer essa regularização fundiária é a Funai. A Funai até agora só ficou na primeira fase de identificação e nunca mais seguiu com o processo. Então, cansados de esperar por essa resolução do estado, que tem a responsabilidade legal de fazer isso, os índios empreenderam ações de retomada do território tradicional”, disse.

Após essa espera sem garantia legal do território, Rosimeire disse que há algum tempo os índios retomaram a região, tradicional do povo Gamela. Segundo ela, “em defesa da propriedade”, uma reunião com presença de fazendeiros, pequenos produtores e da Assembleia de Deus teria sido convocada na sexta-feira (28), com participação de cerca de 200 pessoas.

“Havia no dia interior [sexta] uma entrevista, uma convocação, na rádio Maracu, de Viana, convocando as pessoas ditas de bem para uma reunião na mesma sexta-feira para o povoado de Santeiro. Então, essas pessoas foram para essa reunião, elas comeram, foram embriagadas, e depois foram incentivadas por um ódio tremendo para atacar os indígenas”, contou.

“Essas pessoas são pequenos proprietários, fazendeiros, integrantes da Igreja Assembleia de Deus, e foram convocando gente do povoado de Santeiro e da região para defender a propriedade”, completou. O povoado de Santeiro também está localizado na cidade de Viana.

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Índios ocupam prédio da Secretaria de Educação

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IndiosSeduc

Cerca de 40 índios Guajajara das cidades de Grajaú, Barra do Corda, Jenipapo dos Vieiras e Arame ocuparam a sede da Secretaria de Educação do Maranhão, no bairro Monte Castelo, em São Luís, na noite desta quarta-feira (16). A ocupação foi realizada em protesto pela falta de políticas públicas na área de educação.

A maior reclamação dos índios é sobre a falta de escolas, merenda e transporte escolar em regiões onde estão concentradas várias aldeias da tribo guajajara. Em julho passado, alguns índios se acorretaram às grades da secretaria e da Assembleia Legislativa do Maranhão e deram início a uma greve de fome, que não teve continuidade.

Na ocasião, a Secretaria Estadual da Educação informou que se reuniu com as lideranças indígenas apresentando o cronograma de pagamentos definido pelo governo do Estado para sanar “dívidas herdadas da administração anterior” e avisou que já começou a pagar as parcelas pendentes de convênios dos anos de 2013 e 2014.

No entanto, o cacique Adilson Guajajara criticou a atual gestão e disse que o Estado não tem cumprido suas obrigações. “A razão de estarmos aqui é por causa das coisas que estão acontecendo. No atual governo estamos sem receber os repasses desde abril. Só vamos sair daqui depois que o governo cumprir sua parte, pois estamos sem material didático, merenda, transporte e as escolas não tem reforma”, afirmou o cacique ao G1.

Ao G1, a Seduc garantiu que as atividades do órgão não foram afetadas pela ocupação dos índios, afirmou que mantém diálogo permanente com os indígenas e que está tomando as providências cabíveis para o encaminhamento das demandas.

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Falta de diálogo

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HildoRocha

O deputado federal Hildo Rocha (PMDB) manifestou preocupação com a forma como o governo estadual está tratando os índios que foram impedidos de conversar com o chefe de poder executivo estadual. “Estou decepcionado com o governador Flávio Dino”, ressaltou.

Rocha lembrou que Dino, no exercício do mandato de deputado federal era um ícone em defesa dos direitos humanos, mas ao assumir o cargo de governador se transformou. “Agora ele é inimigo dos índios”, declarou o parlamentar.

O deputado disse que as reivindicações dos índios são justas e enfatizou que o sumiço de um índio, que participava da manifestação, precisa ser esclarecido.

Veja o pronunciamento

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Apoio aos índios

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SousaNeto

Aonde está o índio Messias? Essa foi a pergunta que o deputado estadual Sousa Neto (PTN) fez hoje durante duro discurso na Assembleia Legislativa em que condenou a forma arbitrária e principalmente, antidemocrática, com que estão sendo tratados os indígenas que estão em protesto desde a semana passada.

Acorrentados na galeria do plenário da Assembleia e em greve de fome como forma de protesto às reivindicações ainda não atendidas pelo governo do estado, cerca de 200 indígenas também estão há mais de uma semana em frente ao Palácio dos Leões e representam aldeias de Barra do Corda, Grajaú, Jenipapo dos Vieiras, Itaipava, Amarante e Arame.

Sousa Neto ouviu dos índios reivindicações e se colocou à disposição para cobrá-las do governo. Durante o discurso, o parlamentar foi taxativo ao afirmar que o secretário Márcio Jerry ofereceu propina ao líder indígena para que parassem com a manifestação, coisa repudiada pelo líder. “Tenho provas. O Márcio Jerry ofereceu propina ao líder indígena, que recusou porque suas reivindicações são de todas as tribos e que ele não poderia receber sozinho, quando isso não seria justo e que precisaria de conversar com todos os líderes”, disse Sousa Neto.

E cobrou que a segurança pública do Estado faça algo a respeito do desaparecimento do membro da tribo, Messias Providência Guajajara que está desaparecido desde o fim da semana passada Sousa Neto solicitou ainda que o presidente da Assembleia Legislativa liberasse a entrada dos outros índios que foram barrados no Portão da Assembleia. “Aqui sempre liberaram para outros manifestantes, como professores, policiais (classe que defendo) e bombeiro, agora estão barrando os índios, mesmo os que estão usando calça, seguindo o regimento da Casa. Senhor presidente, no Maranhão a democracia é ver os índios acorrentados”, questionou Sousa Neto.

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